James Cameron Responde ao Estúdio Sobre a Divisão de Avatar: “O que é que vos faz duvidar de ganhar mais dois mil milhões?”

James Cameron nunca escondeu que pensa grande — e que só avança com um projecto quando está convencido de que pode reinventar a roda. É essa mentalidade que torna Avatar não apenas uma saga cinematográfica, mas um exercício contínuo de ambição industrial. Agora, uma nova entrevista revelou como Avatar: The Way of Water deixou de ser um único filme para se transformar em duas obras distintas, uma decisão que, como seria de esperar, não passou sem resistência do estúdio.

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Segundo o jornalista Andrew J. Salazar, Cameron confirmou que The Way of Water e Avatar: Fire and Ash foram originalmente concebidos como um único título épico — até que as exigências de produção tornaram claro que o material teria de ser dividido. Rumores circularam de que Cameron teria avançado por conta própria, confiando que a 20th Century Studios aprovaria qualquer coisa que viesse dele. Mas o realizador tratou de desfazer essa teoria de imediato. “Recebi bastante resistência do estúdio”, explicou. “A minha resposta foi: ‘Um momento… qual é exactamente a parte em que vocês têm dúvidas sobre terem outra oportunidade de fazer mais dois mil milhões de dólares?’”

É difícil argumentar contra Cameron. Avatar continua a ser o filme mais lucrativo de sempre, com 2,9 mil milhões de dólares em receitas globais, enquanto The Way of Water ocupa o terceiro lugar do pódio, com 2,3 mil milhões, apenas atrás de Avengers: Endgame. Quando alguém com este historial afirma que a divisão da história faz sentido, há poucas razões para duvidar.

Agora que Fire and Ash está definitivamente estabelecido como a terceira entrada da saga, começam a surgir reacções iniciais dos críticos que já viram imagens e sequências exclusivas. O filme introduz os Mangkwan, os Na’vi conhecidos como o povo das cinzas, um clã brutal liderado por Varang, interpretada por Oona Chaplin. Os primeiros comentários destacam visuais ainda mais inovadores do que os capítulos anteriores, com alguns críticos a afirmarem que este pode ser “o melhor filme da saga até agora”.

Com Avatar 4 agendado para 21 de dezembro de 2029 e Avatar 5 marcado para 19 de dezembro de 2031, é evidente que Cameron continua a traçar o futuro da franquia com a mesma confiança visionária que colocou Avatar no mapa há mais de 15 anos. E, como tantas vezes acontece, o estúdio que inicialmente hesitou acabará provavelmente por agradecer a insistência. Afinal, na matemática particular de James Cameron, cada nova entrada pode muito bem significar mais alguns mil milhões de dólares.

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Se a história provou algo, é isto: quando Cameron aposta, Cameron ganha. E quem tenta travá-lo arrisca-se a ouvir uma das suas frases mais lendárias — a meio caminho entre provocação e profecia — antes de voltar ao silêncio, a ver o realizador transformar riscos gigantescos em sucessos inevitáveis.