Mansão de $83 Milhões de “Succession” Destruída Pelos Incêndios em Los Angeles

A icónica mansão de luxo utilizada na quarta temporada de Succession, aclamada série da HBO, foi completamente destruída pelos incêndios devastadores que assolam Pacific Palisades, um dos bairros mais exclusivos de Los Angeles.

A propriedade, avaliada em $83 milhões, ficou reduzida a cinzas, sendo mais uma das milhares de casas afetadas pelos incêndios florestais que já consumiram mais de 36 mil hectares e destruíram 10 mil estruturas na Califórnia.

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O Palácio dos Roy Agora em Ruínas

Segundo o Daily Mail, a mansão, que pertence ao CEO da Luminar Technologies, Austin Russell, foi cenário de um dos momentos mais marcantes da última temporada de Succession, servindo de refúgio para os irmãos Roy (interpretados por Jeremy Strong, Kieran Culkin e Sarah Snook) enquanto conspiravam contra o patriarca da família, Logan Roy (Brian Cox).

As imagens antes e depois mostram o que antes era um dos imóveis mais caros de Los Angeles agora transformado num esqueleto carbonizado, com vigas de metal expostas e destroços espalhados pelo terreno.

O Luxo Perdido: Como Era a Mansão?

Antes de ser consumida pelo fogo, a mansão San Onofre, situada no topo de uma colina nas Montanhas de Santa Mónica, era uma verdadeira obra-prima da arquitetura contemporânea, descrita como um “tour de force avant-garde”.

A residência de 20 mil metros quadrados contava com:

✔️ 18 quartos e 6 casas de banho

✔️ Piscinas infinitas com vista panorâmica

✔️ Cozinha de autor desenhada pelo Nobu

✔️ Cave de vinhos climatizada

✔️ Ginásio indoor-outdoor

✔️ Sala de cinema para 20 pessoas

✔️ Bar iluminado com ônix azul

✔️ Quarto principal com teto retrátil para observação de estrelas

✔️ Sistema de segurança com reconhecimento de retina

✔️ Sala de massagens e spa com piscinas quentes e frias

✔️ Jardim Zen com estátua de Buda de 200 kg importada da Tailândia

A mansão chegou a estar disponível para arrendamento por $450.000 por mês, sendo um dos imóveis mais exclusivos da Califórnia.

Incêndios Devastam Locais Icónicos de Hollywood

A destruição desta mansão faz parte de um cenário de caos que já atingiu diversas propriedades icónicas usadas em produções de Hollywood.

Além da casa de Succession, os incêndios também arrasaram a mansão de “Hacks”, outra série de sucesso da HBO/Max.

A tragédia tem forçado celebridades e milionários a fugirem das suas propriedades luxuosas em Pacific Palisades e Malibu, incluindo nomes como Jennifer Garner, Billy Crystal, Paris Hilton, Anthony Hopkins e Adam Brody, cujas casas foram consumidas pelas chamas.

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A devastação causada pelo fogo reforça a urgência de medidas mais eficazes contra incêndios florestais na Califórnia, estado que enfrenta incêndios sazonais cada vez mais destrutivos devido às mudanças climáticas e à má gestão florestal.

“Manhunter”: O Clássico Visionário que Redefiniu o Thriller Psicológico

Manhunter (1986), realizado por Michael Mann, é um marco no género do thriller psicológico, apresentando ao público o mundo sombrio do perfilador do FBI Will Graham, interpretado de forma brilhante por William Petersen. Baseado no romance Red Dragon, de Thomas Harris, o filme segue Graham, que é retirado da reforma para capturar um serial killer conhecido como “The Tooth Fairy”. Para desvendar os padrões do assassino, Graham recorre à ajuda do enigmático e inquietante Dr. Hannibal Lecktor, interpretado por Brian Cox, numa relação complexa e tensa que se torna o centro emocional do filme.

Estilo Visual e Narrativa Inovadora

Manhunter destaca-se pela direção estilizada de Mann e pela cinematografia atmosférica de Dante Spinotti, que criam um tom inquietante e envolvente. Mann utiliza a cor, iluminação e técnicas de câmara inovadoras para imergir o espectador na psique perturbada dos seus personagens. A estética fria e meticulosamente calculada reflete as complexidades psicológicas da história, transformando cada plano numa peça de arte visual.

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William Petersen entrega uma performance cativante como Graham, equilibrando a vulnerabilidade emocional do personagem com a sua astúcia intelectual. Brian Cox, por sua vez, interpreta o Dr. Hannibal Lecktor de forma subtil e ameaçadora, oferecendo uma visão única e memorável da personagem que seria mais tarde imortalizada por Anthony Hopkins em O Silêncio dos Inocentes (1991).

Banda Sonora e Impacto Cultural

A banda sonora, composta por Michel Rubini, é outra peça fundamental na construção do ambiente do filme. O uso da icónica “In the Air Tonight”, de Phil Collins, destaca-se como um momento inesquecível, adicionando uma camada emocional e atmosférica à narrativa. Esta escolha musical, aliada ao som eletrónico etéreo que permeia o filme, contribui para uma experiência que é tão auditiva quanto visualmente marcante.

Legado e Influência

Apesar de uma receção modesta nas bilheteiras aquando do seu lançamento, Manhunter foi amplamente aclamado pela crítica e estabeleceu-se como uma obra seminal no género do thriller psicológico. A sua abordagem sofisticada ao estudo do mal humano abriu caminho para futuras adaptações das obras de Thomas Harris, influenciando não apenas O Silêncio dos Inocentes, mas também séries como Hannibal.

A exploração do filme sobre a mente criminosa e os sacrifícios psicológicos daqueles que as investigam permanece relevante e perturbadora, consolidando Manhunter como um clássico intemporal. É uma obra que continua a ressoar com o público, não apenas como um thriller eficaz, mas como um estudo fascinante da escuridão humana.

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“O Cinema Está Muito Mal”: Brian Cox Critica Domínio dos Super-Heróis e Fala Sobre Hugh Jackman e Ryan Reynolds

A sinceridade característica de Brian Cox, conhecido pelo seu papel em “Succession”, voltou a marcar presença durante um painel no Festival Internacional de Cinema de Edimburgo. Tal como o implacável Logan Roy, a sua personagem na série aclamada, o ator escocês não poupou nas palavras ao abordar o estado atual do cinema.

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Brian Cox, que já tinha dado que falar com as suas opiniões controversas no livro de memórias “Putting the Rabbit in the Hat” em 2021 e mais recentemente ao criticar a interpretação de Joaquin Phoenix em “Napoleão” (2023) e os erros históricos em “Braveheart” (1995), voltou a fazer declarações contundentes. Desta vez, o alvo das suas críticas foi o impacto das franquias de super-heróis no cinema.

Durante o painel, quando questionado sobre o sucesso global das séries de TV, Cox afirmou: “A televisão está a preencher o papel que o cinema costumava ter. Acho que o cinema está em maus lençóis. Perdeu o seu espaço, em parte, devido à grandiosidade da Marvel, DC e afins. E, na verdade, parece que isso está a começar a implodir. Estamos a perder o fio à meada”. Estas declarações foram citadas pela revista The Hollywood Reporter.

Cox prosseguiu criticando os grandes blockbusters de Hollywood, destacando que, embora gerem enormes receitas e deixem muitos felizes, acabam por diluir a qualidade do trabalho cinematográfico. “É sempre a mesma coisa… quer dizer, eu também participei em projetos assim,” referiu o ator, recordando o seu papel como William Stryker Jr. em “X-Men 2”.

Com humor, Cox comentou: “Quando esses filmes aparecem, há sempre uma parte de mim [como Stryker] presente, mas nunca recebo o devido reconhecimento”. No entanto, a conversa ganhou um tom mais sério quando expressou o seu desejo de ver colegas atores a explorar outros géneros, referindo-se particularmente a Hugh Jackman e Ryan Reynolds, estrelas de “Deadpool & Wolverine”.

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“O sucesso destes filmes tornou-se uma espécie de celebração para alguns atores. Sabemos que Hugh Jackman é capaz de muito mais, tal como Ryan Reynolds, mas eles seguem esse caminho porque é onde está o sucesso de bilheteira. Ganham muito dinheiro com isso. Não se pode criticar”, concluiu Cox, numa análise crítica mas realista sobre o atual panorama cinematográfico.