Razzies 2025: “Joker 2”, “Megalopolis” e “Borderlands” Entre os Favoritos ao Título de Piores do Ano

A temporada de prémios de cinema nem sempre celebra os melhores, e os Golden Raspberry Awards — ou Razzies — estão aqui para lembrar disso. Este ano, a lista de nomeados para os piores filmes e desempenhos de 2024 está recheada de produções de alto perfil, incluindo Joker: Folie à DeuxMegalopolisBorderlandsMadame Web e Reagan. Cada um deles acumulou seis nomeações, incluindo a temida categoria de Pior Filme.

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Os “Destaques” do Ano

Entre os grandes nomes desta edição estão Joaquin Phoenix e Lady Gaga, nomeados para Pior Ator e Atriz, respetivamente, pelos seus papéis em Joker: Folie à Deux. Curiosamente, a dupla também concorre na categoria de Pior Parceria no Ecrã. Outros pesos-pesados de Hollywood, como Cate Blanchett (Borderlands), Dakota Johnson (Madame Web), e Dennis Quaid (Reagan), também foram nomeados pelos seus desempenhos.

Na categoria de Pior Realizador, destaca-se a presença de nomes de renome como Francis Ford Coppola (Megalopolis) e Todd Phillips (Joker: Folie à Deux), acompanhados por Jerry Seinfeld (Unfrosted) e Eli Roth (Borderlands).

Categorias Surpreendentes e Tendências dos Nomeados

A categoria de Pior Parceria no Ecrã trouxe momentos inusitados, como a nomeação de “Qualquer Dois Personagens Irritantes” em Borderlands e o elenco completo de Megalopolis. Já a categoria de Prequel, Remake, Rip-Off ou Sequela inclui títulos como Joker: Folie à Deux e Mufasa: The Lion King.

Apesar da crítica feroz, a presença de grandes produções nos Razzies evidencia que mesmo projetos ambiciosos podem desiludir quando a execução não alcança as expectativas. Filmes como Reagan e Megalopolis, que aspiravam a grandiosidade, foram alvo de críticas severas.

Lista Completa dos Nomeados a Pior Filme

Borderlands

Joker: Folie à Deux

Madame Web

Megalopolis

Reagan

Será Tudo Apenas Marketing?

Embora os Razzies sejam conhecidos pelo tom humorístico, a atenção gerada por estas nomeações pode ser um sinal de que, mesmo no fracasso, existe espaço para reflexão e curiosidade por parte do público. A cerimónia de entrega dos “prémios” promete trazer risos e talvez algumas reações inesperadas dos nomeados.

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Lionsgate e a Sua Série de Flops: O Que Está a Correr Mal e O Que Podemos Esperar no Futuro

Lionsgate tem enfrentado um período difícil em 2024, com uma série de sete filmes consecutivos a fracassar nas bilheteiras, resultando em um total de quase dois meses de decepções para o estúdio. Entre os lançamentos que falharam em captar a atenção do público estão “Borderlands”, uma adaptação de videojogo, e o reboot de “The Crow”, entre outros filmes que se provaram financeiramente desapontantes. Estes fracassos têm levantado questões sobre o futuro da Lionsgate, especialmente num mercado dominado por gigantes tecnológicos e estúdios mais poderosos.

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O ano começou com promessas para o estúdio, cuja linha de produção era composta por géneros diversos, desde comédias de assalto até dramas históricos, oferecendo uma alternativa às produções mais convencionais de Hollywood. No entanto, nenhum desses filmes conseguiu ter o impacto esperado nas bilheteiras. “Borderlands”, dirigido por Eli Roth, arrecadou apenas 32 milhões de dólares a nível global, e o muito aguardado reboot de “The Crow” fez apenas 23,7 milhões, valores que ficaram muito abaixo do esperado.

Mesmo com orçamentos controlados, a Lionsgate não conseguiu atrair o público às salas de cinema. “Megalopolis”, o épico de ficção científica de Francis Ford Coppola, foi outra grande desilusão, trazendo apenas 11,2 milhões de dólares em receitas, apesar de Coppola ter financiado pessoalmente uma grande parte do projeto, estimado em 120 milhões de dólares. Este padrão de fracassos levantou questões sobre a capacidade da Lionsgate de competir num mercado onde cada vez mais filmes são relegados diretamente para as plataformas de streaming.

Mas, qual é o motivo para esta queda? De acordo com Matthew Harrigan, analista sénior da Benchmark Co., o problema não é a concorrência interna entre os filmes do estúdio, mas sim o facto de que “nada realmente funcionou”. A Lionsgate tem feito um esforço concertado para apostar em filmes de orçamento médio, mas os sucessivos fracassos sugerem que este modelo pode estar a precisar de uma revisão. Apesar disso, o estúdio tem sido elogiado por tentar preencher nichos do mercado, como o cinema para audiências religiosas e afro-americanas. Um exemplo disso é o sucesso de “Unsung Hero”, um drama cristão de baixo orçamento que arrecadou 21 milhões de dólares.

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Há, no entanto, esperança no horizonte para a Lionsgate. Em 2025, o estúdio planeia lançar novos projetos ambiciosos, incluindo o biopic do Michael Jackson, o spin-off de John Wick, protagonizado por Ana de Armas, intitulado “Ballerina”, e uma nova prequela de The Hunger Games. Estes projetos têm o potencial de reverter a maré para o estúdio e trazer de volta os dias de sucesso que experimentou com filmes como “John Wick: Chapter 4”, que arrecadou 440 milhões de dólares mundialmente, e o prequela de The Hunger Games: The Ballad of Songbirds and Snakes, que também foi um sucesso nas bilheteiras.

Além disso, a Lionsgate está a explorar outras formas de expandir o seu catálogo, transformando os seus filmes mais populares em produções teatrais, como é o caso de “La La Land”“Dirty Dancing” e “The Hunger Games”, que estão a ser adaptados para os palcos. Esta aposta no teatro pode ser uma forma criativa de manter vivos os seus filmes de maior sucesso e atrair novos públicos.

Apesar dos desafios, a Lionsgate não é o único estúdio a enfrentar dificuldades em 2024. Outros estúdios, como a Warner Bros. e a Universal, também viram grandes produções falharem em gerar receitas significativas. Contudo, para um estúdio mais pequeno como a Lionsgate, a margem de erro é muito menor, e o impacto de uma série de fracassos consecutivos pode ser mais devastador.

Com uma lista de filmes mais promissores a caminho e uma aposta na diversificação, resta saber se a Lionsgate conseguirá reverter a sua sorte e voltar a encontrar o seu lugar de destaque em Hollywood. Por enquanto, o estúdio continua a navegar águas incertas, mas com algumas cartas fortes ainda por jogar.