“Better Man”: O Biopic Mais Surpreendente do Ano Traz Robbie Williams em Versão Chimpanzé (Literalmente!)

Preparem-se para uma das experiências televisivas mais bizarras, emocionantes e inesperadas do ano: Better Man, o filme biográfico sobre Robbie Williams que ninguém viu a chegar — literalmente. Estreia já este sábado, 12 de julho, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+, e promete deixar qualquer fã do cantor (ou de biopics em geral) com o queixo no chão.

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Realizado por Michael Gracey, o mesmo responsável por O Grande Showman, este é tudo menos um biopic convencional. Em vez de seguirmos o típico percurso ascensão-quebra-redenção com actores parecidos ou transformações físicas premiáveis, Better Man opta por uma abordagem completamente fora da caixa: o protagonista é um chimpanzé digital, animado com tal mestria que o filme foi nomeado para o Óscar de Melhores Efeitos Visuais. E sim, esse chimpanzé canta, dança e sente – como se tivesse nascido para os palcos.

Robbie Williams Como Nunca o Vimos (e Isso Diz Muito)

Baseado na vida do cantor britânico mais irreverente da sua geração, Better Man acompanha Robbie Williams desde a infância em Stoke-on-Trent, passando pelo estrelato juvenil com os Take That, até à sua gigantesca carreira a solo — marcada por sucessos planetários como AngelsLet Me Entertain You ou Feel. Mas por trás das luzes e das multidões, o filme mergulha nas crises de ansiedade, nos vícios, nas inseguranças e na permanente luta pela reinvenção pessoal.

Gracey opta por narrar a história sob o ponto de vista interno do próprio Robbie, o que confere ao filme uma sensibilidade rara – e uma honestidade brutal. A escolha do chimpanzé como avatar de Williams simboliza a dicotomia entre o espectáculo exterior e o caos interior, de forma tão inusitada quanto eficaz. O resultado é um biopic que oscila entre o delírio visual e o retrato emocional cru.

Nomeações, Humor Negro e Uma Canção que Fica no Ouvido

Para além do reconhecimento pela ousadia técnica, Better Man arrecadou também uma nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Canção Original com Forbidden Road, uma balada melancólica que resume bem a essência do filme: o caminho sinuoso de um homem em busca de si próprio, sempre entre o amor do público e o vazio dos bastidores.

O elenco conta com Jonno Davies no papel de Robbie (ou pelo menos da sua versão humana), Steve Pemberton, Alison Steadman, Kate Mulvany, e uma breve – mas saborosa – participação do verdadeiro Williams. A mistura de drama, humor negro e musicalidade fazem deste um título impossível de classificar, mas também impossível de ignorar.

Uma Experiência Única, Só no TVCine Top

Com estreia marcada para sábado, Better Man é um daqueles filmes que dividem opiniões, mas não deixam ninguém indiferente. É provocador, comovente, estranho, e por vezes desconcertante — como o próprio Robbie Williams. E a julgar pela criatividade aqui demonstrada, o futuro dos biopics pode muito bem passar por territórios que nem sequer sabíamos existir.

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Se procura algo diferente, arrojado e emocionalmente honesto, então marque já na agenda: Better Man, dia 12 de julho, às 21h30, só no TVCine Top e no TVCine+. E se alguma vez se perguntou como seria ver um chimpanzé a cantar Rock DJ, a resposta está aqui.

“Better Man” – A Vida de Robbie Williams Entre o Brilho e os Demónios

Desde o primeiro minuto de Better Man, fica claro que Robbie Williams sempre viveu para entreter. O próprio cantor descreve-se como tendo nascido com “jazz hands”, uma metáfora que define não só a sua personalidade carismática, mas também a sua necessidade visceral de ser uma estrela.

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Com realização de Michael Gracey (The Greatest Showman), esta cinebiografia ousada e visualmente exuberante traça a ascensão meteórica de Williams desde a sua infância até ao estrelato, sem ignorar os seus problemas com a depressão, a solidão e o vício. O próprio cantor narra o filme e, como seria de esperar, o resultado final é uma obra feita para entreter, surpreender e emocionar.

Um Macaco Como Metáfora do Sucesso e da Prisão da Fama

A grande peculiaridade de Better Man é o facto de Robbie Williams ser interpretado, ao longo de todo o filme, por um macaco CGI (cuja performance física e voz são de Jonno Davies). Uma escolha criativa que nunca é explicada, mas que ganha significado ao longo da narrativa.

Numa das suas entrevistas a Michael Gracey, Williams terá confessado que muitas vezes se sentia como um macaco treinado, enviado para entreter as multidões. O realizador agarrou-se a essa ideia e transformou-a numa metáfora visual arrojada – e embora possa parecer absurda à primeira vista, rapidamente se torna essencial para compreender o que Williams sentia na pele: uma mistura de admiração, prisão e esgotamento emocional.

Do Rapaz Sonhador ao Ícone Pop

A história começa em 1982, em Stoke-on-Trent, onde o jovem Robert Williams, desajeitado no futebol e ridicularizado pelos colegas, percebe que a sua vocação está na música e não no desporto. O seu pai, um performer de cabaré, serve-lhe de inspiração – mas também de desilusão, ao abandonar a família.

Aos 15 anos, Robbie entra na boy band Take That, tornando-se instantaneamente um fenómeno entre as adolescentes britânicas. É aí que a sua identidade se perde: o seu nome deixa de ser Robert para se tornar apenas Robbie, moldado pela máquina da indústria musical. A sua avó (Alison Steadman, num desempenho comovente) lamenta a transformação, mas Robbie já está preso ao turbilhão da fama.

Música, Dança e Espetáculo: O Toque de Gracey

Michael Gracey, que já demonstrou talento para números musicais grandiosos em The Greatest Showman, aplica o mesmo estilo aqui. O grande destaque vai para uma cena incrível filmada em Regent Street, Londres, onde Robbie e os Take That vão, literalmente, conquistando o público ao som de Rock DJ.

Esta sequência encapsula a subida meteórica do cantor: de um jovem desconhecido a um ícone pop, tudo em poucos anos. A forma como a fama é retratada – como uma explosão coreografada e caótica – é um dos pontos altos do filme.

O Lado Negro da Fama

Mas a ascensão ao estrelato tem o seu preço. Williams afunda-se numa espiral de vícios, combinando depressão, drogas e álcool. É expulso dos Take That e, determinado a provar que pode ser maior que a banda, embarca numa carreira a solo triunfante.

O filme explora a sua relação tumultuosa com Nicole Appleton (All Saints) e como o seu comportamento autodestrutivo o levou a perder amigos e amores. Uma cena particularmente intensa coloca-o num campo de batalha medieval, onde ele luta contra os seus próprios demónios – numa metáfora visual que, embora impressionante, pode parecer um pouco exagerada e autoindulgente.

O Pico da Carreira e a Incerteza do Futuro

Um dos momentos mais memoráveis do filme é a recriação da sua performance histórica no Festival de Knebworth, onde cantou para 375.000 fãs em êxtase. Mas, apesar da consagração, Williams sente-se vazio.

O filme termina deixando no ar uma questão: o que acontece quando um artista atinge tudo o que sempre quis, mas continua a sentir-se incompleto? A resposta talvez esteja no próprio título do filme – Better Man, uma jornada constante para se tornar alguém melhor.

Conclusão: Vale a Pena Assistir?

Se há algo que Better Man faz bem, é capturar o espírito de Robbie Williams: exagerado, emocional, carismático e imperfeito. O filme pode ser longo (135 minutos) e, por vezes, demasiado estilizado, mas consegue manter o espectador agarrado do início ao fim.

Se procura um biopic tradicional, cheio de factos históricos e um tom sóbrio, esta não é a escolha certa. Mas se gosta de abordagens criativas e arrojadas, Better Man oferece uma experiência única, cheia de ritmo, emoção e, claro, espetáculo.

⭐⭐⭐ ★☆ (3/4)

Ficha Técnica

🎬 Título: Better Man

📅 Estreia: 2024

🎥 Realização: Michael Gracey

🎭 Elenco: Robbie Williams (narração), Jonno Davies (motion capture), Steve Pemberton, Alison Steadman

🎵 Género: Biopic, Musical, Drama

🎞 Duração: 135 minutos

🎭 Classificação: R (conteúdo adulto, drogas, linguagem forte, nudez)