“The Wizard of the Kremlin”: Jude Law e Paul Dano Brilham no Retrato Implacável da Ascensão de Putin

Realizado por Olivier Assayas, o novo drama político que conquistou Veneza chega carregado de tensão, intriga e poder — com um elenco de luxo liderado por Jude Law e Paul Dano.

O realizador francês Olivier Assayas, conhecido por obras como Personal Shopper e Carlos, regressa com um dos filmes políticos mais aguardados do ano: “The Wizard of the Kremlin”, uma poderosa incursão nos bastidores do poder russo e na ascensão de Vladimir Putin. O filme, que recebeu uma ovação de 12 minutos no Festival de Veneza, promete ser um dos grandes destaques da temporada cinematográfica europeia.

Inspirado no romance homónimo de Giuliano da Empoli, vencedor do Grande Prémio da Academia Francesa, o argumento foi adaptado por Assayas em parceria com o escritor e argumentista Emmanuel Carrère. O resultado é uma obra ambiciosa que mistura ficção e realidade, mergulhando nas entranhas do Kremlin durante o caótico período pós-soviético.

ler também : “Frankenstein” de Guillermo del Toro: Um Final Que Humaniza o Monstro — e o Criador

Paul Dano e Jude Law em duelo de poder

No centro da narrativa está Paul Dano, que interpreta Vadim Baranov, um “spin doctor” — conselheiro político e manipulador de imagem — inspirado livremente em Vladislav Surkov, o enigmático estratega russo conhecido por ser o arquiteto da propaganda moderna do Kremlin.

Ao seu lado, Jude Law encarna Vladimir Putin, retratado inicialmente como um agente da KGB frio e calculista, cuja sede de poder o transforma num líder implacável. O filme acompanha, ao longo de duas décadas, a forma como Putin ascende e consolida o seu domínio, manipula aliados e destrói adversários, num jogo político que mistura lealdade, medo e sedução.

O trailer revela também Alicia Vikander como Ksenia, a esposa de Baranov, cuja relação conjugal é corroída pelo peso da ambição e do segredo; Tom Sturridge no papel de um banqueiro e oligarca inspirado em Mikhail KhodorkovskyWill Keen como o magnata Boris Berezovsky, morto em exílio em Londres em circunstâncias suspeitas; e Jeffrey Wright como um jornalista americano em Moscovo, confidente e testemunha de um regime em mutação.

Política, manipulação e o espelho do Ocidente

Mais do que um retrato biográfico de Putin, The Wizard of the Kremlin é um estudo sobre o poder e a ilusão, um retrato do nascimento de um sistema político sustentado pela desinformação e pelo controlo narrativo — um tema particularmente atual.

O crítico Damon Wise, da Deadline, descreveu o filme como “um aviso ao Ocidente sobre como o mundo chegou a este estado de coisas”, sublinhando a forma como Assayas transforma os bastidores do Kremlin num labirinto psicológico e moral, onde cada gesto político é também um ato de teatro.

Visualmente, o filme mantém a assinatura estética do realizador: planos longos, atmosfera densa e fotografia fria, que sublinha a distância emocional e o peso do poder. A banda sonora minimalista, aliada à montagem precisa, reforça o tom inquietante de um país a moldar o seu próprio mito.

Um sucesso de crítica e festivais

Após a sua estreia triunfal em Veneza, onde foi recebido com aplausos prolongados, The Wizard of the Kremlin percorreu os festivais de Toronto, San Sebastián e Londres, consolidando-se como uma das produções europeias mais relevantes de 2025. O filme seguirá em dezembro para o Red Sea Film Festival, no Médio Oriente, antes da estreia comercial em França pela Gaumont, responsável também pela distribuição internacional.

Produzido por Olivier Delbosc (Curiosa Films) e Sidonie Dumas (Gaumont), o projeto contou com a participação de France TélévisionsDisney+ e France 2 Cinéma, confirmando a aposta francesa em narrativas políticas de alcance global.

ler também : “Pluribus”: A Nova Série da Apple TV Que Reinventa o Clássico “Invasion of the Body Snatchers”

Com Paul Dano e Jude Law em estado de graça, e uma abordagem que alia realismo e introspeção, The Wizard of the Kremlin promete tornar-se uma das obras cinematográficas mais comentadas do ano — um retrato inquietante de como o poder absoluto nasce, cresce e se perpetua.

Sophie Turner é a nova Lara Croft no reboot de Tomb Raider da Amazon

De Winterfell às ruínas perdidas

A icónica arqueóloga e aventureira dos videojogos tem uma nova intérprete. Sophie Turner, conhecida mundialmente como Sansa Stark em Game of Thrones, foi escolhida para dar vida a Lara Croft no reboot em imagem real de Tomb Raider, produzido pela Amazon MGM Studios.

ver também : 007: First Light — Primeiras imagens revelam um James Bond com estilo… e muito de Hitman

A produção arranca em janeiro de 2026 e conta com Phoebe Waller-Bridge (Fleabag) como produtora executiva e argumentista, num contrato milionário com a Amazon.

“Estou muito entusiasmada por anunciar a formidável Sophie Turner como a nossa Lara”, disse Waller-Bridge em comunicado à Variety. “Todos na equipa são apaixonados pela personagem. Preparem-se: Croft está de volta.”

Um papel icónico, herança pesada

Turner celebrou o anúncio, afirmando estar “entusiasmada além de qualquer medida” por assumir o papel:

“Lara Croft é uma personagem icónica, que significa tanto para tantas pessoas. Vou dar tudo o que tenho. São sapatos enormes para calçar, depois das interpretações poderosas da Angelina [Jolie] e da Alicia [Vikander]. Mas com a Phoebe ao leme, estamos em boas mãos.”

Lara Croft foi imortalizada por Angelina Jolie nas adaptações dos anos 2000 e regressou em 2018 com Alicia Vikander, num filme que arrecadou 275 milhões de dólares em bilheteira, mas cujo planeado segundo capítulo acabou cancelado após a MGM perder os direitos da saga.

Quem está por trás do projeto

Além de Waller-Bridge, a série terá Chad Hodge como produtor executivo e co-showrunner, e Jonathan van Tullekencomo realizador e produtor executivo. A produção envolve ainda a Story Kitchen e a Crystal Dynamics, estúdio responsável pelos jogos mais recentes da franquia.

Segundo a Amazon, o objetivo é expandir o universo Tomb Raider em televisão e cinema, criando novas histórias que respeitem o legado da saga, mas tragam também frescura e novas aventuras.

“Estamos muito entusiasmados por ter a Sophie Turner como Lara Croft”, afirmou Vernon Sanders, responsável pela programação global da Prime Video. “Com Phoebe Waller-Bridge a liderar, esta série vai honrar o legado de Tomb Raidere oferecer aventuras inesquecíveis aos fãs em todo o mundo.”

O futuro da heroína digital no ecrã

A escolha de Turner insere-se na nova estratégia da Amazon, que já prepara outras adaptações de grandes franquias de videojogos. Para os fãs, a expectativa é dupla: ver a atriz a assumir um papel de ação e acompanhar o rumo de uma das personagens mais icónicas da cultura pop.

ver também : Marvel Zombies: trailer revela um MCU em modo gore com Spider-Man, Blade e heróis contra Vingadores mortos-vivos

Uma coisa é certa: Lara Croft está pronta para explorar novos territórios — e Sophie Turner traz na bagagem tanto a realeza de Winterfell como a determinação necessária para reviver a heroína.