Lisboa e Porto abrem as portas ao melhor do cinema francófono
A 26.ª edição da Festa do Cinema Francês arranca a 2 de outubro em Lisboa e no Porto, trazendo mais de 60 filmes inéditos em sala e uma programação que combina homenagens, antestreias e novas secções pensadas para celebrar a vitalidade do cinema francófono. O festival decorre em Lisboa até 12 de outubro, com sessões no Porto entre os dias 2 e 8, antes de seguir viagem por várias cidades do país, incluindo Coimbra, Lagos, Almada, Cascais, Beja e Setúbal.
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Alain Delon em retrospetiva
Um dos pontos altos da edição será a retrospetiva dedicada a Alain Delon, o lendário ator francês que morreu em agosto de 2024 aos 88 anos. Em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, a mostra intitulada “Alain Delon, a virtude do silêncio” reunirá cerca de vinte filmes, recordando o carisma e a intensidade de uma das maiores figuras do cinema europeu dos anos 1960, cuja influência atravessou gerações.
Convidados de peso e antestreias
O festival contará ainda com a presença de Thierry Frémaux, diretor do Festival de Cannes e do Instituto Lumière, que apresentará o filme Lumière, a Aventura Continua! em Lisboa. A atriz Marina Foïs virá apresentar a antestreia de Moi qui t’aimais, de Diane Kurys, enquanto a realizadora Louise Hémon traz o filme L’Engloutie, também incluído na competição oficial.
A programação abre com Nouvelle Vague, de Richard Linklater, recriando a rodagem de O Acossado (1960), clássico de Jean-Luc Godard, e encerra a 12 de outubro com Partir, Um Dia, comédia musical de Amélie Bonnin que brilhou na abertura do Festival de Cannes.
Competição e novas secções
A competição oficial reúne títulos como Ma frère (Lise Akoka e Romane Gueret), Love Me Tender (Anna Cazenave), Les rendez-vous de l’été (Valentine Cadic), Le roi soleil (Vincent Maël Cardona) e La Pampa (Antoine Chevrollier).
Entre as novidades, destaca-se a secção La Belle Époque, dedicada a obras marcantes da história do cinema, incluindo a exibição em cópia restaurada de O Acossado. Outra aposta é um evento voltado para coproduções luso-francófonas, com projetos de cineastas como Pocas Pascoal, Ágata Pinho e Pedro Neto.
O documentário Écrire la vie – Annie Ernaux racontée par des lycéennes et de lycéens, de Claire Simon, dedicado à Nobel da Literatura Annie Ernaux, é outro dos destaques da programação.
Uma nova etapa para o festival
Este ano marca também uma mudança nos bastidores: a produção da Festa do Cinema Francês passa a estar a cargo da associação Il Sorpasso, que organiza também a Festa do Cinema Italiano e a mostra itinerante Luso! em Itália. A direção artística é agora assumida pela programadora Anne Delseth, sinalizando uma nova fase para um festival que, ano após ano, se afirma como um dos momentos maiores da agenda cultural em Portugal.
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