Gérard Depardieu Condenado por Agressão Sexual: Um Ícone do Cinema Francês em Queda Livre

O ator foi considerado culpado de agredir duas mulheres durante as filmagens de Les Volets Verts em 2021

Gérard Depardieu, um dos nomes mais emblemáticos do cinema francês, foi condenado por um tribunal de Paris a 18 meses de prisão com pena suspensa por agressão sexual contra duas mulheres durante as filmagens do filme Les Volets Verts em 2021.  

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Detalhes do caso

As vítimas, uma decoradora de 54 anos e uma assistente de realização de 34 anos, acusaram Depardieu de toques inapropriados e comentários obscenos no set de filmagens. O ator, de 76 anos, negou as acusações, embora tenha admitido comportamentos grosseiros. Durante o julgamento, Depardieu não compareceu, alegando compromissos profissionais nas ilhas dos Açores.  

Repercussões na indústria cinematográfica

Esta condenação marca um momento significativo para o movimento #MeToo em França, que tem enfrentado desafios para ganhar tração no país. A decisão judicial surge num contexto de crescente escrutínio sobre a cultura de impunidade na indústria cinematográfica francesa, especialmente no que diz respeito a comportamentos abusivos por parte de figuras proeminentes.  

Reações públicas e futuras implicações

A condenação de Depardieu gerou uma onda de reações públicas, com algumas figuras do cinema francês a retirarem o seu apoio ao ator. O caso também levanta questões sobre a forma como a indústria lida com alegações de má conduta e a necessidade de mudanças estruturais para proteger os profissionais do setor.

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“SeAcabó”: Netflix Lança Documentário sobre o Escândalo de Luis Rubiales no Futebol Feminino Espanhol

Netflix estreia esta sexta-feira, dia 1 de novembro, o documentário “SeAcabó: O Beijo que Mudou o Futebol Espanhol”, uma produção que analisa o escândalo que abalou o futebol feminino em Espanha. Com uma duração de 94 minutos, o documentário inclui depoimentos inéditos de figuras centrais do campeonato mundial feminino, incluindo Jenni HermosoAlexia Putellas e outras jogadoras, que discutem o impacto de um momento controverso: o beijo não consentido do ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF)Luis Rubiales, a Jenni Hermoso após a vitória espanhola no Mundial.

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A produção explora o contexto do evento ocorrido no estádio de Sydney, em agosto de 2023, quando Rubiales beijou Hermoso num gesto classificado como “unilateral e de surpresa” pela acusação. A partir deste incidente, a narrativa do documentário expande-se para explorar o movimento de apoio à atleta, os protestos das jogadoras e a reação de figuras públicas. Rubiales, acusado de agressão sexual e coação, irá enfrentar julgamento em fevereiro de 2025, e, além dele, outros membros da RFEF, incluindo Albert Luque e o ex-treinador Jorge Vilda, são mencionados no contexto das alegações de pressão sobre Hermoso para encobrir o incidente.

Este documentário surge como um marco na cobertura do desporto feminino, destacando o movimento #SeAcabó e as atletas que transformaram o incidente numa luta pela integridade e respeito no futebol, tornando-se uma obra que visa inspirar e educar sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no desporto.

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Julgamento de Gérard Depardieu por Agressões Sexuais Adiado para 2025

O aguardado julgamento de Gérard Depardieu por alegações de agressões sexuais foi adiado para março de 2025devido a problemas de saúde do ator francês, que não compareceu à sessão de tribunal marcada para segunda-feira passada, em Paris. Depardieu, que enfrentava acusações de assédio e agressão sexual contra duas mulheres, terá agora de se submeter a uma avaliação médica em março do próximo ano para determinar se está apto para comparecer.

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Este julgamento surge num contexto de crescente movimento #MeToo na França, com Depardieu a ser uma das figuras de maior destaque a enfrentar acusações de violência sexual, que, ao longo de anos, incluem relatos de cerca de 20 mulheres. A primeira queixa recente foi apresentada por uma designer de produção, em fevereiro de 2024, que alegou assédio e agressão sexual durante as filmagens de “Les Volets Verts”, de Jean Becker, em 2021. A advogada da queixosa, Carine Durrieu-Diebolt, enfatizou a necessidade de uma justiça igual para todos, afirmando que espera que Depardieu não beneficie de tratamento especial devido à sua notoriedade.

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No exterior do tribunal, cerca de 100 pessoas, principalmente mulheres, protestaram exigindo justiça para as vítimas, um sinal claro da pressão pública para responsabilizar figuras influentes. Em outubro de 2023, Depardieu publicou uma carta no Le Figaro onde se defendeu, afirmando que “nunca abusou de uma mulher.” Contudo, o seu historial inclui acusações de várias mulheres, incluindo a espanhola Ruth Baza e a atriz Charlotte Arnould, primeira a denunciar o ator, cuja queixa já levou a Procuradoria de Paris a pedir um julgamento por violação. A próxima audiência será determinante para o caso, que continua a atrair a atenção internacional.

Gérard Depardieu Vai a Tribunal: As Acusações de Violência Sexual e a Queda de um Ícone do Cinema Francês

O ator francês Gérard Depardieu, conhecido por papéis icónicos em filmes como “Cyrano de Bergerac” e “Asterix & Obelix”, enfrentará o tribunal em Paris na próxima segunda-feira, num julgamento que promete abalar o cinema francês. Depardieu, de 75 anos, será julgado por alegações de violação e agressão sexual feitas por duas mulheres, relacionadas com factos ocorridos durante a rodagem do filme “Les Volets Verts”, em 2021. As acusações, no entanto, não se limitam a estes casos, com várias outras mulheres a acusarem o ator de comportamentos inapropriados e abusivos, numa série de incidentes que remonta a várias décadas.

O Caso e as Alegações das Vítimas

Uma das acusações contra Depardieu parte de uma decoradora de cinema, que em fevereiro de 2024 apresentou uma queixa por assédio e agressão sexual, além de comentários sexistas que alega terem ocorrido durante as filmagens de “Les Volets Verts”, do realizador Jean Becker. A mulher descreve um ambiente de trabalho tenso e inapropriado, onde Depardieu teria feito observações degradantes e avançado fisicamente sobre ela numa mansão no 16.º bairro de Paris. Ela recorda, por exemplo, um episódio em que o ator, aparentemente em estado alterado, terá exigido um “ventilador” enquanto gritava que o calor não o deixava “ficar duro”.

Noutra alegação, uma assistente de realização acusa Depardieu de assédio físico e psicológico. As descrições são perturbadoras, com a assistente a relatar um incidente em que o ator a terá forçado numa posição constrangedora e feito avanços físicos contra a sua vontade. Estes relatos revelam um padrão de comportamento que, segundo a advogada de uma das queixosas, Carine Durrieu-Diebolt, evidencia “uma história de abuso continuado e impune”. A advogada espera que a justiça “não conceda tratamento preferencial” ao ator, sublinhando a necessidade de igualdade perante a lei.

Outras Acusações e o Movimento #MeToo no Cinema Francês

Depardieu tem sido alvo de acusações de violência sexual de várias outras mulheres ao longo dos anos, incluindo a atriz francesa Charlotte Arnould, que foi a primeira a denunciar o ator ao Ministério Público de Paris. A sua queixa levou as autoridades a considerar um julgamento por violação e agressão sexual, uma decisão que evidenciou o impacto do movimento #MeToo em França, que tem vindo a desmascarar comportamentos abusivos de várias figuras do cinema francês.

Entre as novas acusações surgem relatos da atriz Anouk Grinberg, que descreveu os “piropos” frequentes e os comentários sexuais de Depardieu no set. Grinberg, que também participou em “Les Volets Verts”, refere que a postura do ator era já conhecida na indústria, mas que o seu comportamento se agravou ao longo dos anos, protegido pela indústria cinematográfica que “tapa os crimes e financia a sua impunidade”.

O movimento #MeToo em França tem revelado histórias de abuso e comportamento inapropriado de várias figuras públicas, desde o produtor Harvey Weinstein até realizadores franceses como Jacques Doillon e Benoît Jacquot. Estas denúncias trouxeram à tona uma cultura de silêncio e encobrimento dentro da indústria cinematográfica, que, segundo críticos, continua a oferecer oportunidades a figuras acusadas de abusos, como Depardieu.

A Defesa de Depardieu e a Sua Visão Pública

Depardieu, por sua vez, nega categoricamente todas as acusações. Em outubro de 2023, publicou uma carta aberta no jornal Le Figaro, onde afirmava: “Nunca, nunca abusei de uma mulher”. A carta, no entanto, não pareceu apaziguar as controvérsias, especialmente depois de uma reportagem transmitida pelo programa “Complément d’Enquête” no canal France 2, onde o ator fez uma série de comentários misóginos e insultuosos. Esta postura tem sido criticada não só pelas vítimas e ativistas, mas também por figuras da política e do meio artístico.

As declarações de apoio do presidente francês Emmanuel Macron a Depardieu, descrevendo-o como um “grande ator que deixa a França orgulhosa”, causaram indignação entre associações feministas, que interpretaram as palavras de Macron como uma minimização dos relatos das vítimas. Para muitos, este caso simboliza a resistência que ainda existe em certos círculos em enfrentar de frente a cultura de abuso e de proteção de figuras poderosas na indústria.

O Futuro do Caso e o Impacto na Carreira de Depardieu

O julgamento de Gérard Depardieu representa um marco na tentativa de responsabilizar figuras públicas por alegados abusos de poder. Para as vítimas, é uma oportunidade de verem as suas queixas finalmente ouvidas em tribunal, numa altura em que as discussões sobre ética e abuso em Hollywood e no cinema europeu estão mais presentes do que nunca. Se condenado, este poderá ser o fim de uma longa carreira marcada por sucessos e controvérsias. Independentemente do veredito, o julgamento será acompanhado de perto por todos os que defendem uma mudança na forma como a indústria encara o comportamento dos seus artistas.