Palhaço Diabólico — O Slasher Que Vai Estragar a Festa (e o Sono)

A estreia arrepiante de 15 de novembro no TVCine Top

Prepare-se para nunca mais confiar num campo de milho — nem num sorriso pintado. Palhaço Diabólico, inspirado no romance de terror de Adam Cesare, chega em estreia exclusiva ao TVCine Top, no sábado, 15 de novembro às 21h30, e promete ser aquele tipo de filme que transforma uma vila pacata no centro do caos… e os espectadores em cúmplices involuntários de um pesadelo bem vivo.

A realização é de Eli Craig (Tucker e Dale Contra o Mal), que volta a brincar com as convenções do terror, desta vez com uma abordagem mais sombria, visceral e absolutamente slasher — do tipo que cheira a fita VHS dos anos 80, mas com um polimento moderno e uma crítica social inesperada.

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Bem-vindos a Kettle Springs — onde a diversão acabou

A história acompanha Quinn (Katie Douglas), uma adolescente que tenta recomeçar a vida numa pequena vila do Missouri depois de uma tragédia familiar. À superfície, tudo parece tranquilo: vizinhos simpáticos, tradições rurais, festividades locais. Mas como em qualquer boa história de terror, por trás da calma existe sempre um segredo — ou vários.

Em Kettle Springs, o conflito entre gerações é palpável. Os mais velhos vivem presos à nostalgia e a um passado que insistem em preservar; os mais novos sonham com o que há para lá dos milheirais. E é precisamente nesse choque que algo desperta…

Do meio dos campos de milho surge Frendo, a antiga mascote da fábrica local — um palhaço com sorriso assustador, chapéu de palha e intenções mais afiadas do que uma lâmina de ceifa.

O que antes era apenas uma figura festiva transforma-se num assassino implacável, decidido a limpar a vila de tudo o que represente mudança.

E como manda o manual do slasher, os adolescentes começam a desaparecer um a um, enquanto Quinn percebe que o seu “novo começo” se tornou numa corrida desesperada pela sobrevivência.

Um slasher moderno com alma dos anos 80

Palhaço Diabólico combina:

  • terror visceral,
  • estética sombria,
  • efeitos práticos deliciosamente perturbadores,
  • e uma crítica social afiada, que usa o fosso geracional como motor da narrativa.

É um filme que presta homenagem aos clássicos slasher — de Halloween a Friday the 13th — mas que os atualiza com temas contemporâneos, especialmente o conflito entre tradição e futuro.

Frendo, a mascote homicida, promete entrar para o catálogo dos palhaços mais assustadores do cinema — essa categoria honrosa que já inclui Pennywise e Art the Clown

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A data de terror a não perder

🎃 15 de novembro

🕣 21h30

📺 TVCine Top e TVCine+

Se gosta de terror com personalidade, sangue quanto baste e aquele humor negro que morde sem aviso, esta é a estreia perfeita para aquecer — ou gelar — a noite de sábado.

🤡 Clown in a Cornfield: O Slasher com Palhaços, Milho… e Crítica Social à América Profunda

À primeira vista, o título Clown in a Cornfield parece feito à medida para quem adora filmes de terror com premissas ridículas e muitas vísceras — há um palhaço, há um campo de milho, e sim, há muita correria e gritos. Mas o novo filme de Eli Craig é bem mais do que isso. Inspirado no popular romance young adult de Adam Cesare, esta sátira de terror esconde por trás da maquilhagem sinistra uma das críticas mais afiadas aos Estados Unidos pós-industrial desde Cabin in the Woods.

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De  Pennywise a Children of the Corn — mas com alma própria

A história acompanha Quinn (interpretada por Katie Douglas), uma adolescente melancólica que se muda com o pai deprimido (Aaron Abrams) para uma cidade decadente do Midwest, onde a principal fonte de emprego — uma fábrica de xarope de milho — ardeu até às cinzas. Quando o antigo mascote da fábrica, o palhaço Frendo, reaparece em modo homicida, os adolescentes locais passam a ser alvo de uma matança encapuzada que, à primeira vista, parece saída de um slasher convencional.

Mas a meio do filme, tudo muda. Eli Craig e Adam Cesare pegam nas regras do género e fazem-lhes um “flip”: subvertem expectativas, criam tensão com inteligência, e desafiam o espectador a repensar o que achava que sabia sobre filmes com palhaços assassinos.

A dualidade americana numa cara pintada

Para o realizador Eli Craig — o mesmo de Tucker & Dale vs Evil e Little Evil —, a chave está em usar o terror como pano de fundo para contar histórias humanas com substância. “O filme é sobre classismo, decadência e raiva geracional nos EUA”, explica. “O palhaço representa a América: por fora, um sorriso; por dentro, uma bomba-relógio emocional.”

Craig inspirou-se em figuras como Lon Chaney, palhaços dos anos 30 e nas contradições da iconografia americana: o milho como símbolo da terra, os palhaços como rosto da festa — e do medo.

O resultado é um filme que, segundo Craig, fala sobre “o vínculo entre uma filha e um pai”, mas também sobre “uma sociedade em colapso, que tenta colar os cacos com tinta de maquilhagem e bonés de palhaço”.

Recepção calorosa e promessas de mais Frendo no futuro

Clown in a Cornfield teve estreia mundial no festival South by Southwest em março de 2025, e pouco depois passou pelo Overlook Film Festival, um evento dedicado ao terror em Nova Orleães, onde o público reagiu com entusiasmo. Craig descreveu a sessão como “uma explosão”, sublinhando o espírito anti-corporativo e próximo dos fãs que caracteriza o festival.

Com a boa recepção e a crescente base de fãs, a conversa sobre sequelas já começou. Adam Cesare está neste momento a trabalhar no quarto livro da saga, e os dois primeiros volumes já estão prontos para adaptação. “Vamos rezar para que isto se torne um sucesso”, diz Craig. “Seria um prazer voltar a brincar com o Frendo.”

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🎬 Clown in a Cornfield é mais do que palhaços e sustos baratos. É um filme que desafia convenções, lança olhares incómodos sobre o presente americano e ainda consegue entreter com criatividade e sangue suficiente para agradar aos fãs do género. E sim, há cenas no milharal que te vão fazer pensar duas vezes antes de entrares num labirinto rural.