Pierce Brosnan, 72 anos, e um novo papel improvável: interpretar Pierce Brosnan

 Lá fora, o antigo 007 é celebrado por brincar com a própria imagem, abrir a porta a um possível regresso ao universo Bond e abraçar, sem filtros, a idade e a carreira.

Durante anos, Hollywood tratou Pierce Brosnan como uma espécie de conceito: o charme em forma humana. Remington Steele, Thomas Crown, James Bond — tudo variações do mesmo arquétipo: o homem impecavelmente vestido, perigosamente sedutor, com um sorriso que resolvia metade dos problemas antes sequer de sacar da arma. Agora, aos 72 anos, o actor irlandês está a viver uma espécie de segunda juventude profissional. E, se acreditarmos no que se escreve lá fora, fá-lo justamente ao desfazer esse mito que ele próprio ajudou a construir.

Ler Também : “Wicked: For Good” Divide Críticos Lá Fora — Ariana Grande Entre o Alvo das Críticas e o Centro dos Elogios

Numa longa entrevista recente, Brosnan passa metade do tempo a tentar despachar o jornalista da sua casa em Malibu, com um humor meio rabugento, meio encantador. Garante que não tem grande coisa para dizer, que já contou a sua história vezes demais. Mas, entre um café servido em chávena de porcelana, uma bicicleta à beira da praia e telefonemas para a mulher, acaba por revelar um actor num momento muito particular: consciente da sua própria “marca”, disposto a brincar com ela e, ao mesmo tempo, decidido a continuar a trabalhar até onde o corpo e a cabeça aguentarem.

Lá fora sublinham precisamente isso: Brosnan sabe que, para várias gerações, continua a ser “o” 007 — mesmo mais de vinte anos depois de Die Another Day. Mas em vez de fugir dessa sombra, aprendeu a usá-la. Em thrillers recentes como Black Bag, assume figuras de autoridade ligadas aos serviços secretos, quase como se estivesse a fazer um meta-cameo prolongado. O público entra descansado, confiante no ex-agente ao serviço de Sua Majestade — e o filme diverte-se a virar a mesa, revelando um personagem bem mais sombrio do que o antigo Bond.

Ao mesmo tempo, Brosnan tem procurado papéis que subvertam a imagem do “homem perfeito de fato italiano”. Em The Thursday Murder Club, adaptação do fenómeno literário de Richard Osman, interpreta Ron, um reformado rabugento, vaidoso e ligeiramente ridículo. Lá fora contam uma cena deliciosa: a entrada de Ron numa esquadra de polícia, envergando um fato azul aos quadrados dois números abaixo. O momento só funciona porque o espectador sabe que Pierce Brosnan nunca fica mal de fato — e, de repente, fica. É comédia construída em cima de décadas de glamour.

Essa consciência da própria iconografia acompanha-o mesmo quando não está a representar. Brosnan passa grande parte do tempo a pintar e está a preparar um documentário sobre si próprio, realizado por Thom Zimny, com o filho Dylan a servir de arquivista. Não se trata de um exercício de vaidade fácil, garantem os perfis estrangeiros, mas de uma tentativa de organizar memórias, de perceber como é que aquele jovem irlandês que chegou a Los Angeles nos anos 80 a vibrar com a ideia de conhecer John Huston se transformou neste veterano que prefere “saltar do autocarro” em vez de “saltar de aviões”.

E Bond? A pergunta, claro, nunca morre. Nas entrevistas internacionais mais recentes, Brosnan volta a ser confrontado com o eterno “voltaria?”. A resposta é diplomática, mas reveladora. Voltar como 007, não. “Esse é o trabalho de outro homem”, diz. Contudo, admite que poderia “entretê-lo” a ideia de regressar ao universo, talvez como agente reformado chamado de novo ao serviço, numa era em que a Amazon parece interessada em expandir a marca Bond para lá da fórmula tradicional. Não é uma campanha pública, é quase um encolher de ombros: se acontecer, aconteceu; se não, segue a vida.

Entretanto, a vida segue mesmo. Além de The Thursday Murder Club, Brosnan está envolvido em MobLand e em Giant, onde interpreta o treinador de boxe Brendan Ingle, um homem vaidoso, teatral, carente de reconhecimento. Um tipo de personagem que lhe permite explorar fragilidade, ressentimento e ego ferido — muito para lá do charme automático que o perseguiu durante décadas. Lá fora fala-se desta fase como uma espécie de “renascença tardia”, um actor a descobrir novas cores depois de anos a ser pintado sempre com a mesma paleta.

ler também : “Blade Runner”: A Distopia que Quase Se Afundou no Caos — e Acabou por Redefinir o Cinema

Curiosamente, quanto mais foge do molde do galã, mais Hollywood parece gostar dele. Em vez de correr atrás de sagas de super-heróis ou de cirurgias milagrosas, prefere envelhecer em cena. Diz que quer continuar a trabalhar até aos 80, mas sem tentar convencer ninguém de que ainda tem 40. “Sou da idade que sou, e abraço isso”, resume. A prioridade já não é salvar o mundo com um Aston Martin, mas encontrar personagens que lhe permitam “brincar com o símbolo” que construiu.

Os textos estrangeiros captam bem essa dualidade: Pierce Brosnan continua a ser, inevitavelmente, uma estrela de cinema — o tipo de pessoa que, ao passar de bicicleta, transforma o dia de qualquer desconhecido que o reconheça. Mas é também um actor que, finalmente, parece divertir-se a ser desmontado, ridicularizado, contradito em cena. Um homem que sabe que foi Bond, mas que não quer ser apenas isso.

Se o futuro reserva ou não um regresso ao universo 007, ninguém sabe. O que se percebe, lendo o que se escreve lá fora, é que Pierce Brosnan entrou naquela fase rara em que a idade, a experiência e a auto-ironia se juntam. E, para um actor, isso pode ser a licença mais perigosa — e mais interessante — de todas.

James Bond Entra em Terreno Minado: Novo Filme Enfrenta “Dores de Cabeça Criativas” Após a Morte de 007

A reinvenção do agente secreto mais famoso do cinema está longe de ser simples

O futuro de James Bond está oficialmente em turbulência. Segundo novos rumores vindos dos bastidores da Amazon MGM Studios, a equipa criativa responsável pelo próximo capítulo da franquia está a enfrentar aquilo que fontes descrevem como uma “enorme dor de cabeça criativa” — tudo graças ao final explosivo de No Time to Die (2021), onde o 007 interpretado por Daniel Craig morreu de forma inequívoca.

ler também : Disney Prepara Apresentação de Resultados — E o Futuro do Streaming Pode Mudar Já Esta Semana

O plano inicial parecia sólido: com a saída de Craig, a Amazon MGM Studios assumiu maior controlo criativo da saga, recrutou Denis Villeneuve (da trilogia Dune) para realizar o novo filme e contratou Steven Knight (Peaky Blinders) para escrever o argumento. Mas antes de avançar com casting ou narrativa, a equipa esbarrou num dilema que está a dar volta à cabeça dos escritores.

“Ele não caiu de um penhasco. Ele explodiu.”

De acordo com o Radar Online, o impacto emocional e comercial do final de No Time to Die está agora a transformar-se num problema logístico: como ressuscitar um personagem que foi literalmente pulverizado em cena?

Uma fonte próxima da produção descreve a situação de forma crua:

“Bond não caiu de um penhasco nem fingiu a morte — ele foi reduzido a pedaços. Todos concordam que foi um enorme erro, porque Bond devia ser eterno. Agora estão presos a tentar encontrar uma forma credível de o trazer de volta, e está a revelar-se quase impossível.”

Embora sejam apenas rumores, a tensão faz sentido. Bond, ao contrário de outras personagens icónicas, sempre viveu numa espécie de continuidade flexível — novos actores entravam, o universo prosseguia e ninguém perguntava demasiado.

Mas desta vez, a saga decidiu cortar o fio da tradição: Bond morreu mesmo.

E, como alerta o escritor Anthony Horowitz, autor de três romances oficiais de 007:

“Como é que se ultrapassa o facto de ele estar morto com D maiúsculo? Bond é uma lenda, pertence a todos. Torná-lo mortal foi um erro.”

Horowitz acrescentou ainda que seria incapaz de escrever a continuação:

“Não dá para fazê-lo acordar no duche e dizer que foi tudo um sonho.”

Reinventar? Ignorar? Recomeçar do zero?

Entre as hipóteses que circulam nos bastidores, há três cenários possíveis:

  1. Ignorar completamente o final de No Time to Die e seguir a tradição da franquia: novo actor, novo Bond, sem explicações.
  2. Criar uma justificação narrativa — seja tecnológica, simbólica ou quase mística — para a “ressurreição” de Bond. (Uma solução que, para muitos fans, arrisca cair no ridículo.)
  3. Reboot total, com outro tom, outra era e outra continuidade — algo que poderia entusiasmar Denis Villeneuve, mas que mexeria no ADN da saga.

A verdade é que, apesar da polémica, os fãs continuam a esperar um Bond renovado, mas fiel aos pilares clássicos: carisma, mistério, acção elegante e aquele toque de arrogância irresistível.

O maior desafio em décadas para 007

Com Villeneuve ainda ocupado com Dune: Part Three e sem ator anunciado, há tempo para decisões ponderadas. Mas uma coisa é clara: o próximo filme de Bond não pode falhar.

ler também : Palhaço Diabólico — O Slasher Que Vai Estragar a Festa (e o Sono)

Entre reconquistar o público, honrar uma personagem intocável por seis décadas e corrigir o que muitos consideram ter sido um tiro no pé criativo, a Amazon MGM Studios tem pela frente uma missão digna do próprio 007.

E desta vez, não há gadgets de Q que possam salvar a situação.

Sydney Sweeney sobre rumores de ser a nova “Bond Girl”: “Depende do argumento”

A estrela de Euphoria não fecha a porta ao universo 007 — e até admite que preferia ser o próprio Bond

Poderá Sydney Sweeney ser a próxima “Bond Girl”? A atriz de Euphoria e Anyone But You não confirma… mas também não nega.

Em entrevista à Variety durante o Festival de Toronto (TIFF), Sweeney reagiu aos rumores que a colocam como forte candidata para o elenco do próximo filme da saga James Bond, deixando tudo em aberto:

ver também : Stallone Garante: Este Velho Filme de Ficção Científica Tinha Razão o Tempo Todo

Não posso dizer… não sei”, respondeu, entre risos. “Para ser sincera, não conheço todos esses rumores. Mas depende do argumento.”

Uma fã confessa de 007

A atriz de 27 anos revelou ser uma grande fã da franquia, nascida em 1953 com o romance Casino Royale de Ian Fleming, e eternizada no cinema por nomes como Sean ConneryRoger Moore e, mais recentemente, Daniel Craig.

Desde o final da era Craig, com No Time to Die (2021), a Amazon MGM Studios tem trabalhado na reinvenção do agente 007, procurando um novo protagonista e, ao que tudo indica, um elenco mais contemporâneo e diversificado.

Sweeney diz estar “entusiasmada e curiosa para ver o que vão fazer com a saga”, e admite que o papel a fascina — embora, curiosamente, com uma pequena reviravolta:

Acho que me divertiria mais a interpretar o próprio James Bond”, confessou, mostrando o seu humor característico e um toque de irreverência que os fãs adoram.

Rumores e possíveis candidatos

As especulações sobre o futuro da franquia têm sido intensas. Nas redes sociais, fãs sugeriram nomes como Idris ElbaAaron Taylor-Johnson e até Dwayne “The Rock” Johnson para assumir o papel principal — mas a produtora Barbara Broccoli mantém silêncio absoluto sobre o assunto.

Entretanto, o nome de Sydney Sweeney surgiu em julho como uma das possíveis escolhas para o elenco feminino do próximo capítulo da saga, reforçando a ideia de que o universo Bond poderá estar prestes a receber uma nova geração de estrelas.

ver também : Jennifer Lawrence Confessa Que Era “Irritante” em Entrevistas Antigas e Entende Por Que o Público se Cansou Dela

Por agora, a atriz prefere concentrar-se em projetos como Christy, exibido em Toronto, mas não fecha portas. Afinal, quem melhor do que ela para provar que o charme letal de 007 também pode ser… feminino?

Fãs Revoltados com a Amazon: Prime Video Remove Arma de James Bond das Imagens Promocionais 🔫➡️🙅‍♂️

A decisão de apagar o icónico Walther PPK dos cartazes da saga 007 gera polémica às vésperas do James Bond Day

Parece que nem o espião mais famoso do mundo está imune à era da “correção digital”. Os fãs de James Bond ficaram furiosos esta semana ao descobrir que a Prime Video — detida pela Amazon — removeu a clássica pistola Walther PPK de todas as imagens promocionais da franquia disponíveis na plataforma de streaming.

ver também :Os Excluídos: Paul Giamatti Brilha no Regresso de Alexander Payne à Comédia Dramática 🎄🎬

A mudança foi notada por fãs atentos a partir de 2 de outubro, poucos dias antes do James Bond Day (5 de outubro), que celebra a estreia mundial de Dr. No (1962), o primeiro filme da saga.

🕵️‍♂️ Bond sem arma? Fãs chamam-lhe “nonsense woke”

Nas redes sociais, a reação foi imediata — e inflamável. Muitos consideraram a decisão “patética” e “um insulto à história do cinema britânico”.

“Bond sem a arma é como o Batman sem capa — retiraram-lhe o símbolo do que ele é”, escreveu um utilizador no X (antigo Twitter), comentando uma montagem onde o agente 007 surge com a mão vazia num gesto estranhamente rígido.

Noutros casos, a arma foi simplesmente cortada das imagens; noutros, apagada digitalmente, o que resulta em poses involuntariamente cómicas.

Um outro fã sintetizou o descontentamento geral:

“Isto é censura do passado. Estão a apagar a história em nome de uma moral inventada.”

💼 A nova era de Bond sob o comando da Amazon

A Amazon assumiu controlo criativo sobre a marca James Bond em fevereiro de 2025, depois de adquirir a MGM — o estúdio histórico que produziu todos os 25 filmes da saga através da Eon Productions.

Desde então, a empresa tem procurado “modernizar” a imagem da franquia, tanto na promoção digital como na futura expansão da marca para séries e spin-offs. Contudo, este episódio reacende o debate sobre até onde deve ir a reinterpretação de ícones culturais.

Enquanto as armas continuam presentes nos filmes, as novas capas e thumbnails da Prime Video mostram Bond (nas suas várias encarnações — de Sean Connery a Daniel Craig) sem qualquer vestígio de armamento.

🎥 Um legado em risco de ser “limpo”?

Para muitos fãs, a pistola Walther PPK é mais do que um adereço — é parte integrante da identidade do personagem, tanto quanto o fato preto, o martíni e o famoso “Bond. James Bond.”

Críticos culturais apontam que a decisão parece contradizer o próprio ADN da personagem, construída como um símbolo de elegância letal e pragmatismo. Mesmo em tempos modernos, filmes como Skyfall e No Time to Die trataram a violência de Bond com nuance, sem nunca tentar apagá-la da imagem pública.

“Rever um ícone é válido. Reescrevê-lo digitalmente, não”, comentou um colunista britânico do Independent.

🇵🇹 E em Portugal?

No catálogo português da Prime Video, as alterações já são visíveis. Os cartazes clássicos de Goldfinger, Casino Royale e Spectre exibem Bond em poses semelhantes — mas sem a arma na mão.

Apesar da indignação global, a Amazon ainda não comentou oficialmente a decisão, e a polémica chega justamente numa altura em que se espera o anúncio do próximo ator a interpretar 007.

🍸 “Shaken, not stirred” — mas talvez um pouco censurado

Com 25 filmes disponíveis na Prime Video, o legado de Bond continua vivo. Mas esta controvérsia levanta uma questão pertinente:

Será que o futuro do espião britânico passará por reescrever o passado para o adaptar aos tempos modernos?

ver também: 10 Autores que Detestaram as (Más) Adaptações dos Próprios Livros — e Disseram-No Sem Rodeios 🎬📚

Uma coisa é certa — para muitos fãs, Bond sem a sua Walther PPK não é Bond.

James Bond em Tribunal: a batalha pelos direitos de 007 envolve alfaiates reais, chapéus históricos e fatos de ski “espião-pronto”

A vida de James Bond nunca foi fácil no grande ecrã, mas agora o famoso espião enfrenta uma missão digna de um thriller jurídico: salvar o seu próprio nome. A Danjaq — a empresa norte-americana que, em conjunto com a britânica Eon Productions, controla os direitos de merchandising da marca 007 — está a travar uma disputa legal para manter o domínio da identidade do agente secreto mais famoso do cinema.

ver também : Pierce Brosnan e Helen Mirren concordam: James Bond “tem de ser um homem”

O inimigo: um magnata austríaco no Dubai

A ameaça vem de Josef Kleindienst, um promotor imobiliário austríaco que está a erguer o luxuoso resort Heart of Europeem ilhas artificiais no Dubai. Kleindienst argumenta que várias marcas registadas associadas a Bond — incluindo o nome, o código “007” e a frase icónica “Bond, James Bond” — têm sido subaproveitadas comercialmente e, por isso, deveriam ser consideradas caducas.

Se conseguir provar a “não utilização” durante cinco anos, poderá reclamar a posse destas marcas na União Europeia.

A defesa de 007: alfaiates reais, chapéus lendários e ski de ação

Para responder, os advogados da Danjaq reuniram um dossier de 227 páginas, que parece saído de um guião de espionagem. Entre as provas estão algumas das mais prestigiadas casas de moda e acessórios britânicas e internacionais que continuam a explorar o universo Bond:

  • Turnbull & Asser, alfaiate de Jermyn Street, fornecedor oficial de camisas para Sean Connery em Dr. No (1962) e, mais tarde, para Pierce Brosnan e Daniel Craig. Também é o camiseiro pessoal do rei Carlos III, que usou uma das suas peças na coroação em 2023.
  • Lock & Co. Hatters, a chapelaria mais antiga do mundo, fundada em 1676. Foi responsável pelo chapéu que surge na cena de abertura de Dr. No e pelo inseparável chapéu mortal de Odd Job em Goldfinger (1964). Hoje vende edições especiais como o trilby Dr. No (£537) ou o Vesper (£662).
  • Bogner, marca desportiva de luxo, que filmou as primeiras cenas de ski de ação em On Her Majesty’s Secret Service (1969) e criou momentos épicos em The Spy Who Loved Me e For Your Eyes Only. Em 2023 lançou a coleção “Bogner X 007”, com preços entre 290 e 2.300 dólares.
  • N.Peal, referência em caxemira desde 1936, que desenhou peças icónicas usadas em No Time to Die (2021), como as calças de combate vendidas a £245.

Este arsenal de marcas pretende provar que Bond continua a ser um nome vivo e altamente explorado no mercado.

Amazon ao leme da franquia

A batalha legal surge numa fase de transição delicada para a saga. Desde 2021, a Amazon detém a MGM e, recentemente, adquiriu também o controlo criativo da franquia, antes nas mãos de Barbara Broccoli e Michael G. Wilson.

O próximo filme terá realização de Denis Villeneuve (Dune) e argumento de Steven Knight, criador de Peaky Blinders. A produção está a cargo de Amy Pascal (SkyfallSpider-Man) e David Heyman (Harry PotterBarbie). A escolha do novo James Bond, no entanto, ainda não foi anunciada — prolongando a maior pausa entre filmes desde a fundação da saga.

O veredicto em suspense

Enquanto Kleindienst insiste que a sua luta pretende “garantir que Bond não morre” e continua relevante, a Danjaq fala num “ataque sem precedentes” à identidade multibilionária da franquia.

ver também : Nobody 2: a inesperada saga à la John Wick que conquista a crítica e mantém a “streak” no Rotten Tomatoes

Uma coisa é certa: entre tribunais, alfaiates reais e chapéus mortais, James Bond continua a ser tão cobiçado fora do ecrã quanto dentro dele.

Pierce Brosnan e Helen Mirren concordam: James Bond “tem de ser um homem”

O debate sobre quem deverá assumir o icónico papel de James Bond ganhou novo fôlego depois de duas figuras incontornáveis do cinema britânico — Pierce Brosnan e Helen Mirren — terem defendido que o espião criado por Ian Fleming deve continuar a ser interpretado por um homem.

Pierce Brosnan, que vestiu o fato de 007 em quatro filmes entre 1995 e 2002 (GoldenEyeTomorrow Never DiesThe World Is Not Enough e Die Another Day), surpreendeu ao recuar em declarações que fizera em 2019, quando afirmara que seria “excitante” ver uma mulher no papel. Agora, aos 72 anos, o ator irlandês sublinha outra perspetiva:

ver também : Nobody 2: a inesperada saga à la John Wick que conquista a crítica e mantém a “streak” no Rotten Tomatoes

“Oh, acho que tem de ser um homem. Estou tão entusiasmado por ver o próximo homem a subir ao palco e a trazer nova vida a esta personagem”, disse em entrevista à revista Saga.

Brosnan, que chegou a acusar a saga de sexismo no passado, acrescentou que, apesar de se considerar feminista, Bond tem de manter-se fiel à sua essência: “Não se pode ter uma mulher. Simplesmente não resulta. James Bond tem de ser James Bond, caso contrário transforma-se noutra coisa.”

O apoio de Helen Mirren

A seu lado nesta opinião esteve Dame Helen Mirren, que contracena com Brosnan na adaptação cinematográfica de The Thursday Murder Club. A atriz de 80 anos, também entrevistada pela mesma publicação, reforçou o ponto de vista:

“Sou uma grande feminista, mas James Bond tem de ser um homem. Não funciona de outra forma. O conceito nasceu de um mundo profundamente sexista, sim, mas é precisamente isso que define a personagem. É divertido assim.”

Mirren reconheceu, no entanto, que muitas mulheres desempenharam papéis importantes no universo do espionagem real e ficcional, mas que Bond é, por natureza, uma figura masculina.

O futuro da saga nas mãos da Amazon

A franquia, que esteve mais de 60 anos sob o controlo da família Broccoli, passou recentemente para a alçada da Amazon-MGM Studios, num negócio avaliado em cerca de mil milhões de dólares. A nova etapa promete uma abordagem “fresca”, mas sem abdicar do “legado” de 007.

O próximo filme, o 26.º da saga oficial, terá argumento de Steven Knight, criador de Peaky Blinders, e realização de Denis Villeneuve (Dune), numa aposta clara em revitalizar o agente secreto para as novas gerações.

ver também . Box Office: A Hora do Desaparecimento  continua imparável, Nobody 2 estreia em terceiro e Americana com Sydney Sweeney é um desastre total

Enquanto isso, a especulação sobre o sucessor de Daniel Craig continua intensa. Os nomes de Aaron Taylor-Johnson (Bullet Train) e Callum Turner (Masters of the Air) surgem como favoritos, embora James Norton também seja apontado como forte candidato.

🎬 Conclusão

Mais de seis décadas depois da estreia de Dr. No, a questão mantém-se: quem será o próximo James Bond? Uma coisa parece certa para Pierce Brosnan e Helen Mirren — 007 tem de continuar a ser um homem. O público, por sua vez, aguarda impaciente pelo anúncio oficial que definirá o futuro de uma das sagas mais lendárias da história do cinema

Próximo James Bond Pode Ser Ruivo – E Já Pode Ter Feito Audição

Rumor aponta Scott Rose-Marsh como potencial 007 no filme de Denis Villeneuve.

Oh meus amigozz, bem sei que quase todas as semanas tentamos avançar notícias do espião mais famoso do mundo… mas desta vez temos algo com mais cor. Literalmente. O próximo James Bond pode mesmo ser… ruivo.

ver também : O Filme de Terror Mais Estranho do Ano… É Também uma História de Amor

Segundo o The Hollywood Reporter, o actor britânico Scott Rose-Marsh, de 37 anos, poderá ter feito testes para vestir o smoking mais famoso do cinema. E não, não foi para imitar Sean Connery, Daniel Craig ou Pierce Brosnan — até porque o único conselho que recebeu antes de a câmara começar a rodar foi: “Não imites nenhum Bond anterior”.

A alegada audição aconteceu no final de junho e incluiu a leitura de cenas de GoldenEye (1995) e, possivelmente, páginas fresquinhas do novo guião que Steven Knight (Peaky Blinders) está a escrever para o filme, já sob a batuta de Denis Villeneuve.

Adeus teoria do Bond “vinte e poucos”

Se este rumor for verdade, cai por terra a ideia de que a Amazon MGM Studios queria um Bond na casa dos 20 anos para conquistar o público mais jovem. Rose-Marsh tem currículo sólido — Code of Silence (2021), Wolves of War (2022) e participações em séries como The OutlawsChloe e Yr Amgueddfa — mas está longe de ser um novato à procura do baile de finalistas do MI6.

Nem o actor nem o estúdio quiseram comentar. Ou seja, por agora, é rumor com um toque de shaken, not stirred.

Villeneuve no comando (e que comando…)

Depois de acabar a saga DuneDenis Villeneuve vai mergulhar no mundo de Bond. E não é qualquer mundo: estamos a falar de uma franquia que a Amazon comprou por cerca de mil milhões de dólares (quase dá para comprar um Aston Martin novinho por cada fã no Twitter). Ao lado de Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, o realizador prepara-se para dar início a uma nova era do agente secreto mais famoso do cinema.

ver também : Cillian Murphy Troca Oppenheimer por Professor em Colapso no Novo Drama da Netflix Steve

007 ruivo: mito ou revolução?

Será este o momento em que veremos o primeiro Bond ruivo da história? E se sim, será que vem com sarcasmo extra, sotaque afiado e um Martini ainda mais ousado? Fica a dúvida, mas uma coisa é certa: se este rumor se confirmar, a internet vai precisar de um Dry Martini duplo para aguentar o choque.

O 007 que Nunca Vimos: Danny Boyle e o Roteiro de Bond Enterrado em Moscovo

🎬 O que aconteceria se Danny Boyle tivesse feito um filme de James Bond? A pergunta paira no ar desde 2018, quando o aclamado realizador britânico abandonou repentinamente a cadeira de realizador do 25.º filme da saga, aquele que viria a ser No Time To Die. Agora, com 28 Years Later nos cinemas e Boyle de novo em destaque, o cineasta revela a sua “única” grande mágoa: o filme de 007 que nunca viu a luz do dia.

Ver também : Antes de Conan, Houve Kull: O “Barbaro Esquecido” Que Inspirou Tudo

Um 007… na Rússia?

Segundo o próprio Danny Boyle, a visão que tinha para o espião britânico não era menos do que ousada — e, ironicamente, seria extremamente relevante nos dias que correm. A ideia, concebida em parceria com o argumentista John Hodge (TrainspottingA Praia), passava por levar Bond de volta às suas origens soviéticas, com um enredo passado integralmente na Rússia contemporânea.

“Aquilo era bom. Era mesmo bom. John Hodge escreveu um argumento excelente”, lamenta Boyle. “Mas eles [os produtores] perderam a confiança.”

Sim, a visão de Boyle e Hodge pretendia afastar-se do formato tradicional da saga — algo que, segundo o próprio realizador, os responsáveis da franquia dizem querer… até realmente o verem. “Querem originalidade, mas não demasiada”, atira.

Uma Separação por “Diferenças Criativas”

Em 2018, quando o projecto ainda era envolto em segredo, foi oficialmente anunciado que Boyle tinha abandonado o filme por “diferenças criativas”. Só mais tarde ficámos a saber que não era uma diferença qualquer — era um desacordo fundamental sobre o que James Bond deve ou não ser.

Boyle não quis abrir mão do argumento de Hodge, nem sacrificar a liberdade artística em nome da fórmula da saga. “Tenho uma relação muito intensa e leal com o John. E eu não ia mudar isso”, explicou.

No fim, o filme acabou por ser entregue a Cary Joji Fukunaga (True DetectiveBeasts of No Nation), com No Time To Diea ser lançado em 2021 como o adeus de Daniel Craig ao papel. E sim, é um filme sólido… mas agora não conseguimos parar de imaginar aquele Bond exilado em Moscovo, a revisitar o seu passado, envolto numa atmosfera fria, melancólica e possivelmente politicamente explosiva.

Será que ainda vamos ver o Bond de Boyle?

Provavelmente não. “Esse navio já partiu”, afirmou o realizador de Slumdog Millionaire. A não ser que os estúdios queiram escavar esse guião “perdido” e, quem sabe, explorar outras narrativas fora da linha principal da saga. Afinal, com a Amazon a assumir agora o controlo criativo do franchise após décadas de domínio de Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, tudo parece estar em cima da mesa… e essa instabilidade talvez seja o melhor argumento possível para uma ideia realmente arrojada.

Quem será o próximo 007?

Com Daniel Craig oficialmente reformado e os rumores a multiplicarem-se mais depressa que martinis batidos (não mexidos), nomes como Aaron Taylor-Johnson, Idris Elba, Tom Hardy e James Norton continuam na roleta do possível novo Bond. Pierce Brosnan já disse que o próximo deveria ser “obrigatoriamente britânico” — esquecendo-se, claro, que ele próprio é irlandês e que George Lazenby era australiano.

ver também : Seth Rogen e a Audição de Gigli Que Quase “Lhe Acabava a Carreira” 🤯

O que é certo é que, seja quem for o escolhido, vai herdar não só um smoking e uma Walther PPK, mas também a sombra de um filme alternativo que poderia ter reescrito as regras — e que, pelas palavras de Danny Boyle, merecia mesmo ter sido feito.

Jesse Eisenberg como o Novo James Bond? Primeiro, Treino Militar na Polónia!

O ator Jesse Eisenberg, conhecido pelos seus papéis em A Rede Social e Truque de Mestre, viu-se recentemente no centro de uma situação insólita. Depois de obter cidadania polaca, foi “convocado” pelo primeiro-ministro do país, Donald Tusk, para um peculiar treino militar que, segundo o líder polaco, poderia garantir-lhe o papel do próximo James Bond. 🎭💂

Este filme entra Para o Top das Adaptações Mais Rentáveis de Stephen King 🐵🎬

A história começou quando Eisenberg, que tem ascendência polaca, recebeu oficialmente a cidadania do país. Pouco depois, durante uma entrevista no The Tonight Show da NBC, brincou com o facto de ter descoberto que “todos os homens na Polónia têm agora de participar em treinos militares” – uma referência às novas diretrizes do governo polaco para reforçar as suas forças armadas. O comentário gerou risos no programa, mas parece ter chegado aos ouvidos das autoridades polacas.

Em resposta, o primeiro-ministro Donald Tusk publicou um vídeo na rede social X (antigo Twitter), onde assegurou a Eisenberg que “não há nada a temer” e que o treino militar no país é voluntário. Mas foi mais longe: “Vem para a Polónia! Damos-te um treino tão bom que o próximo James Bond? É teu!” 💣🔥

James Bond Polaco?

A oferta, apesar de claramente humorística, levantou questões curiosas. Poderia Eisenberg sequer ser considerado para o icónico papel de 007? Até agora, o ator não tem estado no radar para substituir Daniel Craig, e o seu perfil destoa da imagem tradicional do espião britânico. No entanto, com o recente interesse da indústria cinematográfica em reinventar personagens clássicas, tudo é possível.

A realidade, no entanto, é que a Polónia está a reforçar as suas forças militares num momento de instabilidade geopolítica na Europa. O governo planeia colocar 100.000 voluntários por ano em treino militar a partir de 2027, como parte de um plano para duplicar o número de soldados disponíveis e reforçar a reserva militar.

“Wonka” chega aos Canais TVCine: a história mágica do icónico chocolateiro estreia a 21 de março 🍫✨

Por enquanto, Eisenberg ainda não respondeu oficialmente ao convite de Tusk, mas se aceitar, talvez o vejamos num futuro filme de espionagem… com sotaque polaco! 🎥🇵🇱

O que achas? Eisenberg teria perfil para James Bond ou seria melhor deixá-lo nos papéis de nerds e ilusionistas? 🤔

Christopher Nolan na rota de James Bond? Interesse é mútuo, garantem fontes de Hollywood 🎥🕵️‍♂️🔥

A notícia caiu como uma bomba 💣 em Hollywood: a Amazon MGM assumiu o controlo criativo da saga James Bondapós meses de disputas com os seus históricos produtores, Barbara Broccoli e Michael Wilson. Agora, a grande questão que paira no ar é: Christopher Nolan será o homem certo para revitalizar 007? 🤔

ver também: 🎬 Os 10 Melhores Filmes de Ação que Venceram Óscares, Segundo a Collider! 🏆💥

Se depender dos especialistas da indústria, a resposta é um retumbante sim. O The Wrap falou com seis fontes de topo em Hollywood e todas concordam que Nolan é a melhor escolha possível para dar uma nova vida ao agente secreto mais famoso do mundo.

🎬 “Se a Amazon quiser preservar o legado, deve fazer tudo o que for possível para conseguir o Chris Nolan e esperar por ele o tempo que for necessário”, disse um dos produtores entrevistados.

A agenda cheia de Nolan e o passado com Bond ⏳🎬

O problema? A agenda de Christopher Nolan está repleta. O realizador iniciou, no final de fevereiro, as filmagens de “The Odyssey”, uma superprodução baseada no poema épico de Homero 📖🌊, que chegará aos cinemas a 17 de julho de 2026. O filme conta com um elenco impressionante que inclui Matt Damon, Tom Holland, Robert Pattinson, Anne Hathaway, Zendaya, Lupita Nyong’o e Charlize Theron. 🤯✨

Apesar dos seus compromissos, Nolan sempre demonstrou um grande amor pela saga 007. Não é segredo que filmes como “Inception” (2010) e “Tenet” (2020) têm uma forte influência dos clássicos de espionagem 🕵️‍♂️.

Aliás, já houve conversas entre Nolan e a família Broccoli. Segundo uma investigação recente da Variety, o realizador esteve muito próximo de aceitar dirigir o primeiro filme pós-Daniel Craig em 007: Sem Tempo Para Morrer (2021). No entanto, acabou por recusar porque não teria controlo criativo total sobre a produção. 🎭✍️

Em novembro de 2023, Nolan foi questionado sobre os rumores de que estaria em negociações para realizar dois ou três filmes da saga 007, potencialmente situando Bond nos anos 1960, mais próximo dos romances de Ian Fleming. A resposta foi cautelosa: “Infelizmente, não há verdade nesses rumores.” 🤨

No entanto, meses antes, no podcast Happy Sad Confused, o realizador foi claro sobre o que exigiria para se juntar à saga:

💬 “Adoro os filmes. Seria um privilégio incrível fazer um. Mas não se quereria fazer um filme sem estar completamente comprometido com o que se traz criativamente para a mesa. Portanto, como argumentista, o casting, tudo, é um pacote completo.”

Ou seja, se Nolan vier a dirigir James Bond, quer ter as rédeas de tudo – argumento, casting e estilo. 🎬✨

A Amazon MGM vai fazer tudo para ter Nolan? 💰🎭

Com a Amazon MGM a investir centenas de milhões de dólares na franquia, um produtor de topo afirmou ao The Wrap:

🗣️ “Dado o forte desejo que Nolan expressou no passado para dirigir James Bond e o enorme investimento da Amazon, eles deviam começar com ele e apenas com ele.”

Outro acrescentou:

🔎 “Desconfio que vão fazer isso e também desconfio que há um forte desejo mútuo de fazer isso acontecer.”

ver também: “Não Tenho Dinheiro”: Francis Ford Coppola Já Prepara Novo Filme – e Vai Ser Muito Mais Barato que Megalopolis! 🎬💸

Com a pressão do mercado para tornar 007 uma nova Marvel e a necessidade de um realizador de prestígio para manter a saga relevante, Christopher Nolan parece ser a escolha perfeita para liderar a nova fase de James Bond. Mas a questão é: estará a Amazon MGM disposta a dar-lhe o controlo total? 🤔💥

O que achas? Será Nolan a melhor escolha para revitalizar Bond? Conta-nos nos comentários! 🎬🎤🕵️‍♂️

🎬 Daniel Craig Rompe o Silêncio e Ignora a Amazon no Adeus aos Produtores de James Bond

Desde a sua estreia em 007: Casino Royale (2006), Daniel Craig tornou-se um dos rostos mais icónicos de James Bond. Agora, com a saída dos produtores Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, o ator reagiu publicamente… mas com um detalhe curioso: não fez qualquer menção à Amazon, que recentemente assumiu o controlo criativo da saga.

💬 “O Meu Respeito e Amor Pela Barbara e Pelo Michael Permanecem Inalterados”

Em vez de comentar a nova direção da saga, Craig centrou-se exclusivamente em elogiar os históricos produtores:

“O meu respeito, admiração e amor pela Barbara e pelo Michael permanecem os mesmos e inalterados. Desejo ao Michael uma reforma longa e descansada (e bem merecida) e quaisquer empreendimentos que a Barbara faça, sei que serão espetaculares e espero poder fazer parte deles.”

veja também : 🎥 James Bond em Perigo? Fãs Temem o Pior Com a Amazon ao Comando

O silêncio sobre a Amazon MGM Studios foi notório, sobretudo num momento em que a produtora está sob fogo cerrado por parte dos fãs, que temem que a gigante do streaming transforme 007 numa franquia fast food de cinema e TV.

🔎 O Acordo Que Mudou Tudo

O novo contrato estabelece que a Amazon e a família Broccoli partilharão a propriedade da saga, mas a gigante tecnológica passa a ter o controlo total das decisões criativas. Até agora, a família Broccoli era conhecida por lançar filmes de James Bond apenas quando o argumento certo surgia — um método que garantiu qualidade, mas também longos períodos de espera entre filmes.

Com a Amazon ao leme, essa filosofia pode mudar radicalmente. É quase certo que veremos um ritmo acelerado de produções e, possivelmente, séries derivadas no Prime Video.

🔥 Conflito Entre a Amazon e Barbara Broccoli?

A mudança de controlo não foi pacífica. Segundo uma investigação do Wall Street Journal, Barbara Broccoli terá ficado “indignada” quando os executivos da Amazon referiram-se a James Bond como apenas “conteúdo”. A produtora sempre tratou a saga como uma obra cinematográfica de prestígio, e não apenas como mais um produto comercial.

Outro ponto de discórdia foi a insistência da Amazon em criar spin-offs de personagens secundárias como Moneypennyou até mesmo uma versão feminina de 007. Para Broccoli, estas ideias diluem o legado da saga, algo que a Amazon parece não ver como um problema.

🎭 Daniel Craig Mantém-se Leal aos Criadores

O afastamento de Craig da Amazon não é uma surpresa. Ao longo dos anos, o ator sempre expressou profunda gratidão pelos produtores que apostaram nele quando muitos duvidavam da sua capacidade para interpretar Bond.

Agora, com a saga a entrar numa nova fase, resta saber se o próximo 007 será escolhido pelo seu talento… ou por um algoritmo da Amazon.

A grande questão mantém-se: será este o início do fim da magia de James Bond?

veja também : Amazon Boss Jeff Bezos Pergunta Quem Deve Ser o Próximo James Bond — E a Resposta é Clara

🎥 James Bond em Perigo? Fãs Temem o Pior Com a Amazon ao Comando

A saga James Bond sempre foi sinónimo de elegância, espionagem e ação, mantendo-se como uma das franquias mais icónicas do cinema. Mas agora, os fãs temem que o futuro do agente secreto com licença para matar possa estar em risco. A recente aquisição do controlo criativo da saga por parte da Amazon MGM Studios afastou os históricos produtores Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, levando a uma onda de preocupação nas redes sociais. 😨

A decisão foi recebida com um misto de incredulidade e pessimismo. A família Broccoli sempre protegeu a marca James Bond de spin-offs desnecessários e de uma exploração excessiva da franquia. Agora, com a Amazon ao leme, muitos receiam que 007 possa sofrer a mesma expansão massiva que a Disney fez com Star Wars e a Marvel, inundando o mercado com séries e derivados que podem diluir a essência da saga.

ver também :

💬 Jeff Bezos Pergunta, Fãs Respondem

Após o anúncio, o próprio fundador da Amazon, Jeff Bezos, lançou uma pergunta nas redes sociais:

“Quem escolheriam para ser o próximo James Bond?”

O inquérito gerou milhares de respostas e discussões acaloradas. Os nomes de Henry CavillTom HardyJames McAvoy e Aaron Taylor-Johnson foram os mais referidos, com Cavill a destacar-se como o preferido do público. A questão, no entanto, levanta outro debate: estará a Amazon a escolher o próximo 007 com base num mero concurso de popularidade?

📢 A Reação do Público: Um Funeral Para James Bond?

O tom das redes sociais foi esmagadoramente negativo. Muitos partilharam memes e frases como “RIP James Bond” e “A Amazon vai espremer a saga até secar”. Outros lamentaram o possível fim da tradição de filmes únicos e de alta qualidade, temendo uma enxurrada de séries secundárias de personagens como Moneypenny ou Q.

Os receios dos fãs não são infundados. A Amazon já tentou criar um universo cinematográfico de espionagem com Citadel, uma produção multimilionária que prometia um vasto leque de spin-offs internacionais… mas acabou por ser um fracasso. O receio é que agora tentem aplicar a mesma fórmula a James Bond, sem respeitar o ADN da saga.

📅 O Que Esperar do Futuro de 007?

Com a saída da família Broccoli, a grande questão é: quem assumirá a liderança criativa da saga? Enquanto a Marvel tem Kevin Feige e Star Wars tem Kathleen KennedyJames Bond não tem, para já, um nome forte que possa garantir um futuro sólido e respeitoso para a franquia.

A Amazon pode muito bem revitalizar a saga e trazer novas ideias… ou pode transformá-la num produto comercial sem alma. Só o tempo dirá se esta decisão será um golpe de mestre ou o início do fim de um dos maiores ícones do cinema.

Amazon Boss Jeff Bezos Pergunta Quem Deve Ser o Próximo James Bond — E a Resposta é Clara

A recente notícia de que a Amazon assumiu o controlo criativo total da saga James Bond, com os produtores de longa data Barbara Broccoli e Michael G. Wilson a afastarem-se, gerou uma grande questão: Quem será o próximo 007?

ver também : John Malkovich Recusou Propostas da Marvel Devido a Más Condições: ‘Se Vou Ficar Pendurado Numa Grua Durante Seis Meses, Paguem-me’

Jeff Bezos, fundador da Amazon, levou essa pergunta à sua conta na plataforma X (antigo Twitter), e os resultados foram bastante claros.

Embora houvesse votos para nomes como Tom Hardy, Idris Elba, James McAvoy, Michael Fassbender e Aaron Taylor-Johnson — este último anteriormente apontado como um dos favoritos — a escolha do público foi inequívoca: Henry Cavill.

Resultados da Votação

  • Henry Cavill – 54,6%
  • Tom Hardy – 8,4%
  • James McAvoy – 2,9%
  • Michael Fassbender – 7,1%
  • Aaron Taylor-Johnson – 9,7%
  • Idris Elba – 11,3%
  • Outro (mencione nos comentários) – 5,9%

Com 238 votos contabilizados, Henry Cavill tornou-se rapidamente um dos tópicos mais discutidos online entre os fãs da saga Bond. O entusiasmo tem sido tanto que agora surgem especulações sobre se a ligação do ator à Amazon, através do seu recente contrato para protagonizar e produzir a adaptação de Warhammer 40,000, pode aumentar as suas hipóteses de conseguir o papel de 007.

O Passado de Cavill com James Bond

Curiosamente, Cavill já esteve muito perto de ser James Bond. Durante o processo de casting para Casino Royale (2006), o ator britânico, então com 23 anos, impressionou o realizador Martin Campbell com um teste “tremendo”. No entanto, foi considerado demasiado jovem para o papel, que acabou por ir para Daniel Craig.

Em 2023, Cavill recordou essa experiência numa entrevista a Josh Horowitz:

“Foi entre mim e o Daniel, e eu era a opção mais jovem. Eles obviamente escolheram o Daniel, e acho que foi uma escolha incrível. Provavelmente, eu ainda não estava pronto na época. O Daniel fez um trabalho extraordinário ao longo dos filmes, por isso fico feliz com a decisão.”

Martin Campbell, por sua vez, também elogiou Cavill:

“Ele estava em ótima forma no teste, a interpretação foi incrível. Se o Daniel não existisse, o Henry teria sido um excelente Bond.”

Henry Cavill Ainda Pode Ser Bond?

Agora, aos 40 anos, Cavill volta a ser apontado como candidato ao icónico papel, mas o fator idade pode novamente jogar contra ele. Campbell explicou que um ator assina, geralmente, um contrato para três filmes, o que corresponde a um compromisso de cerca de seis anos.

*”Por altura de *No Time To Die, o Daniel Craig já estava numa idade em que um filme adicional teria sido demasiado. Se o Henry assinar para três filmes, já estará perto dos 50 quando acabar.”

Ver também : ‘Blue Moon’, de Richard Linklater, Ilumina Berlim com Transformação de Ethan Hawke

Ainda assim, Cavill continua em excelente forma e tem uma legião de fãs que o quer ver como o próximo James Bond. Com a Amazon agora a comandar a saga, tudo pode acontecer.

Henry Cavill Quase Foi James Bond, Mas Ainda Bem Que Não! 🤵🍸

A escolha de um novo James Bond é sempre um dos temas mais polémicos entre os fãs de cinema. Afinal, estamos a falar de um dos papéis mais icónicos da história do cinema! Quando Daniel Craig foi anunciado como o sucessor de Pierce Brosnan, houve quem torcesse o nariz. Mas agora, quase 20 anos depois, um vídeo da audição de Henry Cavill para Casino Royale veio provar que a escolha foi mesmo a certa! 😲

Mickey 17’ Leva Berlim à Loucura com Robert Pattinson em Dose Dupla! 🤯🎬

Henry Cavill: Jovem Demais para o 007?

Em 2005, Henry Cavill tinha apenas 22 anos quando fez a audição para o papel de James Bond. Se por um lado isso poderia fazer sentido, já que Casino Royale mostrava os primeiros tempos do agente secreto ao serviço de Sua Majestade, por outro lado, Bond já devia ser um espião experiente e respeitado pela chefe M (interpretada por Judi Dench). Craig conseguiu encontrar o equilíbrio perfeito entre juventude e credibilidade, algo que Cavill, por muito carismático que fosse, ainda não tinha maturidade para entregar. 🤷‍♂️

Além disso, Casino Royale marcou uma viragem na franquia, afastando-se dos exageros dos filmes de Brosnan e adotando um tom mais cru e realista. Cavill, pelo contrário, tinha uma abordagem mais clássica e sarcástica, ao estilo de Sean Connery e Timothy Dalton. Mas esta não era a visão que os produtores queriam para o novo 007. E, honestamente? Ainda bem! Porque Craig deu-nos um dos melhores Bonds de sempre. 🔥

Henry Cavill Ainda Pode Ser Bond?

Agora, com Craig fora da franquia depois de No Time to Die, os fãs voltaram a sugerir Cavill para o papel. Mas aqui está o problema: agora ele já está velho demais! Aos 41 anos, dificilmente conseguiria embarcar numa nova fase da saga, que precisa de um ator que possa manter o papel por vários anos sem envelhecer demasiado. 😬

Outro fator contra? Cavill é demasiado famoso. Os produtores da saga de 007 sempre optaram por atores relativamente desconhecidos, evitando que o público associe a personagem a outros papéis. E vamos ser honestos: depois de The Witcher e de interpretar o Super-Homem, é impossível olhar para Henry Cavill sem ver… Henry Cavill. 🤷‍♂️

Cavill Nunca Será Bond, Mas Continua a Brilhar!

Se és daqueles que ainda sonha ver Cavill como James Bond, não desesperes! Ele já brilhou como espião em The Man From U.N.C.L.E., onde mostrou que consegue vestir um fato e manusear um Martini com a mesma classe que 007. Além disso, tem vários projetos de ação no horizonte, como The Ministry of Ungentlemanly Warfare e In the Grey. Pode nunca ser Bond, mas continua a criar personagens icónicas. E quem sabe? Talvez o vejamos como o vilão num futuro filme de 007. Isso sim, seria épico! 😈🔥

James Bond no centro de uma batalha judicial ⚖️

Os 10 filmes de James Bond com maior bilheteira de sempre (ajustado à inflação) 🎬💰

James Bond é, sem dúvida, uma das franquias mais icónicas da história do cinema. Com 27 filmes lançados (incluindo os dois que não fazem parte da série oficial da Eon Productions), a saga do agente secreto 007 redefiniu o conceito de blockbuster e foi, durante décadas, a franquia mais lucrativa da história, antes da chegada de sagas como Harry Potter, Marvel e Star Wars (via Statista).

Miles Teller será Gino Bartali no filme dos realizadores de “Free Solo” sobre o ciclista-herói da Segunda Guerra Mundial 🚴‍♂️🎬

📈 Se olharmos apenas para valores nominais, os filmes mais recentes são os de maior sucesso, com os cinco filmes de Daniel Craig como Bond a ultrapassarem os 500 milhões de dólares em bilheteira. No entanto, se ajustarmos os números à inflação, os resultados tornam-se surpreendentes.

Os 10 filmes mais rentáveis de James Bond (ajustados à inflação):

#FilmeBilheteira Ajustada (milhões de $)
1Skyfall (2012)1.526,55
2Thunderball (1965)1.414,71
3Goldfinger (1964)1.271,58
4Spectre (2015)1.161,31
5Live and Let Die (1973)1.150,11
6You Only Live Twice (1967)1.054,54
7The Spy Who Loved Me (1977)965,56
8Casino Royale (2006)930,57
9Moonraker (1979)914,21
10Diamonds Are Forever (1971)903,96

🔟 Diamonds Are Forever (1971) – $904M

O último filme de Sean Connery como Bond (na Eon Productions) destaca-se pelo seu tom campy e pela icónica canção de Shirley Bassey. Connery tinha regressado ao papel após o fracasso comercial de On Her Majesty’s Secret Service (1969), que introduziu George Lazenby como Bond.

9️⃣ Moonraker (1979) – $914M

A resposta da Eon à febre de Star Wars levou Bond ao espaço! Além disso, trouxe de volta Jaws, o vilão de dentes metálicos que aterrorizou os fãs em The Spy Who Loved Me (1977).

8️⃣ Casino Royale (2006) – $931M

Daniel Craig estreou-se no papel de 007 com um dos filmes mais aclamados da saga, revitalizando a franquia com um Bond mais realista, intenso e emocionalmente vulnerável.

7️⃣ The Spy Who Loved Me (1977) – $966M

Um dos filmes mais estilizados e exagerados de Bond, repleto de gadgets e vilões memoráveis, incluindo o megalomaníaco Karl Stromberg e o icónico Jaws.

6️⃣ You Only Live Twice (1967) – $1.06B

O quinto filme de Sean Connery levou Bond ao Japão, onde enfrentou a organização SPECTRE e o infame Blofeld, interpretado por Donald Pleasence.

5️⃣ Live and Let Die (1973) – $1.15B

Primeiro filme de Roger Moore como 007, marcado pelo tema musical de Paul McCartney & Wings. Apesar do sucesso financeiro, o filme foi criticado pelos estereótipos raciais e a sua abordagem exagerada.

4️⃣ Spectre (2015) – $1.16B

O sucessor de Skyfall trouxe de volta Blofeld (Christoph Waltz), mas decepcionou muitos fãs. No entanto, a sua bilheteira continuou impressionante.

3️⃣ Goldfinger (1964) – $1.27B

A obra-prima de Connery! Este filme definiu o que um filme de Bond deveria ser, desde os gadgets do Q, ao Aston Martin DB5, até ao vilão Goldfinger e à icónica cena da morte de Jill Masterson coberta de ouro.

2️⃣ Thunderball (1965) – $1.41B

O maior sucesso de Connery nos anos 60, com uma produção mais ambiciosa e filmagens subaquáticas revolucionárias.

1️⃣ Skyfall (2012) – $1.52B

O filme mais lucrativo de Bond até hoje, com Javier Bardem como um dos vilões mais memoráveis da saga. A despedida de Judi Dench como M e a música vencedora do Óscar interpretada por Adele ajudaram a consolidar este clássico moderno.

Atrizes atingem paridade com homens como protagonistas nos filmes de maior bilheteira de 2024 🎬

📢 Conclusão: James Bond continua a ser uma das sagas mais rentáveis da história do cinema. Com a procura pelo próximo 007, será que algum filme futuro poderá ultrapassar Skyfall? 🤔

James Bond: A Nova Aventura Não é de Espionagem, Mas de marradas corporativas

O futuro do icónico James Bond está a enfrentar um desafio inesperado — não nas missões perigosas, mas nos bastidores. Desde que a Amazon adquiriu a MGM em 2022, a relação com os produtores históricos da franquia, a família Broccoli, tem estado longe de ser harmoniosa. Segundo um relatório recente do Wall Street Journal, o desacordo sobre a direção criativa do próximo filme de Bond criou um impasse que ameaça deixar o superespião no limbo.

ver também : A Verdade Oculta: Por Que os Atores de James Bond Acabam Por Odiar o Papel

A Batalha pelo Controlo Criativo

Barbara Broccoli, que assumiu o papel de guardiã da franquia ao lado do seu irmão Michael G. Wilson, é conhecida por manter um controlo rigoroso sobre a visão criativa de Bond. Após o fim da era Daniel Craig, os fãs aguardam ansiosamente pelo próximo capítulo, mas Broccoli revelou recentemente que ainda não há “guionistas, história ou sequer um novo Bond” definido.

Parte do problema reside no conflito de visões entre a Amazon e os Broccoli. De acordo com o Wall Street Journal, a gigante tecnológica queria expandir o universo de Bond com séries na Prime Video, spinoffs de personagens secundários e até um projeto protagonizado por uma mulher como 007. No entanto, os Broccoli rejeitaram essas ideias, com Barbara insistindo que Bond “não deve ser tratado como mero conteúdo”.

Controvérsia sobre o Novo Bond

Outro ponto de discórdia é quem deve interpretar o próximo Bond. Embora a Amazon e outros executivos tenham sugerido explorar um casting mais diversificado, incluindo mulheres, pessoas de cor ou homens gays, Barbara manteve-se firme na ideia de que Bond deve ser sempre um homem britânico. Segundo fontes, ela está mais aberta à possibilidade de um Bond negro ou gay, mas acredita que o personagem deve continuar a refletir as suas raízes britânicas.

O Futuro de Bond: Em Suspenso

O impasse criativo deixa o futuro da franquia incerto. Apesar do enorme sucesso da era Daniel Craig — especialmente com o final épico em “No Time to Die” —, os planos para o próximo capítulo estão parados. A tensão entre a visão algorítmica da Amazon e a abordagem tradicional e focada em legado dos Broccoli parece ser o principal obstáculo.

Barbara Broccoli teria confidenciado a amigos que considera os executivos da Amazon “idiotas completos”, segundo o WSJ.

Embora a Amazon tenha adquirido a MGM com grande entusiasmo para expandir a franquia, os Broccoli continuam a ser os guardiões criativos de Bond, e dificilmente cederão à pressão para transformar o espião em um produto orientado por tendências tecnológicas.

O Que Está em Jogo?

A marca James Bond é uma das franquias cinematográficas mais valiosas e icónicas do mundo, tendo gerado mais de 7 mil milhões de dólares em bilheteira global desde a estreia de “Dr. No” em 1962. Qualquer mudança significativa na abordagem criativa pode influenciar não só a qualidade dos filmes, mas também o legado e a conexão emocional com os fãs.

Enquanto os fãs aguardam com expectativa o anúncio do próximo Bond, é evidente que o conflito nos bastidores terá de ser resolvido para que o superespião volte ao grande ecrã. Afinal, como diz a icónica frase da franquia: “James Bond will return.”

Pierce Brosnan e o Fim de uma Era no Papel de James Bond

O adeus de Pierce Brosnan ao papel de James Bond continua a gerar discussão entre os fãs da franquia. Apesar do sucesso comercial do seu último filme como 007, “Die Another Day” (2002), Brosnan foi substituído, numa decisão que, para muitos, poderia ter sido conduzida com maior elegância. A forma como o ator soube que não continuaria no papel — aparentemente através das notícias — é considerada por muitos uma desfeita para alguém que deu tanto à franquia.

Mas foi Brosnan, realmente, injustiçado? Ou será que o fim da sua era como Bond era inevitável?

Um Adeus em Meio a Mudanças na Indústria

Ao filmar “Die Another Day”, Pierce Brosnan tinha 49 anos, e o próprio ator já mostrava sinais de estar pronto para seguir em frente. O envelhecimento das estrelas de ação é sempre um desafio para Hollywood, especialmente em franquias que exigem fisicalidade e apelo juvenil. Embora Roger Moore tenha interpretado Bond até aos 57 anos, ele mesmo admitiu que o desgaste físico era evidente em “A View to a Kill”.

Além disso, o contexto cinematográfico estava a mudar rapidamente no início dos anos 2000. A estreia da série Bourne, protagonizada por Matt Damon, trouxe uma nova abordagem ao género de espionagem: um tom mais realista, cenas de ação intensas e uma desconstrução dos estereótipos glamorosos associados a espiões. Este novo estilo fez os filmes de Brosnan parecerem datados, com o seu Bond sofisticado e cheio de charme a ser visto como uma relíquia de uma época passada.

“Die Another Day”: Sucesso Comercial, Crítica Mista

Embora “Die Another Day” tenha sido um sucesso de bilheteira, arrecadando mais de 430 milhões de dólares, o filme enfrentou críticas pela sua dependência de efeitos especiais exagerados e uma história que muitos consideraram fora do tom tradicional da franquia. Para os produtores, o filme representava uma encruzilhada: continuar com a fórmula consagrada ou reinventar o personagem para uma nova geração. A escolha recaiu na segunda opção, e com ela veio Daniel Craig.

A Reinvenção de James Bond

A chegada de Daniel Craig ao papel foi controversa no início. Muitos fãs não aprovaram a escolha de um ator que quebrava o molde tradicional de Bond: menos charmoso, mais rude e brutal. No entanto, Craig trouxe uma abordagem que ecoava o Bond dos livros de Ian Fleming — um homem frio, distante e pragmático, em contraste com o carisma quase sobrenatural de Brosnan. Esta mudança foi decisiva para modernizar a franquia e alinhá-la com as expectativas do público contemporâneo.

Craig seguiu os passos de Timothy Dalton, cujo Bond mais sombrio e sério foi rejeitado na sua época mas posteriormente elogiado como uma interpretação fiel ao material original. Dalton pode ter sido mal recebido nos anos 80, mas abriu caminho para a abordagem que Craig tornou icónica.

ver também : Henry Cavill Revela o Sacrifício por Trás do Corpo de Superman em “Homem de Aço”

Brosnan: Um Bond Memorável em Tempos de Transição

Pierce Brosnan herdou o papel numa era de transição para Bond, equilibrando o charme sofisticado dos seus predecessores com a necessidade de cenas de ação cada vez mais ambiciosas. Foi o Bond certo para o final dos anos 90 e início dos 2000, mas a evolução da franquia exigia algo mais adaptado à realidade do novo milénio.

Embora a forma como Brosnan deixou o papel tenha sido controversa, é difícil negar que a sua saída abriu portas para uma das reinvenções mais bem-sucedidas da história do cinema. Como o próprio ator admitiu mais tarde, talvez fosse mesmo o momento certo para passar o manto. Desde então, Brosnan tem brilhado em papéis que exploram o seu talento em novos contextos, consolidando a sua carreira para além do icónico smoking de 007.

ver também : Keira Knightley Afasta-se de Franquias Após Experiência com “Piratas das Caraíbas”


A Verdade Oculta: Por Que os Atores de James Bond Acabam Por Odiar o Papel

Ser escolhido para interpretar James Bond é um marco na carreira de qualquer ator, mas a realidade por trás desse papel icónico é mais complicada do que parece. Embora o papel de 007 seja visto como um privilégio, muitos dos atores que assumiram o manto de Bond acabaram por expressar frustrações, principalmente devido aos compromissos a longo prazo e às restrições contratuais.

ver também : “The Day of the Jackal” Ganha Nova Vida com Série da SkyShowtime

Os Compromissos a Longo Prazo e as Restrições

Uma das principais razões pelas quais os atores acabam por não gostar do papel de James Bond está relacionada com o tempo exigido por cada filme. Cada produção pode levar até um ano, incluindo seis meses de treino intenso, seguidos de filmagens e uma extensa campanha de promoção em várias partes do mundo, o que, por vezes, dura mais seis meses. Este ciclo pode tornar-se cansativo e repetitivo.

Além disso, há várias restrições contratuais que limitam a liberdade dos atores. Um exemplo curioso aconteceu com Pierce Brosnan, que, durante a sua participação no filme The Thomas Crown Affair (1999), foi impedido de usar um smoking completo, uma vez que estava sob contrato para interpretar Bond. Como solução, teve de usar uma camisa desabotoada e uma gravata borboleta por atar, para evitar tecnicamente a violação do contrato, que proibia o uso de um tuxedo fora da franquia de Bond. Este tipo de detalhes mostra como ser Bond pode ser uma experiência tediosa, apesar do prestígio que acompanha o papel.

Sean Connery: O Primeiro Bond e as Suas Saídas

O primeiro ator a dar vida ao famoso espião, Sean Connery, rapidamente se cansou da personagem. Depois de interpretar Bond em You Only Live Twice (1967), Connery afastou-se da franquia, sentindo-se saturado com o papel. No entanto, foi persuadido a regressar por um pagamento recorde de 1,25 milhões de dólares para o filme Diamonds Are Forever (1971), apenas para sair novamente logo depois. Curiosamente, voltou mais uma vez para um filme de Bond não oficial, Never Say Never Again (1983), o que reflete a relação complexa que os atores desenvolvem com o personagem.

ver também: A Saída de Kevin Costner de “Yellowstone” e o Futuro da Série

George Lazenby e o Conselho Ruinoso

Outro caso curioso é o de George Lazenby, que interpretou Bond apenas uma vez, em On Her Majesty’s Secret Service(1969). Lazenby foi aconselhado a desistir do papel, sendo-lhe dito que Bond estava ultrapassado, o que se provou ser um dos piores conselhos de carreira de todos os tempos. Ele abandonou a franquia após um único filme, mas é sabido que ele teria continuado se as circunstâncias fossem diferentes.

Roger Moore e a Longevidade de Bond

Roger Moore assumiu o papel durante sete filmes, entre 1973 e 1985. Apesar de ter permanecido no papel por mais tempo do que a maioria dos seus antecessores, Moore também acabou por se cansar da personagem, deixando o papel aos 58 anos. Curiosamente, entre o seu quarto e quinto filme, Moore interpretou um personagem numa comédia, Cannonball Run (1981), onde satirizava o próprio James Bond, o que também contribuiu para a criação da “cláusula do smoking”, que limitava o uso do vestuário formal por parte dos atores que interpretavam Bond fora da franquia.

Timothy Dalton e a Saída Antecipada

Timothy Dalton interpretou Bond em dois filmes e estava preparado para continuar no papel em 1990, mas uma disputa legal entre a Eon Productions e a MGM impediu o início das filmagens. Quando o problema foi resolvido, Dalton recusou regressar, uma vez que não estava disposto a comprometer-se para mais de um filme, após um intervalo de cinco anos. Esta hesitação acabou por abrir caminho para Pierce Brosnan.

Pierce Brosnan e o Final Abrupto

Pierce Brosnan interpretou Bond em quatro filmes, com o último sendo Die Another Day (2002). Apesar de o filme ter sido um sucesso de bilheteira, a crítica não foi tão favorável, e Brosnan acreditava que regressaria para um quinto filme. No entanto, foi informado que as negociações não avançariam e que o estúdio não tinha planos concretos para continuar com ele no papel. Brosnan foi surpreendido e desiludido com a forma como a situação foi tratada, mas aceitou o fim abrupto da sua passagem como Bond.

Daniel Craig e o Encerramento nos seus próprios termos

Por fim, Daniel Craig, que interpretou Bond em cinco filmes, teve uma relação complexa com a personagem. Inicialmente relutante em continuar no papel, Craig assumiu o controlo criativo nas suas últimas produções, tornando-se também produtor. O ator conseguiu, assim, concluir a sua jornada como Bond em No Time to Die (2021) nos seus próprios termos, encerrando a história do seu Bond de forma definitiva. Craig, apesar de algumas críticas iniciais, tornou-se um dos atores mais emblemáticos a interpretar o espião, recebendo elogios tanto do público como da crítica.

Conclusão

Ser James Bond é tanto um privilégio quanto um fardo. Embora os atores que o interpretam reconheçam a honra de assumir o papel de um ícone cinematográfico, o longo compromisso e as restrições contratuais podem tornar o papel uma prisão criativa. Contudo, como mostrado ao longo dos anos, mesmo com as dificuldades, Bond continua a ser um dos papéis mais cobiçados da história do cinema.