“Dune 3”: Os Filhos Gémeos de Paul Atreides Já Têm Rosto — e Um Deles É Filho de Jason Momoa! 🌌🔥

A areia de Arrakis volta a agitar-se. Com Dune: Messiah prestes a entrar em produção, Denis Villeneuve começa a revelar as primeiras peças do seu tabuleiro galáctico — e a mais recente jogada tem tanto de simbólica como de surpreendente: os filhos gémeos de Paul Atreides e Chani já foram escolhidos. E sim, um deles é descendente directo de um guerreiro muito querido do universo Dune.

Segundo a Deadline, Nakoa-Wolf Momoa, filho de Jason Momoa, e Ida Brooke, conhecida da série Silo, vão interpretar Leto II e Ghanima Atreides, as crianças que, segundo a profecia (e o ADN dos seus pais), mudarão o destino do império. Estamos, por isso, perante um reforço de peso no elenco de Dune 3, que promete mergulhar de forma mais profunda nos caminhos obscuros do Messias de Arrakis.

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Leto e Ghanima: as crianças que já nascem “pré-nascidas”

Se isto soa confuso, é porque estamos a falar de Dune. Leto II e Ghanima não são bebés comuns. Em Dune: Messiah, nascem já com consciência ancestral — os chamados “pré-nascidos” —, capazes de aceder às memórias genéticas da sua linhagem, o que os torna simultaneamente perigosos e preciosos. No livro seguinte, Children of Dune, estas crianças ganham protagonismo absoluto, simbolizando o futuro do império e o legado de Paul Atreides.

O casting de actores infantis, em vez de recém-nascidos, indica que Villeneuve vai, mais uma vez, comprimir e manipular a linha temporal das obras de Frank Herbert. Como fez entre Dune e Dune: Parte Dois, o realizador não está interessado em seguir os livros à risca, mas sim em encontrar o ritmo cinematográfico certo para uma narrativa densa e cheia de camadas.


Nakoa-Wolf Momoa: tal pai, tal filho (literalmente)

A escolha de Nakoa-Wolf Momoa tem um sabor particularmente interessante para os fãs da saga. Jason Momoa deu corpo e carisma a Duncan Idaho, uma das personagens mais icónicas (e renascidas) do universo de Dune. Agora, o seu próprio filho entra em cena para interpretar Leto II — e, com os rumores de que Idaho poderá regressar de uma forma ou de outra no novo capítulo, há até a possibilidade poética de pai e filho se cruzarem… como personagens. A ficção científica e os laços de sangue nunca estiveram tão próximos.

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Ida Brooke: de “Silo” para o deserto

Ida Brooke, que ganhou notoriedade na série Silo, assume o papel de Ghanima, a irmã gémea de Leto II. Em Children of Dune, Ghanima é uma personagem crucial — sensata, feroz e profundamente leal. Com este casting, Villeneuve sinaliza que não está apenas a construir um novo capítulo de Dune, mas a preparar terreno para o legado das próximas gerações.


E o resto do elenco?

Ainda não há título oficial nem data de estreia para Dune 3 (ou Dune: Messiah, se for esse o caminho), mas é quase certo que nomes como Florence Pugh, Javier Bardem, Zendaya, Anya Taylor-Joy e Timothée Chalamet voltarão à arena. Os rumores também continuam a apontar Robert Pattinson como favorito para interpretar Scytale, o vilão metamorfo dos Tleilaxu, um dos personagens mais perturbadores do lore de Dune.

Denis Villeneuve: o verdadeiro Kwisatz Haderach do cinema moderno

Se há algo que Villeneuve já provou, é que não há desafio sci-fi demasiado denso para a sua visão. Com Dune e Dune: Parte Dois, conseguiu o impensável: tornar um dos livros mais complexos da literatura de ficção científica num épico acessível, visualmente deslumbrante e comercialmente bem-sucedido.

Agora, com a inclusão dos gémeos e a promessa de expandir o misticismo, a genética e o destino num só filme, Villeneuve prepara-se para encerrar esta trilogia com um toque profético — e, claro, muitas tempestades de areia.

Gary Oldman Cansado de Ser o Vilão de Serviço: “Foi Divertido, Mas Acabou por Ficar Enfadonho” 🎭🖤

Gary Oldman é um daqueles actores camaleónicos cuja presença enche qualquer ecrã — seja com um olhar enigmático, um sotaque fora do comum ou uma energia contida prestes a explodir. Mas por muito talento que tenha, até os camaleões se cansam de viver sempre na mesma cor. Numa recente entrevista para o programa Know Their Lines, da Variety, Oldman confessou o que muitos já suspeitavam: fartou-se de ser o vilão de plantão em Hollywood.

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“Rent-a-Villain”: a era em que bastava precisar de um mau da fita… e chamava-se o Gary

“Fui tipo moldado num certo papel durante algum tempo”, explicou o actor. “Tornei-me, por assim dizer, o cartaz do ‘aluga-se vilão’. Era do género: ‘Precisamos de um mauzão? Chama o Gary.’” E assim foi. Entre o sádico Drexl em True Romance, o calculista Zorg em O Quinto Elemento e o manipulador Sirius Black (esperem… ele não era vilão? Exatamente. Era esse o truque!), Gary Oldman era o rosto do mal com estilo.

Mas essa fase teve um fim. “Foi divertido durante um tempo. Mas chegou a um ponto em que se tornou um pouco repetitivo. Por isso, dei um basta”, contou com naturalidade.


Vilões com piscadelas de olho e sotaques improváveis

Oldman comparou o Dr. Zachary Smith, personagem que interpretou em Lost in Space (1998), ao seu emblemático Zorg de O Quinto Elemento (1997). “Ambos são vilões cómicos”, afirmou. “São papéis com a língua na bochecha, com um certo brilho no olhar. Divertidos de interpretar, sem dúvida.”

É precisamente essa combinação — malvadez com carisma, ameaça com charme — que fez de Oldman um favorito entre realizadores e fãs. Mas para o próprio, o desafio deixou de ser desafiante.


Quando o vilão vira herói: a reviravolta em Gotham

A viragem na carreira deu-se quando Christopher Nolan o chamou para interpretar o Comissário Gordon na trilogia Batman. A escolha surpreendeu até o argumentista David S. Goyer, que recordou recentemente no podcast Happy Sad Confused como ficou espantado ao saber que Oldman iria abandonar o lado negro da Força.

“Agora, como realizador mais experiente, percebo como é empolgante escolher contra o tipo”, comentou Goyer. “É estimulante para quem está a dirigir… e também para o actor.”

E de facto, ver Oldman como uma figura honesta e corajosa num mundo de corrupção e caos foi um sopro de ar fresco — tanto para o público como para o próprio actor, que provou (mais uma vez) que não há papel que lhe escape.


Um talento maior do que os rótulos

Gary Oldman é hoje um nome que transcende arquétipos. Tanto pode ser Winston Churchill (e ganhar um Óscar por isso), como um espião enigmático, um pai atormentado ou até um músico recluso. O tempo dos vilões caricaturais ficou para trás — embora, como o próprio reconhece, tenham tido o seu encanto.

“Eles são divertidos de fazer”, admitiu. Mas a diversão, quando se repete, pode tornar-se armadilha.

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E assim, Oldman fez aquilo que só os grandes conseguem: fechou a porta de um tipo de papel antes que ela se fechasse por si. Hoje, é um actor livre — e, quem sabe, pronto para um regresso surpresa como vilão… quando ele decidir que está na hora.

Heather Burns quer voltar ao palco de Miss Detective 3 — e nós também! 👑✨

Atriz de “Miss Rhode Island” revela que faria uma terceira aventura com Sandra Bullock “num instante”

Preparem as faixas, os saltos altos e os jactos de spray fixador: Heather Burns está mais do que pronta para regressar ao universo de Miss Congeniality (Miss Detective, em português). E se depender da vontade dela, o concurso de beleza mais caótico do FBI ainda pode ter uma terceira edição.

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Durante a estreia do seu novo filme The Best You Can, no prestigiado Festival de Tribeca 2025, a actriz foi entrevistada pela revista People e partilhou o entusiasmo com a ideia de voltar a interpretar Cheryl Frasier, a célebre Miss Rhode Island. E sim, ela ainda sabe que o dia mais perfeito do ano é 25 de Abril — “nem muito quente, nem muito frio”.

“Adorava. Foi uma das melhores experiências da minha vida”, confessou Burns. “Foi divertidíssimo fazer os dois filmes.”

Amizades que resistem ao tempo — e à maquilhagem de palco

Já passaram 25 anos desde a estreia do primeiro Miss Detective em 2000 (sim, vinte e cinco), mas os laços entre algumas das participantes da competição fictícia continuam fortes. Heather Burns revelou que continua próxima de várias colegas do elenco — incluindo Melissa De Sousa (Miss New York), que a acompanhou como “par romântico” à estreia em Tribeca.

E a amizade com Sandra Bullock, protagonista e produtora da saga, também ficou para a vida:

“Fiz amizades para sempre com a Sandra. É um sonho. Por isso sim, um terceiro filme? Eu saltava para isso sem pensar duas vezes.”

Burns e Bullock voltariam a contracenar pouco tempo depois em Two Weeks Notice (Amor em Fuga), cimentando a química entre ambas para além dos concursos fictícios.

Um novo filme… e uma nova paixão pelo cinema independente

Enquanto esperamos (com os dedos cruzados) por um eventual Miss Detective 3, Heather Burns não está parada. No seu novo projecto, The Best You Can, contracena com pesos pesados como Kevin Bacon, Kyra Sedgwick, Brittany O’Grady e Judd Hirsch. O filme, descrito como uma dramedy, acompanha a improvável amizade entre um segurança e um urologista.

“Apaixonei-me logo pelo argumento”, disse a actriz. “É o tipo de filme que adoro. Com alma. Tocou-me profundamente.”

Burns também não escondeu o entusiasmo por trabalhar com os veteranos do elenco:

“Sempre adorei a Kyra. Cresci a ver o Judd Hirsch em Taxi. E o Kevin Bacon… é o Kevin Bacon. Fiquei radiante por fazer parte deste projecto.”

E agora… será que a Sandra atende o telefone?

Fica a deixa para Hollywood: há vontade, há nostalgia e há fãs. A fórmula está feita. Só falta mesmo a luz verde para ver novamente Gracie Hart e as suas colegas em acção — com spray, disfarces, e talvez outro desfile interrompido por agentes do FBI.

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“Porque Não Ganhaste um Óscar”: Robin Wright Revela a Verdade Crua Sobre House of Cards

Igualdade salarial? Só quando fores premiada — mesmo numa série “revolucionária”

Foi a série que mudou tudo. House of Cards não só lançou a Netflix para o mundo da produção de conteúdo original, como marcou o início de uma nova era para o streaming. Mas para Robin Wright, que protagonizou a série ao lado de Kevin Spacey, nem tudo foi revolução. Sobretudo no que toca ao salário.

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Durante o Festival de Televisão de Monte Carlo, a atriz revelou que teve de travar uma verdadeira batalha por igualdade salarial com o colega de elenco — e a resposta que recebeu dos produtores é digna de um episódio sombrio da própria série.

“Quando disse: ‘Acho que é justo [ganhar o mesmo que o Kevin Spacey], porque a minha personagem se tornou tão popular como a dele’, eles responderam literalmente: ‘Bem, não podemos pagar-te o mesmo enquanto atriz’”, contou Wright, citada pela Variety e pela Deadline.

A desculpa? Não tens um Óscar na estante

Robin Wright interpretava Claire Underwood, uma das personagens mais fascinantes da série, cuja ascensão ao poder foi tão impactante como a do próprio Frank Underwood. Mas, aparentemente, o impacto no ecrã não era suficiente para equilibrar os salários fora dele.

“Porque não ganhaste um Óscar”, foi a resposta que lhe deram.

Para contornar a situação sem, claro, pagar-lhe o mesmo, a proposta foi criativa: três salários diferentes — atriz, produtora executiva e realizadora de alguns episódios.

“Vamos dividir para igualar”, disseram-lhe. Uma frase que soa a justiça, mas que, no fundo, é um truque para evitar confrontar o verdadeiro problema.

Robin Wright reconhece que ficar zangada “não mudaria nada”. O protocolo — esse ente invisível que tudo justifica — continua a imperar.

“Se perguntarem: ‘Por que é que esta ou aquela atriz não recebeu o mesmo que o Will Smith?’, eles dizem: ‘Vai subir depois de ganhares [o Óscar]’.”

Nomeações? Isso não paga contas

A atriz mostrou-se pragmática ao relatar o absurdo da situação: nem uma nomeação servia de argumento para subir o salário. O mundo de Hollywood (e agora o do streaming) continua preso a critérios antiquados, onde o prestígio de uma estatueta dourada vale mais do que o sucesso da personagem, a popularidade da série ou o impacto cultural.

“Nomeação, nem tanto. O que é que isto tem a ver com receber um aumento?”, questionou com ironia.

A revolução foi só para alguns

House of Cards foi, sem dúvida, um marco na história da televisão — e uma aposta visionária de David Fincher, que lhe apresentou o projeto com entusiasmo: “Este será o futuro, será revolucionário”, disse-lhe.

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A revolução aconteceu, sim. Mas, como em tantas outras, nem todos ficaram do mesmo lado da barricada.

Will Smith recusou Inception… e voltou a perder o comboio dos clássicos 🎬 Depois de Matrix, mais um murro no estômago da carreira de Will Smith

Will Smith já tinha admitido — com alguma dor na alma — que rejeitar Matrix foi uma das piores decisões da sua carreira. O papel que acabou por ser eternizado por Keanu Reeves tinha sido, inicialmente, oferecido a ele. Mas achou tudo “demasiado estranho”. O que não sabíamos é que essa não foi a única vez que o destino lhe deu um bilhete dourado para um clássico… e ele preferiu ficar na estação.

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Num momento de rara honestidade emocional, durante uma entrevista à rádio britânica Kiss Xtra, o ator revelou que também recusou o papel principal em Inception (A Origem, em português), o thriller de ficção científica realizado por Christopher Nolan e que acabaria por tornar-se num dos maiores sucessos da carreira de Leonardo DiCaprio.

“Acho que não o disse publicamente, mas vou fazê-lo porque estamos a ser sinceros um com o outro. O Chris Nolan trouxe-me o Inception primeiro e eu não o percebi”, confessou Will Smith.

A dor de ver o sucesso… de longe

Inception estreou em 2010 e tornou-se rapidamente num fenómeno cultural, misturando acção, intriga psicológica e sonhos dentro de sonhos. Leonardo DiCaprio interpretou Dom Cobb, um especialista em invadir o subconsciente durante o sono para roubar ideias. A complexidade da premissa foi precisamente o que assustou Will Smith, segundo o próprio.

“Agora que penso nisso, são aqueles filmes que vão para aquelas realidades alternativas… é difícil apresentá-los bem. Mas esses dois doem-me”, disse, referindo-se a Inception e Matrix.

Se por um lado é fácil rir com memes de Will Smith a ver Keanu Reeves em câmara lenta ou Leo a correr pelas paredes dos sonhos, por outro lado, é impossível não pensar no que poderia ter sido uma carreira ainda mais marcante.

O lugar de DiCaprio foi disputado — e muito

Embora agora pareça impossível imaginar outro actor como Dom Cobb, o percurso até Leonardo DiCaprio não foi assim tão direto. Segundo a revista The Hollywood Reporter, Nolan ofereceu o papel primeiro a Brad Pitt. Mas o ator recusou, aparentemente desconfortável com o facto de só ter 48 horas para tomar uma decisão.

Seguiu-se Will Smith — que também recusou. E só depois é que o guião chegou às mãos de DiCaprio. O resto, como se costuma dizer, é cinema.

E agora, Will?

Ao olhar para trás, Will Smith não esconde o arrependimento. São feridas que ainda doem. E a verdade é que, por muito sucesso que tenha tido com filmes como Homens de Negro ou À Procura da Felicidade, há fantasmas de escolhas passadas que continuam a assombrar.

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Quem sabe que outros filmes memoráveis ficaram por fazer por decisões mal calculadas ou por falta de visão para o que viria a tornar-se icónico? No mundo do cinema, às vezes o guião certo chega… mas nem sempre é compreendido na primeira leitura.

Maria de Medeiros Triunfa no México: Festival de Guadalajara Rende-se ao Talento Português

A 40.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Guadalajara terminou em festa com uma homenagem à carreira da atriz e realizadora portuguesa

Foi um fim de festa em grande para o cinema português no México. A 40.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Guadalajara encerrou com um momento especial: a entrega do prémio Homenagem a Convidada de Honra a Maria de Medeiros, figura incontornável do nosso cinema e presença marcante em produções internacionais como Pulp Fiction e Henry & June.

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No discurso emocionado, durante a cerimónia de encerramento no passado sábado, a atriz e realizadora sublinhou o carinho que sente pelo país anfitrião: “O México é uma grande nação de cultura, arte e cinema, e é uma referência. Todos os maravilhosos realizadores mexicanos que continuam a contribuir com uma criatividade extraordinária para o cinema mundial — o facto de este cinema se inspirar no cinema português é algo que nos comove profundamente”.

Maria de Medeiros, que filmou no México Duas Fridas e finalizou lá a pós-produção de Aos Nossos Filhos, fez questão de destacar as boas vibrações que sente sempre que pisa solo mexicano — um amor claramente correspondido.

Portugal em Destaque: Uma Seleção de Luxo do Nosso Cinema

A presença portuguesa em Guadalajara não se ficou apenas pela homenagem a Maria de Medeiros. Portugal foi o país convidado desta edição e fez-se representar com mais de 30 filmes — uma verdadeira montra da riqueza cinematográfica nacional, da memória histórica às vozes mais arrojadas da contemporaneidade.

Foram exibidas obras emblemáticas como Silvestre, de João César Monteiro, protagonizado por Maria de Medeiros, e Capitães de Abril, que a própria realizou. Mas o programa especial foi ainda mais fundo, com uma seleção que atravessou décadas e estilos: A Fábrica de Nada (Pedro Pinho), Trás-os-Montes (António Reis e Margarida Cordeiro), Maria do Mar(Leitão de Barros), A Noite (Regina Pessoa) ou As Fado Bicha (Justine Lemahieu), entre muitos outros títulos.

Pedro Costa, Manoel de Oliveira e José Álvaro Morais também marcaram presença nesta viagem ao cinema português, aclamada por críticos e espectadores.

Competição Ibérica: Documentários, Ficção e Narrativas LGBTQIA+

Na competição de melhor longa-metragem documental ibero-americana, A Savana e a Montanha, de Paulo Carneiro, destacou-se pelo seu olhar sobre a resistência da comunidade de Covas do Barroso à mineração de lítio. Ainda assim, o prémio foi para Tardes de solidão, do espanhol Albert Serra, uma produção coproduzida por Portugal que mergulha no mundo da tauromaquia.

Outras produções com carimbo português também estiveram em destaque: Ouro Negro, de Takashi Sugimoto, filmado na Índia com produção da Uma Pedra no Sapato, e La memoria de las mariposas, da peruana Tatiana Fuentes Sadowski, com coprodução da Oublaum Filmes, concorreram na secção de cinema socio-ambiental.

Na ficção, Sonhar com Leões, comédia negra de Paolo Marinou-Blanco sobre a eutanásia, marcou presença na competição oficial, enquanto Duas vezes João Liberada, de Paula Tomás Marques, concorreu ao Prémio Maguey, dedicado ao cinema LGBTQIA+, com uma história provocadora sobre identidade e perseguição na época da Inquisição.

Tapete Voador e Ice Merchants: A Animação Também Levou Portugal ao México

No campo da animação, Portugal não ficou atrás. Os demónios do meu avô, de Nuno Beato, encantou o público e ganhou ainda mais destaque com a exposição dos bonecos em miniatura usados na técnica de stop-motion. A isto juntou-se uma masterclasse do realizador João Gonzalez, autor do aclamado Ice Merchants, que partilhou bastidores e processos criativos com uma plateia entusiasmada.

Ainda nas curtas-metragens, Tapete Voador, de Justin Amorim, abordou com coragem e crueza o maior escândalo de pedofilia institucionalizada em Portugal, e Two Ships, do norte-americano McKinley Benson com coprodução da portuguesa Cola Animation, foi candidato ao prémio de melhor curta de animação.

Um Festival com Alma Portuguesa

O Festival Internacional de Cinema de Guadalajara mostrou ao mundo o que de melhor se faz em Portugal. Mais do que uma celebração do passado e presente de figuras como Maria de Medeiros, foi uma afirmação de identidade, diversidade e criatividade. E se havia dúvidas sobre o impacto do cinema português além-fronteiras, Guadalajara dissipou-as todas — com o calor de uma ovação e o brilho de um prémio merecido.

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24 aposta em talento viral: The Backrooms será realizado por jovem de 19 anos

Kane Parsons, fenómeno do YouTube, vai dirigir filme de terror com Chiwetel Ejiofor e Renate Reinsve

A24 continua a apostar em cinema ousado e inesperado — e desta vez, a surpresa vem da idade do realizador. Com apenas 19 anosKane Parsons será o mais jovem cineasta da história do estúdio a realizar uma longa-metragem: “The Backrooms”, um filme de terror com base no seu universo viral criado no YouTube.

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Do terror analógico à tela grande

O fenómeno The Backrooms nasceu em 2022 como uma série de vídeos no YouTube, misturando ficção científica, horror psicológico e estética found footage. A ideia? Um labirinto infindável de corredores fluorescentes, onde a realidade parece falhar e o espaço se transforma num pesadelo sem lógica — ou saída.

Com mais de 190 milhões de visualizações, os vídeos tornaram-se um marco da nova vaga de terror online, gerando teorias, fanfics e uma comunidade fervorosa.

Agora, esse universo perturbador vai ganhar adaptação cinematográfica, com produção da A24, Atomic Monster (de James Wan) e 21 Laps Entertainment (de Stranger Things). As filmagens arrancam este verão.


Um elenco de peso: Ejiofor e Reinsve no centro do labirinto

A protagonizar o filme estarão:

  • Chiwetel Ejiofor, nomeado ao Óscar por 12 Anos Escravo e recentemente visto em Doctor Strange: Multiverse of Madness e Venom: The Last Dance;
  • Renate Reinsve, estrela de The Worst Person in the World, nomeado a dois Óscares, e já colaboradora da A24 em A Different Man, com Sebastian Stan.

Dois actores talentosos, conhecidos pela intensidade emocional e presença magnética — ingredientes perfeitos para o tipo de terror inquietante e existencial que The Backrooms promete entregar.


Uma produção recheada de nomes sonantes

O filme será co-financiado pela Chernin Entertainment e terá um verdadeiro “dream team” de produtores:

  • James Wan e Michael Clear (Atomic Monster)
  • Shawn Levy, Dan Cohen e Dan Levine (21 Laps)
  • Chris Ferguson (Oddfellows Pictures)
  • Roberto Patino (DMZ)
  • Supervisão criativa de Alayna Glasthal e Chris White

É uma fusão rara entre cinema independente e grandes produtores de blockbusters — o que sugere um filme de terror com liberdade criativa, mas também ambição comercial.


A24 continua imparável

No meio da nova vaga de lançamentos da A24, The Backrooms junta-se a títulos promissores como:

  • Materialists, de Celine Song (Past Lives);
  • Eddington, western de Ari Aster;
  • The Smashing Machine, de Benny Safdie com Dwayne Johnson;
  • Marty Supreme, a comédia ping-pong de Josh Safdie;
  • Sorry Baby, a nova aposta indie que encantou o Festival de Sundance.

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O medo pode vir de onde menos esperas

The Backrooms representa uma nova geração de terror: feito por nativos digitais, para públicos que já não se assustam com fórmulas antigas. Com apenas 19 anos, Kane Parsons pode muito bem ser a próxima grande voz do género. E se a A24 aposta nele… é porque algo verdadeiramente especial se está a preparar nos bastidores.

Gérard Depardieu volta a estar no centro da polémica… agora em Itália 🇮🇹

Justiça italiana chama o ator a tribunal após alegada agressão ao lendário paparazzo Rino Barillari

O nome de Gérard Depardieu volta a surgir nos títulos dos jornais — e mais uma vez, pelos piores motivos. O ator francês, um dos ícones do cinema europeu das últimas décadas, foi intimado a comparecer em tribunal em Roma, acusado de ter agredido fisicamente o famoso fotógrafo Rino Barillari, conhecido como o “rei dos paparazzi”.

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A audiência está marcada para terça-feira, 17 de junho, às 9h30, perante o juiz de paz da capital italiana.

Uma altercação no coração da Via Veneto

O incidente ocorreu a 21 de maio de 2024 no luxuoso bar Harry’s, ponto emblemático da mítica Via Veneto. Segundo Barillari, de 80 anos, ao tentar fotografar Depardieu e a sua companheira, Magda Vavrusova, foi agredido com três socos no rosto pelo ator.

A versão de Depardieu e Magda é bem diferente: num comunicado emitido no dia seguinte, a advogada do casal afirma que foi Barillari quem agrediu Magda, empurrando-a com o braço ao nível do peito, e que Depardieu apenas interveio para a proteger, acabando por “escorregar sobre ele” na confusão.

Dois ícones em lados opostos

A figura de Rino Barillari é incontornável na história da cultura pop italiana: com uma carreira iniciada na era dourada de La Dolce Vita, fotografou estrelas como Elizabeth Taylor, Brigitte Bardot, Sophia Loren ou Marcello Mastroianni. Mas a sua fama também se deve aos métodos agressivos — uma reputação que, segundo a defesa de Depardieu, terá pesado neste episódio.

Do outro lado, Gérard Depardieu — 76 anos, premiado e reconhecido mundialmente, mas cuja reputação tem vindo a degradar-se nos últimos anos. Em maio deste ano, o ator foi condenado a 18 meses de pena suspensa em Paris, por agressões a duas mulheres durante a rodagem de Volets verts em 2021.

Além disso, já foi acusado por mais de vinte mulheres de agressão sexual ao longo da última década. Muitos dos processos foram arquivados por prescrição legal, mas a imagem pública do ator está longe de recuperar.

Um julgamento simbólico?

Mais do que uma altercação entre celebridades, este caso em Roma pode tornar-se mais um capítulo num processo de queda pública de uma das maiores figuras do cinema francês. E ao mesmo tempo, levanta questões sobre os limites da privacidade, da fotografia de celebridades e da reação à intrusão mediática.

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Por agora, todos os olhos estarão postos na audiência marcada para 17 de junho. E sobre o que ainda falta esclarecer.

Alexander Payne recebe o Pardo d’Honra em Locarno — uma homenagem mais do que merecida 🎬🐆

Realizador de Nebraska, The Descendants e Sideways será distinguido no Festival de Locarno a 15 de agosto

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O Festival de Locarno acaba de anunciar o seu próximo homenageado com o Pardo d’Onore, e o nome não podia ser mais justo: Alexander Payne, um dos mais consistentes e elegantes cronistas da comédia humana no cinema norte-americano contemporâneo, será distinguido no dia 15 de agosto com o icónico Leopardo de Honra.

A cerimónia contará com a exibição de dois dos seus filmes mais marcantes: The Descendants (2011), protagonizado por George Clooney, e Nebraska (2013), com Bruce Dern e Will Forte — duas obras que sintetizam a sua assinatura: sensibilidade, humor agridoce e um olhar profundamente humano sobre a condição (e contradição) americana.

Um cineasta com voz própria — e sempre em diálogo com o público

Payne é um daqueles autores que consegue o equilíbrio raro entre o prestígio crítico e o afeto do público. Desde Citizen Ruth (1996), passando por ElectionAbout Schmidt ou Sideways, tem construído uma filmografia coerente, repleta de personagens imperfeitas, histórias com sabor a vida real e um estilo que conjuga o clássico com o contemporâneo.

Segundo o diretor artístico de Locarno, Giona A. Nazzaro:

“Alexander Payne é um autor erudito, com uma sensibilidade simultaneamente clássica e moderna. Um diretor exímio de actores, com um conhecimento profundo da poesia e do savoir-faire do cinema de Hollywood.”

A lista de colaborações de Payne fala por si: Jack NicholsonPaul GiamattiGeorge ClooneyLaura DernReese WitherspoonMatt Damon, entre outros, já passaram pelo seu olhar minucioso e empático.

Oscarizado e sempre relevante

Com dois Óscares de Melhor Argumento Adaptado no currículo (Sideways e The Descendants) e três nomeações como Melhor Realizador, Payne continua a afirmar-se como uma das vozes mais distintas do cinema norte-americano. A sua mais recente longa-metragem, The Holdovers (2023), com Paul Giamatti, foi mais uma prova de que ainda tem muito a dizer — com subtileza, humor e humanidade.

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Na companhia de gigantes

Pardo d’Onore de Locarno é um dos prémios honorários mais prestigiados da Europa, e já distinguiu nomes como Jean-Luc GodardWerner HerzogKen LoachJane CampionAgnes VardaBernardo BertolucciTodd HaynesTerry Gilliam e Manoel de Oliveira.

A inclusão de Alexander Payne nesta lista de titãs é não só apropriada, como um lembrete de que, por vezes, o cinema mais subtil é o que mais perdura.

Chris Evans fora de Avengers: Doomsday: “É triste não estar de volta com a banda” 😢🛡️

O eterno Capitão América está de fora do próximo capítulo dos Avengers… e sente-se (como todos nós) com FOMO de super-herói.

Chris Evans, o nosso querido Steve Rogers, partilhou aquilo que muitos fãs já estavam a suspeitar: vai mesmo ficar de fora do mega-reencontro em Avengers: Doomsday. E, verdade seja dita, está tão nostálgico quanto nós.

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Numa entrevista ao ScreenRant, o actor confessou:

“É triste estar afastado. É triste não estar de volta com a banda.”

E acrescentou com um sorriso agridoce:

“Tenho a certeza de que estão a fazer algo incrível, e vai ser ainda mais difícil quando o filme estrear e sentires que não foste convidado para a festa.”

Ui. Alguém que leve um escudo ao homem. 💔


O elenco dos sonhos… mas sem Steve

Avengers: Doomsday, que tem estreia marcada para 18 de Dezembro de 2026, promete ser uma autêntica bomba atómica de heróis e regressos épicos. Entre os nomes já confirmados temos Chris Hemsworth (Thor), Paul Rudd (Ant-Man), Florence Pugh (Yelena Belova) e Vanessa Kirby como a nova Susan Storm. Ah, e não esqueçamos Pedro Pascal, que se junta oficialmente ao MCU como Mister Fantastic — e que, por coincidência (ou não), contracena com Evans no seu novo filme Materialists.

Mas a maior novidade? A chegada oficial dos X-Men ao universo Avengers!

Preparem-se para rever Patrick Stewart como Professor X, Ian McKellen como Magneto, Alan Cumming como Nightcrawler, Rebecca Romijn como Mystique, James Marsden como Cyclops e Kelsey Grammer como Beast. Tudo indica que o multiverso vai mesmo rebentar pelas costuras.

Chris Evans e a era dourada da Marvel

Evans estreou-se como Capitão América em The First Avenger (2011) e continuou a liderar o universo cinematográfico da Marvel até ao final de Avengers: Endgame (2019). Foi nesse último capítulo que Steve Rogers passou o escudo ao Sam Wilson de Anthony Mackie, encerrando simbolicamente o seu arco… ou será?

Sabemos que, no mundo Marvel, “fim” é uma palavra muito relativa. E embora Chris Evans não esteja (ainda) confirmado para o regresso, com os Russo Brothers novamente na realização (os mesmos de Winter SoldierCivil WarInfinity War e Endgame), há sempre esperança de uma boa surpresa nos créditos finais. 👀

Fica a dúvida: há festa sem o Capitão?

Avengers: Doomsday tem tudo para ser o próximo grande fenómeno de bilheteira. Mas para muitos fãs, a ausência de Chris Evans será sentida — como uma festa de aniversário onde o aniversariante não aparece. Será que o “Cap” vai resistir ao apelo? Ou teremos um cameo épico à última da hora?

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Uma coisa é certa: Chris Evans continua a ser o coração do MCU para muitos de nós. E enquanto ele estiver por aí, a fazer omeletes e a treinar português para surpreender Alba Baptista, a esperança… é a última a morrer.

🕵️‍♂️ “Can You Deal With That?” — O Elenco de Meet the Parents Reunido no Tribeca para um 25.º Aniversário Cheio de Gargalhadas e Emoção

25 anos depois, Ben Stiller, Robert De Niro, Teri Polo e Jay Roach voltam a sentar-se à mesma mesa… e o público não parou de rir

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Se há filmes que envelhecem mal, Meet the Parents (2000) não é um deles. A icónica comédia familiar protagonizada por Ben Stiller e Robert De Niro celebrou este fim de semana o seu 25.º aniversário no Tribeca Festival, em Nova Iorque — com direito a sessão especial do filme original, risos constantes da plateia e um reencontro emotivo (e hilariante) do elenco principal.


🎞️ Uma sessão de cinema que valeu por uma máquina da verdade

Durante a exibição de Meet the Parents, o público riu-se como se o filme tivesse estreado ontem. Cada momento embaraçoso de Greg Focker, cada olhar fulminante de Jack Byrnes, cada deslize social foi recebido com gargalhadas calorosas.

Ben Stiller comentou:

“Foi tão divertido… ouvir estas gargalhadas 25 anos depois, numa sala de cinema, com uma comédia como esta. É incrível ver que ainda funciona.”

Jay Roach, realizador do filme original, foi ainda mais longe:

“Saber que ainda vos diverte tanto como a nós? Já não preciso de fazer mais nada. Posso reformar-me.”


🥹 Um reencontro cheio de nostalgia (e elogios emocionados)

Depois da sessão, o elenco original — Ben Stiller, Robert De Niro, Teri Polo e Jay Roach — subiu ao palco para uma conversa com o público. E o que era para ser uma simples Q&A transformou-se num momento de pura admiração mútua.

Teri Polo emocionou-se ao rever Stiller no grande ecrã:

“Já sabia que eras genial… mas revi agora e pensei: vou chorar. És brilhante. A forma como entregas as falas, como olhas… pura comédia. E Bob, tinha-me esquecido de como tu és perfeito no papel.”

Stiller devolveu o carinho, recordando o impacto que o filme teve na sua carreira — e como o tempo fez com que hoje se sinta no papel do “pai desconfiado”, tal como De Niro no filme original.


🗓️ 25 anos de memórias… e mais um filme a caminho

No final da conversa, a equipa confirmou que uma nova sequela está em produção — mas o foco da noite esteve todo nas recordações. Jay Roach recordou o primeiro argumento:

“Apaixonei-me pelo guião do primeiro filme porque todos já passámos por aquela situação: queres tanto ser aceite… e só fazes asneiras. O novo guião tem isso outra vez. Um novo embaraço, uma nova razão para suarmos todos juntos.”

Robert De Niro confessou que tem tentado convencer os colegas a fazer outro filme desde o último:

“Já na altura do Little Fockers eu dizia: vamos já escrever o próximo! Mas eles riam-se e diziam que sim, a fazer-me a vontade.”

🤝 Um laço que resistiu ao tempo

Mais do que um painel de promoção, a reunião em Tribeca foi uma celebração do que o cinema pode criar fora do ecrã. O afecto entre os actores, a reacção do público e a energia viva de um filme que ainda hoje faz rir foram a prova de que Meet the Parents não é só uma comédia de época — é um clássico moderno.

Como bem disse Jay Roach:

“O público tem história com estas personagens. E trazem isso com eles. Isso torna tudo mais especial — para nós, para os actores, para todos.”

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Ridley Scott Atira a Toalha ao Espaço: “Já Fiz o Suficiente com Alien… Agora Que Siga Sem Mim”

O criador da criatura fecha o ciclo (ou quase), e admite que a saga merecia estar ao nível de Star Wars e Star Trek

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Ridley Scott, o homem que em 1979 nos fez olhar com desconfiança para qualquer ventilação numa nave espacial, declarou: “I’ve done enough.” O realizador britânico afasta-se definitivamente do universo Alien — o mesmo que ele próprio lançou há 46 anos com o seminal Alien – O 8.º Passageiro. Numa entrevista franca ao ScreenRant, Scott confessou que pensou que a saga estava morta e enterrada depois dos fracos capítulos seguintes… mas que se orgulha de tê-la ressuscitado.

Agora, com Alien: Romulus (produzido por ele) e a nova série Alien: Earth prestes a estrear, Ridley passa oficialmente a tocha… e deseja sorte.

🛸 “Depois do quarto, pensei: está morto”

Scott não poupou críticas à evolução da saga após a sua saída inicial:

“Acho que o meu era mesmo bom. O do Jim [Cameron] também. Os outros? Não gostei. Pensei: ‘F***, acabou-se uma franquia que devia ser tão importante como Star Trek ou Star Wars’.”

É uma comparação ousada — mas vinda de quem criou uma das criaturas mais aterradoras da história do cinema, não soa descabida. Ridley recorda que Alien foi-lhe oferecido depois de ter sido recusado por nomes como Robert Altman (!):

“Eu era a quinta escolha! Altman disse ‘Estás a gozar? Não vou fazer isto!’ E eu disse: ‘Estás a gozar? Claro que vou!’ Porque Alien roça o heavy metal. Era isso que eu queria.”

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🧬 O regresso com Prometheus e Covenant

Após o desastre de Alien: Resurrection (1997), a franquia esteve em coma. Mas em 2012, Ridley Scott voltou à carga com Prometheus, um projeto autoral que reinventava o lore e misturava filosofia, criacionismo e terror sci-fi.

“Escrevi o Prometheus com o Damon Lindelof a partir de uma folha em branco. O público queria mais. E voltou a funcionar. Por isso fiz Alien: Covenant. E também resultou.”

Apesar de opiniões divididas sobre esta nova fase, Scott provou que o universo Alien ainda tinha sangue (e ácido) nas veias.

🚨 O que vem aí no universo Alien

Apesar da saída de Ridley Scott do leme, a saga continua em expansão:

  • 👽 Alien: Earth estreia a 12 de Agosto na FX, com produção executiva de Scott e realização de Noah Hawley (FargoLegion).
  • 🎬 Uma sequela de Alien: Romulus (realizado por Fede Álvarez) está em desenvolvimento, embora ainda sem data confirmada.
  • A recepção positiva de Romulus reacendeu o entusiasmo dos fãs… e da indústria.

👋 Um adeus agridoce… mas com orgulho

“A saga está a espalhar-se como fogo selvagem. Fico impressionado, porque houve uma altura em que pensei: morreu mesmo. Agora? Já fiz o suficiente. Só espero que continue a evoluir.”

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Ridley Scott não vai voltar a realizar um novo Alien, mas a sua marca está lá — em cada corredor escuro, cada gota de suor, cada grito abafado pelo silêncio do espaço.

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Martin Scorsese revela por que deixou de ir ao cinema: “As pessoas estragam a experiência”

O realizador de Taxi Driver e O Lobo de Wall Street já não suporta telemóveis, pipocas e conversas durante o filme

Martin Scorsese, 82 anos, nome maior da história do cinema e defensor incansável da experiência cinematográfica como um ritual sagrado, acaba de admitir uma espécie de rendição pessoal: já não vai ao cinema ver filmes. E não é por falta de títulos interessantes, mas sim porque, segundo o próprio, as salas estão a tornar-se espaços de distracção constante— e o mestre perdeu a paciência.

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Numa conversa com o crítico Peter Travers no blogue The Travers Take, citada pelo The Guardian, o realizador de Shutter IslandAssassinos da Lua das Flores e O Irlandês confessou que deixou de frequentar as salas de cinema porque já não consegue concentrar-se nos filmes devido ao comportamento do público. O mais irritante? Telemóveis acesos durante a exibição.

“Fiquei chocado com o comportamento das pessoas durante os filmes.”

Scorsese vai mais longe e enumera os restantes culpados por esta debandada pessoal: entradas e saídas constantes, barulho, e claro, a tradicional ida ao bar das pipocas — mas em modo rotativo. Em vez da tão propalada “magia do grande ecrã”, o que o realizador encontrou foi um circo caótico.

“Sim, eu também falava durante os filmes… mas sobre o filme!”

O cineasta reconhece que, no passado, também falava durante os filmes. Mas — e aqui entra o purismo cinéfilo — havia contexto e respeito:

“Sim, talvez, mas quando falávamos era sempre sobre o filme e o quanto nos divertíamos ao analisar os pormenores.”

Não se trata apenas de saudosismo. Scorsese está a verbalizar um sentimento partilhado por muitos: a crescente perda de etiqueta nas salas de cinema. As queixas sobre espectadores que comentam o filme em voz alta, atendem chamadas ou usam redes sociais durante a sessão são cada vez mais comuns. E se até Martin Scorsese desiste, é sinal de que o problema atingiu proporções épicas.

Ainda activo, mas em modo privado

Apesar de já não ir ao cinema como espectador, o realizador está longe de se reformar. Aos 82 anos, Scorsese prepara um drama policial passado no Havai, com Dwayne Johnson como protagonista — um emparelhamento inesperado e que promete dar que falar.

Além disso, está também envolvido na produção de um documentário sobre o Papa Francisco, revelando que o seu apetite narrativo continua bem vivo — mesmo que agora consuma os filmes em casa, num ambiente silencioso e controlado.

Uma voz que importa

Não é qualquer pessoa que pode fazer estas críticas com autoridade. Mas quando é Martin Scorsese — o homem que filmou Taxi DriverTouro EnraivecidoA Última Tentação de Cristo e O Lobo de Wall Street — talvez valha a pena ouvir.

A questão que fica é: estaremos mesmo a perder o ritual de ir ao cinema? E conseguiremos recuperá-lo? Ou a experiência colectiva está condenada a ser engolida por luzes de ecrãs, ruídos de snacks e desatenções sonoras?

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Talvez seja tempo de voltarmos a olhar para as salas de cinema como templos da atenção — e não como extensões do sofá da sala. Scorsese já se afastou. Quem será o próximo?

Studio Ghibli faz 40 anos: entre o legado mágico de Miyazaki e o medo de um fim encantado demais

Um aniversário cheio de magia… e incerteza

O Studio Ghibli celebra 40 anos de existência em 2025, e fá-lo com o brilho de dois Óscares no bolso, um parque temático, uma presença forte na Netflix e uma legião de fãs apaixonados em todos os cantos do mundo. Mas há também uma sombra a pairar sobre este aniversário: Hayao Miyazaki, o génio por trás da maior parte das suas obras-primas, tem agora 84 anos, e o futuro do estúdio que cofundou com Isao Takahata parece… bem, tão nebuloso como a floresta encantada de Totoro.

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Com o aclamado O Rapaz e a Garça a arrecadar o segundo Óscar do estúdio em 2024 — mais de duas décadas depois de A Viagem de Chihiro ter vencido o primeiro — há quem acredite que Miyazaki se esteja finalmente a despedir da animação. Mas, vindo dele, nunca se sabe. Afinal, este é o homem que já se reformou mais vezes do que o Totoro cabe numa árvore.

Um estúdio feito à mão — literalmente

A Viagem de Chihiro

Desde 1985, o Studio Ghibli tornou-se sinónimo de animação feita com alma, pincel e um toque de melancolia. A Viagem de ChihiroO Meu Vizinho TotoroA Princesa Mononoke e Nausicaä do Vale do Vento (considerado por muitos o primeiro Ghibli, embora tecnicamente anterior à fundação oficial do estúdio) não são apenas filmes: são experiências emocionais que misturam ternura com tristeza, esperança com medo, e fantasia com duras verdades sobre a condição humana.

Ao contrário de muitos animes produzidos em massa, Ghibli sempre preferiu o caminho mais exigente: animações feitas à mão, argumentos densos, personagens femininas fortes e universos onde o bem e o mal não andam de mãos dadas — dançam uma valsa de ambiguidades.

“Cheiro de morte” e outras maravilhas

Goro Miyazaki, filho de Hayao, revelou que os filmes do estúdio trazem muitas vezes um “cheiro de morte” subtil. Não no sentido mórbido, mas sim como metáfora da vida, da perda, do que não se diz mas paira. Até Totoro, o filme das criaturas fofinhas da floresta, explora o medo infantil de perder uma mãe doente.

Não é por acaso que A Princesa Mononoke — um filme sobre o conflito entre natureza e civilização — foi descrito como uma obra-prima ambientalista e espiritual. A ligação dos filmes à natureza e ao mundo espiritual é um dos pilares da estética e da filosofia Ghibli, algo que ressoa particularmente nos dias de hoje, com as alterações climáticas a transformar fábulas em realidades.

Susan Napier, especialista em cultura japonesa, sublinha que o que distingue Ghibli dos desenhos animados ocidentais é precisamente essa complexidade emocional e ambiguidade moral. Nada de vilões cartoonescos ou finais forçados — apenas personagens reais em mundos irreais, com dilemas muito humanos.

Influências francesas, princesas independentes e florestas venenosas

A magia do Ghibli não nasceu do nada. Takahata estudou literatura francesa, Miyazaki inspirou-se em Antoine de Saint-Exupéry e no animador Paul Grimault, e ambos liam compulsivamente. O resultado? Filmes como Nausicaä, protagonizado por uma princesa curiosa que prefere estudar insectos gigantes a esperar que um príncipe a salve.

É essa combinação rara entre referências literárias, espírito progressista e um olhar estético meticuloso que tornou Ghibli um fenómeno global — tão artístico quanto político, tão espiritual quanto social.

E agora, Totoro?

O futuro do estúdio, sem Miyazaki ao leme, levanta dúvidas. A professora Miyuki Yonemura alerta que dificilmente alguém conseguirá replicar aquele mesmo olhar, aquele mesmo cuidado, aquela mesma magia.

Mas os fãs, como Margot Divall, acreditam que o legado continuará — desde que o estúdio mantenha o seu coração intacto: “Desde que não perca a sua beleza, desde que continue com a quantidade de esforço, cuidado e amor.”

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Resta saber se o mundo Ghibli se vai manter como aquele comboio encantado de Chihiro, a deslizar serenamente por cima da água… ou se sairá dos carris quando o mestre se for.

Mark Hamill fecha a porta a Star Wars: “O meu tempo já passou”

O eterno Luke Skywalker diz adeus definitivo à saga — nem como fantasma da Força quer voltar

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Os fãs da galáxia muito, muito distante que ainda sonhavam com o regresso de Luke Skywalker nos próximos filmes da saga Star Wars… podem arrumar os sabres de luz. Mark Hamill, hoje com 73 anos, foi claro e sem rodeios: não quer voltar, nem sequer como o habitual fantasma da Força.

“O meu tempo já passou. Estou grato por tudo, mas está na hora de olhar para o futuro e para as novas personagens”, afirmou o actor em entrevista ao ComicBook.com, onde promovia o seu novo filme, a adaptação de Stephen King The Life of Chuck.


“Nem pensem que volto como fantasma nu”

Mark Hamill, que participou em cinco filmes live-action da saga e teve cameos rejuvenescidos por CGI em The Mandalorian, foi ainda mais longe com o seu habitual sentido de humor:

“Quando desapareci em The Last Jedi, deixei lá as roupas. Não há maneira de eu aparecer como um fantasma da Força nu!”

A piada, claro, refere-se à sua saída dramática em Os Últimos Jedi, mas também a um curioso paralelismo com Obi-Wan Kenobi, que deixou a túnica no chão em Uma Nova Esperança… mas voltou envergando o mesmo traje em versão fantasmagórica. A tradição, pelos vistos, não se mantém para Hamill.


Mas… e o filme de Rey?

Apesar da recusa, a possibilidade de ver Skywalker novamente não parecia assim tão descabida, especialmente com o desenvolvimento do novo filme protagonizado por Daisy Ridley, novamente no papel de Rey. A longa-metragem, realizada por Sharmeen Obaid-Chinoy, decorre 15 anos após os eventos de Rise of Skywalker e foca-se na reconstrução da Ordem Jedi.

Segundo Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm:

“Rey tenta cumprir a promessa feita a Luke, com base nos livros Jedi. Mas os Jedi estão em desordem. O que significa ser um Jedi hoje?”

Ainda assim, tudo indica que esse possível reencontro com o mestre Skywalker não acontecerá — pelo menos com Hamill no papel.

O actor não pára

Fora da galáxia Star Wars, Mark Hamill está a atravessar uma fase de intensa actividade cinematográfica. Depois da colaboração com Mike Flanagan em The Fall of the House of Usher, volta a trabalhar com o realizador em The Life of Chuck, e tem ainda agendada a estreia de The Long Walk, outra adaptação de Stephen King, para Setembro.

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Mark Hamill diz adeus — ou pelo menos adeus definitivo desta vez — ao papel que o imortalizou. Sem ressentimentos, mas com clareza, o actor acredita que o futuro de Star Wars deve estar nas mãos das novas gerações. E mesmo que as túnicas fiquem abandonadas no chão, a lenda de Luke Skywalker continuará a pairar sobre a saga… com ou sem fantasma.

James Cameron troca Pandora por monstros e elfos canibais 🧝‍♂️🩸

Avatar: Fire and Ash, realizador vai adaptar The Devils, de Joe Abercrombie — e promete mergulhar num mundo de fantasia negra épica

James Cameron já escolheu o seu próximo grande desafio cinematográfico — e não envolve Na’vi nem exoplanetas azuis. O realizador de Titanic e da saga Avatar revelou que, após concluir Avatar: Fire and Ash, vai adaptar ao cinema o romance de Joe AbercrombieThe Devils.

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O anúncio foi feito esta segunda-feira através da página oficial de Cameron no Facebook, onde o cineasta confirmou que a sua produtora Lightstorm Entertainment adquiriu os direitos do livro — lançado apenas no mês passado — e que será ele próprio a escrever o argumento em parceria com Abercrombie.

Elfos canibais? Cameron diz sim

The Devils é uma história de fantasia negra, onde um grupo de monstros é recrutado para salvar a Europa de uma praga de elfos devoradores de carne humana. Uma mistura de épico sangrento com humor retorcido — marca registada de Abercrombie, autor da aclamada série The First Law.

“Adoro a escrita do Joe há anos”, confessou Cameron. “A série First Law, o Best Served Cold — que AMO! — e a trilogia Age of Madness. Mas The Devils tem um frescor, um elenco de personagens tão vivo, que me fez finalmente levantar-me da cadeira e comprar os direitos para fazer este filme com ele.”

E acrescentou:

“Mal posso esperar para me dedicar a isto, agora que estou a fechar Avatar: Fire and Ash. Vai ser uma nova e entusiasmante aventura dar vida a estas personagens inesquecíveis.”


Abercrombie entusiasmadíssimo: “um monstro maravilhoso”

Também Joe Abercrombie partilhou o entusiasmo pela parceria com Cameron, dizendo:

“Não consigo pensar em ninguém melhor para levar este monstro estranho e maravilhoso ao grande ecrã.”

Abercrombie não é estranho ao audiovisual — escreveu recentemente para a série antológica da Netflix Love, Death & Robots — mas esta será a sua primeira colaboração directa com uma lenda de Hollywood.


E Avatar? Ainda há muito para ver

Avatar: Fire and Ash, o terceiro capítulo da saga de Pandora, tem estreia marcada para 19 de Dezembro de 2025. Cameron encontra-se actualmente na Nova Zelândia a finalizar a produção, como explicou num vídeo exibido na CinemaCon da Disney. O quarto filme da saga está previsto para Dezembro de 2029.

Se havia dúvidas de que James Cameron estava pronto para sair da sua zona de conforto, elas dissiparam-se. Depois de submarinos, aliens, naves azuis e épicos ecológicos em 3D, o realizador prepara-se para entrar num mundo grotesco e maravilhoso de monstros, ironia e violência estilizada. Com The Devils, Cameron quer mostrar que ainda tem muito para reinventar — e que a fantasia negra também pode ter o selo de blockbuster.

“O cinema português está a morrer”: Vicente Alves do Ó fala sem rodeios sobre o estado do cinema nacional 🎬🇵🇹

Realizador estreia Portugueses, um musical sobre meio século de História — e critica uma indústria que “não fala das pessoas” nem as leva ao cinema

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Vicente Alves do Ó não tem papas na língua. A propósito da estreia de Portugueses, o seu mais recente filme — que chega às salas esta quinta-feira —, o realizador lançou duras críticas ao estado actual do cinema português, apontando a falta de identificação do público com as histórias que vê no grande ecrã.

“As pessoas vão ao cinema e não se reveem. Se calhar é por isso que não têm interesse nenhum em ver os filmes. Não veem as suas histórias, não veem as suas realidades”, afirmou em entrevista à agência Lusa.


Portugueses: um musical sobre nós — com tudo o que nos dói e orgulha

O novo filme de Vicente Alves do Ó é descrito como um musical épico e político, que atravessa a História recente de Portugal entre 1971 e 1974, desde os últimos anos da ditadura até aos primeiros passos da democracia. A narrativa é construída a partir de múltiplos retratos humanos, compondo um verdadeiro mosaico social e cultural do país — sempre com música à mistura.

“O filme é como uma corrida de estafeta. Passam-se testemunhos entre classes, opiniões, personagens diferentes. No fundo, conto uma só história: a de um povo inteiro”, explica o realizador.

Com mais de 50 actores em cena — entre os quais Diogo Branco, Rita Durão, Tomás Alves, Ana Guiomar, Sandra Faleiro e Rui Melo —, Portugueses mistura personagens anónimas com figuras históricas como Celeste Caeiro ou Catarina Eufémia. A banda sonora, com temas de Zeca AfonsoJosé Mário BrancoFaustoFernando Tordo ou Sérgio Godinho, acompanha a acção com peso emocional e memória política.


“O cinema não transforma, nem diverte”

Para Vicente Alves do Ó, o maior problema é de base: o cinema português deixou de ser espelho da sociedade.

“Claramente temos de voltar a pôr as pessoas diante de si próprias”, afirma. “As pessoas não se identificam com o que estão a ver. Aquilo não as transforma. Nem sequer as diverte.”

O realizador lamenta ainda o impacto da pandemia e a explosão do streaming, que aceleraram a desertificação das salas de cinema. Em 2024, o cinema português estreou 62 filmes, com apenas 4,5% da quota de mercado em espectadores, segundo os dados do ICA. Um sintoma, para Alves do Ó, de que o sector está “a morrer”.


A luta constante pelo financiamento e pela sobrevivência

Apesar de contar com mais de 25 anos de carreira, Vicente Alves do Ó diz sentir-se sempre como se estivesse a começar do zero. Portugueses, por exemplo, só conseguiu financiamento do ICA à terceira tentativa.

“Nunca fui a Cannes, Berlim ou Veneza. E cada vez que volto a concorrer ao ICA, é como se estivesse a recomeçar. A minha mais-valia não sou eu — é apenas o projecto em si.”

O realizador destaca o sistema competitivo dos apoios públicos, onde são escolhidos apenas 3 ou 4 filmes entre dezenas de candidaturas — e onde, segundo ele, quem tem passagem por grandes festivais parte sempre à frente.

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Portugueses estreia como um grito de revolta, mas também como um acto de amor — ao país, à sua história e às pessoas comuns. Vicente Alves do Ó faz cinema para salas cheias, mas sabe que a luta é desigual. E não se escusa de o dizer em voz alta.

Enquanto muitos se acomodam, ele insiste: o cinema tem de voltar a falar das pessoas. Se não o fizer, “não transforma — nem sequer diverte”.

Tom Cruise e Keanu Reeves: dois titãs da acção — e um elogio inesperado 💥🎬

“Cresci com o Keanu”, revela Tom Cruise, que não esconde o quanto admira o colega — e o quanto John Wick e Matrix o inspiraram

Numa rara demonstração pública de admiração entre estrelas de topo, Tom Cruise elogiou recentemente Keanu Reeves e os seus filmes de acção, deixando claro que não só é fã… como também se sente inspirado. E sim, isto aconteceu mesmo: o astro de Missão: Impossível declarou o seu amor pelo universo de John WickSpeed e Matrix — e fê-lo de forma calorosa.

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“Cresci com o Keanu”

Durante a passadeira vermelha da estreia nova-iorquina de Mission: Impossible – The Final Reckoning, Cruise foi entrevistado pelo programa Extra e não hesitou em partilhar a sua admiração:

“Cresci com o Keanu. Vemos SpeedThe Matrix, e o que fizeram com a saga Wick… Conseguiram captar o tom, aquela energia, o carisma… Eu sei o que é preciso para fazer esse tipo de filmes, por isso ligo-lhe e digo: ‘Tiro-te o chapéu, homem. Tiro-te o chapéu.’ E adoro aqueles filmes, adoro mesmo.”

Estas palavras ganham ainda mais peso quando vindas de alguém que transformou a sua própria carreira numa missão suicida cinematográfica — mas sempre executada com precisão e adrenalina.


Tom Cruise: o homem que desafia a gravidade (e o tempo)

Desde 1996 que Tom Cruise é o rosto da saga Missão: Impossível, interpretando Ethan Hunt, o agente da IMF que nos habituou a acrobacias tão reais quanto impossíveis. O primeiro filme rendeu mais de 457 milhões de dólares e inaugurou uma das mais bem-sucedidas séries de acção da história do cinema. Hoje, com sete filmes depois, Cruise continua a desafiar a lógica — e o envelhecimento — com saltos de penhascos, aviões e até helicópteros invertidos.

O mais recente capítulo, The Final Reckoning, chegou aos cinemas a 23 de Maio com um elenco recheado: Hayley AtwellEsai MoralesPom KlementieffAngela BassettNick Offerman, para além dos veteranos Ving Rhames e Simon Pegg. A recepção crítica foi positiva e o público respondeu à altura: 200 milhões de dólares no fim-de-semana de estreia, durante o feriado do Memorial Day. Cruise celebrou o feito nas redes sociais com uma mensagem emotiva de agradecimento à indústria e, acima de tudo, aos espectadores.


Keanu Reeves: a arte da acção em câmara lenta

Se Cruise é o rei das acrobacias reais, Keanu Reeves tornou-se o mestre da acção coreografada e estilizada. Desde Matrixaté à saga John Wick, Reeves redefiniu o género, combinando rigor técnico com uma elegância quase poética. O seu trabalho físico intenso, o treino com armas reais e a dedicação a cada movimento fazem dele um intérprete tão meticuloso como eficaz. E agora sabemos que até Tom Cruise liga para dizer “bravo”.


Estilos diferentes, respeito mútuo

Cruise e Reeves têm abordagens opostas à acção: um aposta na adrenalina real, o outro na coreografia estilizada. Mas a admiração entre os dois é clara — e merecida. São dois gigantes de gerações diferentes que continuam a elevar o cinema de acção a novas alturas. E quando um diz ao outro que “tira o chapéu”, talvez devêssemos todos fazer o mesmo.


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Kevin Spacey volta à realização com filme ligado a Portugal — e é um thriller sobrenatural com ex-estrelas de acção 👁️🎬

“Holiguards” marca o regresso do actor à cadeira de realizador após duas décadas. Projecto envolve produtora com raízes em Portugal

Kevin Spacey está de volta à realização. Depois de um longo afastamento do grande ecrã e de um conturbado processo judicial que o colocou no centro de várias polémicas, o actor norte-americano prepara-se para assinar a sua terceira longa-metragem como realizador, a primeira desde 2004.

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O projecto intitula-se “Holiguards” (título provisório) e foi filmado no México em 2023. Actualmente em fase de pós-produção, o filme está a ser desenvolvido com um orçamento a rondar os 10 milhões de dólares e é descrito pela Varietycomo um thriller de acção sobrenatural — com ambição de saga internacional.

Uma guerra mística e uma ligação portuguesa

A trama de Holiguards passa-se num futuro próximo, num mundo fragmentado por forças ocultas, onde duas facções guerreiras — Holiguards e Statiguards — lutam em segredo pelo destino da humanidade. No centro deste conflito, uma jovem descobre ser filha de dois líderes rivais e poderá ser a chave para terminar a guerra.

Entretanto, um estratega Statiguard prepara um ataque devastador a Paris, com uma arma nuclear e um exército de civis controlados mentalmente, alimentados por energia cósmica vinda de um portal interdimensional. Tudo isto, para despertar uma entidade ancestral chamada Prime. Sim, há aqui ecos de ficção científica à antiga, envoltos num véu místico e grandioso.

O filme conta com um elenco recheado de nomes conhecidos: Dolph LundgrenTyrese GibsonEric RobertsBrianna Hildebrand e Harry Goodwins. E, claro, o próprio Kevin Spacey entra em cena.

Mas há mais: o projecto tem ligação directa a PortugalHoliguards é produzido pela Elledgy Media Group, a primeira longa-metragem da empresa fundada por Elvira Gavrilova Paterson, empresária ucraniana radicada em Portugal. O nosso país surge, aliás, como um dos territórios envolvidos na produção, a par dos EUA e dos Emirados Árabes Unidos.

Spacey: entre absolvições e novas acusações

Holiguards surge num momento delicado da carreira de Spacey, que tenta reconstruir o seu percurso após uma série de acusações de assédio e agressão sexual. O actor foi absolvido em 2023 de nove acusações no Reino Unido, e um tribunal de Nova Iorque rejeitou uma acção civil de 40 milhões de dólares contra si em 2022.

No entanto, novas alegações surgiram em 2023, através do documentário “Spacey Unmasked”, da televisão britânica, no qual dez homens acusaram o actor de comportamento inapropriado. Spacey, hoje com 65 anos, nega todas as acusações.

Um regresso com ambição… e polémica

Apesar das controvérsias, Spacey regressa com um projecto que combina ficção científica, acção e simbolismo espiritual, apontando já para uma potencial franquia intitulada Statiguards vs. Holiguards. Resta saber como será recebido por um público dividido entre o talento reconhecido do actor e os episódios que marcaram negativamente o seu percurso recente.

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Por agora, a única certeza é esta: Kevin Spacey está de volta atrás e à frente das câmaras — e com Portugal discretamente envolvido na história.

Adeus ao homem dentro do boneco: morreu Ed Gale, o corpo por trás de Chucky 😢🔪

Actor norte-americano tinha 61 anos e ficou para sempre ligado ao cinema de terror como o icónico assassino de brincar

O cinema perdeu um dos seus rostos (e corpos) mais discretos mas inesquecíveis: Ed Gale, o ator que deu vida física ao infame Chucky em O Boneco Diabólico, morreu aos 61 anos. A notícia foi confirmada por fontes próximas ao site TMZ e destacada em vários meios de comunicação.

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Embora a voz marcante do brinquedo homicida tenha sido eternizada por Brad Dourif, foi Ed Gale quem esteve por trás das cenas mais intensas e físicas, vestindo o fato e dando corpo ao boneco que atormentou os pesadelos de milhões de espectadores desde 1988.

Muito mais do que Chucky

Ed Gale nasceu em 1963 e construiu uma carreira baseada sobretudo em papéis que exigiam destreza física e presença marcante, muitas vezes dentro de fatos elaborados ou personagens de tamanho reduzido. Para além do papel em Child’s Play, participou em outros filmes de culto como Howard the Duck (1986), onde interpretou o protagonista, e em Spaceballs (1987), a paródia sci-fi de Mel Brooks, onde voltou a vestir um fato de personagem.

No entanto, foi com Chucky que ficou imortalizado no imaginário colectivo. Em Child’s Play (1988) e na sequela Child’s Play 2 (1990), Gale contracenou com um elenco humano enquanto encarnava a expressão demoníaca da bonecada assassina — numa era pré-CGI, onde tudo dependia do talento e presença dos atores físicos.

Uma presença pequena, um legado gigante

Gale viveu com uma forma de nanismo que influenciou o tipo de papéis que lhe eram oferecidos, mas nunca permitiu que isso limitasse a sua ambição. Trabalhou também em televisão, com aparições em séries como My Name Is Earl e The Drew Carey Show.

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Apesar de nunca ter tido um papel de protagonista “convencional”, Ed Gale tornou-se uma lenda silenciosa de Hollywood, especialmente no cinema de terror e ficção científica dos anos 80 e 90. O seu contributo é reconhecido por fãs e profissionais, e a sua morte deixa um vazio entre os verdadeiros amantes do género.

A morte e a memória

Segundo informações disponíveis, Ed Gale faleceu em sua casa em Los Angeles. Ainda não foram reveladas as causas da morte, mas sabe-se que lutava há algum tempo com problemas de saúde.

A sua morte foi lamentada nas redes sociais por fãs e colegas, que destacaram a sua dedicação e talento num nicho do cinema que muitas vezes é negligenciado, mas que exige tanto (ou mais) do que qualquer grande papel de protagonista.

Num mundo de efeitos digitais e personagens animadas por computador, Ed Gale representava a magia prática do cinema artesanal — aquele onde o terror vinha de uma combinação real entre actor, fato e iluminação.