Chris Columbus arrasa ideia de reboot de Sozinho em Casa: ‘Não tentem repetir a magia’”

Poucos filmes natalícios conquistaram tanto o imaginário coletivo como Sozinho em Casa (Home Alone, 1990). Realizado por Chris Columbus e escrito por John Hughes, o clássico protagonizado por um jovem Macaulay Culkin tornou-se tradição de época para várias gerações. Mas, para quem sonha com um reboot oficial, o próprio Columbus acaba de deixar claro: “Seria um erro.”

“Um momento muito especial” que não se repete

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Em entrevista à Entertainment Tonight, o realizador foi categórico:

“Acho que Home Alone existiu como um momento muito especial, e não é possível recapturá-lo. Seria um erro tentar voltar atrás e repetir algo que fizemos há 35 anos.”

Para Columbus, a magia dos dois primeiros filmes – Sozinho em Casa (1990) e Sozinho em Casa 2: Perdido em Nova Iorque (1992) – reside precisamente no contexto e no espírito da época, impossíveis de replicar hoje com a mesma inocência e frescura.

Macaulay Culkin aberto ao regresso… pelo preço certo

Já Macaulay Culkin, que eternizou Kevin McCallister, admitiu no final de 2024, durante uma sessão especial com fãs, que até poderia regressar à saga — mas apenas se a proposta financeira fosse suficientemente tentadora. O ator revelou ainda que chegou a ser convidado para participar num dos capítulos mais recentes da franquia, embora tenha recusado.

Hoje, aos 44 anos e pai de dois filhos, Culkin confessou ter “ideias” para o regresso, mas pouco tempo para escrever ou desenvolver um projeto nessa direção.

Uma franquia com altos e baixos

Depois dos dois filmes de Columbus, a saga conheceu várias continuações sem Culkin no elenco: Sozinho em Casa 3(1997), Sozinho em Casa 4 (2002), Sozinho em Casa: O Assalto do Feriado (2012) e Home Sweet Home Alone (2021). Nenhum deles, contudo, conseguiu replicar o fenómeno dos originais.

Em 2018, chegou a ser anunciado um projeto produzido por Ryan Reynolds, intitulado Stoned Alone, uma versão para adultos com classificação R. Mas a ideia acabou por se perder num “inferno de produção” sem nunca sair do papel.

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A casa fica… sozinha

Com Chris Columbus a fechar a porta a um reboot e Macaulay Culkin apenas disposto a regressar mediante condições muito específicas, o futuro de Sozinho em Casa permanece incerto. Para já, parece que a icónica casa nos arredores de Chicago continuará apenas habitada pela memória dos fãs — e pelas armadilhas inventivas de um miúdo que, há 35 anos, transformou a solidão natalícia num fenómeno global.

Pierce Brosnan e Helen Mirren concordam: James Bond “tem de ser um homem”

O debate sobre quem deverá assumir o icónico papel de James Bond ganhou novo fôlego depois de duas figuras incontornáveis do cinema britânico — Pierce Brosnan e Helen Mirren — terem defendido que o espião criado por Ian Fleming deve continuar a ser interpretado por um homem.

Pierce Brosnan, que vestiu o fato de 007 em quatro filmes entre 1995 e 2002 (GoldenEyeTomorrow Never DiesThe World Is Not Enough e Die Another Day), surpreendeu ao recuar em declarações que fizera em 2019, quando afirmara que seria “excitante” ver uma mulher no papel. Agora, aos 72 anos, o ator irlandês sublinha outra perspetiva:

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“Oh, acho que tem de ser um homem. Estou tão entusiasmado por ver o próximo homem a subir ao palco e a trazer nova vida a esta personagem”, disse em entrevista à revista Saga.

Brosnan, que chegou a acusar a saga de sexismo no passado, acrescentou que, apesar de se considerar feminista, Bond tem de manter-se fiel à sua essência: “Não se pode ter uma mulher. Simplesmente não resulta. James Bond tem de ser James Bond, caso contrário transforma-se noutra coisa.”

O apoio de Helen Mirren

A seu lado nesta opinião esteve Dame Helen Mirren, que contracena com Brosnan na adaptação cinematográfica de The Thursday Murder Club. A atriz de 80 anos, também entrevistada pela mesma publicação, reforçou o ponto de vista:

“Sou uma grande feminista, mas James Bond tem de ser um homem. Não funciona de outra forma. O conceito nasceu de um mundo profundamente sexista, sim, mas é precisamente isso que define a personagem. É divertido assim.”

Mirren reconheceu, no entanto, que muitas mulheres desempenharam papéis importantes no universo do espionagem real e ficcional, mas que Bond é, por natureza, uma figura masculina.

O futuro da saga nas mãos da Amazon

A franquia, que esteve mais de 60 anos sob o controlo da família Broccoli, passou recentemente para a alçada da Amazon-MGM Studios, num negócio avaliado em cerca de mil milhões de dólares. A nova etapa promete uma abordagem “fresca”, mas sem abdicar do “legado” de 007.

O próximo filme, o 26.º da saga oficial, terá argumento de Steven Knight, criador de Peaky Blinders, e realização de Denis Villeneuve (Dune), numa aposta clara em revitalizar o agente secreto para as novas gerações.

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Enquanto isso, a especulação sobre o sucessor de Daniel Craig continua intensa. Os nomes de Aaron Taylor-Johnson (Bullet Train) e Callum Turner (Masters of the Air) surgem como favoritos, embora James Norton também seja apontado como forte candidato.

🎬 Conclusão

Mais de seis décadas depois da estreia de Dr. No, a questão mantém-se: quem será o próximo James Bond? Uma coisa parece certa para Pierce Brosnan e Helen Mirren — 007 tem de continuar a ser um homem. O público, por sua vez, aguarda impaciente pelo anúncio oficial que definirá o futuro de uma das sagas mais lendárias da história do cinema

Do Ringue ao Arranha-céus: Dolph Lundgren Regressa como Vilão em Straight Shot

Sim, meus amigos cinéfilos, Ivan Drago está de volta… mas desta vez trocou as luvas de boxe por um fato elegante e um caixão tecnológico. O actor sueco Dolph Lundgren, eternizado como o adversário mais temível de Rocky Balboa em Rocky IV e ícone da saga The Expendables, está a rodar na cidade de Columbia, Carolina do Sul, o seu mais recente filme de acção: Straight Shot.

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Nesta nova aventura, realizada e escrita por Gabriel Sabloff, acompanhamos Frank Keller (interpretado por David A.R. White, da série God’s Not Dead), um guarda-costas que precisa de enfrentar mercenários através de um arranha-céus de 50 andares para salvar a ex-noiva. O problema? Ela está presa num sofisticado caixão de alta tecnologia, cortesia do vilão interpretado por Lundgren.

Um regresso com memórias

Para Lundgren, filmar na Carolina do Sul é quase um regresso a casa. O actor estudou Engenharia Química na Universidade de Clemson e, esta semana, partilhou uma fotografia junto à famosa estátua “Cocky” na Universidade da Carolina do Sul, provando que a ligação à região é mais do que profissional.

Com um orçamento de cerca de 750 mil dólaresStraight Shot conta ainda com Rachel Leigh Cook (She’s All That) e Tyrese Gibson (Velocidade Furiosa). As filmagens já passaram por Hopkins — palco de perseguições de carro e mota, bem como cenas de luta — e até pelo aeroporto Jim Hamilton – LB Owens, onde Lundgren protagonizou uma entrada triunfal a bordo de um jacto da Eagle Aviation.

Columbia no centro da acção

O antigo edifício de um banco, no coração de Columbia, serve de cenário ao escritório do vilão, situado no fictício 50.º andar. Depois, a produção muda-se para o edifício da Truist, onde será filmada uma sequência intensa em que Keller arrasta o caixão escada abaixo numa tentativa desesperada de salvar a ex-noiva.

White, que não fazia um filme de acção há mais de dez anos, quer devolver ao género um toque mais “clássico”: poucas asneiras, ausência de excessos sexuais e violência no ponto certo.

Cinema que mexe com a economia

O produtor Brenton Earley escolheu Columbia pelo seu “visual específico” e para fugir das zonas saturadas por turismo e grandes produções. A decisão está a beneficiar a economia local: só em estadias de hotel, a produção deverá gastar cerca de 100 mil dólares, sem contar com refeições, aluguer de carros e guarda-roupa comprado em lojas da cidade.

A aposta no talento local também é clara. A figurinista Heather Gonzalez, formada pela Universidade da Carolina do Sul, estreia-se num longa-metragem. A equipa de duplos, liderada por Juan Bofill e com veteranos da Marvel e de John Wick, integra ainda dois ex-lutadores de MMA de Greenville.

Para Earley, a experiência em Columbia tem sido marcada pelo espírito de comunidade. “As pessoas aqui querem ver-nos prosperar. É algo bonito”, disse, sublinhando como particulares e empresas ajudaram sem esperar nada em troca.

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Ainda sem data de estreia, Straight Shot promete ser um regresso às origens do cinema de acção — com Lundgren a provar que, quer seja no ringue ou num arranha-céus, continua a ser um vilão à altura

Leonardo DiCaprio Faz 50 Mas Sente-se com 32 — E Revela o Maior Arrependimento da Carreira

O actor reflete sobre a idade, o tempo e o papel que lamenta não ter interpretado.

Para muitos, Leonardo DiCaprio será sempre o jovem de Titanic ou o ambicioso corretor de O Lobo de Wall Street. Mas o actor completou 50 anos em novembro e garante que, no seu íntimo, sente-se como se tivesse apenas 32.

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Em entrevista à revista Esquire UK, conduzida pelo realizador Paul Thomas Anderson, DiCaprio respondeu de forma imediata à pergunta: “Se não soubesse quantos anos tem, quantos diria que tinha?” — “Trinta e dois”, respondeu sem hesitar.

A urgência de não desperdiçar tempo

Ao refletir sobre a nova década, o actor admitiu que a idade trouxe-lhe uma prioridade clara: ser mais honesto e não perder tempo. “A partir de certo ponto, mais da tua vida está para trás do que à frente. É quase uma responsabilidade ser mais direto, mesmo que isso implique desentendimentos ou seguir caminhos separados — seja na vida pessoal ou profissional.”

Inspirando-se na mãe, DiCaprio disse admirar a forma como ela “diz exatamente o que pensa” e já não gasta energia a “fingir”.

O segredo para evitar o “pós-filme”

O actor revelou também como evita a sensação de vazio após terminar uma rodagem: tira longos períodos de descanso entre projectos. “A vida fica em pausa quando estás a filmar. Tudo o resto fica para segundo plano. Se passasse de filme em filme, teria medo de não ter nada a que voltar.”

Desde a estreia no cinema, em 1991, DiCaprio colecionou inúmeros prémios, incluindo o Óscar e o Bafta de Melhor Actor por The Revenant (2015).

O maior arrependimento: não ter feito Boogie Nights

Apesar da carreira recheada de sucessos, o actor confessou que há um papel que gostaria de ter interpretado: Boogie Nights (1997), de Paul Thomas Anderson.

Dos seus próprios filmes, o que mais reviu foi O Aviador (2004), a biografia de Howard Hughes realizada por Martin Scorsese. “Tinha andado com um livro sobre Hughes durante dez anos. Quase o fiz com Michael Mann, mas houve conflitos de agenda. Acabei por levá-lo ao Marty e foi a primeira vez que senti que fazia parte da produção como verdadeiro colaborador.”

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Para DiCaprio, esse papel foi um marco no crescimento enquanto actor e parceiro criativo, dando-lhe uma nova perspetiva sobre a sua própria carreira.

Próximo James Bond Pode Ser Ruivo – E Já Pode Ter Feito Audição

Rumor aponta Scott Rose-Marsh como potencial 007 no filme de Denis Villeneuve.

Oh meus amigozz, bem sei que quase todas as semanas tentamos avançar notícias do espião mais famoso do mundo… mas desta vez temos algo com mais cor. Literalmente. O próximo James Bond pode mesmo ser… ruivo.

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Segundo o The Hollywood Reporter, o actor britânico Scott Rose-Marsh, de 37 anos, poderá ter feito testes para vestir o smoking mais famoso do cinema. E não, não foi para imitar Sean Connery, Daniel Craig ou Pierce Brosnan — até porque o único conselho que recebeu antes de a câmara começar a rodar foi: “Não imites nenhum Bond anterior”.

A alegada audição aconteceu no final de junho e incluiu a leitura de cenas de GoldenEye (1995) e, possivelmente, páginas fresquinhas do novo guião que Steven Knight (Peaky Blinders) está a escrever para o filme, já sob a batuta de Denis Villeneuve.

Adeus teoria do Bond “vinte e poucos”

Se este rumor for verdade, cai por terra a ideia de que a Amazon MGM Studios queria um Bond na casa dos 20 anos para conquistar o público mais jovem. Rose-Marsh tem currículo sólido — Code of Silence (2021), Wolves of War (2022) e participações em séries como The OutlawsChloe e Yr Amgueddfa — mas está longe de ser um novato à procura do baile de finalistas do MI6.

Nem o actor nem o estúdio quiseram comentar. Ou seja, por agora, é rumor com um toque de shaken, not stirred.

Villeneuve no comando (e que comando…)

Depois de acabar a saga DuneDenis Villeneuve vai mergulhar no mundo de Bond. E não é qualquer mundo: estamos a falar de uma franquia que a Amazon comprou por cerca de mil milhões de dólares (quase dá para comprar um Aston Martin novinho por cada fã no Twitter). Ao lado de Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, o realizador prepara-se para dar início a uma nova era do agente secreto mais famoso do cinema.

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007 ruivo: mito ou revolução?

Será este o momento em que veremos o primeiro Bond ruivo da história? E se sim, será que vem com sarcasmo extra, sotaque afiado e um Martini ainda mais ousado? Fica a dúvida, mas uma coisa é certa: se este rumor se confirmar, a internet vai precisar de um Dry Martini duplo para aguentar o choque.

O Motivo Surpreendente Que Levou o “Billy” de Stranger Things a Desaparecer de Hollywood

Dacre Montgomery revela por que decidiu afastar-se da fama e como as redes sociais mudaram para sempre o mundo das estrelas de cinema.

Dacre Montgomery tornou-se um dos rostos mais marcantes de Stranger Things quando interpretou Billy Hargrove nas segunda e terceira temporadas da popular série da Netflix. Com a sua presença intensa e carisma magnético em cena, o actor australiano de 30 anos parecia destinado a seguir o caminho de muitas estrelas que saltam de produções de sucesso para uma carreira meteórica em Hollywood. No entanto, optou por fazer exatamente o contrário: afastou-se dos holofotes.

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“As redes sociais destruíram o mistério”

Em entrevista ao jornal The Australian, Montgomery explicou o motivo do seu afastamento nos últimos cinco anos. “Acho que as coisas mudaram”, afirmou. “As estrelas tradicionais de Hollywood existiam porque havia mistério… As redes sociais destruíram isso. É em grande parte por isso que desapareci do mapa.”

O actor afirma não estar interessado em competir no ritmo frenético da indústria. “Não estou a tentar competir com ninguém. Estou a viver a minha verdade e espero conseguir pagar a renda enquanto faço isso”, declarou, revelando uma abordagem mais intimista e menos orientada pelo estrelato.

Privacidade e identidade artística

Montgomery confessou que a necessidade de recuperar a sua identidade como actor foi determinante para esta pausa. “Dediquei um pouco de mim a cada papel que interpretei e é em grande parte por isso que tirei um tempo”, explicou. “Ultimamente, tenho reflectido bastante sobre o que quero para a minha carreira. Estou a tentar ter um pouco mais de controlo sobre onde e no que estou a trabalhar.”

De Hawkins a Elvis Presley

O actor entrou em Stranger Things na segunda temporada, mas foi na terceira que o seu personagem ganhou maior destaque, acabando por ter um destino trágico no final. Para além da série, Montgomery também participou em projectos de relevo, como Steve Binder no filme Elvis (2022), protagonizado por Austin Butler, e como Ranger Vermelho no filme Power Rangers (2017).

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Apesar de não estar tão presente nos ecrãs nos últimos anos, o seu regresso ao grande ecrã ou a novas produções televisivas não está descartado — apenas será, segundo o próprio, feito de forma mais selectiva e ao seu próprio ritmo.

Simon Pegg revela que o ‘Star Trek’ de Quentin Tarantino era “completamente louco” 🚀🖖

O actor Simon Pegg, eterno Scotty da mais recente trilogia Star Trek, deixou no ar o retrato de um filme que poderia ter sido um dos cruzamentos mais improváveis (e fascinantes) de Hollywood: um Star Trek escrito e realizado por Quentin Tarantino.

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Durante um painel na Fan Expo Boston, Pegg contou que recebeu um resumo da história através de J.J. Abrams e da produtora Lindsey Weber — e a sua reacção não deixou margem para dúvidas:

“Era aquilo a que no nosso meio chamamos ‘completamente louco’. Tudo o que se poderia esperar de um Star Trek de Quentin Tarantino.”

O que poderia ter sido

Pegg admite que adoraria ter visto o universo de Star Trek pelo olhar do realizador de Pulp Fiction, mas também reconhece que os fãs mais puristas poderiam não ter ficado convencidos.

“Não sei como teria sido recebido pelos fãs, mas teria sido, no mínimo, interessante”, disse o actor.

O projecto foi anunciado em 2017, quando a Paramount e Abrams aprovaram a proposta de Tarantino, com argumento de Mark L. Smith (The Revenant). No entanto, o filme nunca avançou.

O obstáculo de Tarantino

Segundo Smith, um dos motivos decisivos para o abandono foi a preocupação do cineasta com o facto de Star Trek poder ser o seu último filme — Tarantino há muito que repete que se retirará após realizar 10 longas-metragens.

“Ele perguntava: ‘Quero mesmo terminar a minha carreira com Star Trek? É assim que quero acabar?’”, recordou Smith.


Gangsters e naves estelares

O enredo decorreria maioritariamente num planeta semelhante à Terra, com uma estética de gangsters dos anos 1930, inspirado no episódio A Piece of the Action da série original, emitido em 1968. Nesse episódio, a tripulação da Enterpriseaterra num mundo que vive numa cultura de gangsters dos anos 1920.

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Infelizmente, o argumento continua fechado numa gaveta… e os fãs de cinema vão ter de se contentar em imaginar como seria ver Kirk, Spock e McCoy sob o filtro inconfundível de Tarantino.

Emma Thompson Conta Como Recusou um Convite de Donald Trump: “Podia Ter Mudado a História Americana” 🎬🇺🇸

Emma Thompson voltou a arrancar gargalhadas no Festival Internacional de Cinema de Locarno ao relembrar um episódio insólito da sua vida: o dia em que Donald Trump a convidou para jantar.

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A atriz britânica, que recebeu o Leopard Club Award na 78.ª edição do festival, partilhou a história durante um painel no sábado, 9 de agosto, confessando que o momento aconteceu no final dos anos 90, enquanto filmava Primary Colors – Escândalos do Candidato (1998), obra inspirada na campanha presidencial de Bill Clinton em 1992.


Uma chamada inesperada no camarim

“O telefone tocou no meu camarim e era o Donald Trump”, contou Thompson, citada pelo Hollywood Reporter. “Pensei que fosse uma piada. Ele disse: ‘Gostava muito que ficasse num dos meus belos imóveis, e talvez pudéssemos jantar’.”

O convite surgiu num dia peculiar: foi precisamente quando o divórcio de Thompson com Kenneth Branagh ficou oficialmente concluído. Curiosamente, Trump também estava recém-divorciado da sua segunda mulher, Marla Maples.

“Aposto que ele tem pessoas a procurar por todo o lado divorciadas simpáticas para convidar”, brincou a atriz. “Ele encontrou o número do meu camarim! Isso é perseguição!”


“Podia ter mudado o rumo da história”

A atriz, entre risos, disse que na altura recusou o convite, mas não resistiu a especular sobre o impacto que um simples jantar poderia ter tido:

“Podia ter saído para jantar com Donald Trump. Podia ter mudado o rumo da história americana.”

Esta não foi a primeira vez que Thompson contou a história. Em 2017, numa entrevista ao apresentador sueco Fredrik Skavlan, a atriz recordou ter agradecido a chamada de forma cortês antes de desligar, sem aceitar o encontro. O próprio apresentador não perdeu a oportunidade de brincar:

“Podias ser a primeira-dama. Podias ter conseguido travá-lo!”

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Entre prémios, memórias e humor britânico, Emma Thompson mostrou mais uma vez que sabe cativar plateias tanto dentro como fora do ecrã — mesmo quando o guião envolve uma chamada inesperada de um futuro presidente dos Estados Unidos.

Alison Brie Dá Nota Baixa a Ghostface: “Está a Ficar Mole” 🔪🎬

Uma avaliação de desempenho pouco favorável

Se Ghostface tivesse de passar por uma avaliação de desempenho anual, Alison Brie não ficaria nada impressionada. A actriz, que participou em Scream 4 e regressa este ano ao terror com Together, aproveitou o podcast Shut Up Evan para fazer uma análise muito própria ao famoso assassino mascarado.

Aqui fica o trailer de Together:

Segundo Brie, o problema é simples: nas últimas sequelas de Screamsobrevive gente a mais“Nos velhos tempos, quando o Wes Craven realizava, matámos o Randy Meeks em ‘Scream 2’. Agora, já devíamos estar reduzidos a dois dos ‘core four’ até ‘Scream 7’”, comentou a actriz, referindo-se ao grupo central de protagonistas introduzido nas produções mais recentes.


Demasiados regressos do além

Brie também observou que, nos últimos filmes, morrer não parece ser impedimento para regressar. Skeet Ulrich voltou como Billy Loomis, uma espécie de guia fantasmagórico para Sam Carpenter (Melissa Barrera), e até Kirby Reed (Hayden Panettiere), dada como morta há anos, reapareceu em Scream 6“Qual era a personagem dela mesmo?”, questionou com ironia.

Curiosamente, as maiores baixas na saga recente não foram obra de Ghostface, mas sim resultado de decisões nos bastidores — como a saída de Melissa Barrera após polémicas relacionadas com declarações sobre a Palestina.


Entre matar e proteger

Apesar das críticas, Brie não é totalmente implacável. Considera que a morte de Dewey em Scream 6 foi um erro: “Mantenham os três principais”, sugeriu, referindo-se ao trio icónico composto por Neve Campbell, Courteney Cox e David Arquette.

E há espaço para um desejo especial: o regresso da sua própria personagem de Scream 4, Rebecca Walters — hipótese já aventada pelo marido, Dave Franco.


O que esperar de 

Scream 7

Com estreia marcada para 27 de Fevereiro de 2026Scream 7 promete um verdadeiro reencontro de Woodsboro High School, juntando Neve Campbell, Courteney Cox, David Arquette, Scott Foley e Matthew Lillard. Falta saber se Rebecca Walters vai receber um convite… ou uma chamada de Ghostface.

Jon Hamm e o Papel Que Poucos Sabem Que Foi o Seu Primeiro no Cinema 🎬🚀

Antes de “Mad Men”, um salto inesperado para o grande ecrã

Quando Mad Men estreou a 19 de Julho de 2007, não foi um sucesso imediato de audiências, nem o fenómeno aclamado pela crítica que viria a tornar-se nas temporadas seguintes. A AMC, na altura, era mais conhecida por exibir filmes populares cortados por intervalos publicitários do que por produções originais de prestígio. Ainda assim, a série viria a revelar ao mundo um actor que parecia ter estado escondido durante demasiado tempo: Jon Hamm.

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O seu Don Draper, um publicitário carismático mas moralmente ambíguo, conquistou público e crítica. Alto, elegante, olhar magnético — era impossível não reparar nele. Mas a pergunta impunha-se: como é que um actor com tanto talento e presença só se tornou famoso aos 36 anos?

A resposta está num filme de Clint Eastwood que muitos não se lembram de associar a Hamm.

A estreia no cinema: “Space Cowboys”

O ano era 2000. Hamm já tinha feito a sua primeira aparição televisiva, como “Gorgeous Guy at Bar” em Ally McBeal, mas a estreia no cinema aconteceu nas mãos de Eastwood, no subestimado Space Cowboys.

O filme acompanha quatro astronautas veteranos — Eastwood, Tommy Lee Jones, James Garner e Donald Sutherland — chamados para uma última missão: reparar um satélite soviético prestes a cair sobre a Terra. Entre diálogos afiados e a nostalgia do reencontro destes ícones, há uma pequena cena onde Hamm entra em cena.

Uma breve mas curiosa participação

O momento é fácil de perder: um jovem entusiasta da aviação chega a um aeródromo à procura de um piloto que lhe dê um voo cheio de acrobacias para celebrar o aniversário. Hamm interpreta o piloto que, com um ar pragmático, avisa que aquele tipo de manobra é demasiado perigoso e legalmente arriscado. O rapaz insiste e pergunta se conhecem alguém disposto a tentar. É então que Hamm e os colegas apontam para um homem mais velho, tranquilo a ler uma revista de pesca: Hawk Hawkins, interpretado por Tommy Lee Jones, que aceita o desafio sem pestanejar.

Não é um momento de glória cinematográfica, mas é curioso pensar que a primeira vez que Jon Hamm surgiu no grande ecrã foi lado a lado com duas lendas de Hollywood.

O caminho até se tornar Don Draper

Depois de Space Cowboys, a carreira de Hamm no cinema não disparou de imediato. Encontrou estabilidade na televisão, com papéis recorrentes em Providence e The Division, até que o destino (e o guião certo) o levou a vestir o fato impecável de Don Draper.

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No fundo, ninguém estava realmente a esconder Jon Hamm. Simplesmente, muitos — como o próprio autor desta descoberta — não estavam a prestar atenção ao meio que acabaria por transformá-lo num nome incontornável da televisão.

Eddie Murphy Revela os Seus Piores Filmes — E Defende “Norbit”: “Não É Assim Tão Mau!” 😂🎬

Entre Óscares e Razzies

A carreira de Eddie Murphy é uma montanha-russa de êxitos e… alguns desastres cinematográficos. Entre Beverly Hills CopComing to America e Dreamgirls, há também produções que o próprio ator reconhece não terem corrido bem. Mas atenção: quando o assunto é Norbit (2007), Murphy não aceita que se fale mal — mesmo que o filme tenha sido arrasado pela crítica e acusado de lhe ter custado o Óscar que parecia certo depois do sucesso de Dreamgirls.

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Numa entrevista à Complex, Murphy foi desafiado a escolher o seu “Monte Rushmore” de filmes… mas preferiu falar dos quatro piores. Acabou por nomear apenas dois: The Adventures of Pluto Nash (2002) e Holy Man (1998). Foi então que defendeu com unhas e dentes Norbit:

“Eu adoro Norbit. Eu escrevi o filme com o meu irmão Charlie, e nós achamos que é engraçado. Recebi nomeações para pior ator da década, pior ator e pior atriz… vá lá, o filme não é assim tão mau!”

A escolha errada… em nome do conforto

Murphy confessou ainda um dos grandes “ses” da sua carreira: podia ter feito Rush Hour com Jackie Chan, mas preferiu Holy Man. A razão?

“Tinha dois guiões: Rush Hour, cheio de ação e correria, e outro em que estaria de robe, em Miami. Pensei: isto é óbvio! E fomos para Miami fazer um filme horrível, mas que foi fácil.”

Os preferidos do próprio

Quando o tema são os melhores filmes que já fez, Murphy não hesita: The Nutty ProfessorComing to AmericaShrek e Dreamgirls. Um alinhamento que mistura comédia física, animação, romance e até drama musical — prova de que a sua versatilidade é tão grande quanto a sua propensão para arriscar… mesmo que nem sempre acerte.

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Seja como for, para Murphy, Norbit nunca será um erro. Talvez uma incompreensão. E quem sabe, daqui a uns anos, não ganhe até estatuto de “clássico kitsch”.

Liam Neeson Ri-se para o Topo: A Nova Comédia The Naked Gun Bate Recorde de Bilheteira da Década

O reboot da saga policial mais parva do cinema já é o maior sucesso de Liam Neeson dos últimos 10 anos

Frank Drebin Jr. chegou para partir a loiça toda — e, pelos vistos, também alguns recordes pessoais de bilheteira. The Naked Gun, a nova comédia protagonizada por Liam Neeson, está oficialmente coroada como o maior sucesso do actor irlandês nesta década. Quem diria que um dos rostos mais sérios do cinema de acção se iria redimir com… piadas físicas, absurdos policiais e humor pastelão?

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O filme, que serve como reboot e sequela-homenagem à trilogia original estrelada por Leslie Nielsen, estreou nos cinemas a 1 de Agosto com uma estreia sólida de 16,8 milhões de dólares nos primeiros três dias. Esta marca tornou-se a segunda melhor estreia de sempre na saga Naked Gun e, mais relevante ainda, o melhor fim de semana de estreia de Neeson nos últimos 10 anos, ultrapassando os números de Taken 3 (2015).

Um número modesto… mas com significado

Segundo dados do The NumbersThe Naked Gun já arrecadou 32,9 milhões de dólares em bilheteira mundial: 21,4 milhões nos EUA e 11,5 milhões no resto do mundo. Com isto, ultrapassa os 32,6 milhões de Honest Thief (2020), tornando-se oficialmente o filme mais lucrativo de Liam Neeson desde o início da década de 2020.

Mas atenção: apesar do título de “recordista da década”, os valores estão longe de ser bombásticos. Na verdade, o filme ocupa neste momento o 45.º lugar no ranking de bilheteiras de 2025, ficando atrás de títulos considerados medianos como M3GAN 2.0 (39 milhões) e Black Bag (42,7 milhões). Ainda assim, há que valorizar o feito — até porque já ultrapassou, em apenas uma semana, todos os outros filmes do actor lançados desde 2020.

A década discreta de Neeson… até agora

Entre 2020 e 2024, Liam Neeson manteve uma presença constante nas salas de cinema, mas sem grandes faíscas de sucesso. Veja-se os exemplos:

  • Made in Italy (2,7 M)
  • The Marksman (23,8 M)
  • Blacklight (16 M)
  • Retribution (13,6 M)
  • In the Land of Saints and Sinners (3,4 M)

Perante este histórico, os quase 33 milhões de The Naked Gun parecem uma lufada de ar fresco… ou uma lufada de gás hilariante, mais apropriado à temática.

O que se segue para Liam Neeson?

A grande questão é: conseguirá The Naked Gun manter-se no trono até 2030? Por enquanto, parece provável que o continue a liderar durante algum tempo — e poderá subir ainda mais na tabela à medida que as próximas semanas tragam mais receitas. O boca-a-boca (e os risos) poderão fazer milagres.

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Neeson tem ainda vários projectos na calha, incluindo a comédia de terror Cold Storage e o filme de assalto 4 Kids Walk Into a Bank. Mas, a julgar pelo desempenho dos seus filmes recentes, a comédia parece estar a ser o seu novo superpoder. Talvez seja tempo de trocar de vez as pistolas por piadas?

“A Força Está em Paz”: Gina Carano Faz as Pazes com a Disney e Pode Regressar ao Universo Star Wars ⚖️🌌

Depois de três anos de polémica, despedimento e batalhas judiciais, Carano e a Disney chegam a acordo — e há portas que voltam a abrir-se numa galáxia muito, muito distante

Contra todas as expectativas — e depois de muita tensão digna de um duelo de sabres de luz — Gina Carano e a Disney/Lucasfilm anunciaram oficialmente o fim da batalha legal que opunha as duas partes desde 2021. A antiga estrela de The Mandalorian, afastada na sequência de publicações polémicas nas redes sociais, viu o seu processo por discriminação ser arquivado por mútuo acordo com a gigante do entretenimento.

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Mais do que um simples acordo, a resolução representa um recomeço possível: em comunicado, a Disney afirmou que espera “voltar a trabalhar com Gina Carano num futuro próximo”. Uma frase que, há pouco tempo, seria inimaginável.

De persona non grata a colaboradora possível

Recordemos: Carano foi afastada de forma pública e abrupta após comparações controversas entre a perseguição a conservadores políticos e o Holocausto — uma analogia que Disney e Lucasfilm classificaram como “aberrante e inaceitável”.

Mas agora, com a chegada de Donald Trump de volta à Casa Branca, um novo tom parece ter-se instalado em várias grandes corporações norte-americanas, Disney incluída. No comunicado divulgado esta semana, a empresa elogia o profissionalismo de Carano, a sua dedicação ao trabalho e até a forma como tratava colegas com “gentileza e respeito”.

Elon Musk, o Jedi inesperado

Surpreendentemente, grande parte da reviravolta deve-se ao apoio jurídico financiado por Elon Musk, que Carano agradeceu publicamente na rede X:

“Um homem que nunca conheci, que fez este acto de bom samaritano ao financiar o meu processo judicial.”

Com o apoio de uma equipa legal experiente, Carano apresentou uma queixa por discriminação política e ideológica, argumentando que foi despedida por expressar opiniões conservadoras — ao contrário de outros colegas com visões políticas progressistas, como Pedro Pascal e Mark Hamill.

Ao longo de mais de um ano de litígios, o processo passou de um caso polémico para uma espécie de símbolo de liberdade de expressão para muitos apoiantes da actriz — e agora termina com um sorriso no rosto de Carano (literalmente, como disse na sua declaração final).

E agora? Regressa Cara Dune?

Apesar de ainda não haver confirmação oficial, os rumores sobre o possível regresso de Gina Carano ao universo Star Wars já começaram a circular. Com o filme de The Mandalorian a ser filmado na Califórnia, e novas séries no horizonte da Lucasfilm, é cada vez mais plausível que Cara Dune possa voltar a aparecer — ou que Carano integre novos projectos no seio da galáxia criada por George Lucas.

Depois de ter protagonizado produções apoiadas pela Daily Wire e pela Breitbart News, Carano parece agora pronta para “virar a página”, como escreveu no seu comunicado:

“Os meus desejos continuam a ser nas artes, e é aí que espero que se juntem a mim.”

Conclusão: quando a Força (e os advogados) equilibram o universo

Este acordo entre Gina Carano e a Disney marca um momento importante na intersecção entre cultura pop, política e liberdade de expressão. Para os fãs de The Mandalorian, abre-se uma porta que se julgava fechada. Para Carano, é uma vitória pessoal — e talvez um bilhete de volta para o ecrã.

E como ela própria escreveu:

“Espero que isto traga alguma cura à Força.”

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O Dia em que McConaughey Disse “Não” a James Cameron (e Perdeu o Titanic) 🚢

Uma recusa confiante, um sotaque teimoso e um dos papéis mais icónicos do cinema moderno — tudo perdido com um simples “thanks”

Matthew McConaughey quase foi Jack Dawson. Quase. Mas quando James Cameron lhe pediu para tentar a cena de outra maneira… ele disse que não. Literalmente.

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A revelação chega através do livro póstumo The Bigger Picture, do lendário produtor Jon Landau, falecido em 2024. No meio das muitas histórias de bastidores que ajudaram a construir o império Titanic, esta destaca-se pela sua simplicidade e ironia: um simples “no” que mudou o rumo de duas carreiras.

“Alright, alright, alright”… mas com sotaque texano

Segundo Landau, Kate Winslet estava rendida a McConaughey. O charme, a presença, aquele ar descontraído — tudo apontava para um “sim”. Mas James Cameron, perfeccionista de serviço, tinha uma preocupação maior: o sotaque sulista. Durante a audição, Cameron interrompeu e sugeriu: “Está óptimo. Agora vamos tentar de outra forma.”

Ao que McConaughey respondeu, com o seu habitual à-vontade: “Não. Estava bastante bom assim. Obrigado.”

Fim da história.

Como Landau escreveu: “Digamos apenas que foi o fim da linha para McConaughey.”

O papel que nunca foi (mas quase foi)

O papel de Jack acabou por ser entregue a Leonardo DiCaprio, e o resto é história. Titanic tornou-se um fenómeno cultural, vencedor de 11 Óscares, incluindo Melhor Filme, e solidificou DiCaprio como um dos grandes nomes da sua geração.

McConaughey, por sua vez, só descobriu anos mais tarde que nunca foi oficialmente convidado para o papel. Em 2021, no podcast Literally! with Rob Lowe, o actor revelou que fez um screen test com Kate Winslet e chegou a acreditar que o papel era seu: “A sério, até houve abraços. Achei mesmo que ia acontecer. Mas não aconteceu.”

A certa altura, chegou a brincar com os rumores: “Durante anos, diziam que eu tinha recusado o papel. Eu pensava: ‘Tenho de encontrar esse agente. Está tramado!’”

“Dizer não é mais importante do que dizer sim”

Hoje, McConaughey, com 55 anos, parece estar em paz com a decisão que o afastou do navio mais famoso da sétima arte. Vive no Texas com a mulher, Camila Alves, e os três filhos, longe do centro nevrálgico de Hollywood. E continua a defender o poder de dizer “não”.

No podcast Good Trouble With Nick Kyrgios, o actor disse: “O diabo está nos infinitos ‘sins’, não nos ‘nãos’. O ‘não’ é ainda mais importante, especialmente quando já se tem algum sucesso.”

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É uma filosofia que, apesar de lhe ter custado o Titanic, acabou por o guiar até à reinvenção que o levou ao Óscar por O Clube de Dallas. E mesmo que nunca tenha dito “I’m the king of the world” ao lado de Kate Winslet, McConaughey parece ter encontrado o seu próprio trono — num rancho no Texas, com o seu “alright, alright, alright” intacto.

Sally Hawkins explica por que abandonar Paddington 3 foi uma decisão de coração partido

Para muitos fãs, Sally Hawkins é — e sempre será — a Mrs. Brown. Mas para a própria actriz britânica, voltar ao universo do urso mais educado de Londres sem o seu realizador de eleição teria sido, nas suas palavras, algo que “lhe partiria o coração”.

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A actriz de 49 anos, que encantou audiências nos dois primeiros filmes da saga Paddington, revelou que não conseguiu aceitar o convite para regressar em Paddington in Peru, precisamente por Paul King — realizador responsável pelos dois primeiros capítulos — ter decidido afastar-se da realização da nova aventura.

A lealdade a Paul King (e o salto para Wonka)

“Porque gosto tanto do Paul, e adoro a forma como ele trabalha, teria sido devastador”, explicou Hawkins numa entrevista ao The Times. Em vez de regressar à casa dos Brown, a actriz seguiu o realizador até Wonka, onde interpretou a mãe de Willy (Timothée Chalamet), numa reinvenção musical do universo de Roald Dahl.

A amizade entre os dois criativos remonta a um workshop de teatro nos Estúdios Ealing, duas décadas antes do primeiro filme de Paddington se tornar realidade. A ligação é, portanto, mais profunda do que um simples contrato cinematográfico.

Emily Mortimer como nova Mrs. Brown

Apesar do seu afastamento, Hawkins mostra respeito pela escolha de Emily Mortimer como sua substituta, dizendo com humor que Hugh Bonneville — que regressa como Mr. Brown — “até teve um upgrade”. No entanto, a saída da actriz é sentida pelos fãs como um pequeno abalo no calor emocional que definia a dinâmica familiar da saga.

A relação difícil com a fama

Curiosamente, apesar de considerar os filmes de Paddington como “um presente”, Sally Hawkins confessou sentir-se frequentemente desconfortável com a atenção que os papéis lhe trouxeram. “Pode mesmo abalar-me. Não sabes por que razão estão as pessoas a sorrir, a olhar ou a ser agressivas e estranhas contigo… só queres viver, mas pode paralisar-te”, revelou.

As suas palavras oferecem um vislumbre raro da tensão entre o amor pelo ofício e o peso da exposição pública — algo que muitos actores discretos vivem longe das câmaras.

Paddington in Peru: uma viagem menos mágica?

Lançado em Novembro de 2024, Paddington in Peru marca o regresso do adorável urso às suas raízes sul-americanas, numa visita à sua querida Tia Lucy, agora residente no “Lar para Ursos Reformados”. Apesar de manter o charme característico da série, o filme realizado por Dougal Wilson não conseguiu conquistar o mesmo entusiasmo crítico dos seus antecessores.

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A crítica Clarisse Loughrey, do The Independent, atribuiu três estrelas ao filme e lamentou que “as habituais tropelias do urso tenham sido pouco aproveitadas”. Para a jornalista, parece claro que “Paul King levou consigo a maior parte da magia quando partiu para Wonka”.

A ausência de Sally Hawkins pode não ter sido a única razão para o impacto mais discreto de Paddington in Peru, mas a sua saída reflecte uma verdade essencial sobre o cinema: por vezes, a alma de um projecto está nos detalhes invisíveis — nas relações criativas, nas escolhas de bastidores, naquilo que nunca vemos no ecrã.

Adeus a Jonathan Kaplan: Morreu o Realizador de Os Acusados e de Mais de 50 Episódios de Serviço de Urgência

Nome incontornável do cinema e da televisão dos anos 80 e 90, Jonathan Kaplan faleceu aos 77 anos. Da influência de Scorsese à consagração com Jodie Foster, deixa um legado que atravessa décadas.

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Jonathan Kaplan, realizador norte-americano com uma carreira marcada tanto por clássicos do grande ecrã como pela televisão de prestígio, morreu na passada sexta-feira, 1 de Agosto, em Los Angeles, aos 77 anos. A notícia foi confirmada pela filha, Molly, que revelou que o cineasta enfrentava uma batalha contra o cancro no fígado.

Kaplan é talvez mais recordado por ter realizado Os Acusados (The Accused, 1988), um poderoso drama judicial que valeu a Jodie Foster o seu primeiro Óscar de Melhor Atriz. Mas a sua carreira foi vasta, eclética e cheia de momentos marcantes, tanto em cinema como na televisão — sobretudo na série Serviço de Urgência (ER), onde realizou mais de 50 episódios e foi nomeado cinco vezes aos Emmys.

De Nova Iorque a Hollywood, com uma paragem na sala de aula de Scorsese

Nascido em Paris em 1947, Jonathan Kaplan era filho do compositor Sol Kaplan e da actriz Frances Heflin. Mudou-se cedo para os Estados Unidos, dividindo a infância entre Los Angeles e Nova Iorque. Desde pequeno teve contacto com o mundo do espectáculo, primeiro nos palcos e mais tarde atrás das câmaras.

Estudou Cinema na Universidade de Nova Iorque, onde foi aluno de Martin Scorsese — e foi precisamente o mestre de Taxi Driver que o recomendou ao lendário produtor Roger Corman, lançando a sua carreira no cinema independente. Com Corman, Kaplan trabalhou em Night Call Nurses (1972), iniciando uma série de projectos com carimbo de culto.

Um olhar atento às margens da sociedade

Durante os anos 70, Kaplan realizou títulos como Truck Turner (1974), com Isaac Hayes, e White Line Fever (1975), que se tornou um sucesso entre os filmes de acção com crítica social. O seu estilo era cru, directo e sem medo de abordar realidades desconfortáveis — uma abordagem que viria a maturar em Over the Edge (1979), um retrato marcante da juventude suburbana americana.

Nos anos 80, diversificou a carreira, realizando telefilmes e videoclipes para nomes como Barbra Streisand, Rod Stewart e John Mellencamp. Mas foi em 1988, com Os Acusados, que atingiu o seu ponto mais alto em Hollywood. O filme, baseado em factos verídicos, abordava a violação em grupo de uma mulher numa casa de jogos e a subsequente batalha judicial. Jodie Foster brilhou no papel principal e o filme tornou-se um marco na representação da justiça e do trauma no cinema.

Seguiram-se filmes como Immediate Family (1989), com Glenn Close e James Woods, e Love Field (1992), com Michelle Pfeiffer — este último valeu ao realizador uma nomeação para os Óscares.

Do cinema à televisão: a segunda vida de Kaplan

Apesar de ter regressado ao cinema com Brokedown Palace (1999), protagonizado por Claire Danes, Kaplan começou a concentrar-se quase exclusivamente na televisão a partir da viragem do milénio. Realizou episódios de séries como Lei & Ordem: Unidade Especial, mas foi em Serviço de Urgência que deixou a sua marca mais profunda na pequena tela.

Entre 1997 e 2005, realizou mais de 50 episódios da série médica criada por Michael Crichton e tornou-se uma figura incontornável do projecto, ajudando a definir o seu tom visual e emocional. Foi nomeado cinco vezes aos Emmys por esse trabalho.

Um legado discreto, mas poderoso

Jonathan Kaplan pode não ter sido um nome tão mediático como outros da sua geração, mas o seu impacto foi profundo e duradouro. Do cinema social e combativo dos anos 70 ao drama televisivo de qualidade dos anos 2000, soube adaptar-se, inovar e contar histórias com humanidade e intensidade.

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O mundo do cinema e da televisão despede-se agora de um realizador que nunca virou costas aos temas difíceis — e que deu voz, imagem e dignidade a histórias muitas vezes ignoradas.

“Bons Genes” ou Mau Gosto? Sydney Sweeney no centro de polémica que mistura moda, política e racismo

A atriz de Euphoria foi interpelada por um manifestante na estreia de Americana, enquanto a polémica em torno do seu anúncio para a American Eagle continua a incendiar as redes… e a política americana.

Sydney Sweeney não é estranha aos holofotes — mas desta vez, os flashes foram acompanhados por gritos e controvérsia. A atriz de Euphoria foi abordada por um manifestante na estreia do seu mais recente filme, Americana, em Hollywood, e tudo por causa… de um par de jeans. Ou melhor, de um trocadilho com “genes”.

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“Parem com aquele anúncio, é racismo!”

A cena ocorreu no passado domingo, à porta do bar Desert 5 Spot, com inspiração country, onde decorreu a estreia de Americana. Assim que Sydney Sweeney saiu do carro, foi interpelada por alguém que lhe gritou: “Pára, aquele anúncio é racista!”. A atriz manteve o silêncio e seguiu diretamente para o interior do evento, onde posou ao lado da colega de elenco Halsey.

Em causa está uma campanha publicitária para a marca American Eagle, na qual Sweeney protagoniza um vídeo viral onde diz:

“Genes são passados dos pais para os filhos. Muitas vezes determinam características como cor do cabelo, personalidade, até a cor dos olhos. Os meus jeans são azuis.”

Ora, a conjugação entre a palavra “genes” e o facto de Sweeney ser uma mulher loira, de olhos azuis, bastou para desencadear uma onda de indignação online, com acusações de que o anúncio promove eugenia e ideias associadas à supremacia branca.

Celebrar a beleza ou promover ideologias perigosas?

Artistas como Doja Cat e Lizzo não perderam tempo a criticar o anúncio. Lizzo, por exemplo, respondeu com ironia nas redes sociais, partilhando uma fotografia em ganga com a legenda: “Os meus jeans são negros”. Já Sweeney, por sua vez, optou por não comentar publicamente — uma postura que tem mantido, mesmo enquanto a polémica escala.

Acrescentando combustível à fogueira, veio à tona recentemente que a atriz se registou como eleitora do Partido Republicano na Florida, pouco antes de Donald Trump regressar à Casa Branca. E foi o próprio presidente norte-americano quem se apressou a tomar partido… e a elogiar o anúncio.

Trump aprova: “Agora adoro o anúncio dela!”

Questionado por um jornalista quando se preparava para embarcar no Marine One, Trump não hesitou:

“Ela está registada como Republicana? Ah. Agora adoro o anúncio dela!”

Mais tarde, nas redes sociais, o antigo presidente (e agora novamente presidente) subiu o tom:

“Sydney Sweeney, uma Republicana registada, tem o anúncio mais HOT do momento. É para a American Eagle, e os jeans estão a voar das prateleiras. Força, Sydney!”

Trump aproveitou ainda para criticar marcas como a Jaguar e a Bud Light pelas suas campanhas “woke”, em contraste com a abordagem “autêntica” de Sweeney.

A cultura pop como campo de batalha político

O caso tornou-se rapidamente num símbolo da guerra cultural em curso nos Estados Unidos. Conservadores como o vice-presidente JD Vance usaram a controvérsia como arma contra os Democratas, acusando-os de exagerar e de transformar qualquer mulher loira num alvo político.

“O meu conselho político para os Democratas é continuarem a chamar nazi a toda a gente que ache a Sydney Sweeney atraente”, disse Vance num podcast.

Já o polémico Piers Morgan foi ainda mais longe:

“A polémica em torno da Sydney Sweeney é a prova de que a esquerda woke perdeu completamente o norte. Chamam nazi a qualquer pessoa que celebre a beleza ou o sex appeal. O woke morreu — agora só nos rimos da estupidez deles.”

E a American Eagle?

A marca, por seu lado, recusou-se a recuar e defendeu o anúncio:

“‘Sydney Sweeney Has Great Jeans’ sempre foi sobre os jeans. Os dela. A sua história. Continuaremos a celebrar a forma como cada pessoa veste os seus AE jeans com confiança. Bons jeans ficam bem em toda a gente.”

Americana chega aos cinemas a 15 de Agosto

Com todo este ruído mediático, o filme Americana (que, ironicamente, também é um western moderno sobre identidade e fronteiras culturais) estreia nos Estados Unidos a 15 de Agosto. Resta saber se o público vai conseguir separar o filme da figura que o protagoniza — ou se Sydney Sweeney se tornou, involuntariamente, a nova face de uma batalha ideológica que não tem fim à vista.

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Se quiser ver o video no Youtube não está traduzido em Português

Liam Neeson Não Perdoa Atrasos no Set: “Nunca Trabalharia com Essas Pessoas”

Aos 73 anos, o actor estreia-se em comédia com The Naked Gun e aproveita para dar lições de profissionalismo… com o sotaque sério que todos conhecemos.

🕵️‍♂️ Liam Neeson tem uma daquelas vozes que ninguém contesta — nem quando está a ameaçar alguém num filme de acção, nem quando está a falar de pontualidade em entrevistas. E foi precisamente isso que fez numa conversa recente com a Rolling Stone, onde o actor criticou abertamente colegas de profissão que chegam atrasados às filmagens. 

“Oiço histórias perturbadoras sobre actores e actrizes talentosos que aparecem duas, três, quatro horas atrasados. Nunca trabalharia com essas pessoas. É um insulto”, declarou. 

“Tens uma equipa de 60, 70, 80 pessoas à tua espera. O mínimo é apareceres a horas.” 

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Neeson não mencionou nomes — nem parece estar a falar de ninguém do elenco de The Naked Gun, a nova comédia da Paramount onde contracena com Pamela Anderson. Mas a mensagem é clara: talento não é desculpa para falta de respeito. 

De vingador implacável a detective trapalhão 

The Naked Gun marca uma mudança de tom na carreira recente de Neeson, mais conhecida por papéis intensos em thrillers como Taken ou The Grey. Desta vez, o actor irlandês interpreta um inspector da polícia atrapalhado e absolutamente ineficaz, no espírito das comédias clássicas protagonizadas por Leslie Nielsen. 

A estreia do filme nas salas norte-americanas trouxe boas notícias: $17 milhões no primeiro fim-de-semana, um número sólido para uma comédia nos dias de hoje. O público parece estar a aceitar esta nova faceta de Neeson com bom humor — e ele próprio também. 

Adeus às pancadarias (com ou sem andarilho) 

Numa outra entrevista, à Variety, Neeson admitiu que o seu tempo nos filmes de acção está a chegar ao fim. 

“Tenho 73 anos, caramba. Não quero insultar o público com cenas de luta que não são minhas”, confessou. 

“Gostava de fazer as minhas próprias cenas de acção, mas não quero estar a fazer isso com uma bengala ou um andarilho.” 

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Apesar disso, admite que pode haver mais um filme de acção algures no horizonte, mas só se o papel fizer sentido. E com Neeson, isso implica profissionalismo e… chegar a horas, claro. 

Lições de um veterano 

A mensagem de Neeson não é apenas uma crítica; é um lembrete. Num tempo em que os egos em Hollywood ainda se confundem com talento, o actor volta a provar porque continua a ser tão respeitado dentro e fora do ecrã: disciplina, ética de trabalho e respeito por todos os que fazem um filme possível

Sharon Stone Revela Conflito com Michael Douglas Antes de Basic Instinct: “Ele Não Queria Que Eu Fosse Co-Protagonista”

A actriz conta como uma discussão acesa em Cannes quase comprometeu a sua participação no clássico erótico de Paul Verhoeven 

🧊 Quase tão explosiva quanto o famoso cruzar de pernas em Basic Instinct é a história que Sharon Stone agora revela sobre os bastidores do filme. Em entrevista recente ao Business Insider, a actriz confessou que Michael Douglas se recusou a fazer testes com ela antes das filmagens — e tudo devido a um confronto tenso entre os dois no Festival de Cannes. 

“O Michael não queria pôr o rabo nu no ecrã ao lado de uma desconhecida”, afirmou. “E percebo isso. Mas também havia outra razão: tivemos uma discussão antes disso.” 

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“Vamos lá fora”: o primeiro encontro que quase acabou à pancada 

O incidente aconteceu em Cannes, durante um jantar com várias pessoas do meio. Douglas fez um comentário sobre a relação entre um pai e os seus filhos. Stone conhecia bem a família em questão e decidiu intervir. A resposta de Douglas? Gritou-lhe: 

“O que é que tu sabes sobre isso?” 

Stone não recuou. 

“Levantei-me e disse: ‘Vamos lá fora.’” 

Lá fora, explicou-lhe o que sabia — e porquê — e o mal-estar acabou resolvido… mais ou menos. 

“Não diria que ficámos amigos, mas acabámos de forma cordial. Quando chegou a altura de escolherem a actriz para Basic Instinct, acho que ele não queria que fosse eu.” 

A tensão serviu bem o ecrã 

Apesar da resistência inicial, a química (e a fricção) entre os dois actores acabou por jogar a favor da história. Douglas interpreta um detective envolvido com a principal suspeita de um homicídio — a misteriosa e sedutora escritora Catherine Tramell, papel que transformou Sharon Stone numa estrela internacional

“Funcionou lindamente. O Michael tem um feitio difícil, mas isso não me intimidava. Isso trouxe algo interessante à dinâmica das personagens”, explicou. 

“Hoje, somos grandes amigos. Admiro-o imenso.” 

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A polémica do famoso “cruzar de pernas” 

O sucesso de Basic Instinct deve-se tanto ao enredo como à sua carga erótica — e, em particular, à infame cena do interrogatório. Em 2021, na sua autobiografia The Beauty of Living Twice, Sharon Stone revelou que foi enganada para filmar a cena sem roupa interior

“Disseram-me que não se via nada, que era só para evitar reflexos da luz. Mas vi a cena numa sala cheia de agentes e advogados. Foi assim que vi a minha vagina no ecrã pela primeira vez.” 

Stone conta que, chocada, confrontou o realizador Paul Verhoeven e deu-lhe uma estalada na cabine de projecção. 

“Já não havia nada a fazer. Era o meu corpo ali. Tive de tomar decisões.” 

E agora… um reboot? 

Segundo a Variety, a Amazon MGM Studios e a United Artists adquiriram os direitos para um reboot de Basic Instinct, com o regresso do argumentista original, Joe Eszterhas, ao leme do guião. Não se sabe ainda se Sharon Stone estará envolvida. A actriz participou na sequela de 2006 (Basic Instinct 2), que foi fortemente criticada e falhou nas bilheteiras. 

Num tempo em que o olhar sobre sexualidade, consentimento e poder em Hollywood mudou radicalmente, resta saber como será reimaginado um dos filmes mais provocadores da década de 90 — e se Catherine Tramell voltará a cruzar as pernas… ou as linhas da moral. 

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Quando o Grito de Scarlett Johansson Assusta Lobos: Marriage Story Está a Salvar Gado nos EUA 

A cena de discussão entre Adam Driver e Scarlett Johansson tornou-se inesperadamente… uma arma rural contra predadores 

🐺💔 Quem diria que o momento mais devastador de Marriage Story, o drama de 2019 realizado por Noah Baumbach, viria a ser usado não só como exemplo de representação emocional, mas também como ferramenta de dissuasão contra lobos selvagens nos Estados Unidos

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Segundo o The Wall Street Journal, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) está a recorrer ao áudio da famosa cena de discussão entre Scarlett Johansson e Adam Driver — sim, aquela em que tudo explode num apartamento claustrofóbico — para assustar lobos e proteger o gado em zonas rurais

“Os lobos precisam de saber que os humanos são maus”, explicou um supervisor do USDA no estado do Oregon. 

“Wolf hazing”: drones, AC/DC e… terapia de casal? 

A técnica, conhecida como “wolf hazing”, consiste em usar drones equipados com câmaras térmicas e altifalantes para patrulhar zonas onde há registo de ataques a vacas e ovelhas. Quando um lobo é detetado, o drone projecta luz intensa e transmite sons considerados “alarmantes”. Entre os sons favoritos dos técnicos estão: 

  • Fogos de artifício 
  • Tiros 
  • Discussões de filmes, como a de Marriage Story 
  • E até clássicos do rock como “Thunderstruck” dos AC/DC 

O método tem-se revelado eficaz: depois de 11 vacas terem sido mortas por lobos numa zona do sul do Oregon em apenas 20 dias, a intervenção dos drones e do som dramático reduziu esse número para apenas duas mortes em 85 dias

Da dor emocional à utilidade ecológica 

A cena em questão — um dos pontos altos (ou baixos?) emocionais de Marriage Story — mostra Johansson e Driver aos gritos, numa das representações mais cruas e reais de um divórcio no cinema recente. Foi este momento que lhes valeu nomeações ao Óscar e o aplauso da crítica, tendo o filme sido classificado como um dos melhores de 2019 por publicações como a Variety

“Eles encarnam a raiva, orgulho, desespero e paixão de um casal a destruir a relação — e a si próprios — tentando ainda assim manter-se inteiros”, escreveu Owen Gleiberman. 

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Agora, esses gritos rasgados, carregados de frustração e mágoa… estão a aterrorizar lobos. E a salvar vacas. 

Uma ironia (muito) cinematográfica 

Se Baumbach pretendia explorar o colapso de um casamento como um campo de batalha emocional, dificilmente imaginaria que o seu filme viria a ser usado literalmente como arma de dissuasão em zonas de conflito… entre humanos e predadores. 

Hollywood nunca teve problemas em explorar o sofrimento humano para o entretenimento. Mas aqui, num volte-face inesperado, o sofrimento é reciclado para fins ecológicos. Um pouco como se Scenes from a Marriage tivesse sido misturado com O Livro da Selva e passado por um editor de som rural. 

Próxima paragem: os gritos de  

Revolutionary Road a proteger plantações? 

A pergunta que fica: que outras cenas devastadoras do cinema podem servir para fins práticos no mundo real? Gritos de Meryl Streep em Kramer vs. Kramer? Monólogos de Daniel Day-Lewis em There Will Be Blood? O choro contido de Ryan Gosling em Blue Valentine

O cinema nunca foi tão útil — nem tão imprevisível. 

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