Óscares 2026: Espanha Escolhe Sirât, de Oliver Laxe, Como Candidato a Melhor Filme Internacional

De Cannes a Hollywood

A Academia de Cinema de Espanha anunciou que Sirât, de Oliver Laxe, será o filme que representará o país na corrida ao Óscar de Melhor Filme Internacional na 98.ª edição dos prémios da Academia. A escolha recaiu sobre o vencedor do Prémio do Júri em Cannes 2025, impondo-se a Romería, de Carla Simón, e Sorda, de Eva Libertad, que também integravam a shortlist.

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Uma busca no meio da noite eterna

O filme acompanha um homem (Sergi López) e o seu filho (Bruno Núñez Arjona), que viajam até às montanhas do sul de Marrocos à procura de Mar, filha e irmã desaparecida meses antes durante uma rave. Munidos de fotografias e mergulhados em noites infindáveis de música eletrónica, pai e filho entram num mundo de liberdade desconcertante. O rasto leva-os até um grupo de ravers que se dirige ao deserto, em busca de uma última festa — e da esperança de reencontrar a jovem perdida.

No elenco estão ainda Richard Bellamy, Stefania Gadda e Joshua Liam Henderson, ao lado de Sergi López, veterano do cinema europeu, e do jovem Bruno Núñez Arjona.

Uma produção internacional com ADN espanhol

Sirât é uma produção original da Movistar Plus+, em colaboração com Filmes da Ermida, El Deseo, Uri Films e 4a4 Productions. A distribuição em Espanha é da Bteam Pictures, enquanto as vendas internacionais estão a cargo da The Match Factory. Nos Estados Unidos, a estreia ficará a cargo da Neon.

O peso da escolha

O anúncio foi feito pelo cineasta Pablo Berger (Robot Dreams, nomeado ao Óscar em 2024), acompanhado pelo presidente da Academia Espanhola, Fernando Méndez-Leite. A decisão sucede à candidatura do ano passado, Saturn Return, de Isaki Lacuesta e Pol Rodríguez, que não chegou à shortlist.

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Com o impacto já conquistado em Cannes e a próxima exibição no Festival de San Sebastián, Sirât chega à temporada de prémios com forte visibilidade internacional. A questão agora é se conseguirá o feito histórico de voltar a colocar o cinema espanhol entre os nomeados aos Óscares.

Other Mommy: Novo Filme de Terror Produzido por James Wan Adiado para Outubro de 2026

Universal troca a primavera pelo Halloween

A Universal Pictures anunciou que Other Mommy, o novo filme de terror da Atomic Monster (produtora de James Wan), vai estrear mais tarde do que o previsto. Inicialmente agendado para 8 de maio de 2026, o filme chega agora às salas a 9 de outubro de 2026, em plena temporada de Halloween, competindo diretamente com The Legend of Aang: The Last Airbender, da Paramount.

Baseado em Josh Malerman, autor de Bird Box

Inspirado no romance Incidents Around the House, de Josh Malerman (Bird Box), Other Mommy promete mergulhar o público numa história sobrenatural inquietante. A narrativa acompanha uma jovem rapariga cuja família e casa começam a ser assombradas por uma entidade maligna que quer instalar-se… mas antes precisa de convencer a menina a deixá-la entrar.

Um elenco de luxo no coração do terror

O filme conta com Jessica Chastain, vencedora de Óscar e já veterana no género após It: Capítulo Dois, ao lado de Jay Duplass (Transparent), Arabella Olivia Clark (Springsteen: Deliver Me From Nowhere) e Dichen Lachman(Severance).

Na realização está Rob Savage, responsável por Host e The Boogeyman, enquanto o argumento foi escrito por Nathan Elston, vencedor do WGA Award por Succession.

James Wan na produção

Other Mommy junta forças da Atomic Monster e da Blumhouse, em parceria com a Spin a Black Yarn e a Universal Pictures. James Wan, criador de SawInsidious e The Conjuring, assina a produção ao lado de Michael Clear, Judson Scott e Macdara Kelleher. Entre os produtores executivos estão o próprio Savage, Malerman e Ryan Lewis.

Uma aposta forte no terror

A Universal continua a reforçar a sua aposta no género, com um calendário recheado. Antes de Other Mommy, o estúdio lança ainda este ano títulos como Him (da Monkeypaw, com Marlon Wayans), Black Phone 2 (17 de outubro), Wicked: For Good (21 de novembro) e Five Nights at Freddy’s 2 (5 de dezembro).

Com estreia marcada para outubro de 2026, Other Mommy posiciona-se como a grande aposta de terror para a próxima temporada de Halloween — e com James Wan na produção, as expectativas estão no topo.

Óscares 2026: Colômbia Escolhe A Poet Como Candidato a Melhor Filme Internacional

Do júri de Cannes à corrida a Hollywood

A Colômbia anunciou oficialmente que A Poet, de Simón Mesa Soto, será o filme representante do país na corrida ao Óscar de Melhor Filme Internacional em 2026. A obra estreou mundialmente no Festival de Cannes deste ano, onde conquistou o Prémio do Júri na secção Un Certain Regard, e já passou também pelo Festival de Toronto (TIFF).

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Trata-se da segunda longa-metragem de Mesa Soto, que já se começa a afirmar como uma das vozes mais singulares do novo cinema colombiano.

Uma história de fracasso, redenção e literatura

No centro da narrativa está Óscar, interpretado pelo estreante Ubeimar Rio, um escritor falhado e desempregado que vive com a família em Medellín. Entregue ao álcool e ao desencanto, vagueia pelas ruas da cidade lamentando o estado da literatura no seu país. A sua vida ganha, no entanto, um novo propósito quando lhe é oferecida a oportunidade de orientar uma jovem estudante — um gesto que pode significar a sua redenção.

O elenco conta ainda com Rebeca Andrade, Guillermo Cardona, Humberto Restrepo, Alisson Correa e Margarita Soto.

Reconhecimento dentro e fora da Colômbia

“A receção do público colombiano foi comovente. Muitos identificaram-se com o nosso poeta, e isso foi o que mais nos emocionou. Agora, saber que vamos representar a Colômbia no caminho até aos Óscares é uma honra enorme”, afirmou o realizador Simón Mesa Soto.

Nos Estados Unidos, os direitos de distribuição foram adquiridos pela 1-2 Special, que planeia uma estreia em sala.

O histórico da Colômbia nos Óscares

A presença da Colômbia na corrida ao Óscar tem sido esporádica, mas marcante. Em 2015, o país conseguiu pela primeira vez uma nomeação com O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra. Mais tarde, em 2018, Pássaros de Verão, de Cristina Gallego e Guerra, chegou a integrar a shortlist.

Com A Poet, a Colômbia volta a apostar num cinema autoral e poético, que tem vindo a conquistar a crítica internacional.

O calendário dos prémios

O prazo de submissões aos Óscares termina a 1 de outubro. A shortlist de 15 filmes será revelada a 16 de dezembro, enquanto as nomeações oficiais para a 98.ª edição dos prémios da Academia serão anunciadas a 22 de janeiro de 2026.


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A Poet

 Como Candidato a Melhor Filme Internacional

Do júri de Cannes à corrida a Hollywood

A Colômbia anunciou oficialmente que A Poet, de Simón Mesa Soto, será o filme representante do país na corrida ao Óscar de Melhor Filme Internacional em 2026. A obra estreou mundialmente no Festival de Cannes deste ano, onde conquistou o Prémio do Júri na secção Un Certain Regard, e já passou também pelo Festival de Toronto (TIFF).

Trata-se da segunda longa-metragem de Mesa Soto, que já se começa a afirmar como uma das vozes mais singulares do novo cinema colombiano.

Uma história de fracasso, redenção e literatura

No centro da narrativa está Óscar, interpretado pelo estreante Ubeimar Rio, um escritor falhado e desempregado que vive com a família em Medellín. Entregue ao álcool e ao desencanto, vagueia pelas ruas da cidade lamentando o estado da literatura no seu país. A sua vida ganha, no entanto, um novo propósito quando lhe é oferecida a oportunidade de orientar uma jovem estudante — um gesto que pode significar a sua redenção.

O elenco conta ainda com Rebeca Andrade, Guillermo Cardona, Humberto Restrepo, Alisson Correa e Margarita Soto.

Reconhecimento dentro e fora da Colômbia

“A receção do público colombiano foi comovente. Muitos identificaram-se com o nosso poeta, e isso foi o que mais nos emocionou. Agora, saber que vamos representar a Colômbia no caminho até aos Óscares é uma honra enorme”, afirmou o realizador Simón Mesa Soto.

Nos Estados Unidos, os direitos de distribuição foram adquiridos pela 1-2 Special, que planeia uma estreia em sala.

O histórico da Colômbia nos Óscares

A presença da Colômbia na corrida ao Óscar tem sido esporádica, mas marcante. Em 2015, o país conseguiu pela primeira vez uma nomeação com O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra. Mais tarde, em 2018, Pássaros de Verão, de Cristina Gallego e Guerra, chegou a integrar a shortlist.

Com A Poet, a Colômbia volta a apostar num cinema autoral e poético, que tem vindo a conquistar a crítica internacional.

O calendário dos prémios

O prazo de submissões aos Óscares termina a 1 de outubro. A shortlist de 15 filmes será revelada a 16 de dezembro, enquanto as nomeações oficiais para a 98.ª edição dos prémios da Academia serão anunciadas a 22 de janeiro de 2026.

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The Lost Bus: Matthew McConaughey Enfrenta o Inferno em Drama de Paul Greengrass

Uma história real de heroísmo em pleno caos

Em 2018, a Califórnia viveu um dos piores incêndios da sua história recente: o devastador Camp Fire. Foi nesse cenário que um motorista de autocarro escolar e uma professora se viram obrigados a improvisar um resgate para salvar 22 crianças presas na zona de evacuação. É essa história, já de si dramática, que Paul Greengrass recria em The Lost Bus, um filme que coloca o espectador no centro do caos, do calor e do ruído ensurdecedor das chamas.

Com Matthew McConaughey no papel de Kevin McKay, o motorista que aceitou a chamada de emergência, e America Ferrera como Mary Ludwig, a professora que manteve as crianças calmas enquanto o fogo devorava tudo à volta, o filme adapta os acontecimentos reais quase sem alterar nomes ou detalhes. Greengrass opta por um realismo cru: o fogo nasce de uma linha elétrica com falhas, espalha-se com a ajuda do vento e transforma o dia em noite, enquanto a fuga pela estrada se torna uma luta contra o tempo.

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Suspense e realismo à flor da pele

Conhecido por United 93 e Captain Phillips, Greengrass volta a explorar um drama baseado em factos com a sua marca habitual: câmara nervosa, ação visceral e tensão contínua. As cenas do incêndio foram recriadas com fogueiras controladas, reforçadas por CGI e imagens reais, mergulhando o público no terror de um fogo incontrolável. O som é central: o rugido incessante das chamas é apresentado como um inimigo quase físico, que bloqueia a comunicação, corta as estradas e isola os protagonistas.

Apesar de a audiência saber que a história real teve um final feliz, a viagem nunca perde intensidade. A incerteza sobre se o autocarro conseguirá atravessar estradas em colapso ou resistir ao fumo torna o filme num exercício de suspense quase insuportável.

O lado humano da tragédia

Para além da ação, The Lost Bus é também um drama de personagens. America Ferrera dá vida a Mary, uma professora que, entre o medo de nunca mais ver o filho e a responsabilidade de acalmar crianças aterrorizadas, mantém uma coragem silenciosa e comovente.

Matthew McConaughey, por sua vez, constrói Kevin como um homem em busca de redenção. Sobrecarregado por problemas pessoais — um filho adolescente rebelde, um casamento falhado, uma mãe doente, até um cão recentemente perdido —, vê no resgate a oportunidade de provar a si mesmo que ainda é capaz de fazer a diferença. Se essa acumulação de dramas parece excessiva no arranque, o magnetismo habitual do ator ajuda a ancorar a narrativa.

Um drama que ilumina o real

Mais do que revisitar um acontecimento já conhecido, The Lost Bus mostra como o cinema pode tornar tangível o que muitas vezes é apenas estatística ou imagem televisiva. É um retrato de coragem em circunstâncias extremas, mas também uma reflexão sobre falhas humanas, azar e improviso no meio da catástrofe.

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Paul Greengrass confirma, mais uma vez, ser mestre em transformar factos em experiências cinematográficas imersivas — e este é um daqueles filmes que o espectador dificilmente esquecerá.

The Housemaid: Sydney Sweeney e Amanda Seyfried Trazem Segredos Perigosos no Novo Thriller de Paul Feig

Uma mansão, duas mulheres e muitos segredos

A Lionsgate revelou o primeiro trailer de The Housemaid, o novo thriller de Paul Feig que promete misturar tensão, segredos e personagens imperfeitas. Protagonizado por Sydney Sweeney e Amanda Seyfried, o filme chega aos cinemas a 19 de dezembro de 2025, adaptando o bestseller homónimo de Freida McFadden.

A história acompanha Millie (Sweeney), uma jovem desesperada por trabalho que aceita ser empregada doméstica de Nina (Seyfried) e Andrew (Brandon Sklenar). O que começa como uma oportunidade de sobrevivência rapidamente se transforma num jogo de desconfianças e revelações perturbadoras, à medida que Millie descobre que o casal esconde segredos obscuros dentro da mansão onde vive.

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Do riso ao suspense: Paul Feig troca de registo

Conhecido pelas suas comédias (BridesmaidsSpyLast Christmas), Paul Feig aventurou-se aqui num território mais sombrio. O realizador confessou que foi precisamente a combinação entre “tensão, sustos e humor” que o atraiu para a história: “Foi um sonho tornado realidade.”

O argumento foi escrito por Rebecca Sonnenshine (The BoysStranger Things), que adaptou o romance publicado em 2022. Além de Sweeney, Seyfried e Sklenar, o elenco conta ainda com Michele Morrone e Elizabeth Perkins.

Um projeto feito com paixão

Para Sydney Sweeney, que acumula também créditos como produtora executiva, o projeto teve um sabor especial. Fã assumida da trilogia literária de McFadden, a atriz revelou ter lido os três livros em apenas uma semana: “Não conseguia parar. As personagens são falhadas, são caóticas — e isso é fascinante.”

Amanda Seyfried, por sua vez, acrescenta peso dramático ao elenco, trazendo a elegância e intensidade que lhe valeram nomeações aos Óscares e aos Emmys. Juntas, as duas atrizes prometem transformar The Housemaid num duelo psicológico capaz de prender o público até ao último minuto.

Expectativas em alta

Depois da apresentação de imagens exclusivas no CinemaCon em abril, a antecipação em torno do filme só cresceu. Com um realizador habituado ao humor, mas agora rendido ao suspense, e duas protagonistas em ascensão e maturidade, The Housemaid pode ser um dos thrillers mais comentados do final de 2025.

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Scary Movie 6: Marlon Wayans Promete Uma Comédia Sem Filtros Que “Vai Ofender Alguém”


O regresso do terror mais disparatado

Mais de 20 anos depois de ter dado vida ao icónico Shorty, Marlon Wayans prepara-se para voltar à saga Scary Movie. O ator e argumentista, que esteve na génese dos dois primeiros filmes da popular paródia de terror, confirmou que Scary Movie 6 já está em andamento — e promete não poupar ninguém.

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“Vai ser como sempre fizemos. Queremos que toda a gente se ria, e não nos importa se alguém for sensível. Até as pessoas sensíveis precisam de rir de si próprias”, disse Wayans à Entertainment Weekly.

Humor sem barreiras

O comediante sublinhou que o novo capítulo será um “no holds barred”, ou seja, sem filtros e com espaço para provocar gargalhadas mesmo que algumas piadas possam ofender. “Quando fizemos White Chicks, gozámos com toda a gente — negros, brancos, hispânicos. É isso que fazemos: rirmo-nos do mundo e torná-lo mais leve. Às vezes alguém pode ficar ofendido, mas se 100 pessoas se rirem e uma sair da sala, ainda assim é uma boa piada.”

Segundo Wayans, a ideia é que Scary Movie 6 seja um filme que atravesse gerações: “Três gerações diferentes que já não têm grandes comédias há muito tempo vão poder sentar-se juntas e rir.”

Um olhar sobre as mudanças

Para o ator, não basta repetir a fórmula antiga: “A comédia mudou, o cinema mudou, o público mudou, o mundo mudou. Temos de reconhecer isso. Por isso, quisemos tornar a diferença geracional parte da conversa. É através desses contrastes que conseguimos criar piadas e, ao mesmo tempo, comentar o que mudou no horror e na sociedade.”

O regresso de rostos familiares

A saga volta também a contar com nomes muito pedidos pelos fãs. Segundo a Deadline, Anna Faris e Regina Hall estão confirmadas no elenco de Scary Movie 6, marcando o regresso das protagonistas que ajudaram a tornar os primeiros filmes em sucessos de bilheteira. O guião está a ser escrito por Marlon, em colaboração com os irmãos Shawn Wayans e Keenen Ivory Wayans, ausentes das últimas três sequelas mas que agora regressam ao comando criativo.

Wayans deixou ainda no ar a promessa de mais regressos de atores conhecidos da franquia, embora tenha admitido que ainda não há contratos fechados.

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Uma paródia pronta para 2025

Depois de anos de ausência, Scary Movie prepara-se assim para voltar a rir-se de tudo e todos — e, ao que parece, sem medo de chocar. O resultado pode muito bem ser a paródia irreverente que faltava à comédia atual, disposta a brincar tanto com o género do terror como com a própria sensibilidade dos tempos modernos.

Frozen 3: Casamento Real em Arendelle e um Novo Membro Misterioso na Família

A sinopse oficial já está aí e traz revelações mágicas

A Disney revelou finalmente os primeiros detalhes oficiais de Frozen 3, e os fãs de Arendelle já têm motivos para sonhar com mais um épico musical cheio de surpresas. O filme, que tem estreia marcada para 24 de novembro de 2027, promete unir novamente Anna e Elsa numa nova jornada repleta de magia, emoção e novidades de cortar a respiração.

Segundo a sinopse partilhada pela conta oficial da Disney no WeChat, em tradução divulgada pelo perfil @almanaquedisney no X (antigo Twitter), o novo capítulo irá mostrar “o casamento do século em Arendelle, quando a Rainha Anna caminha até ao altar e se junta a Elsa numa nova viagem mágica cheia de desafios desconhecidos”. Mas a maior surpresa é a chegada de “um novo e misterioso membro à família real”, cuja identidade está a ser mantida em segredo.

https://twitter.com/almanaquedisney/status/1966867913878413791?s=61

O regresso da equipa original

Jennifer Lee, que realizou os dois primeiros filmes, regressa à cadeira de realizadora e garante continuidade criativa ao universo que se tornou fenómeno cultural. Kristen Bell, Idina Menzel, Jonathan Groff e Josh Gad também voltam a dar voz às personagens que conquistaram uma geração — ainda que o processo de gravações nem sequer tenha começado.

O próprio Josh Gad confirmou ao Collider que o elenco ainda não ouviu as novas canções nem gravou qualquer diálogo, sublinhando que a produção está em fase inicial. Mesmo assim, a antecipação é enorme: os fãs sabem que as músicas de Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez têm sido uma das chaves do sucesso da saga, e não será diferente desta vez.

O que esperar desta nova aventura?

Frozen (2013) apresentou-nos as irmãs Anna e Elsa e conquistou o mundo com o hino “Let It Go”. Frozen 2 (2019) expandiu o legado da família real de Arendelle, revelando que a mãe das protagonistas, Iduna, era parte da tribo Northuldra e explicando o destino de Elsa como o quinto espírito da Floresta Encantada.

Agora, tudo indica que Frozen 3 continuará a aprofundar os laços familiares, trazendo novas respostas e novos desafios. Entre o casamento real e o misterioso novo elemento que promete abalar a vida em Arendelle, a Disney prepara-se para mais uma superprodução que, tal como as anteriores, deverá marcar o imaginário do público.

A contagem decrescente já começou: faltam dois anos para regressarmos ao reino gelado de Elsa e Anna, mas a magia promete aquecer corações em todo o mundo.

Sketch: Quando os Rabiscos Ganharem Vida no Grande Ecrã

No próximo dia 18 de setembro chega às salas portuguesas Sketch – Cuidado com o que desenhas, uma fantasia sombria realizada por Seth Worley que promete transformar a inocência do desenho infantil num verdadeiro pesadelo. A ideia é simples e perturbadora: e se aquilo que as crianças rabiscam nos cadernos ganhasse vida, com toda a estranheza, a ternura e os monstros que daí poderiam nascer?

A história segue Taylor Wyatt, um pai viúvo interpretado por Tony Hale, que vive com os filhos Amber e Jack. A menina, com uma imaginação prodigiosa, começa a ver as suas criações de lápis e giz manifestarem-se no mundo real, após um misterioso incidente junto de um lago. O que começa por parecer uma dádiva rapidamente se transforma num pesadelo, à medida que criaturas bizarras e ameaçadoras escapam do papel para assombrar a cidade. Entre proteger os filhos e reparar os erros desencadeados, Taylor terá de enfrentar um desafio maior do que alguma vez imaginou.

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Ao lado de Hale, encontramos D’Arcy Carden no papel de Liz, a tia das crianças, Bianca Belle como Amber, a pequena artista, e Kue Lawrence como Jack, o irmão curioso e aventureiro. O filme combina momentos de fantasia luminosa com uma vertente mais obscura e inquietante, misturando drama familiar com elementos de terror leve — sempre embalado por uma atmosfera que faz lembrar tanto os clássicos de criaturas dos anos 80 como os universos mais recentes de fantasia para toda a família.

O que distingue Sketch é a forma como junta a imaginação infantil a temas mais adultos, como o luto, a responsabilidade e os laços familiares. Há sustos, sim, mas também há humor, ternura e um subtexto emocional que o aproxima mais de uma fábula sombria do que de um típico filme de horror.

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Estreando em pleno regresso às aulas, Sketch é uma proposta curiosa para quem gosta de cinema que brinca com a imaginação e, ao mesmo tempo, questiona até que ponto estamos preparados para lidar com os monstros — reais ou inventados — que nos espreitam dentro de casa.

Criadores de Ídolos: Thriller Português Que Questiona a Fama e o Poder Estreia Esta Semana

Uma conspiração que atravessa gerações

O cinema português prepara-se para receber um dos thrillers mais ousados do ano. Criadores de Ídolos, novo filme de Luís Diogo, estreia já esta quinta-feira, 18 de setembro, nas salas nacionais com distribuição da NOS Audiovisuais.

Com José Fidalgo, Ricardo Carriço, Virgílio Castelo, Rafaela Sá e Oceana Basílio nos principais papéis, o filme mergulha numa trama intensa onde a ficção e a realidade se cruzam para levantar questões sobre o papel das figuras públicas e o preço da fama.

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A história acompanha Sofia, jovem determinada a tornar-se a primeira mulher a integrar a “Ordem dos Criadores de Ídolos”, uma sociedade secreta que, segundo a narrativa, esteve por detrás das mortes de ícones como John F. Kennedy, Elvis Presley, Marilyn Monroe e James Dean. Para os membros da Ordem, a criação de mártires é a única forma de inspirar valores numa sociedade cada vez mais fútil. Mas o dilema de Sofia é moralmente devastador: será ela capaz de planear a morte de uma celebridade para conquistar o seu lugar na organização?

Entre drama e suspense

Luís Diogo constrói um filme que mistura drama e suspense, aliando uma narrativa envolvente a reflexões sobre a necessidade de referências na sociedade contemporânea, a igualdade de género e até a fronteira entre verdade e mentira.

O elenco conta ainda com Diogo Lima, que se junta a um grupo de atores de peso, habituados a transitar entre televisão e cinema.

Reconhecimento internacional antes da estreia

Criadores de Ídolos abriu oficialmente o Fantasporto 2025 e já conquistou prémios além-fronteiras, incluindo o de Melhor Longa-Metragem no Cobb International Film Festival, nos Estados Unidos. O percurso em festivais de cinema independente reforça a ambição de um projeto que procura provocar debate tanto em Portugal como no estrangeiro.

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Com uma premissa ousada e uma abordagem autoral, o filme promete não deixar ninguém indiferente. A pergunta fica no ar: até onde iríamos para criar os ídolos de que tanto precisamos?

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Francis Lawrence volta ao terreno da sobrevivência

Depois de levar milhões de espectadores a arenas letais em The Hunger Games, Francis Lawrence volta a envergar os óculos de distopia para adaptar The Long Walk, romance que Stephen King publicou em 1979 sob o pseudónimo Richard Bachman. O resultado é um thriller distópico tenso, sombrio e surpreendentemente humano, que transforma um simples ato — caminhar — num exercício de resistência física, psicológica e até filosófica.

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O filme transporta-nos para uma América alternativa, marcada pelo trauma do pós-Vietname, onde jovens são selecionados por sorteio para participar numa marcha televisiva sem fim. O objetivo é cruel: andar sem parar até restar apenas um vencedor, recompensado com fama, riqueza e um desejo realizado. Para os restantes, a eliminação é literal, feita sob o olhar vigilante de soldados armados.

Um elenco que dá corpo ao desespero

No centro da narrativa está Ray Garraty (Cooper Hoffman), que se despede da mãe (Judy Greer) antes de enfrentar a 19.ª edição da marcha. Ao longo da jornada, cria laços com outros concorrentes, como o carismático Peter McVries (David Jonsson), o fervoroso Arthur Baker (Tut Nyuot) e o aguerrido Hank Olson (Ben Wang). O Major impiedoso, interpretado por Mark Hamill, lidera o espetáculo distópico como uma sombra constante.

Apesar da premissa minimalista — caminhar ou morrer — o filme surpreende pela variedade visual e pela forma como investe nos personagens. Lawrence, em colaboração com o diretor de fotografia Jo Willems, evita a monotonia através de enquadramentos engenhosos e de uma atmosfera carregada de tensão, enquanto a violência, explícita e inevitável, é sempre enquadrada pela dor e pela consciência da sua futilidade.

Uma parábola sobre fascismo e resistência

Mais do que um jogo de sobrevivência, The Long Walk funciona como metáfora sobre como regimes autoritários moldam indivíduos e sociedades. Alguns caminham por dinheiro, outros por desespero, outros ainda pela necessidade de resistir. No coração do filme está a relação entre Garraty e McVries, marcada por amizade, admiração e um confronto filosófico que oscila entre a esperança e a resignação.

Cooper Hoffman constrói um protagonista com uma determinação quase animal, enquanto David Jonsson rouba a cena com um McVries carismático e compassivo, transformando a dupla na âncora emocional da narrativa.

Entre a brutalidade e a melancolia

Apesar de não atingir plenamente o impacto emocional a que aspira, especialmente no seu final ambíguo, The Long Walkmantém-se fascinante pela maior parte da sua duração. É um filme sobre juventudes condenadas, sobre a violência transformada em espetáculo e sobre como a esperança pode persistir mesmo nas estradas mais sombrias.

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Francis Lawrence pode não ter encontrado o mesmo equilíbrio épico de The Hunger Games, mas entrega aqui uma obra visualmente inventiva e emocionalmente carregada, que mantém viva a chama das distopias de Stephen King.

Inacreditável Transformação: Jeremy Allen White é Bruce Springsteen em Filme Que Já Tem Data em Portugal

Do sucesso de The Bear ao mito do “Boss”

Depois de conquistar a crítica com The Bear, Jeremy Allen White enfrenta agora o maior desafio da sua carreira: dar vida a Bruce Springsteen no biopic Deliver Me From Nowhere. Realizado por Scott Cooper (Crazy Heart) e baseado no livro de Warren Zanes, o filme mergulha na criação de Nebraska (1982), um dos álbuns mais enigmáticos e intimistas do cantor.

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Springsteen, que vinha do sucesso estrondoso de The River, fechou-se no quarto com um gravador de quatro pistas e produziu um conjunto de canções sombrias e nuas, que chocaram a indústria mas acabaram por se tornar um clássico absoluto. É essa luta entre a pressão das editoras e a fidelidade artística que o filme coloca no centro da narrativa.

Um elenco de luxo e estreia em outubro

Além de White no papel do “Boss”, o filme conta com Jeremy Strong como Jon Landau, o icónico manager de Springsteen. O elenco inclui ainda Paul Walter Hauser, Odessa Young, Marc Maron, Gabby Hoffman, Stephen Graham e Johnny Cannizzaro.

Em Portugal, Deliver Me From Nowhere estreia a 23 de outubro, um dia antes dos EUA, com distribuição em várias salas nacionais.

Música, cinema e legado

Para acompanhar a estreia, Bruce Springsteen prepara também um presente para os fãs: Nebraska ’82: Expanded Edition, uma caixa de cinco discos que traz o álbum remasterizado, a versão elétrica nunca editada, outtakes raros e até um filme-concerto gravado no Count Basie Theatre, em Red Bank, New Jersey.

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Entre a cinebiografia e a celebração musical, este outono será marcado por uma revisitação profunda a um dos capítulos mais fascinantes da carreira de Springsteen. Jeremy Allen White tem agora a missão de mostrar como, por vezes, a maior força de um artista surge na sua vulnerabilidade.

Roofman: Channing Tatum conheceu Peter Dinklage pela primeira vez… completamente nu

Um encontro inesperado no set

O novo filme Roofman, de Derek Cianfrance, tem dado que falar não apenas pelo enredo insólito — a história verídica de Jeffrey Manchester, um fugitivo que se escondeu nos corredores de uma loja Toys “R” Us — mas também pelos bastidores.

O realizador revelou à People que o primeiro encontro entre Channing Tatum e Peter Dinklage aconteceu durante uma cena em que o ator de Magic Mike estava em “full monty”:

“Há uma grande cena em que o personagem de Peter apanha o Channing a tomar banho a meio da noite. Podemos escrever isso no guião, mas depois alguém tem de o filmar. E o Channing teve de aparecer.”

A primeira impressão

Segundo Cianfrance, não houve duplos nem truques de câmara: Tatum estava realmente nu durante a cena — e esse foi o momento em que Dinklage o viu pela primeira vez.

“Foi divertido ver os dois a interagir dessa forma. Era exatamente a surpresa que eu queria. Mantive os atores afastados antes da rodagem para que a primeira reação fosse genuína. Assim, a primeira vez que Peter viu o Channing foi em full monty.”

Romance e crime num só filme

Apresentado no Festival Internacional de Cinema de TorontoRoofman mistura comédia romântica e drama criminal. No elenco, além de Tatum e Dinklage (que interpreta Mitch, o gerente da loja), está também Kirsten Dunst como Leigh, a funcionária que se envolve com o fugitivo.

O filme chega às salas de cinema dos EUA a 10 de outubro. Em Portugal, a estreia ainda não tem data confirmada, mas é um dos títulos mais comentados da temporada de festivais — tanto pelo seu enredo improvável como pelos momentos inesperados nos bastidores.

Daniel Day-Lewis Quebra o Silêncio: “Nunca Quis Aposentar-me, Devia Ter Ficado Calado”

O regresso do mestre após oito anos afastado

Ele é considerado um dos maiores atores de sempre, dono de três Óscares de Melhor Ator, e em 2017 surpreendeu o mundo ao anunciar a sua retirada do cinema. Agora, Daniel Day-Lewis, 68 anos, regressa aos ecrãs e admite que a sua “reforma” nunca foi intencional.

Em entrevista à Rolling Stone, o protagonista de Lincoln e There Will Be Blood esclareceu:

“Nunca tive a intenção de me aposentar, de verdade. Apenas deixei de fazer esse tipo de trabalho para me dedicar a outras coisas. Aparentemente já fui acusado de me reformar duas vezes… Eu só queria trabalhar noutra área por um tempo. Olhando para trás, devia era ter ficado calado.”

Um regresso em família: 

Anemone

Day-Lewis manteve-se fora da ribalta quase uma década, até anunciar em 2024 o seu regresso no filme Anemone, realizado pelo seu filho de 27 anos, Ronan Day-Lewis. Pai e filho assinam juntos o argumento de uma história sobre os laços entre pais, filhos e irmãos, com estreia marcada para 3 de outubro.

O elenco conta ainda com Sean Bean e Samantha Morton, sob a chancela da Focus Features.

Amor pela arte, medo da exposição

Apesar da pausa, Day-Lewis garante que nunca perdeu o fascínio pela arte da representação:

“O trabalho era algo que eu amava. Nunca deixei de amar. Mas havia aspetos da vida que acompanhava esse trabalho com os quais nunca me senti confortável. Desde o início, até hoje, havia sempre algo nesse processo que me deixava esgotado.”

O ator confessou também ter sentido ansiedade em regressar à máquina de Hollywood, temendo o peso da indústria após tantos anos afastado.

O peso de um legado único

Antes de Phantom Thread (2017), que marcou a sua “despedida”, Day-Lewis já tinha conquistado três Óscares por O Meu Pé Esquerdo (1989), Haverá Sangue (2007) e Lincoln (2012), além de nomeações por Em Nome do PaiGangues de Nova Iorque e o próprio Phantom Thread.

Com Anemone, prova que o talento e a tentação de regressar nunca o abandonaram. Como ele próprio ironizou:

“Achei que ao dizer que não voltaria a atuar, ia proteger-me de futuras tentações. Mas o facto de ter voltado mostra apenas que não sou tão orgulhoso quanto pensava.”

The Christophers: Ian McKellen é a Alma do Novo Drama Boémio de Steven Soderbergh

Toronto assiste a um Soderbergh mais íntimo

Steven Soderbergh pode ter anunciado a sua “reforma” em 2012, mas o que se viu desde então foi um realizador rejuvenescido, a experimentar géneros e a desafiar convenções. Em estreia no Festival Internacional de Cinema de TorontoThe Christophers confirma essa fase mais pessoal e excêntrica do cineasta: um filme sobre arte, falsificação e identidade, que foge ao típico heist movie para mergulhar em questões existenciais.

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Uma história de artistas e falsificações

No centro da narrativa está Julian Sklar, interpretado por um magistral Ian McKellen, um artista britânico em fim de vida, outrora ícone da cena pop-art londrina dos anos 60 e 70. Sklar tem uma série inacabada de retratos, conhecidos como The Christophers, que o mercado da arte deseja avidamente.

É então que entra em cena Lori (Michaela Coel), restauradora de arte com um passado de falsificadora. Contratada pelos filhos do artista (Jessica Gunning e James Corden), a proposta é simples: terminar as pinturas como se fossem dele. O encontro entre estes dois mundos — a irreverência envelhecida de Sklar e a determinação enigmática de Lori — gera uma relação improvável, feita de cumplicidade, choque e uma verdade desconfortável sobre a autenticidade na arte.

McKellen como o coração do filme

A crítica internacional é unânime: McKellen é a alma do filme. Aos 86 anos, dá corpo e vulnerabilidade a um homem que se confronta com a mortalidade e com os fantasmas da sua carreira. Há melancolia, humor ácido e até ternura, numa performance que muitos apontam já como digna de nomeação.

Michaela Coel oferece o contraponto ideal, embora a personagem nunca seja tão explorada quanto Sklar. Ainda assim, o duelo entre os dois sustenta um filme que, em vez de reviravoltas típicas de Soderbergh, prefere deixar perguntas em aberto: se um artista participa na sua própria falsificação, será ainda falsificação?

Entre sátira e emoção

O tom é mais emocional do que se esperaria de Soderbergh. Ao mesmo tempo que satiriza o mundo da arte — com tiradas como a de Sklar, que considera as piores obras do mundo “cães a jogar póquer — e todo o Warhol” —, o realizador questiona a validade da obra e do artista, e o papel da crítica no processo.

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Sem a necessidade de um “grande twist”, The Christophers apresenta-se como uma reflexão boémia sobre arte, legado e mortalidade. Se a mensagem pode soar opaca, o resultado é garantido: um filme sustentado na força de McKellen, que prova mais uma vez que é um dos grandes atores vivos.

Hamnet: Chloé Zhao Regressa em Força com Shakespeare e Paul Mescal

Um drama íntimo que já sonha com os Óscares

Depois do êxito arrebatador de Nomadland, que lhe valeu três estatuetas douradas, incluindo o Óscar de Melhor Realização, Chloé Zhao regressa ao cinema de autor com Hamnet. O filme, exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto, surge já como um dos favoritos para a temporada de prémios e promete emocionar plateias em todo o mundo.

Inspirado no romance homónimo de Maggie O’Farrell, o filme imagina a vida íntima de William Shakespeare(interpretado por Paul Mescal) e da sua esposa Agnes (papel de Jessie Buckley), centrando-se na tragédia da perda do filho, Hamnet — cujo nome, segundo estudiosos, seria praticamente indistinguível de Hamlet na Inglaterra isabelina.

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Shakespeare, amor e luto

A narrativa especula que Agnes terá encorajado William a seguir sozinho para Londres, acreditando na força do seu amor. Mas numa época assolada pela peste e pela mortalidade infantil, a dor da separação e da perda acaba por transformar o casamento numa ferida aberta.

Chloé Zhao assume aqui uma abordagem mais cronológica do que no livro, colocando em primeiro plano o luto e a dor que terão marcado o dramaturgo e inspirado a sua obra-prima. A intensidade das cenas levou muitos em Toronto às lágrimas, num retrato cru e poético do amor e da tragédia.

O percurso de Zhao: entre horizontes e intimismo

A realizadora recordou em Toronto a sua própria jornada — desde os tempos em que era uma “aluna de intercâmbio esquisita” num colégio britânico, sem saber falar inglês, até ao reconhecimento máximo em Hollywood.

Depois de The Rider (2017) e do fenómeno Nomadland (2020), Zhao teve uma incursão atribulada nos super-heróis da Marvel com Eternals, mas em Hamnet reencontra o território que a consagrou: um cinema mais íntimo, poético e profundamente humano.

“Passei os meus trintas a fazer filmes sobre horizontes e pores do sol”, confessou a realizadora. “Agora, nos meus quarentas, percebo que estava a fugir de mim mesma — tal como o Will em Hamnet.”

Paul Mescal e Jessie Buckley em destaque

O filme volta a reunir dois dos atores mais talentosos da sua geração. Mescal, nomeado ao Óscar por Aftersun, e Buckley, também já distinguida pela Academia, dão corpo a um casal dilacerado pela distância e pela perda, em interpretações que a crítica descreve como intensas e devastadoras.

Há ainda espaço para o jovem Noah Jupe, que interpreta um ator no mítico Globe Theatre. Mesmo com o papel em reescrita durante a rodagem, Zhao exigiu que decorasse cada linha da peça, para estar sempre preparado — uma prova da exigência e perfeccionismo da realizadora.

De Toronto para os Óscares

Sem data de estreia em Portugal, Hamnet já é visto como um dos grandes concorrentes da próxima temporada de prémios. Mais do que preencher lacunas históricas, Zhao oferece uma visão pessoal de Shakespeare: menos génio distante, mais homem vulnerável.

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Se Nomadland foi o filme que a colocou no mapa dos Óscares, Hamnet pode muito bem consolidar Chloé Zhao como uma das vozes mais importantes e ousadas do cinema contemporâneo.

Brooke Hogan Vai ao Lançamento de Documentário Polémico Sobre o Pai Enquanto Nick Hogan Avança com Processo Judicial

Divisão familiar em torno do legado de Hulk Hogan

A morte de Hulk Hogan, em julho deste ano, continua a gerar polémica dentro da própria família do lendário lutador. Enquanto o filho, Nick Hogan, tenta travar judicialmente a estreia de um documentário sobre o escândalo da sex tape do pai, a filha, Brooke Hogan, confirmou a sua presença na primeira exibição do filme em Tampa.

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Intitulado Video Killed The Radio Star: The Untold Story Of The Hulk Hogan Sex Tape Scandal, o documentário foi produzido em parceria com Bubba “The Love Sponge”, ex-amigo próximo de Hogan e figura central no caso.

Brooke defende o projeto e a memória do pai

Brooke justificou a sua decisão como um gesto de solidariedade para com Bubba, que descreve como uma presença constante na vida do pai: “Sei que ele foi um verdadeiro amigo para o meu pai e um tio para nós”, declarou.

A ex-estrela de reality show acrescentou que o documentário ajudará a expor as injustiças do escândalo: “Se há algo que este filme mostra, é que o meu pai foi vítima de um crime. O sistema falhou e deixou os culpados saírem impunes.”

Nick Hogan recorre aos tribunais

Do outro lado, Nick apresentou uma ação judicial para travar o lançamento do filme, alegando que Bubba está a usar a imagem e a marca do pai sem autorização. O filho de Hogan denuncia ainda que o documentário inclui imagens não autorizadas da sex tape, algumas das quais já terão surgido num trailer.

Nick sustenta que a divulgação violaria um acordo confidencial assinado entre Hogan e Bubba em 2012, após o escândalo vir a público.

Questões em torno da morte do lutador

A controvérsia em torno do documentário soma-se às dúvidas levantadas pela família sobre a morte de Hulk Hogan. Brooke chegou a inspecionar pessoalmente o corpo do pai na morgue, temendo que tivesse sido cremado sem autópsia completa, e garantiu que ele ainda estava com a sua icónica bandana.

Já a viúva, Sky Daily, sugeriu possível negligência médica após uma cirurgia ao pescoço realizada em maio. Segundo a família, a operação pode ter danificado um nervo crucial, comprometendo a respiração de Hogan e agravando os problemas cardíacos que levaram à sua morte.

Um legado marcado por glória e polémica

Enquanto fãs e familiares continuam a homenagear a carreira de Hulk Hogan, a estreia do documentário ameaça acentuar divisões internas. Brooke aposta que o filme trará justiça à memória do pai; Nick luta para o impedir.

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Resta saber se o projeto será exibido sem restrições — e como o resto da família reagirá a mais este capítulo de uma história que mistura glória, escândalo e mistério em torno da lenda do wrestling.

Orlando Bloom Não Quer Ver Outro Ator a Ser Legolas em The Hunt for Gollum 

“Eu odiaria ver outra pessoa no papel”

Para Orlando Bloom, há papéis que não se partilham. O ator britânico, hoje com 48 anos, deixou claro em entrevista ao programa Today (via EW) que não gostaria de ver outro ator a assumir a pele do elfo Legolas no próximo filme da Terra Média, The Hunt for Gollum, realizado por Andy Serkis.

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“Escutem, eu odiaria ver outra pessoa que não eu a interpretar o Legolas. O que é que vão fazer? Pôr outro no papel? Hoje em dia, com a IA, tudo é possível…”, disse Bloom, meio a brincar, meio a sério.

O enredo: entre 

O Hobbit

 e 

O Senhor dos Anéis

A nova produção da Warner Bros. situar-se-á entre os acontecimentos de O Hobbit e A Irmandade do Anel. A trama vai acompanhar a perseguição a Gollum, levado a cabo por Gandalf e Aragorn, numa tentativa de impedir que o Um Anel volte às mãos de Sauron.

Essa busca já tinha sido brevemente mencionada na trilogia de Peter Jackson, nomeadamente na cena em que Gollum, sob tortura, revela as palavras “Bolseiro” e “Comarca”.

Regressos confirmados — e uma dúvida chamada Legolas

O veterano Ian McKellen já confirmou o regresso como Gandalf, e Elijah Wood voltará a interpretar Frodo. Quanto a Legolas, a presença ainda não está confirmada. Bloom confessou que não recebeu qualquer convite oficial até ao momento:

“Para ser honesto, não ouvi nada sobre isso. Eu sei que o filme é centrado no Gollum, por isso tudo é possível. Até porque já voltei ao papel nos filmes de O Hobbit.”

Um papel que marcou gerações

Bloom viveu Legolas nas três longas-metragens de O Senhor dos Anéis e nos dois últimos filmes da trilogia O Hobbit. Apesar das incertezas, o ator não esconde o carinho pelo personagem: “É um papel incrível. Sou muito grato por ter feito parte destes filmes.”

Em junho, Bloom já tinha admitido que voltaria “sem hesitar” a ser Legolas, embora reconhecesse que hoje em dia precisaria de algum retoque digital para recuperar a juventude do elfo.

A caminho da Nova Zelândia

As filmagens de The Hunt for Gollum arrancam no próximo ano na Nova Zelândia, com estreia marcada para 15 de dezembro de 2027. Até lá, a grande questão que permanece é: veremos Orlando Bloom novamente com arco e flechas em Lothlórien?

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Exit 8: O Labirinto Psicológico de Genki Kawamura Que Transforma o Metro Num Purgatório

Do jogo de culto ao grande ecrã

O realizador Genki Kawamura (A Hundred Flowers) mergulha no universo dos videojogos para criar Exit 8, adaptação de um jogo japonês de culto que estreou a 3 de setembro. Longe de ser apenas mais uma experiência estilística, o filme reinventa a lógica minimalista do jogo e transforma-a numa metáfora poderosa sobre o conformismo e as ansiedades de uma sociedade que parece andar em círculos.

Uma rotina que se torna pesadelo

O protagonista — um homem comum, sem traços distintivos — é apresentado num longo plano-sequência em primeira pessoa, enquanto ouve o Bolero de Ravel numa carruagem de metro lotada. A monotonia cede lugar à inquietação quando, ao sair, percebe que está preso num corredor interminável.

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A lógica é simples, mas implacável: se encontrar uma anomalia — um néon que pisca, um som fora do lugar, uma diferença subtil numa parede — deve recuar; se nada detetar, deve avançar. Um erro, e tudo recomeça do nível zero. O objetivo: alcançar o enigmático “nível 8” para escapar do ciclo.

Entre Escher, Ravel e Kubrick

Kawamura transforma este mecanismo numa experiência cinematográfica hipnótica. O motivo do “8” é explorado como símbolo de infinito, enquanto o Bolero de Ravel, com a sua cadência repetitiva, reforça a sensação de claustrofobia. As ilusões de ótica de M. C. Escher surgem como referência visual, tal como o cinema de Stanley Kubrick, evocado numa cena que cita diretamente The Shining.

O resultado é um thriller psicológico que prende o espectador ao mesmo jogo do protagonista: observar compulsivamente a imagem, à procura do detalhe que denuncia a anomalia.

Capítulos que renovam o enigma

Para evitar que o conceito se esgote, o filme divide-se em três capítulos, mudando de perspetiva: do Homem Perdido ao Homem que Caminha, até chegar à visão da Criança. Kawamura mantém o mistério sobre a ligação entre estas figuras, relançando constantemente a narrativa sem entregar respostas fáceis.

A metáfora da paternidade e do conformismo

Para além da superfície lúdica, Exit 8 é atravessado por uma reflexão simbólica: o medo da paternidade e da responsabilidade, tema que se repete na trajetória das personagens. Ao mesmo tempo, o ciclo infinito no labirinto do metro ecoa como alegoria de uma sociedade incapaz de reconhecer as suas próprias falhas e disfunções.

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O resultado é um grande oito psicológico e existencial, onde suspense, estranheza e reflexão se entrelaçam. Uma obra que, tal como o seu herói, desafia o público a não se perder no labirinto.

Critterz: OpenAI Quer Levar o Primeiro Filme Feito com IA ao Festival de Cannes

Inteligência artificial no grande ecrã

OpenAI está a dar um salto inédito: depois de revolucionar a escrita e a criação de imagens, a empresa aposta agora no cinema. O projeto chama-se Critterz, um filme de animação que pretende provar que a inteligência artificial consegue produzir longas-metragens mais rápidas e baratas do que os métodos tradicionais.

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Segundo o Wall Street Journal, o objetivo é claro: mostrar em Cannes que a IA também pode competir no grande ecrã.

Da curta ao filme de animação

A ideia nasceu em 2023, quando Chad Nelson, especialista criativo da OpenAI, realizou uma curta-metragem com recurso ao DALL-E, o gerador de imagens da empresa. Três anos depois, decidiu expandir o conceito e transformar a experiência num filme de animação completo.

A história acompanha um grupo de criaturas da floresta que parte numa grande aventura. O guião contou com contributos de membros da equipa criativa de Paddington in Peru.

A produção junta a OpenAI aos estúdios Vertigo e Native Foreign, especializados em projetos que cruzam ferramentas de IA com técnicas tradicionais de animação.

Um processo acelerado e low budget

O orçamento de Critterz é inferior a 30 milhões de dólares, valor bastante abaixo dos custos médios de uma animação de estúdio. A diferença não está apenas no dinheiro: a equipa espera concluir a produção em nove meses, em vez dos habituais três anos.

“OpenAI pode fazer demonstrações do que os seus sistemas conseguem, mas um filme é uma prova muito mais convincente”, explicou Nelson.

Além de ChatGPT-5 e modelos de geração de imagem, a produção também contará com artistas responsáveis por croquis iniciais e atores contratados para dar voz às personagens.

Uma estreia com ambição

O filme está em produção e a equipa espera apresentar a versão longa no Festival de Cannes, antes de uma estreia em sala prevista para 2026. Caso seja bem-sucedido, Critterz poderá acelerar a adoção de IA em Hollywood, abrindo portas a criadores com menos recursos.

Uma indústria em debate

Apesar do entusiasmo tecnológico, o tema continua controverso. Em 2023, sindicatos de atores em Hollywood entraram em greve precisamente para exigir salvaguardas contra o uso da IA na escrita de guiões e na clonagem de vozes e imagens.

Além disso, grandes estúdios como DisneyNBC Universal e Warner Bros. Discovery moveram processos contra empresas como a Midjourney, acusando-as de usar material protegido por direitos de autor para treinar os seus modelos.

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Seja como for, Critterz poderá tornar-se o primeiro grande teste da inteligência artificial nas luzes da ribalta de Cannes.

Riefenstahl: O Documentário Que Reabre o Debate Sobre a Cineasta de Hitler

Um olhar sobre a artista e o peso da propaganda

Estreado nos EUA, Riefenstahl, novo documentário de Andres Veiel com produção de Sandra Maischberger, mergulha no espólio pessoal da realizadora alemã que revolucionou a linguagem cinematográfica — mas ao serviço do nazismo.

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Responsável por filmes como Triumph of the Will (1935) e Olympia (1938), Leni Riefenstahl foi pioneira na forma como filmava multidões, desportistas e eventos de massas, mas a sua proximidade a Hitler e o papel central na propaganda do Terceiro Reich tornaram-na uma figura maldita da História do cinema.

Acesso ao arquivo secreto

Depois da morte do marido de Riefenstahl, em 2016, Maischberger conseguiu acesso ao arquivo da cineasta, guardado pela Fundação do Património Cultural Prussiano. Foram 700 caixas com fotografias, documentos, gravações e até rascunhos não editados da sua autobiografia. Esse material permitiu a Veiel construir um retrato mais completo da artista, revelando contradições e detalhes até agora pouco conhecidos, como a relação com um pai autoritário e registos fotográficos de encontros pessoais com Hitler e Goebbels.

“Quero compreender, mas não exonerar”, sublinha Veiel, defendendo que o filme distingue claramente a análise da cumplicidade.

Entre a inovação e a responsabilidade

O documentário mostra como Riefenstahl se deixou seduzir por Hitler desde 1932, ano em que afirmou sentir-se “capturada por uma força magnética” após ouvir um discurso do ditador. O resultado foi Triumph of the Will, obra que cristalizou a imagem mítica do Führer, filmado como uma figura quase divina a descer dos céus.

Embora nunca tenha sido membro oficial do partido nazi, Riefenstahl usou prisioneiros de etnia cigana durante as filmagens de Tiefland (anos 40), que mais tarde seriam deportados para Auschwitz. A realizadora negou sempre ter conhecimento do destino dessas pessoas, insistindo em apresentar-se como “apenas uma artista”.

Uma figura controversa e atual

Após a guerra, Riefenstahl sentiu-se perseguida, sobretudo quando comparada a realizadores como Veit Harlan, que colaborou com o regime e conseguiu manter uma carreira no pós-guerra. Já ela só lançou dois filmes depois de 1945: Tiefland (estreado em 1954) e Impressions Under Water (2002).

Para Veiel e Maischberger, revisitar a sua obra é essencial no contexto atual de ascensão do populismo de extrema-direita. “Olhar para Leni Riefenstahl é sempre olhar para nós próprios”, afirma Maischberger.

Entre a arte e o perigo da sedução

Riefenstahl questiona até que ponto a inovação estética pode ser desligada da ideologia que serve. Como nota Veiel, “há uma diferença entre compreender e desculpar. E não há desculpa possível para a sua responsabilidade e culpa”.

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O resultado é um documentário que não procura limpar a imagem da realizadora, mas sim confrontar os limites entre arte, propaganda e responsabilidade histórica.