“Taxi Driver”: O Anti-Herói Perturbador de Scorsese Inspirado na Vida Real de Paul Schrader

Taxi Driver” (1976) é um dos filmes mais icónicos de Martin Scorsese e apresenta um dos anti-heróis mais memoráveis da história do cinema: Travis Bickle. Interpretado por Robert De Niro, Bickle é um veterano da Guerra do Vietname que se afunda progressivamente em paranoia e solidão, navegando por uma sociedade que não compreende e que não o compreende. A personagem é perturbadora e magnética, provocando uma mistura de repulsa e fascínio enquanto o público tenta desvendar a sua verdadeira essência.

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O que muitos não sabem é que Travis Bickle foi, em grande parte, inspirado pela vida pessoal do próprio roteirista do filme, Paul Schrader. Na época em que Schrader escreveu o roteiro, a sua vida estava num verdadeiro caos. Ele havia sido despedido do American Film Institute, não tinha amigos, estava a passar por um divórcio e tinha sido rejeitado por uma namorada. Este período sombrio culminou num colapso nervoso.

Sem ter onde morar, Schrader instalou-se no apartamento da sua ex-namorada em Los Angeles enquanto ela estava fora da cidade. Isolado numa grande metrópole e vindo de uma região rural dos EUA, Schrader passou semanas sem falar com ninguém, vagueando pelas ruas da cidade, frequentando cinemas e desenvolvendo uma obsessão por arm@s. Naqueles dias solitários, ele trabalhava como entregador de uma rede de frango frito e passava os dias sozinho no seu carro. Foi então que uma ideia surgiu: “Eu poderia muito bem ser motorista de táxi”, refletiu Schrader. Esta ideia tornou-se o ponto de partida para o roteiro de “Taxi Driver”.

Uma Obra Inspirada na Vida Real

Embora o roteiro original de Schrader fosse ambientado em Los Angeles, ele decidiu mudar o cenário para Nova Iorque, onde a cultura dos motoristas de táxi era muito mais proeminente. Este detalhe ajudou a enriquecer a atmosfera do filme, alinhando-se com a vida tumultuosa de Travis Bickle, que se transformou numa versão ficcional da experiência de Schrader, uma vida marcada pela alienação e pelo desespero.

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Albert Brooks, que interpretou Tom, um “bom rapaz” no filme, contou uma história curiosa sobre Schrader durante a festa de encerramento do elenco. Segundo Brooks, Schrader aproximou-se dele e disse: “Quero agradecer-te. Esse (personagem) era o único do roteiro que eu não conhecia (da vida real).” Brooks respondeu com humor: “Esse é o cara que você não conhecia? Você conhecia todos os c@fetões e ass@ssinos, mas o cara que se levanta e vai trabalhar todos os dias – ele você não conhecia?”

O Legado de “Taxi Driver”

O sucesso de “Taxi Driver” deve-se, em grande parte, à sua capacidade de explorar a complexidade da mente humana e o impacto da guerra e da solidão na psique. O desempenho de Robert De Niro como Travis Bickle é considerado um dos melhores da sua carreira, capturando a essência de um homem perturbado e alienado que se sente desconectado da sociedade ao seu redor.

O filme continua a ser um estudo fascinante de personagem e um exemplo poderoso de como as experiências pessoais podem moldar uma narrativa cinematográfica. A profundidade emocional e a intensidade de “Taxi Driver” fazem dele uma obra-prima intemporal, que ainda hoje ressoa tanto com críticos como com o público

Ridley Scott Cita “Blade Runner” como um dos Seus Filmes Favoritos e Reflete Sobre o Impacto no Cinema

Durante a recente divulgação de “Alien: Romulus”, o mais novo filme da icónica franquia de ficção científica, Ridley Scott, que atuou como produtor nesta nova produção, foi questionado sobre os seus quatro filmes favoritos no red carpet pela equipa do Letterboxd. Numa lista que incluiu clássicos aclamados como “2001: Uma Odisseia no Espaço”, “Star Wars” e “A Guerra do Fogo”, Ridley Scott surpreendeu ao citar um dos seus próprios filmes: “Blade Runner” (1982).

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“Blade Runner” e a Definição do Cinema

“Blade Runner”, um marco na carreira de Scott, é amplamente considerado um dos filmes mais influentes da história do cinema, especialmente no género de ficção científica. Com a sua visão distópica do futuro e um estilo visual revolucionário, o filme ajudou a moldar a forma como o cinema explora temas como a inteligência artificial, a natureza da humanidade e o impacto da tecnologia na sociedade.

Ao mencionar “Blade Runner” como um dos seus filmes preferidos, Ridley Scott não só reconhece a importância pessoal do filme na sua carreira, mas também o seu impacto duradouro no cinema global. A obra é frequentemente referida por críticos e cineastas como um filme que redefiniu os padrões do cinema de ficção científica, influenciando uma geração de cineastas e moldando a estética do género para as décadas seguintes.

“Alien: Romulus” e o Legado de Scott

Enquanto “Alien: Romulus” continua em exibição nos cinemas, Ridley Scott mantém-se presente como uma figura central na franquia “Alien”, tendo dirigido o filme original de 1979 e agora contribuindo como produtor. Esta nova entrada, dirigida por Fede Alvarez, procura honrar o legado de Scott ao trazer novos elementos à franquia, enquanto mantém a atmosfera de tensão e suspense que tornou “Alien” um ícone do terror e da ficção científica.

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A presença contínua de Ridley Scott em produções como “Alien: Romulus” e a sua reflexão sobre filmes que marcaram a sua carreira demonstram a sua influência contínua na indústria cinematográfica e o seu compromisso em desafiar e inovar o género de ficção científica.

“O Corvo” (2024): Uma Reinterpretação Moderna com Reações Mistas

O novo filme “O Corvo” (2024), dirigido por Rupert Sanders, é uma reinterpretação moderna do clássico cult de 1994. Estrelado por Bill Skarsgård e FKA Twigs, o filme procura trazer uma nova perspetiva à trágica história de vingança de Eric Draven, um homem que retorna do mundo dos mortos para vingar a sua morte e a da sua noiva. Apesar da antecipação em torno deste reboot, a receção do público e da crítica tem sido bastante mista.

As Atuações e o Estilo Visual

Um dos pontos mais elogiados de “O Corvo” (2024) é a atuação de Bill Skarsgård no papel de Eric Draven. Conhecido pela sua habilidade em interpretar personagens complexos, Skarsgård traz uma intensidade única ao papel, equilibrando vulnerabilidade e força em cada cena. Esta representação é complementada pela atuação de FKA Twigs, que apesar de ser a sua estreia no cinema, conseguiu criar uma química convincente com Skarsgård. A sua presença na tela adiciona uma profundidade emocional que é essencial para a narrativa de vingança de Eric.

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Além das atuações, o filme é visualmente atraente, com uma estética gótica que faz jus ao espírito do original. As paisagens sombrias e a cinematografia atmosférica, caracterizadas por ruas encharcadas de chuva e uma paleta de cores escuras, remetem diretamente ao estilo noir dos anos 90. Para muitos, esta abordagem visual é um dos grandes pontos fortes do filme, ajudando a criar a atmosfera melancólica e sombria que “O Corvo” exige.

Críticas Negativas e Limitações

Apesar dos elogios à atuação e ao visual, “O Corvo” (2024) tem enfrentado críticas significativas. Muitos apontam que o filme carece de profundidade emocional e que os desafios enfrentados pelos personagens não são suficientemente difíceis para criar uma tensão real. As cenas de ação, por exemplo, são vistas como excessivamente fáceis, sem os obstáculos necessários para manter o público envolvido e emocionalmente investido na história.

Alguns críticos também destacaram que a violência explícita presente no filme pode ser polarizadora. Enquanto alguns espectadores apreciam esta abordagem mais crua e brutal, outros sentem que falta uma justificação narrativa forte para a quantidade de violência mostrada, o que diminui a qualidade geral do filme. Esta falta de uma “curva emocional” adequada torna o filme menos impactante do que o original, que é amplamente lembrado por sua profundidade e capacidade de emocionar

Conclusão: Vale a Pena Ver “O Corvo” (2024)?

Para os fãs do filme original de 1994, esta nova versão de “O Corvo” pode ser uma experiência curiosa, mas talvez não cumpra todas as expectativas. Enquanto as atuações de Skarsgård e Twigs oferecem um novo ângulo interessante, e a estética gótica é bem executada, o filme pode não ter a profundidade emocional necessária para substituir ou rivalizar com o clássico de Brandon Lee. No entanto, para aqueles que apreciam um thriller visualmente estilizado com uma narrativa de vingança, “O Corvo” (2024) ainda pode ser um filme que vale a pena ver.

Estreias de Cinema em Portugal: O que Ver na Próxima Semana

Caros cinéfilos do Clube de Cinema, preparem-se para uma semana emocionante de novas estreias nos cinemas portugueses. A próxima semana trará uma variedade de filmes que prometem entreter, desafiar e emocionar espectadores de todas as idades. Desde aventuras animadas a dramas intensos e thrillers assustadores, há algo para todos. Aqui estão os destaques das estreias que não vão querer perder!

Estreias a 29 de Agosto de 2024

Um Gato Com Sorte (10 Lives)
Esta animação conta a história de um gato que descobre as suas nove vidas. Com um enredo cativante e visuais vibrantes, este filme é uma excelente escolha para toda a família.

Longing: À Descoberta do Passado (Longing)
Este drama profundo explora temas de memória e identidade, oferecendo uma experiência cinematográfica emotiva e introspectiva. Com interpretações fortes e uma narrativa envolvente, é um filme para aqueles que apreciam histórias mais profundas.

Campeões 2 (Campeonex)
A sequela do popular filme desportivo “Campeões” promete mais risos e emoções. Um filme ideal para quem gosta de comédia com uma dose de espírito desportivo.

O Monge e a Espingarda (The Monk and the Gun)
Um filme de ação e aventura que mistura humor e situações inesperadas. Uma opção divertida para quem procura um filme diferente dos tradicionais thrillers de ação.

Estreias a 5 de Setembro de 2024

Hellboy e o Homem Torto (Hellboy: The Crooked Man)
A mais recente adição à série Hellboy traz um novo enredo sombrio e misterioso, prometendo ação intensa e elementos de horror. Ideal para quem gosta de um pouco de terror misturado com fantasia.

Beetlejuice Beetlejuice
A tão aguardada sequela do clássico filme de comédia e terror dos anos 80. Com um elenco de luxo e uma narrativa cheia de humor negro, esta é uma estreia que certamente atrairá fãs antigos e novos.

Dulcineia
Uma fantasia romântica que promete encantar os espectadores com a sua narrativa mágica e visuais deslumbrantes. Perfeito para quem adora uma boa história de amor com um toque de fantasia.

Zona de Risco (Land of Bad)
Um thriller de ação repleto de adrenalina, situado em paisagens exóticas, que garantirá que os espectadores fiquem à beira dos seus assentos. Ideal para os amantes de filmes de ação.

Pequenas Grandes Vitórias (Les Petites Victoires)
Este filme oferece uma reflexão comovente sobre as pequenas alegrias da vida, com um toque de humor e sensibilidade. Um filme que promete aquecer o coração e provocar algumas lágrimas.

Daddio – Uma Noite em Nova Iorque (Daddio)
Um drama intimista que explora a relação única entre dois estranhos durante uma viagem de táxi em Nova Iorque. Um filme que explora a profundidade das conexões humanas.


Preparem-se para uma Semana de Grandes Filmes!

Estas são apenas algumas das opções disponíveis nos cinemas portugueses na próxima semana. Seja qual for o seu género preferido, há algo de novo e emocionante à sua espera. Não perca a oportunidade de assistir a estas estreias e aproveite para compartilhar as suas opiniões connosco!

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A Justificação de Zack Snyder para a Ausência dos Calções

Com o anúncio do próximo filme do Superman no Universo DC (DCU), dirigido por James Gunn, surgiu um detalhe que tem causado bastante discussão entre os fãs: o regresso dos calções vermelhos por cima do fato. Esta decisão marca um claro contraste com a versão de Zack Snyder no Universo Estendido da DC (DCEU), onde o super-herói, interpretado por Henry Cavill, não usava os icónicos calções.

Zack Snyder, ao criar a sua versão do Superman em Man of Steel (2013), optou por omitir os calções, justificando esta escolha com uma abordagem mais realista e cultural ao design do fato de Kal-El. Snyder explicou que o fato do Superman no DCEU era uma invenção Kryptoniana, parte da cultura daquele planeta, o que tornava difícil justificar a presença dos calções vermelhos. Ele afirmou que a ideia de um planeta inteiro a vestir as suas roupas de forma semelhante ao Superman, com calções por cima das calças, simplesmente não fazia sentido. Assim, o fato de Superman foi concebido como uma peça única e funcional, eliminando elementos que poderiam parecer antiquados ou “ridículos” no contexto mais sério e sombrio do DCEU.

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No entanto, o DCU de James Gunn parece estar a caminhar numa direção diferente, mais alinhada com as raízes clássicas dos quadradinhos. A decisão de trazer de volta os calções vermelhos, que foram expostos em fotografias de bastidores, indica uma mudança de tom que contrasta com a seriedade do DCEU. Enquanto o fato de Snyder era parte de um universo mais austero e focado na identidade alienígena de Kal-El, o novo fato do DCU, que será usado por David Corenswet, parece estar a voltar às origens do herói, com um design mais leve e próximo do que os fãs conhecem dos quadradinhos.

Esta diferença não é apenas estética. O regresso dos calções vermelhos serve como um símbolo de um retorno a uma versão mais otimista e esperançosa do Superman, distanciando-se do tom mais sombrio do DCEU. A nova visão de James Gunn para o DCU pretende explorar mais o lado humano de Clark Kent, e não apenas o seu lado alienígena, o que justifica a escolha de um fato que evoca uma conexão mais forte com o público e com a herança clássica do personagem.

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Assim, embora a escolha de Snyder fosse perfeitamente adequada para o universo que ele estava a construir, o regresso dos calções no DCU é uma decisão que faz sentido dentro da nova abordagem que James Gunn está a implementar. Este é um claro exemplo de como diferentes direções criativas podem moldar a imagem de um personagem tão icónico como o Superman, mantendo a relevância e a ligação com as suas várias gerações de fãs.

Tags: Superman, Zack Snyder, James Gunn, DCEU, DCU, Calções Vermelhos, Cinema, Super-heróis.

Clint Eastwood e a Força das Palavras no Cinema

Clint Eastwood é um dos nomes mais icónicos do cinema, não só pela sua carreira de décadas como ator e realizador, mas também pela sua habilidade única de transformar simples frases em citações eternas. Em toda a sua filmografia, Eastwood foi um homem de poucas palavras, o que só intensificou o impacto das frases que escolheu dizer. Frases como “Go ahead, make my day” e “Do I feel lucky? Well, do ya, punk?” não são apenas lembradas, são celebradas como símbolos do herói lacónico, duro e implacável que Eastwood frequentemente interpretava.

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A eficácia das palavras de Eastwood reside em vários fatores. Primeiro, o seu tom de voz baixo e o seu ritmo deliberado criam uma sensação de tensão, puxando a audiência para cada palavra. Isto contrasta com as performances mais teatrais de outros atores, tornando as suas falas ainda mais poderosas e memoráveis. Além disso, a postura física e a expressão facial de Eastwood, muitas vezes imperturbável, adicionam uma camada de intensidade ao diálogo, onde cada palavra parece carregada de peso e significado.

No entanto, é em Unforgiven que encontramos talvez a sua linha mais profunda e introspectiva: “It’s a hell of a thing, killing a man. You take away all he’s got and all he’s ever gonna have.” Esta frase, dita por William Munny, o personagem de Eastwood, desconstrói toda a glória associada à figura do pistoleiro. É uma reflexão sobre a brutalidade do ato de matar, e como isso não só destrói a vida da vítima, mas também o próprio matador. Aqui, Eastwood transcende o papel do herói típico, questionando os valores que definiram tantos dos seus personagens anteriores.

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Com este diálogo, Eastwood não só oferece uma crítica ao mito do Oeste Americano, mas também força a audiência a refletir sobre as consequências da violência. Esta linha, despojada de qualquer glamour, é um lembrete de que cada vida tem valor, e que a violência, mesmo quando justificada, tem um custo tremendo.

Sean Penn em “Mystic River” (2003): A Profundidade da Dor e a Glória de um Óscar

Sean Penn é amplamente reconhecido como um dos atores mais talentosos da sua geração, com uma carreira marcada por interpretações intensas e profundamente emocionais. Em 2003, Penn alcançou um dos momentos mais altos da sua carreira ao ganhar o Óscar de Melhor Ator pelo seu papel em “Mystic River”, um drama poderoso realizado por Clint Eastwood. O filme, baseado no romance homónimo de Dennis Lehane, explora como as feridas da infância podem evoluir para uma dor adulta que destrói vidas.

A Trama de “Mystic River”

“Mystic River” centra-se na história de três amigos de infância que cresceram juntos num bairro operário de Boston: Jimmy Marcus (Sean Penn), um ex-presidiário que agora gere uma pequena mercearia; Dave Boyle (Tim Robbins), um trabalhador da classe operária cuja vida foi marcada por um trauma na infância; e Sean Devine (Kevin Bacon), um detetive da polícia. O evento que muda para sempre a vida dos três ocorre quando Dave é raptado por dois homens que fingem ser polícias. Este incidente horrível quebra a inocência dos jovens, com consequências que se estendem até à idade adulta.

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Anos depois, o destino dos três volta a cruzar-se de forma trágica quando a filha de Jimmy, Katie (interpretada por Emmy Rossum), é brutalmente assassinada. A investigação do crime é liderada por Sean Devine, que tem de lidar não apenas com a pressão do caso, mas também com as emoções complexas derivadas do seu passado partilhado com Jimmy e Dave. À medida que a investigação avança, Dave torna-se um dos principais suspeitos, exacerbando ainda mais as tensões entre os três homens.

A Interpretação de Sean Penn

No papel de Jimmy Marcus, Sean Penn oferece uma interpretação devastadora e multifacetada que lhe valeu o seu primeiro Óscar de Melhor Ator. Penn retrata Jimmy como um homem consumido pela dor e pela sede de vingança, que luta para manter o controlo enquanto a sua vida se desmorona à sua volta. A dor crua e visceral que Penn transmite é palpável, tornando cada cena em que aparece uma lição de atuação. O momento em que Jimmy descobre o corpo da sua filha é particularmente impressionante, com Penn a canalizar uma angústia tão intensa que se tornou uma das cenas mais memoráveis do cinema contemporâneo.

Penn, conhecido pela sua abordagem meticulosa e imersiva à atuação, trabalhou de perto com Clint Eastwood para criar uma personagem que fosse ao mesmo tempo aterradora e profundamente humana. O próprio Eastwood, um realizador famoso pela sua economia de palavras e pelo seu estilo de direção direto, elogiou Penn pela sua dedicação e pela sua capacidade de se perder completamente no papel.

O Impacto de “Mystic River”

“Mystic River” foi amplamente elogiado pela crítica, não só pela sua realização e guião, mas também pelas performances arrebatadoras dos seus atores principais. Para além de Penn, Tim Robbins também foi galardoado com o Óscar de Melhor Ator Secundário pelo seu papel como Dave Boyle, um homem que luta para lidar com os demónios do seu passado. O filme foi igualmente um sucesso de bilheteira, arrecadando mais de 156 milhões de dólares a nível mundial.

O filme de Clint Eastwood destacou-se pelo seu tom sombrio e realista, uma exploração intensa da dor, culpa e vingança. Eastwood utilizou uma paleta de cores frias e uma cinematografia austera para reforçar o clima de tristeza e inevitabilidade que permeia a narrativa. A banda sonora, composta pelo próprio Eastwood, contribui ainda mais para a atmosfera melancólica, sublinhando o peso emocional das cenas sem nunca se sobrepor à ação.

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Conclusão

“Mystic River” permanece, até hoje, como um dos filmes mais poderosos e perturbadores do início do século XXI. A performance de Sean Penn é central para o impacto emocional do filme, consolidando o seu lugar como um dos maiores atores do seu tempo. O filme é uma obra-prima do drama, uma meditação sombria sobre como o passado pode assombrar o presente e como as escolhas feitas sob o peso da dor podem ter consequências devastadoras. Para qualquer amante de cinema, “Mystic River” é uma experiência cinematográfica imperdível, um exemplo brilhante de como o cinema pode explorar as profundezas da condição humana.

Os 10 Piores Filmes de Drama de Todos os Tempos, Segundo Roger Ebert

O filósofo Aristóteles acreditava que a parte mais importante de um drama era o enredo e a sua capacidade de conectar o público a cada detalhe da história. No cinema, os filmes dramáticos utilizam o simbolismo e o desenvolvimento de personagens para alcançar um resultado que evoca emoções. No entanto, os piores dramas falham em realizar qualquer uma dessas tarefas. O amado e opinativo crítico de cinema, Roger Ebert, seria o primeiro a apontar essas falhas, selecionando uma coleção de dramas que ele acreditava serem os piores de todos os tempos. Alguns desses filmes infames ganharam um lugar na sua lista dos mais odiados, apesar de serem favoritos dos fãs ou clássicos de culto.

Desde dramas históricos classificados como “X” até dramas biográficos e de guerra, as escolhas de Ebert para os piores do género buscaram um público amplo, conquistando alguns, mas nunca Ebert. As suas críticas severas e muitas vezes mordazes destacavam onde esses filmes se tornavam desastrosos, questionando porque alguns espectadores comprariam um bilhete para os ver. Os piores dramas de todos os tempos apresentam ícones de Hollywood e elencos repletos de estrelas, provando que nenhum elenco está a salvo da mordaz opinião de Ebert.

10. ‘Mommie Dearest’ (1981)

Apesar de uma recepção positiva do público e de se ter tornado um clássico de culto, Mommie Dearest recebeu apenas uma estrela de Ebert pela sua representação da relação abusiva entre a estrela de Hollywood Joan Crawford e a sua filha adotiva Christina. Numa performance icónica de Faye Dunaway como Crawford, o filme baseia-se no livro revelador de Christina, que expôs a sua mãe como uma alcoólica egoísta e abusiva. Para Ebert, “o filme nem sequer faz sentido narrativo”, pois carece de ritmo estratégico e estrutura lógica. A crítica de Ebert destacou a falta de profundidade psicológica ao retratar Joan Crawford como um monstro sem explorar as origens do seu comportamento abusivo. O filme é repetitivo e sensacionalista, deixando Ebert e outros críticos desanimados com a sua abordagem superficial ao tema do abuso infantil.

9. ‘The Scarlet Letter’ (1995)

A adaptação de 1995 de The Scarlet Letter ganhou uma crítica de uma estrela e meia de Ebert. Baseado no romance de Nathaniel Hawthorne, o filme tenta transformar uma história de culpa e penitência num romance banal. Hester Prynne (interpretada por Demi Moore) é condenada ao ostracismo na sua comunidade puritana após ter uma filha fora do casamento. O filme toma várias liberdades criativas, incluindo a romantização da relação entre Hester e o Reverendo Dimmesdale, que no livro original é um símbolo de hipocrisia. Ebert criticou duramente as cenas de sexo gratuitas e a transformação de Dimmesdale numa figura mais simpática, perdendo a essência moral do romance e tornando o drama numa narrativa superficial e desprovida de verdadeira carga emocional.

8. ‘Staying Alive’ (1983)

Staying Alive, a sequela de Saturday Night Fever, foi dirigida por Sylvester Stallone e recebeu uma crítica de uma estrela de Ebert. O filme segue Tony Manero (John Travolta) enquanto ele tenta fazer uma carreira na Broadway. Apesar do sucesso comercial, Ebert achou que o filme era uma sombra do seu antecessor, descrevendo-o como uma coleção de clichés sem qualquer substância dramática real. Para Ebert, o filme carecia da autenticidade e do realismo que tornaram Saturday Night Fever um clássico, substituindo o desenvolvimento de personagens por sequências de dança exageradas e um enredo previsível.

7. ‘Purple Hearts’ (1984)

Purple Hearts foi concebido como um drama de guerra, mas acabou por ser um romance de novela. O filme segue a relação entre um cirurgião da Marinha, Don Jardian (Ken Wahl), e uma enfermeira, Deborah Solomon (Cheryl Ladd), durante a Guerra do Vietname. Ebert, que deu ao filme meia estrela, criticou a sua abordagem melodramática e o enredo pouco credível. Em vez de explorar as realidades brutais da guerra, o filme opta por um romance sentimental e previsível, repleto de coincidências impossíveis e diálogos banais. A crítica de Ebert destacou a falta de autenticidade e a forma como o filme banalizou o horror da guerra ao transformá-lo num cenário para uma história de amor simplista.

6. ‘200 Cigarettes’ (1999)

200 CIGARETTES, Ben Affleck, Kate Hudson, Jay Mohr, 1999

Com um elenco repleto de estrelas, incluindo Ben Affleck, Paul Rudd e Christina Ricci, 200 Cigarettes tinha o potencial de ser um sucesso. No entanto, Ebert deu ao filme meia estrela, criticando o seu enredo sem rumo e a falta de desenvolvimento de personagens. Ambientado na véspera de Ano Novo de 1981, o filme tenta explorar temas como o amor e a solidão, mas falha em criar qualquer conexão emocional significativa com o público. Ebert lamentou a falta de química entre o elenco e a má utilização de talentos tão promissores, resultando num filme que, segundo ele, é “vazio e sem alma”.

5. ‘Bolero’ (1984)

Bolero, dirigido por John Derek, é outro filme que Ebert classificou com meia estrela. Este drama romântico segue a jovem Lida MacGillivery (Bo Derek) na sua busca por amor nos anos 1920, envolvendo-se em relações com um xeique marroquino e um toureiro espanhol. Ebert foi implacável na sua crítica, descrevendo o filme como uma sequência de cenas de conteúdo explícito sem qualquer coerência narrativa. Ele criticou o filme por ser uma obra vazia que apenas procura chocar, sem oferecer qualquer valor artístico ou dramático, concluindo que a única utilidade de Bolero seria como um exemplo de como não fazer cinema.

4. ‘Drop Squad’ (1994)

Drop Squad, realizado por David C. Johnson, recebeu apenas meia estrela de Ebert. O filme pretende ser uma crítica social, mas falha na execução. Segue a história de Bruford Jamison Jr., um executivo de publicidade afro-americano que é “reprogramado” por um grupo militante que se opõe às suas campanhas publicitárias degradantes dirigidas à comunidade negra. Ebert criticou o filme pela sua abordagem extremista e simplista ao problema do racismo, acusando-o de promover métodos totalitários como solução. Ele também destacou a falta de subtilidade e nuance no tratamento do tema, tornando o filme mais um exercício de pregação do que uma verdadeira reflexão dramática.

3. ‘The Green Berets’ (1968)

The Green Berets, um drama de guerra dirigido e protagonizado por John Wayne, foi considerado por Ebert como um dos piores filmes sobre a Guerra do Vietname. O filme foi acusado de ser propaganda militarista, ignorando as complexidades morais e políticas do conflito. Ebert deu zero estrelas ao filme, criticando a sua visão simplista do Vietname como uma luta entre “bons e maus”. Ele também apontou a falta de realismo e a glorificação excessiva da guerra, tornando-o, nas palavras de Ebert, “indigno das vidas que foram perdidas naquele conflito”.

2. ‘Mad Dog Time’ (1996)

Mad Dog Time, dirigido por Larry Bishop, é um drama de máfia que também recebeu zero estrelas de Ebert. O filme, estrelado por Richard Dreyfuss e Jeff Goldblum, tenta ser um thriller criminal, mas falha miseravelmente. Ebert criticou o filme pela sua falta de coerência e narrativa, descrevendo-o como uma série de cenas sem sentido onde os personagens simplesmente recitam diálogos sem emoção antes de serem mortos. Para Ebert, o filme foi um desperdício de talento e tempo, uma experiência cinematográfica que ele considerou totalmente desnecessária.

1. ‘Caligula’ (1979)

Caligula, dirigido por Tinto Brass, ocupa o topo da lista dos piores dramas de todos os tempos, segundo Roger Ebert. Este filme histórico e erótico é conhecido pelas suas cenas gráficas de violência e sexo, que incluem desde decapitação até necrofilia. Ebert foi implacável na sua crítica, classificando o filme com zero estrelas e chamando-o de “o pior filme que já vi”. Ele destacou a falta de qualquer valor artístico ou moral, acusando o filme de ser “lixo vergonhoso” tanto em termos de conteúdo quanto de execução. Para Ebert, Caligula não só falhou como drama, mas também como cinema, sendo uma experiência que ele achou repugnante e inútil.

Conclusão

Estas escolhas de Roger Ebert mostram como até os maiores nomes de Hollywood e filmes com grandes orçamentos não estão imunes a críticas severas. A análise de Ebert revela que um bom drama não depende apenas de um elenco forte ou de uma premissa interessante, mas sim de uma execução eficaz que conecte o público de forma significativa.

Lionsgate Retira Trailer de “Megalopolis” Após Polémica com Citações Falsas de Críticos de Cinema

A Lionsgate foi recentemente envolvida numa controvérsia significativa ao ser forçada a retirar o trailer do tão aguardado filme de Francis Ford Coppola, Megalopolis. O motivo? A inclusão de citações falsas de críticos de cinema renomados, que nunca foram pronunciadas ou escritas nas suas críticas originais. Esta gafe gerou um pedido de desculpas público por parte do estúdio, tanto aos críticos afetados quanto ao icónico realizador, cuja carreira é amplamente celebrada por filmes como O Padrinho e Apocalypse Now.

O trailer, que estreou na segunda-feira, apresentava supostas citações de críticas passadas sobre as obras-primas de Coppola. Estas citações, que sugeriam uma crítica negativa de filmes que mais tarde se tornaram clássicos, pareciam ter o objetivo de sublinhar que Coppola já havia sido subestimado antes, apenas para provar que os críticos estavam errados. No entanto, conforme foi primeiro revelado pelo Vulture, nenhuma dessas citações negativas era autêntica.

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Entre as citações falsificadas incluídas no trailer estavam afirmações atribuídas a Andrew Sarris, que teria descrito O Padrinho como “um filme desleixado e auto-indulgente”, e a Pauline Kael, que supostamente afirmou que o filme era “diminuído pelo seu excesso de arte”. Outras críticas falsificadas incluíam Vincent Canby, do The New York Times, que alegadamente teria chamado Apocalypse Now de “oco no seu núcleo”, e Roger Ebert, que teria acusado Drácula de Bram Stoker de ser “mais estilo do que substância”. No entanto, estas declarações não aparecem nas críticas originais dos referidos críticos.

A resposta da Lionsgate foi rápida, com o estúdio a emitir um comunicado em que expressa remorsos pelo erro. “A Lionsgate está a retirar imediatamente o nosso trailer de Megalopolis. Oferecemos as nossas mais sinceras desculpas aos críticos envolvidos e a Francis Ford Coppola e à American Zoetrope por este erro inaceitável no nosso processo de verificação. Cometemos um erro. Lamentamos profundamente”, declarou um porta-voz da Lionsgate.

Megalopolis, que estreou em maio no Festival de Cannes com uma impressionante ovação de 10 minutos, tem sido uma das produções cinematográficas mais discutidas de 2024. Apesar da calorosa receção do público no festival, a resposta dos críticos foi mista, refletindo a natureza divisiva do filme. Coppola, que dedicou décadas a realizar este épico de $120 milhões, viu o seu projeto enfrentar desafios, tanto na produção quanto na receção crítica. A Lionsgate, que se envolveu como distribuidora, enfrenta agora um constrangimento adicional com este incidente relacionado com o marketing do filme.

Como uma Fotografia Mudou o Rumo da Franquia 007

Apesar de o trailer ter sido removido da página oficial da Lionsgate, ainda está disponível em contas de terceiros no YouTube, perpetuando a polémica. Este incidente destaca a sensibilidade necessária no processo de promoção de filmes, especialmente quando envolve figuras icónicas como Francis Ford Coppola, cuja obra se encontra profundamente enraizada na história do cinema.

Kraven – O Caçador: A Nova Aposta do Universo Cinematográfico da Marvel

O anti-herói Kraven, um dos vilões mais icónicos do universo do Homem-Aranha, está prestes a ganhar o seu próprio filme. Kraven – O Caçador, com estreia marcada para dezembro de 2024, promete explorar as camadas mais sombrias e complexas desta personagem, interpretada por Aaron Taylor-Johnson, num filme que segue a tendência recente de humanizar vilões clássicos da Marvel.

O novo trailer do filme já deu aos fãs uma ideia do que esperar, mostrando a origem de Kraven e as suas motivações. Tal como foi feito com Venom e Morbius, a Sony aposta em transformar um vilão num protagonista complexo, explorando a sua faceta como anti-herói. Além disso, o trailer revela a participação de outro vilão clássico do universo do Homem-Aranha, Rhino, que será interpretado por Alessandro Nivola.

A produção conta também com um elenco de peso, incluindo os vencedores dos Óscares Russell Crowe e Ariana DeBose. Sob a direção de J.C. Chandor, conhecido por filmes como Margin Call e Quando Tudo Está PerdidoKraven – O Caçador promete uma abordagem cinematográfica que equilibra ação, drama e complexidade emocional.

Este filme é mais um passo na expansão do universo cinematográfico da Sony em torno do Homem-Aranha, que já inclui os populares filmes de Venom e as aclamadas animações de Homem-Aranha: No Universo Aranha. A expectativa é alta, especialmente com as promessas de cenas de ação intensas e uma narrativa que aprofunda a psique de Kraven, explorando o que o leva a ser um dos caçadores mais temidos do universo Marvel.

Com várias datas de estreia já adiadas, o filme finalmente chega às salas de cinema portuguesas a 12 de dezembro de 2024, e os fãs não poderiam estar mais ansiosos para ver como Kraven será trazido à vida neste novo capítulo do universo Marvel.

Divertida Mente 2: A Animação que Explora o Amadurecimento Emocional

Em 2015, a Pixar trouxe ao mundo o filme Divertida Mente, que capturou a imaginação tanto de crianças quanto de adultos ao explorar de forma lúdica as emoções humanas durante os anos de formação. Agora, a aguardada sequela, Divertida Mente 2, promete ir ainda mais fundo na psique, abordando temas como o amadurecimento e a saúde mental com a mesma sensibilidade e criatividade que caracterizou o primeiro filme.

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Em Divertida Mente 2, reencontramos Riley, agora com 13 anos, navegando as águas turbulentas da adolescência. A jovem está prestes a entrar na puberdade, uma fase repleta de mudanças, novos desafios e emoções intensas. Alegria, a protagonista emocional do primeiro filme, continua a liderar a equipa, mas agora enfrenta novos desafios na forma de novas emoções que surgem na mente de Riley: Ansiedade, Tédio, Inveja e Vergonha.

A inclusão da personagem Ansiedade é particularmente relevante, num momento em que as questões de saúde mental, especialmente entre adolescentes, ganham cada vez mais atenção. A Pixar consegue representar essa emoção de forma cativante, inicialmente retratando-a de maneira fofa e inofensiva, mas mostrando como, ao longo do tempo, ela pode tornar-se uma força dominadora e ameaçadora na vida de Riley.

O filme também explora como as emoções já conhecidas se transformam à medida que crescemos. Alegria, por exemplo, revela as suas próprias fragilidades, expressando como é difícil manter a felicidade constante. Tristeza, por sua vez, é mostrada não como uma força paralisante, mas como um catalisador necessário para o crescimento e a autocompreensão de Riley.

Visualmente, Divertida Mente 2 continua a impressionar, mantendo o estilo vibrante e colorido do primeiro filme, enquanto introduz novas técnicas de animação que refletem a complexidade das emoções humanas. A Pixar utiliza uma mistura de técnicas para estilizar as texturas e dar vida às emoções de uma maneira que é tanto visualmente atraente quanto emocionalmente ressonante.

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Com uma dublagem de alta qualidade, a versão portuguesa do filme também brilha. Nomes como Miá Mello e Katiuscia Canoro dão voz a Alegria e Tristeza, respectivamente, enquanto novos personagens, como Ansiedade, ganham vida através de vozes que capturam perfeitamente a essência dessas emoções.

Em suma, Divertida Mente 2 é mais do que uma simples continuação; é uma exploração profunda das complexidades emocionais que todos nós enfrentamos à medida que crescemos. O filme é um lembrete poderoso de que as emoções não são estáticas, mas sim evolutivas, e que entender essa evolução é essencial para o nosso bem-estar.

Deadpool & Wolverine: Uma Homenagem Irónica ao Legado da Marvel

O tão aguardado filme Deadpool & Wolverine finalmente chegou, trazendo consigo uma mistura explosiva de nostalgia e irreverência, características já conhecidas do universo de Deadpool. Desde a aquisição da Fox pela Disney, os fãs de Deadpool questionavam como o irreverente mercenário se encaixaria no mais “família” universo da Disney. A resposta vem com este filme que, ao mesmo tempo que faz rir, celebra duas décadas de cinema da Marvel com um toque de autocrítica e saudosismo.

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O filme, realizado por Shawn Levy e protagonizado por Ryan Reynolds, traz de volta o icónico Hugh Jackman no papel de Wolverine. Depois do emocionante adeus à personagem em Logan (2017), Jackman retorna numa versão ainda mais desencantada e reticente, num esforço para redimir-se dos acontecimentos que levaram ao fim dos X-Men no seu universo. No entanto, é arrastado por Deadpool numa missão multiversal, que mais parece uma viagem caótica por vários momentos e referências do passado da Marvel sob a Fox.

Trailler Final

Deadpool & Wolverine navega pelas complexas águas do multiverso do MCU, proporcionando uma avalanche de referências e participações especiais que oscilam entre a galhofa e a nostalgia. Embora o filme se esforce para manter o tom desrespeitoso e caótico característico de Deadpool, fica claro que agora ele opera sob o olhar atento da Disney. Isso reflete-se na forma como o humor é balanceado com a necessidade de agradar a um público mais amplo, muitas vezes evitando ultrapassar certos limites que poderiam alienar a audiência “família” da Disney.

Ryan Reynolds, que além de protagonista é também produtor e colaborador no roteiro, consegue manter a essência do personagem ao mesmo tempo que explora novas camadas, especialmente nas interações com Wolverine. Este equilíbrio delicado entre a irreverência e a nostalgia é o que dá ao filme o seu charme único, embora por vezes as inúmeras referências e participações especiais façam a trama perder o foco, questionando-se se está a contar uma história ou apenas a divertir-se com ela.

No entanto, apesar das suas inconsistências, Deadpool & Wolverine consegue entregar uma experiência divertida e, em certos momentos, emocionante. Não é o filme que revolucionará o MCU, mas é certamente uma obra que celebra o passado, enquanto prepara o terreno para futuras aventuras. Com uma excelente banda sonora repleta de clássicos dos anos 2000, o filme é um presente para os fãs que têm seguido este universo desde o início, agora com a promessa de mais irreverência no horizonte, mas sempre com um toque de nostalgia.

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O filme também se destaca pela química inegável entre Ryan Reynolds e Hugh Jackman. A dupla, que há anos mantém uma amizade cheia de provocações públicas, traduz essa dinâmica para o ecrã de forma brilhante. A interação entre Deadpool e Wolverine é o coração pulsante do filme, com diálogos afiados e cenas de ação que equilibram brutalidade com humor, algo que os fãs esperavam ansiosamente.

O diretor Shawn Levy, conhecido por trabalhos anteriores com Reynolds em Free Guy e Projeto Adam, traz novamente o seu toque característico, misturando ação e comédia com uma pitada de drama. Levy consegue, com habilidade, manter o tom do filme em sintonia com a natureza caótica de Deadpool, sem perder o fio condutor da história. No entanto, alguns críticos apontam que, em certos momentos, o filme parece hesitar entre seguir uma narrativa coesa e ceder à tentação de se perder em homenagens e referências ao passado da Marvel.

Outro ponto de destaque é a forma como o filme lida com o legado dos X-Men e da própria Marvel sob a Fox. Deadpool & Wolverine não se esquiva de abordar o fim da era Fox, mas faz isso com uma mistura de respeito e zombaria. O filme consegue ser, ao mesmo tempo, uma despedida e uma celebração dos momentos mais icónicos dos X-Men no cinema, algo que certamente ressoará com os fãs de longa data.

Apesar de não ser um filme revolucionário, Deadpool & Wolverine cumpre a sua promessa de entregar entretenimento puro, recheado de nostalgia e momentos inesquecíveis. Para os fãs, é uma oportunidade de revisitar personagens e histórias que ajudaram a moldar o universo dos super-heróis no cinema, agora sob uma nova luz. Para a Marvel, é um passo em direção ao futuro, com a promessa de que, mesmo sob a asa da Disney, Deadpool continuará a ser o mercenário boca-suja que todos conhecem e amam.

O filme também deixa algumas questões em aberto, especialmente sobre como Deadpool e Wolverine se integrarão no futuro do MCU. Embora o filme funcione bem como uma aventura autônoma, é impossível não especular sobre o que está por vir. Com o multiverso agora uma realidade consolidada no MCU, as possibilidades são infinitas, e os fãs certamente estão ansiosos para ver como esses personagens se encaixarão nas próximas fases do universo Marvel.

Em suma, Deadpool & Wolverine é um filme que, embora não livre de falhas, consegue ser uma celebração divertida e nostálgica do legado da Marvel. Com performances sólidas, uma trilha sonora cativante e uma dose saudável de humor e ação, o filme é uma adição digna ao catálogo crescente do MCU e uma prova de que, mesmo sob novas diretrizes, Deadpool continua a ser um dos personagens mais únicos e amados do universo Marvel.

“Alien: Romulus” Recebe Primeiras Reações Após Estreia Mundial

Alien: Romulus, a oitava entrada na icónica franquia Alien, acaba de ter sua estreia mundial, e as primeiras reações já estão a agitar a comunidade de fãs e críticos de cinema. Este novo capítulo, situado cronologicamente entre o clássico de 1979 dirigido por Ridley Scott e a aclamada sequela de 1986, Aliens, de James Cameron, promete expandir ainda mais o universo aterrorizante que cativou audiências durante mais de quatro décadas.

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O filme é produzido por nomes de peso, incluindo o próprio Ridley Scott, Michael Pruss e Walter Hill, que retornam para garantir que a essência da série original se mantenha intacta, enquanto a narrativa avança para novas direções emocionantes. Inicialmente planejado para um lançamento na plataforma Hulu, à semelhança de Prey (2022), o aclamado prequel de Predator dirigido por Dan Trachtenberg, Alien: Romulus teve sua estreia repensada durante as filmagens. Em março, durante uma entrevista aprofundada ao The Hollywood Reporter, o diretor Fede Álvarez revelou que a decisão de levar o filme aos cinemas foi tomada de forma espontânea: “Assim que começámos a filmar, o estúdio disse: ‘Que se lixe, vamos lançar nos cinemas’”. Esta mudança sublinha a confiança do estúdio no apelo cinematográfico do projeto.

A decisão parece estar a valer a pena. Com lançamento em grande nos cinemas marcado para 16 de agosto, Romulus já está a causar burburinho, mesmo antes das críticas completas serem divulgadas. Na segunda-feira à noite, a primeira exibição do filme provocou uma onda de reações positivas, com muitos elogiando o retorno à atmosfera claustrofóbica e intensa que marcou os primeiros filmes da série.

Embora as críticas formais estejam programadas para serem publicadas na quarta-feira, as primeiras impressões sugerem que Romulus capta a essência do terror e suspense que fizeram de Alien uma referência no género de ficção científica. Fãs de longa data e novos espectadores têm razões para estarem ansiosos, pois parece que o filme não só honra o legado dos seus predecessores, como também introduz novos elementos que poderão revitalizar a franquia para uma nova geração.

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Gun-Kata: A Arte Marcial Revolucionária de “Equilibrium”

O filme Equilibrium, lançado em 2002 e dirigido por Kurt Wimmer, é uma obra que se destaca não apenas pelo seu enredo distópico, mas também pela criação de uma arte marcial única e visualmente impressionante: o Gun-Kata. Ambientado num futuro apocalíptico, onde um regime totalitário controla a população através de uma droga que suprime as emoções humanas, Equilibrium combina temas de ficção científica com uma ação coreografada de forma inovadora, resultando numa experiência cinematográfica memorável.

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O conceito de Gun-Kata foi desenvolvido pelo próprio diretor e roteirista, Kurt Wimmer, que concebeu a ideia em seu quintal, dando origem a uma técnica que mistura artes marciais tradicionais com o uso de armas de fogo. Inspirado pelo estilo Gun-Fu, popularizado em filmes de ação dirigidos por John Woo, o Gun-Kata leva a combinação de combates corporais e tiroteios a um novo patamar. Em vez de meramente disparar armas, os personagens de Equilibrium executam movimentos precisos e coreografados, que maximizam a eficiência dos disparos enquanto minimizam a exposição ao fogo inimigo. Esta abordagem cria sequências de ação que são ao mesmo tempo elegantes e letais, capturando a atenção do público com sua originalidade.

Os clérigos, guerreiros de elite do filme, são mestres desta técnica, e Christian Bale, no papel principal de John Preston, dá vida a um personagem que domina o Gun-Kata com precisão letal. O treino intensivo de Bale e de seu colega de elenco, Taye Diggs, foi levado muito a sério, resultando em performances que transparecem dedicação e autenticidade. As cenas de combate não são apenas visualmente impactantes, mas também revelam o compromisso dos atores em incorporar esta nova forma de combate ao enredo.

Outro elemento notável do filme é o uso de espadas do tipo Kendô, que foram especialmente encomendadas para as filmagens. Feitas de uma madeira leve, estas espadas foram projetadas para se partirem facilmente, uma medida de segurança para evitar ferimentos graves durante as cenas de luta. Esta atenção ao detalhe e à segurança permitiu que os atores se entregassem completamente ao treinamento e à execução das cenas de ação, sem comprometer a integridade física.

A vestimenta de Christian Bale em Equilibrium também merece destaque, com claras referências aos icónicos trajes de Bruce Lee. Esta escolha de figurino não apenas reforça o visual estilizado do filme, mas também presta uma homenagem ao legado das artes marciais no cinema, conectando a nova estética do Gun-Kata com as tradições estabelecidas por mestres do passado.

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Além do sucesso de Equilibrium, o Gun-Kata voltou a aparecer em outro filme de Kurt Wimmer, Ultravioleta, demonstrando a fascinação do diretor por este estilo de combate único. Embora Ultravioleta não tenha alcançado o mesmo reconhecimento que Equilibrium, ele serve como uma prova adicional da criatividade de Wimmer e do seu desejo de explorar novas fronteiras na ação cinematográfica.

No final das contas, Equilibrium é muito mais do que apenas um filme de ação; é uma exploração estilística do que é possível quando se combina a imaginação com a técnica. O Gun-Kata representa a inovação dentro do género, oferecendo ao público uma visão de combate que é ao mesmo tempo futurista e profundamente enraizada nas tradições das artes marciais. Para os entusiastas de cinema e artes marciais, Equilibrium oferece uma experiência única, onde cada movimento e cada cena de luta são cuidadosamente coreografados para criar um espetáculo visual inesquecível.

Filmes com 0% no Rotten Tomatoes: Os Piores da Década de 2010

A década de 2010 foi marcada por filmes icónicos, universos cinematográficos em ascensão e franquias ressuscitadas que quebraram recordes de bilheteira enquanto alcançavam aclamação crítica. No entanto, entre esses muitos filmes elogiáveis, também existiram inúmeros filmes tão maus que uniram público e críticos em puro ódio.

O site agregador de críticas Rotten Tomatoes raramente dá a um filme uma classificação de 0% de aprovação, mas tal ocorrência não é impossível. De facto, durante a década de 2010, treze filmes receberam esta distinção desonrosa, entrando na infâmia como alguns dos piores filmes já feitos.

The Nutcracker in 3D (2010)

Um elenco que inclui Elle Fanning, John Turturro, Nathan Lane e Richard E. Grant teria todas as razões para ser um sucesso. No entanto, isso não foi o caso para a recontagem de 2010 do icónico balé de Tchaikovsky. “The Nutcracker in 3D” foi um fracasso financeiro, uma falha agravada pelas críticas universalmente negativas que criticaram o filme em vários níveis.

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Rotten Tomatoes chamou o filme de “misguided, misconceived, and misbegotten on every level” (“mal orientado, mal concebido e mal nascido em todos os níveis”), com a pontuação do público de 27% fazendo muito pouco para redimir o filme, que desde então tem sido amplamente esquecido pelo público em geral e pelo elenco.

Dark Tide (2012)

Halle Berry é uma das poucas atrizes que ganhou tanto um Oscar quanto um prémio Razzie durante a sua carreira. O seu filme de 2012, “Dark Tide”, não ganhou o reconhecimento de nenhuma das organizações, com o filme de ação e terror desaparecendo rapidamente do zeitgeist cultural tão rápido quanto chegou.

Rotten Tomatoes chamou “Dark Tide” de “shallow and brackish” (“superficial e insípido”) no seu lançamento, com o público em grande parte concordando com a análise crítica deste fracasso de bilheteira, dando ao filme uma classificação de 16%. O filme acabou por arrecadar apenas 1 milhão de dólares nas bilheteiras mundiais, tornando-se um dos maiores fracassos da década.

A Thousand Words (2012)

Eddie Murphy, Kerry Washington e Alison Janney estrelam em “A Thousand Words” de 2012, um filme de comédia sobre um agente literário que descobre que a sua vida se tornou ligada à de uma árvore que perde uma folha a cada palavra que ele fala.

Rotten Tomatoes criticou o filme por “completamente desperdiçar os talentos de Murphy ao fazê-lo ficar em silêncio durante grande parte do filme.” O filme foi eventualmente nomeado para três prémios Golden Raspberry de desonra, incluindo Pior Filme, mas perdeu todos os três, apenas insultando ainda mais o filme.

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Left Behind (2014)

“Left Behind”, estrelado por Nicolas Cage, Chad Michael Murray e Cassi Thompson, é o remake de 2014 da trilogia de filmes do início dos anos 2000, baseada na série apocalíptica cristã de mesmo nome de Tim LaHaye e Jerry B. Jenkins. O filme segue vários personagens após serem “deixados para trás” no Arrebatamento, forçando-os a sobreviver num mundo que entrou na Tribulação.

70 críticos no Rotten Tomatoes concordam que “Left Behind” errou o alvo, comparando o filme a “uma praga de gafanhotos” que deixa uma “devastação” na carreira de Cage. Os fãs parecem concordar, com mais de 10.000 utilizadores dando ao filme uma classificação de 4% no site, indicando uma enorme aversão pela propriedade. No entanto, uma sequela, “Left Behind: Rise of the Antichrist”, está prevista para ser lançada este ano, embora com um elenco inteiramente novo.

The Ridiculous 6 (2015)

“The Ridiculous Six”, a primeira de várias colaborações entre Adam Sandler e a Netflix, não estabeleceu uma reputação vencedora para a dupla. A comédia western reuniu Sandler com outras grandes estrelas, incluindo Terry Crews, Taylor Lautner e Rob Schneider, num filme conjunto que certamente fez jus ao seu título.

Rotten Tomatoes descreveu “The Ridiculous Six” como “lazily offensive” (“preguiçosamente ofensivo”), encorajando qualquer entusiasta de cinema a evitar assistir ao filme inteiramente. Apesar das críticas universalmente negativas tanto de fãs quanto de críticos, Sandler continuou uma parceria muito lucrativa com o gigante do streaming nos anos desde o lançamento de “The Ridiculous Six”.

Cabin Fever (2016)

O filme de terror de 2016, “Cabin Fever”, foi um remake do filme original de Eli Roth de 2002. Com Roth a retornar para ajudar a escrever o guião, o reboot rapidamente saiu dos trilhos, provando-se desinteressante para críticos e público, falhando em gerar qualquer interesse nas bilheteiras.

Rotten Tomatoes chamou o filme de “an inert remake” (“um remake inerte”), confiante de que nenhum espectador se interessaria por este reboot sem alma. A pontuação do público confirma as suspeitas do site, oferecendo uma aprovação de apenas 12% dos espectadores, que também acharam o filme carente de qualquer originalidade ou nuance.

Dark Crimes (2016)

Jim Carrey é uma estrela que muitas vezes provou ser um homem lucrativo para trabalhar, mas “Dark Crimes” prova que até ele é incapaz de salvar um guião insípido e uma história sem inspiração. O drama policial de 2016 alienou o público, que sentiu que lidava mal com o seu tema sensível, tornando “Dark Crimes” um dos piores filmes de Jim Carrey.

Rotten Tomatoes afirmou que a “performance comprometida” de Jim Carrey não foi suficiente para salvar “Dark Crimes”, que os críticos do site chamaram de “rote” e “unpleasant” (“mecânico” e “desagradável”). Embora Carrey e o elenco de apoio do filme tenham sido geralmente aplaudidos pelo esforço louvável, nada conseguiu salvar “Dark Crimes” do seu fracasso completo e absoluto.

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The Disappointments Room (2016)

“The Disappointments Room” é um filme de terror psicológico de 2016 estrelado por Kate Beckinsale e Mel Raido. O filme conta a história pouco notável e completamente derivada de um casal que descobre que há uma história secreta e sombria na sua nova casa, descobrindo os horrores nela contidos.

O filme foi um desastre de bilheteira, não conseguindo recuperar mais do que um terço do seu orçamento de produção. Rotten Tomatoes chamou o filme de “a thrill-free thriller” (“um thriller sem emoção”) e lamentou a escolha das estrelas em aparecer num projeto de tão baixa qualidade. Ao contrário de muitos filmes de terror que fracassaram nas bilheteiras, “The Disappointments Room” desapareceu da consciência cultural, falhando até em ganhar um culto de seguidores nos anos desde o seu lançamento.

Max Steel (2016)

Os cineastas esperavam lançar a próxima franquia ao nível de “Transformers” com “Max Steel” de 2016, um filme baseado no brinquedo da Mattel de mesmo nome. O filme de super-heróis estrelado por Ben Winchell foi um fracasso em todos os sentidos da palavra, arrecadando apenas 6 milhões de dólares nas bilheteiras globais.

Rotten Tomatoes criticou “Max Steel” por faltar até mesmo qualquer “childhood imagination” (“imaginação infantil”) que tornava os brinquedos um sucesso. O filme tem sido desde então varrido para debaixo do tapete por praticamente todos os envolvidos na sua produção, sem discussões sobre uma sequela ou reboot.

Precious Cargo (2016)

Embora Bruce Willis tenha aparecido em vários papéis dignos de Oscar durante a sua carreira, o ator desde então caiu numa série de filmes de ação de baixo orçamento e mal recebidos, o pior dos quais é “Precious Cargo”, uma colaboração de 2016 entre Willis e o diretor Max Adams. O filme foi odiado pelos críticos e falhou em entusiasmar até os fãs mais fervorosos de Willis.

Rotten Tomatoes nem sequer se deu ao trabalho de comentar no consenso para conceder uma classificação de 0% para “Precious Cargo” no seu lançamento. No final, o filme lutou para gerar qualquer lucro, não conseguindo recuperar mais do que metade do seu orçamento de produção.

Stratton (2017)

Com um elenco cheio de atores em ascensão prontos para se destacarem na tela grande, “Stratton” foi um thriller de ação de 2017 que poderia ter sido um grande sucesso se houvesse algum nível de competência por parte dos seus cineastas. O filme liderado por Dominic Cooper foi esquecido assim que foi lançado, tornando-se apenas um de muitos filmes de ação sem brilho que falharam em ressoar com o público.

Os críticos no Rotten Tomatoes criticaram “Stratton”, concedendo ao filme a rara desonra de unir críticos em ódio universal, que destruíram o filme por sua “derivative story, misguided casting, and low-budget feel” (“história derivada, elenco mal orientado e sensação de baixo orçamento”). Embora muitas das estrelas tenham sobrevivido ao enorme fracasso de “Stratton”, as suas carreiras foram certamente prejudicadas pelo filme.

Gotti (2018)

O filme biográfico criminal de 2018 “Gotti”, estrelado por John Travolta como o mafioso homónimo John Gotti, nunca iria ser um sucesso. Após anos de luta para terminar a produção, o filme custou muito mais do que conseguiu arrecadar, conseguindo pouco mais de metade do seu orçamento de produção nas bilheteiras.

“Gotti” rapidamente se tornou uma piada entre críticos e público. Quando escrevendo um consenso para o filme, Rotten Tomatoes ofereceu apenas uma palavra: “Fuhggedaboutdit.” O filme foi indicado a vários prémios Razzie, incluindo Pior Filme.

London Fields (2018)

Com um elenco cheio de estrelas como Billy Bob Thornton, Amber Heard e Jason Isaacs, entre outros, e material fonte amado no romance de mesmo nome de Martin Amis, “London Fields” deveria ter sido um sucesso colossal. No entanto, após anos de inferno no desenvolvimento e controvérsias nos bastidores, o filme estreou com falha crítica e comercial em todos os níveis.

Quando do lançamento atrasado do filme, a estrela Amber Heard e o seu ex-marido Johnny Depp, que faz uma aparição no filme, já estavam envolvidos numa das maiores batalhas legais da história de Hollywood, adicionando um gosto amargo que “London Fields” deixou na boca dos espectadores. Rotten Tomatoes criticou apropriadamente o filme, chamando-o de “only of interest to the morbidly curious” (“apenas de interesse para os mórbidos curiosos”).

As Melhores Citações de Batman – Dark Knight – Segundo a Collider

O filme “The Dark Knight” é amplamente considerado o melhor filme de Batman e um dos melhores filmes de super-heróis de todos os tempos. A sua abordagem sombria e as atuações fantásticas, especialmente de Heath Ledger como o Joker, contribuíram para a sua aclamação. Além da trama e das atuações, o filme é memorável pelas suas citações icónicas. Aqui estão algumas das melhores citações de “The Dark Knight”, segundo a Collider, com as suas respetivas traduções.

10. “The night is darkest just before the dawn. And I promise you, the dawn is coming.”

Harvey Dent (Aaron Eckhart)

“A noite é mais escura antes do amanhecer. E eu prometo-vos, o amanhecer está a chegar.”

Uma parte icónica da galeria de vilões de Batman, Harvey Dent, também conhecido como Two-Face (Aaron Eckhart), é um dos melhores vilões de Batman em ação ao vivo. Antes de sua eventual transformação em Two-Face, Dent é o promotor público de Gotham, ajudando a colocar criminosos atrás das grades numa cidade repleta de maldade. Esta citação foi dada ao povo de Gotham durante uma conferência de imprensa para abordar a ascensão do Joker e garantir às pessoas que ele derrubaria o perigoso criminoso.

Ao desconstruir a citação, Harvey diz que o mal está no seu pior antes de o bem surgir, prometendo que o bem sempre prevalece. Esta mensagem é inspiradora para o povo de Gotham e ajuda a mostrar o caráter de Harvey como alguém que deseja o melhor para a cidade e quer torná-la um lugar melhor, mantendo-se otimista. Enquanto Harvey conseguiu derrubar o Joker, ele sofreu um destino muito pior.

9. “I’m a dog chasing cars.”

Joker (Heath Ledger)

“Sou um cão a perseguir carros.”

A citação completa nesta cena icónica é “Pareço mesmo um tipo com um plano? Sabes o que sou? Sou um cão a perseguir carros. Não saberia o que fazer se apanhasse um!” Joker (Heath Ledger) diz isso a Harvey enquanto o visita no hospital após a explosão que mata Rachel (Maggie Gyllenhaal). Questionado por Harvey sobre a sua culpa na explosão, o Joker esclarece que ele não faz planos; ao contrário da polícia, ele não é um conspirador.

Esta citação ajudou a estabelecer “The Dark Knight” como um thriller incrível, pois dá mais caráter ao Joker. Os fãs aprendem que ele não é um mestre do crime com um objetivo em mente; ele está apenas a divertir-se, fazendo o que quer. Isso mostra que ele não pensa no futuro ou no que acontecerá com base no que faz agora. Os fãs entendem mais a filosofia distorcida do Joker enquanto o veem manipular Harvey após ter tirado a pessoa que mais significava para ele vencer.

8. “We burned down the forest.”

Alfred Pennyworth (Michael Caine)

“Queimámos a floresta.”

No início do filme, Alfred (Michael Caine) falou sobre o Joker e que tipo de pessoa ele é, usando uma história do seu passado sobre um ladrão numa floresta em Burma. Perto do final do filme, o Joker desencadeia o caos em Gotham, deixando Bruce desesperado para encontrar uma maneira de pará-lo. Ele pergunta como Alfred capturou o ladrão, e é quando ele entrega esta citação, inferindo que Bruce precisará fazer algo que não quer.

A citação chocante de Alfred revela que às vezes é necessário tomar medidas extremas para lidar com uma situação extraordinária. A entrega perfeita da linha por Michael Caine prova por que Christopher Nolan faz equipa com o ator para muitos dos seus filmes. A citação diz a Bruce o que ele precisa fazer, recorrendo a medidas drásticas e potencialmente comprometendo a sua integridade para o bem maior.

7. “If you’re good at something, never do it for free.”

Joker (Heath Ledger)

“Se és bom em algo, nunca o faças de graça.”

Quando o Joker se infiltra numa reunião da máfia, ele faz uma proposta aos gangsters. Todos têm medo do Batman, que é a razão pela qual não conseguem fazer os seus negócios durante o dia. O Joker oferece-se para matar o Batman por eles e entrega esta citação icónica após um bandido perguntar por que ele ainda não o fez. Ele lista o seu preço e sai depois que as negociações falham.

Esta citação não só explica quem é o Joker para os gangsters, mas também revela parte da sua filosofia. A cena aprofunda o caráter do Joker e é maravilhosamente interpretada, provando que Heath Ledger é o melhor Joker. Ignorando o fato de que a citação veio de um psicopata, é geralmente um bom lema a seguir. Embora fazer coisas pelo bem do coração seja melhor, a citação pode ser interpretada como saber o próprio valor e o que se pode trazer para uma situação específica.

6. “Why so serious?”

Joker (Heath Ledger)

“Por que tão sério?”

Esta linha em “The Dark Knight” tornou-se um slogan para o Príncipe Palhaço do Crime. Após confrontar Gambol (Michael Jai White), o Joker descreve como conseguiu as suas cicatrizes. Supostamente, a linha original veio do seu pai bêbado, segurando uma faca que eventualmente esculpiria um sorriso eterno no Joker. O conto assustador adiciona à situação extrema, criando drama e suspense.

Esta citação tornou-se uma linha essencial para o Joker e o principal slogan do filme, usado de forma proeminente na campanha de marketing viral de grande sucesso. É uma linha incrivelmente apropriada para o Joker, dada a sua abordagem humorística ao crime e a sua infame e ameaçadora disposição temperamental. A linha é sinónima do Joker, mas também mostra um vislumbre do seu passado e talvez por que ele se tornou o que é agora.

5. “Because you were the best of us!”

Batman (Christian Bale)

“Porque eras o melhor de nós!”

A única citação de Batman que se destaca em “The Dark Knight” é perfeita para resumir o seu personagem. Batman diz esta linha a Harvey enquanto o agora desgraçado Two-Face aponta uma arma para o filho do Comissário Gordon, buscando vingança por Rachel. Batman lembra a Harvey que não foi Gordon, mas o Joker que queria provar ao mundo que até as pessoas mais justas podem tornar-se más.

Com um filme focado no equilíbrio entre o bem e o mal, esta citação resume o plano do Joker e o tema principal do filme. É inspiradora, vindo de Batman, enquanto ele lembra Harvey de como ele costumava ser bom, mas o Joker distorceu-o em algo monstruoso. Mostra o lado humano e profundamente empático de Batman, ao mesmo tempo que sugere uma possível redenção para Harvey. Esta citação é apenas uma das razões pelas quais “The Dark Knight” é um dos melhores filmes de todos os tempos.

4. “See, I’m not a monster; I’m just ahead of the curve.”

Joker (Heath Ledger)

“Vês, eu não sou um monstro; estou apenas à frente do tempo.”

Durante a famosa cena de interrogatório em “The Dark Knight”, Batman tenta descobrir o que o Joker realmente quer. Ele afirma que Batman é um anormal, assim como ele, e que o mundo sempre o verá assim. Joker fala sobre a natureza humana e como as pessoas de Gotham são, antes de Batman o atirar contra uma parede, deixando os polícias horrorizados ao vê-lo ir a extremos para fazer o Joker falar.

Esta cena é famosa por uma razão. Com tantas boas citações em questão de minutos, esta destaca-se por descrever o que o Joker pensa de si mesmo e da humanidade. Ele acredita que todos são como ele e que tudo o que precisam é de um pequeno empurrão para revelar a feiura interior, que é o que ele faz durante todo o filme. Esta maneira assustadora de pensar é o que torna o Joker uma figura tão arrepiante, e a sua loucura ganha vida de forma aterradora através da brilhante atuação de Heath Ledger.

3. “You see, madness, as you know, is like gravity. All it takes is a little push!”

Joker (Heath Ledger)

“Sabes, a loucura, como sabes, é como a gravidade. Tudo o que precisa é de um pequeno empurrão!”

No seu confronto final com Batman, o Joker explica parte do seu plano, especificamente o seu objetivo de derrubar Harvey. Esta citação mostra o Joker no seu ponto mais assustador, rindo enquanto literalmente está pendurado de cabeça para baixo de um prédio alto. Ele entrega a citação enquanto fala com Batman sobre o que acontecerá a seguir, mostrando nenhuma preocupação com o seu bem-estar.

A genialidade desta citação está nas suas sutilezas. O Joker está a falar sobre a loucura como a gravidade, que é uma ameaça imediata para ele enquanto está pendurado do prédio; se a corda se partir, ele morre. Além disso, o Joker lança “como sabes” na citação, mostrando a sua compreensão de Batman e como ele se tornou assim apenas por causa de um único incidente. A citação resume como os dois se tornaram o que são e usa isso para referenciar que Harvey se tornará como eles com um pequeno empurrão na loucura.

2. “Some men just want to watch the world burn.”

Alfred Pennyworth (Michael Caine)

“Alguns homens só querem ver o mundo arder.”

Alfred Pennyworth pronuncia esta famosa citação no início do filme, quando Batman está a tentar aprender que tipo de homem é o Joker. Enquanto pondera as possibilidades, Alfred acredita que Bruce está a interpretá-lo mal, e é quando ele entrega esta linha. É uma linha simples, mas tornou-se uma citação famosa de filme e um meme, pois é aplicável a muitas situações diferentes.

“The Dark Knight” é um dos melhores filmes de Michael Caine, e a sua atuação é uma grande razão por trás do sucesso do filme. A sua abordagem direta à citação encaixa perfeitamente, dando gravidade à situação e esclarecendo quem é o Joker. Tudo o que esta citação diz é que o Joker não tem nenhum grande esquema ou plano; ele só quer queimar Gotham por diversão. Resume perfeitamente o caráter do Joker, mas tornou-se uma linha tão icónica e aplicável a muitos outros personagens.

1. “You either die a hero or live long enough to see yourself become the villain.”

Harvey Dent (Aaron Eckhart)

“Ou morres como um herói ou vives o suficiente para te veres tornar no vilão.”

Nenhuma outra citação de “The Dark Knight” é mais poderosa ou memorável do que esta. A linha foi escrita por Jonathan Nolan, co-roteirista e irmão de Christopher Nolan, que inicialmente não tinha ideia do que a famosa citação significava. Numa discussão entre Bruce e Harvey sobre Batman, Harvey entrega a famosa citação ao comparar Batman aos servidores públicos de Roma. Ele descreve isso como o dever de Batman de proteger esta cidade, dizendo que ele não será capaz de protegê-la para sempre.

Esta citação provou ser altamente relevante nos dias de hoje, mas também prefigura a transição de Harvey. Mostra Harvey no seu melhor, ao mesmo tempo que prevê a sua descida final ao vilão. A citação também dá a Bruce a ideia de culpar os crimes de Harvey em Batman, tendo Harvey a morrer como o herói que deveria ser, enquanto Batman vive o suficiente para se tornar um vilão. A citação tornou-se famosa pela sua relevância na história, noutros meios e na vida real, pois os fãs veem as tendências desta citação aparecerem com mais frequência do que gostariam.

Matt Damon e a Condição para o Seu Retorno em Bourne 6

O futuro da franquia Bourne parece estar a ganhar forma, com rumores sobre um novo filme a circular desde o final de 2023. Com a nomeação de Edward Berger, realizador de All Quiet On The Western Front, para liderar o projeto, as expectativas para Bourne 6 estão mais altas do que nunca. No entanto, a grande questão permanece: Matt Damon voltará a interpretar Jason Bourne?

Desde o seu primeiro aparecimento em The Bourne Identity (2002), Matt Damon estabeleceu-se como a face da franquia, trazendo uma intensidade e autenticidade que redefiniram o género de ação. Apesar do sucesso contínuo de Damon em outros projetos, a sua ausência deixaria um vazio significativo na saga Bourne. É precisamente por isso que a Universal Pictures está ansiosa para garantir o seu retorno.

No entanto, Matt Damon já foi claro sobre as suas condições para voltar a interpretar Jason Bourne. Numa entrevista anterior, Damon revelou que o seu retorno à franquia dependeria fortemente da qualidade do argumento e da direção do filme. Ele afirmou que só voltaria se sentisse que a história acrescentaria algo significativo ao legado de Jason Bourne, em vez de ser apenas mais uma sequela para capitalizar sobre o sucesso passado.

Esta abordagem cuidadosa por parte de Damon pode ser vista como uma resposta direta às críticas mistas que Jason Bourne (2016) recebeu, apesar do seu desempenho sólido nas bilheteiras. Embora o filme tenha arrecadado uma quantia respeitável, as opiniões divididas sobre o enredo e a execução indicaram que a franquia poderia estar a perder a sua frescura. Portanto, para Damon, o regresso só faz sentido se Bourne 6 puder revitalizar a série com uma narrativa inovadora e envolvente, algo que ele acredita ser crucial para manter o respeito e a integridade do personagem que ajudou a criar.

Com Edward Berger agora a bordo, a esperança é que a visão do realizador possa oferecer exatamente o que Damon procura — uma nova perspetiva que mantenha a essência de Bourne, mas que também traga algo novo e emocionante para o público. Enquanto os detalhes sobre o enredo e a produção de Bourne 6 ainda são escassos, o envolvimento de Damon poderia muito bem ser o fator decisivo que determinará o sucesso deste próximo capítulo.