David Tennant Quis Ser o Sr. Fantástico, Mas Pedro Pascal Esticou-se Primeiro

🧪 De Kilgrave a Reed Richards: Um Salto Quântico

David Tennant, conhecido por papéis icónicos como o Décimo Doutor em Doctor Who e o vilão Kilgrave em Jessica Jones, revelou recentemente que ambicionava interpretar Reed Richards, também conhecido como Sr. Fantástico, no próximo filme da Marvel, The Fantastic Four: First Steps. Durante uma sessão de perguntas e respostas na MCM Comic Con em Londres, Tennant admitiu: “Tinha um certo interesse em Reed Richards, mas parece que seguiram noutra direção” . 

Apesar de não ter conseguido o papel, Tennant mostrou-se gracioso e elogiou a escolha de Pedro Pascal para o papel, afirmando: “Se tivesse de ser alguém, fico muito feliz que seja o Pedro Pascal” . 

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🧬 O Multiverso Abre Portas?

Com o conceito de multiverso amplamente explorado no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), a possibilidade de Tennant interpretar uma variante de Reed Richards não está fora de questão. Nos quadrinhos, existe o “Conselho dos Reeds”, composto por múltiplas versões do Sr. Fantástico de diferentes realidades . Além disso, Tennant já demonstrou versatilidade ao interpretar personagens complexos, o que poderia enriquecer ainda mais o MCU. 

🧑‍🔬 O Que Esperar de The Fantastic Four: First Steps

O filme, com estreia marcada para 25 de julho de 2025, será o primeiro da Fase Seis do MCU. Além de Pedro Pascal como Reed Richards, o elenco inclui Vanessa Kirby como Sue Storm, Joseph Quinn como Johnny Storm e Ebon Moss-Bachrach como Ben Grimm. A trama decorrerá numa Terra paralela com estética retrofuturista dos anos 60, onde os heróis enfrentarão o devorador de planetas Galactus e a sua arauta, Silver Surfer, interpretada por Julia Garner . 

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🧠 Conclusão: Tennant Ainda Pode Surpreender

Embora Tennant não tenha conseguido o papel principal, o MCU é conhecido por suas reviravoltas e surpresas. Com o multiverso em jogo, quem sabe o que o futuro reserva? Até lá, os fãs podem continuar a apreciar as performances memoráveis de Tennant e aguardar ansiosamente por The Fantastic Four: First Steps

De “Succession” para Panem: Culkin é o novo rosto do anfitrião mais excêntrico da Capital

Kieran Culkin, vencedor do Óscar de Melhor Ator Secundário por “A Verdadeira Dor”, foi confirmado como o novo Caesar Flickerman no próximo filme da saga “Jogos da Fome”, intitulado “Sunrise on the Reaping” (“Amanhecer na Ceifa”). O ator, conhecido pelo seu papel em “Succession”, sucede a Stanley Tucci, que interpretou o carismático apresentador nos quatro filmes originais da franquia.  

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A escolha de Culkin foi elogiada pela produção. Erin Westerman, co-presidente do Lionsgate Motion Picture Group, afirmou que “a presença cativante e o charme inegável de Kieran são perfeitos para Caesar Flickerman, o anfitrião irresistivelmente observável do espetáculo mais sombrio de Panem”. A produtora Nina Jacobson acrescentou que “o magnetismo, a sagacidade e a imprevisibilidade de Kieran fazem dele uma escolha ideal para Caesar Flickerman”.  


“Sunrise on the Reaping”: uma viagem ao passado sombrio de Panem

Baseado no romance homónimo de Suzanne Collins, lançado em março de 2025, “Sunrise on the Reaping” decorre 24 anos antes dos eventos da trilogia original e 40 anos após “A Balada dos Pássaros e das Serpentes”. O filme centra-se na 50.ª edição dos Jogos da Fome, conhecida como o Segundo Massacre Quaternário, onde cada distrito é obrigado a enviar o dobro dos tributos habituais. Esta edição brutal dos Jogos é marcada pela vitória de Haymitch Abernathy, futuro mentor de Katniss Everdeen.  

O jovem Haymitch será interpretado por Joseph Zada, enquanto Whitney Peak dará vida a Lenore Dove Baird, namorada de Haymitch. O elenco inclui ainda Mckenna Grace como Maysilee Donner, Jesse Plemons como Plutarch Heavensbee, Ralph Fiennes como o Presidente Snow, Elle Fanning como uma jovem Effie Trinet, Kelvin Harrison Jr. como Beetee, Maya Hawke como Wiress e Lili Taylor como Mags.  

Uma nova perspetiva sobre Caesar Flickerman

A versão de Caesar Flickerman apresentada por Kieran Culkin promete oferecer uma nova dimensão ao personagem. Enquanto Stanley Tucci retratou um Caesar já estabelecido e confiante, Culkin interpretará uma versão mais jovem e possivelmente ainda em ascensão na sua carreira como apresentador dos Jogos. Esta abordagem permitirá explorar as origens do carisma e da teatralidade que definem o personagem, bem como o seu papel na propaganda da Capital. 

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Estreia marcada para novembro de 2026

“Sunrise on the Reaping” tem estreia prevista nos cinemas para 20 de novembro de 2026. Com um elenco de peso e uma narrativa que promete aprofundar a história de Panem, o filme é aguardado com grande expectativa pelos fãs da saga “Jogos da Fome”. 

🎬 Sinners: o novo fenómeno de terror que ultrapassa A Quiet Place nas bilheteiras mundiais

Ryan Coogler e Michael B. Jordan assinam um dos maiores sucessos do género — e fazem história

O realizador Ryan Coogler volta a mostrar por que razão é um dos nomes mais sólidos e criativos de Hollywood. O seu novo filme, Sinners, está prestes a encerrar a carreira comercial nos cinemas com um feito notável: ultrapassar A Quiet Place, de John Krasinski, nas bilheteiras globais, ao atingir os 336 milhões de dólares, com 260 milhões nos EUA e 80 milhões no mercado internacional.

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📊 Um terror que desafia tendências

Apesar de ter ficado aquém da marca dos 100 milhões fora dos EUA — algo que reflecte o histórico de fraco desempenho de filmes com protagonistas negros no mercado internacional — Sinners compensou com um resultado extraordinário no mercado doméstico.

Além de superar A Quiet Place (334 milhões) e estar prestes a ultrapassar Hannibal (350 milhões), a longa-metragem já deixou para trás todos os filmes do universo The Conjuring, bem como êxitos como Get Out e The Silence of the Lambs.


🎭 Michael B. Jordan em dose dupla

Com Michael B. Jordan a interpretar dois papéis, Sinners é mais do que um susto: é uma narrativa densa, com temas profundos e subtexto religioso, filmada em formato IMAX 70 mm — um tratamento normalmente reservado a Christopher Nolan. A banda sonora, assinada por Ludwig Göransson, mistura blues e tensão com mestria.

O filme teve um orçamento de 90 milhões de dólares e foi lançado pela Warner Bros. com pompa e confiança total.


🍅 Críticas esmagadoramente positivas

No Rotten Tomatoes, o filme mantém uma classificação de 97% entre os críticos e 96% junto do público, confirmando-se como um sucesso transversal. Este desempenho coloca Coogler entre os realizadores mais rentáveis da história do cinema — com apenas cinco longas-metragens no currículo.


🏆 Ryan Coogler no pódio dos grandes

Com Sinners, Coogler não só ultrapassou os números da saga Creed, como cimentou o seu lugar entre os realizadores mais poderosos da indústria. O seu estatuto actual oferece-lhe um grau de liberdade criativa comparável a nomes como Tarantino ou Nolan.

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A Warner Bros. dificilmente o deixará escapar — e Hollywood, ao que tudo indica, acaba de encontrar o próximo “GOAT” do terror moderno.

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Fim-de-semana de recordes dá novo fôlego ao cinema e confirma apetite renovado por grandes blockbusters

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O cinema comercial voltou a dar sinais de recuperação este fim-de-semana prolongado. Com a estreia em força da versão live-action de Lilo & Stitch e mais uma missão explosiva de Tom Cruise, o box office do Memorial Day 2025 atingiu valores históricos, ultrapassando os 325 milhões de dólares nos EUA e Canadá — o maior de sempre nesta data, sem ajuste à inflação.


🥇 Disney lidera com Lilo & Stitch

A nova versão de Lilo & Stitch arrecadou impressionantes 183 milhões de dólares na estreia doméstica, tornando-se a maior abertura de sempre no Memorial Day, superando os 160,5 milhões de Top Gun: Maverick em 2022. O total global chegou aos 341,7 milhões, consolidando a aposta da Disney em remakes live-action como aposta segura no calendário de verão.


🕵️ Cruise mantém-se em forma com Mission: Impossible – The Final Reckoning

A última aventura de Ethan Hunt, anunciada como o capítulo final da saga, ficou em segundo lugar com 77 milhões de dólares no mercado doméstico e 190 milhões no total global. O filme que terá custado entre 300 e 400 milhões é agora o título com a maior estreia de sempre da franquia. Só nas salas IMAX, o filme rendeu 31 milhões, o que representa mais de 14% da bilheteira global.

“É um feito extraordinário. O público responde quando há conteúdo para todos” — Chris Aronson, presidente de distribuição da Paramount


🎟️ Um ano que pode marcar viragem

O sucesso destes dois títulos junta-se a um primeiro semestre robusto, com filmes como A Minecraft MovieThunderbolts e Final Destination: Bloodlines a impulsionar o regresso das famílias e jovens adultos às salas. O box office norte-americano de Abril atingiu 875 milhões — muito próximo da média pré-pandémica.

Com uma agenda recheada para o verão — Karate Kid: LegendsBallerinaJurassic World: RebirthHow to Train Your DragonSuperman e The Fantastic Four: First Steps — os analistas preveem um box office anual entre 9,2 e 9,5 mil milhões de dólares, ultrapassando os 9 mil milhões de 2023.


📉 Ainda longe da era pré-pandemia, mas em trajectória ascendente

Apesar do entusiasmo, os números continuam abaixo dos 11,4 mil milhões de 2019 ou dos 11,9 mil milhões de 2018. As mudanças nos hábitos de consumo e a crescente força do streaming continuam a afectar o público casual.

“Quando o conteúdo é bom, as pessoas aparecem. E agora, o ciclo é favorável” — Eric Handler, analista da Roth Capital

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Se este ritmo se mantiver, 2025 pode vir a ser o ano que marca o verdadeiro regresso à saúde do cinema de sala — com o grande ecrã novamente no centro da experiência colectiva.

🎬 Como uma banheira ajudou Tarantino a obter os direitos de uma série western para Once Upon a Time in Hollywood

O insólito episódio que envolveu uma banheira de luxo e uma série esquecida dos anos 60

Once Upon a Time in Hollywood (2019) é, para muitos — incluindo o próprio Quentin Tarantino —, a sua obra mais madura e contemplativa. Uma carta de amor a uma Hollywood em extinção, o filme mistura ficção e realidade, reescreve a História e mergulha fundo na cultura televisiva e cinematográfica dos anos 60. Um dos detalhes mais curiosos da narrativa é a inclusão da série western Lancer, onde a personagem de Leonardo DiCaprio, Rick Dalton, interpreta um vilão no episódio piloto.

Mas incluir uma série real num filme de grande orçamento exige mais do que boa vontade: são precisos direitos legais, e foi aí que uma simples banheira com acesso facilitado entrou em cena.


🛁 A viúva de Lancer e a banheira salvadora

Os direitos de Lancer pertenciam à viúva de Samuel A. Peeples, criador da série. Quando a equipa de produção de Tarantino a contactou, não só ela se mostrou entusiasmada com a ideia de ver a obra do marido recriada, como recusou qualquer pagamento. O gesto altruísta poderia ter ficado por aí — mas Tarantino decidiu retribuir.

Como forma de agradecimento, a equipa ofereceu-lhe uma banheira walk-in de alta gama, ideal para pessoas com mobilidade reduzida. Foi instalada na sua casa como um presente simbólico, mas profundamente útil. Segundo relatos, a viúva ficou emocionada com a atenção e o gesto.

Infelizmente, acabaria por falecer antes da estreia do filme, mas não sem antes saber que a série criada pelo marido ganharia nova vida numa superprodução de Hollywood.


📺 Lancer: a série esquecida que voltou à ribalta

Criada nos anos 60, Lancer nunca atingiu o estatuto de Gunsmoke ou Bonanza, mas deixou marca suficiente para Tarantino a recuperar como uma das peças centrais da narrativa de Once Upon a Time in Hollywood. A série original seguia os irmãos Scott Lancer e Johnny Madrid Lancer (interpretados originalmente por Wayne Maunder e James Stacy) — no filme, os papéis foram actualizados por Luke Perry e Timothy Olyphant.

Para Tarantino, incluir Lancer foi mais do que uma piscadela: foi uma homenagem ao espírito dos westerns televisivos e aos actores que viveram à sombra do estrelato durante a transição para a Nova Hollywood.

🎞️ E agora, uma sequela na Netflix?

Segundo a imprensa americana, David Fincher e Brad Pitt estão a desenvolver uma sequela para a Netflix, que deverá decorrer nos anos 70 — período de viragem estética e cultural em Hollywood. Ainda não se sabe se novas referências obscuras como Lancer farão parte do enredo, mas se depender de Tarantino, nada está fora de hipótese.

🎥 8MM: Quando Nicolas Cage desceu ao inferno — e levou-nos com ele

O thriller mais sombrio de Joel Schumacher continua a perturbar, 25 anos depois

Há filmes que se recusam a oferecer conforto. 8MM (1999), realizado por Joel Schumacher, é um desses casos. Num mundo cinematográfico cheio de heróis bem-intencionados e finais redentores, esta descida aos porões da pornografia violenta e do voyeurismo doentio mantém-se como uma das propostas mais incómodas do final do século XX.

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Protagonizado por Nicolas Cage num registo contido e melancólico, o filme apresenta-nos Tom Welles, um detective privado aparentemente banal, casado, pai de família, e especialista em investigações discretas para clientes ricos. Mas tudo muda quando é contratado para verificar a autenticidade de um rolo de película 8mm onde, alegadamente, uma jovem mulher é assassinada num “snuff movie”. O que parecia um caso de rotina transforma-se rapidamente numa viagem aterradora aos meandros mais grotescos da indústria pornográfica underground.


Uma viagem sem retorno

A estrutura do filme assemelha-se a uma espiral: cada pista leva Welles mais fundo num mundo de predadores, vítimas e silêncios cúmplices. Joaquin Phoenix é a companhia perfeita nesta jornada, interpretando Max California, um empregado de videoclube sarcástico e resiliente, que guia Welles por este submundo depravado com doses equilibradas de humor negro e humanidade.

Schumacher opta por uma realização fria e claustrofóbica, onde a luz é rarefeita e o moralismo está ausente. O ambiente visual é carregado, opressivo, como se o próprio espectador estivesse a perder a inocência a par do protagonista. O ritmo lento serve a construção da tensão: quanto mais Welles investiga, mais se aproxima da sua própria ruína emocional.


Verdade ou exploração?

8MM foi fortemente criticado à época pela sua temática — não apenas por expor o tema dos “snuff films”, mas por sugerir que o horror é, muitas vezes, alimentado pela nossa própria curiosidade. A fronteira entre justiça e vingança, entre investigação e obsessão, torna-se cada vez mais ténue.

O argumento de Andrew Kevin Walker (que escreveu Seven) coloca perguntas difíceis: até onde estamos dispostos a ir para descobrir a verdade? E depois de a vermos, conseguiremos alguma vez voltar ao que éramos?

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Um thriller imperfeito, mas necessário

Se 8MM não é um filme fácil, também nunca pretende sê-lo. É um thriller sombrio, pessimista, e por vezes mesmo sensacionalista, mas levanta questões legítimas sobre o consumo de violência, o voyeurismo moderno e o custo humano da justiça. Nicolas Cage, num papel que lhe exige contenção e fúria controlada, está em sintonia com o desconforto que o filme provoca.

Passados 25 anos, continua a ser um título que desafia o espectador — a perguntar-se onde acaba o olhar e começa a cumplicidade. E isso, num mundo que ainda consome sofrimento como entretenimento, talvez faça de 8MM um filme mais actual do que nunca.

🎬 Wagner Moura: A Força Política e Artística de um dos Maiores Actores da Língua Portuguesa

De Salvador para o mundo: um percurso que une carisma, talento e coragem

Nascido em Salvador da Bahia em 1976, Wagner Moura construiu uma carreira marcada por escolhas ousadas, personagens intensas e uma impressionante capacidade de transitar entre o cinema, a televisão e o teatro, sempre com um compromisso artístico e político inabalável.

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🎭 Os primeiros passos no teatro e televisão

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, Wagner Moura começou por se destacar no teatro, onde consolidou a sua formação como actor. As primeiras aparições na televisão vieram no final dos anos 1990, com participações em novelas e séries brasileiras, mas foi no cinema que rapidamente se revelou uma estrela em ascensão.


🎥 O impacto de Tropa de Elite : um capitão chamado Nascimento

A consagração chegou com Tropa de Elite (2007), de José Padilha, onde interpretou o controverso Capitão Nascimento, um polícia do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) no Rio de Janeiro. O filme venceu o Urso de Ouro em Berlim e tornou-se um fenómeno cultural no Brasil, alimentando debates sobre violência policial, justiça social e corrupção.

Em Tropa de Elite 2 (2010), Moura retomou o papel, agora como coronel e secretário de segurança, aprofundando a complexidade da personagem e provando que não se tratava apenas de um sucesso pontual.


🌍 Hollywood e Narcos: a internacionalização

A carreira internacional de Wagner Moura ganhou impulso com papéis em produções como Elysium (2013), ao lado de Matt Damon e Jodie Foster, e Trash (2014), realizado por Stephen Daldry. No entanto, foi como Pablo Escobar na série Narcos (2015-2016), da Netflix, que se tornou uma figura global.

Apesar de não ser colombiano, Moura estudou espanhol intensivamente para o papel e entregou uma performance visceral que lhe valeu elogios da crítica e uma nomeação aos Globos de Ouro.


🎬 Actor, realizador e activista

Wagner Moura também enveredou pela realização. A sua estreia como realizador foi com Marighella (2019), um retrato biográfico de Carlos Marighella, guerrilheiro e poeta baiano que combateu a ditadura militar brasileira. O filme, protagonizado por Seu Jorge, enfrentou resistência política no Brasil e foi atrasado na distribuição nacional, tornando-se um símbolo de resistência cultural.


🏆 Cannes 2025: o reconhecimento consagrado

Em 2025, Wagner Moura atingiu um novo patamar ao vencer o prémio de Melhor Actor no Festival de Cannes pelo seu papel em O Agente Secreto, de *Kleber Mendonça Filho. A sua interpretação de um académico em fuga durante os anos finais da ditadura brasileira foi aclamada como “profundamente comovente”.


🌟 Um actor com voz e consciência

Wagner Moura representa uma rara conjunção entre carisma popular e compromisso político. Nunca escondeu a sua militância, defende causas como os direitos humanos, a liberdade de expressão e a memória histórica. É um dos artistas brasileiros mais respeitados e um símbolo da força cultural do Sul Global.

Do Capitão Nascimento ao Pablo Escobar, de realizador engajado a vencedor em Cannes, Moura construiu uma carreira que é, ela própria, um acto político. E ainda agora está a aquecer.

🎬 Festival de Cannes 2025: Palma de Ouro para Jafar Panahi e dupla vitória brasileira com O Agente Secreto

Filme iraniano It Was Just an Accident leva o prémio máximo, enquanto Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho brilham com a produção luso-brasileira

O Festival de Cannes 2025 terminou com um palmarés marcado por escolhas politicamente carregadas, estreias intensas e um forte destaque para o cinema de língua portuguesa. O realizador Jafar Panahi foi galardoado com a Palma de Ouropela obra It Was Just an Accident, um drama clandestino filmado em Teerão e baseado em testemunhos reais de prisioneiros políticos.

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Panahi, que esteve preso até recentemente e filmou sem autorização, emocionou ao receber o prémio das mãos de Cate Blanchett, numa das cerimónias mais impactantes dos últimos anos. Foi também a primeira vez em 15 anos que o cineasta pôde comparecer presencialmente em Cannes.


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O Agente Secreto: duas distinções para o Brasil (e Portugal)

A produção O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, recebeu os prémios de Melhor Realização e Melhor Actor, este para Wagner Moura, pelo seu papel como um especialista em tecnologia em fuga da repressão durante a ditadura militar brasileira.

O filme, já distinguido com o prémio FIPRESCI da crítica internacional, foi aclamado pela sua densidade política e atmosfera de suspense. É também uma coprodução com Portugal (via Nitrato Filmes), tendo estreia prevista para breve nas salas portuguesas.

🏆 Outros destaques do palmarés oficial:

  • Grande PrémioSentimental Value, de Joachim Trier, com Renate Reinsve e Stellan Skarsgård
  • Prémio do Júri (ex aequo):
    • Sirât, de Oliver Laxe
    • Sound of Falling, de Mascha Schilinski
  • Melhor ActrizNadia Melliti por La Petite Dernière, no papel de Fatima, jovem muçulmana a descobrir a sua sexualidade
  • Melhor ArgumentoJeunes Mères, dos irmãos Dardenne
  • Prémio Especial do JúriResurrection, de Bi Gan
  • Câmara de OuroThe President’s Cake, de Hasan Hadi (Iraque)
  • Menção HonrosaMy Father’s Shadow, de Akinola Davies Jr.
  • Melhor Curta-MetragemI’m Glad You’re Dead Now, de Tawfeek Barhom
  • Menção Honrosa (Curta)Ali, de Adnan Al Rajeev

🎥 Cinema português sem prémios nas curtas

As curtas-metragens Arguments in Favor of Love, de Gabriel Abrantes, e A Solidão dos Lagartos, de Inês Nunes, ficaram fora do palmarés. Ainda assim, a presença portuguesa foi sentida através da coprodução de O Agente Secreto e na performance premiada de Cleo Diára (em Un Certain Regard).

⚡ Uma edição marcada por apagões e diversidade

A cerimónia de encerramento decorreu sob tensão, após um apagão de cinco horas e meia em Cannes causado por um acto de sabotagem. O Palácio do Festival manteve-se operacional graças ao seu próprio gerador.

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O júri, presidido por Juliette Binoche, contou com nomes como Halle BerryJeremy StrongHong Sang-sooPayal Kapadia e Carlos Reygadas — um grupo plural que reflectiu a diversidade cultural e estética do palmarés entregue.

🎬 Wagner Moura conquista Cannes com “O Agente Secreto”

Actor brasileiro vence prémio de Melhor Actor no Festival de Cannes 2025 pelo papel de Marcelo, um académico em fuga durante a ditadura militar brasileira

O actor brasileiro Wagner Moura foi distinguido com o prémio de Melhor Actor no Festival de Cannes 2025 pela sua interpretação no filme O Agente Secreto, realizado por Kleber Mendonça Filho. O filme também arrecadou o prémio de Melhor Realização, consolidando-se como uma das obras mais aclamadas desta edição do festival. 

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🕵️‍♂️ Um thriller político ambientado nos anos 70

O Agente Secreto é um thriller político que se desenrola em 1977, durante os anos finais da ditadura militar no Brasil. A história acompanha Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um professor universitário que se vê forçado a fugir de São Paulo para Recife após se tornar alvo do regime autoritário. Em Recife, Marcelo procura reencontrar o filho e acaba envolvido numa rede de espionagem e conspirações políticas. 


🎭 Uma performance aclamada pela crítica

A actuação de Wagner Moura foi amplamente elogiada pela crítica internacional. O jornal The Guardian descreveu o filme como “um brilhante drama brasileiro sobre um académico em fuga nos anos 70”, destacando a performance de Moura como “profundamente comovente e convincente”.  


🎉 Uma ovação de pé em Cannes

A estreia mundial de O Agente Secreto em Cannes foi recebida com uma ovação de pé de 13 minutos, um dos momentos mais memoráveis do festival deste ano. O filme foi amplamente aclamado pela sua abordagem estilizada e crítica à repressão política da época, misturando elementos de suspense, drama e sátira. 

🇧🇷 Um marco para o cinema brasileiro

A vitória de Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho em Cannes representa um marco significativo para o cinema brasileiro no cenário internacional. Ambos já haviam colaborado anteriormente em projectos que exploram temas sociais e políticos do Brasil, e O Agente Secreto reforça essa parceria criativa. 

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📅 Estreia nos cinemas

O Agente Secreto tem estreia prevista nos cinemas brasileiros ainda em 2025, com distribuição da Vitrine Filmes. Em Portugal, ainda não foi confirmada uma data oficial de estreia para O Agente Secreto, mas é expectável que o filme chegue às salas nacionais no segundo semestre de 2025, após o circuito de festivais internacionais e da estreia no Brasil.Nos Estados Unidos, o filme será distribuído pela Neon, enquanto no Reino Unido, Índia e restante da América Latina, a distribuição ficará a cargo da MUBI. 

✈️ Top Gun Las Vegas: Aventura de Alta Voltagem

Prevista para o verão de 2028, a Top Gun Las Vegas será instalada no The STRAT Hotel, Casino & Tower. Esta experiência imersiva incluirá simuladores de voo de última geração, permitindo que os visitantes embarquem em missões personalizadas no universo Top Gun. Além disso, contará com uma versão recriada do bar Hard Deck, famoso em Top Gun: Maverick, oferecendo entretenimento ao vivo e experiências gastronómicas temáticas. A iniciativa é uma colaboração entre a Paramount Global e a Advent Allen Entertainment, visando expandir as ofertas de entretenimento baseadas em propriedades intelectuais populares.  

🕵️ John Wick Experience: Mergulho no Submundo

Desde março de 2025, os fãs de John Wick podem vivenciar o mundo do assassino de elite na John Wick Experience, localizada no complexo AREA15. Com cerca de 1.100 metros quadrados, a atração oferece uma série de salas cinematográficas temáticas, interações ao vivo e missões interativas que desafiam a astúcia e coragem dos participantes. Os visitantes podem ainda desfrutar de dois bares temáticos e uma loja com produtos exclusivos.  

🎬 Las Vegas: O Novo Destino para Fãs de Cinema

Com estas iniciativas, Las Vegas consolida-se como um destino imperdível para os entusiastas de cinema e experiências imersivas. A cidade oferece agora aventuras que vão além das tradicionais atrações, permitindo que os visitantes se tornem parte ativa de universos cinematográficos icónicos.

🎬 PBS Acusada de Censura ao Cortar Documentário sobre Art Spiegelman

Discussão polémica estala nos EUA após cortes a documentário sobre o autor de Maus e remoção de materiais educativos de vários filmes

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Estava tudo pronto para a transmissão nacional do documentário Art Spiegelman: Disaster Is My Muse, no âmbito da série American Masters da PBS, quando os realizadores foram informados de um corte inesperado: uma sequência de 90 segundos, na qual o autor discute uma ilustração anti-Trump publicada no âmbito da Women’s March de 2017, foi removida por decisão da própria PBS.

Os realizadores Molly Bernstein e Philip Dolin viram-se forçados a aceitar ou pagar para reverter o acordo de licenciamento. Acabaram por permitir a emissão com os cortes, mas denunciaram publicamente o que consideram ser um acto claro de censura.

“A ironia de censurar um defensor da liberdade de expressão talvez se tenha perdido para a PBS, mas não para nós”, afirmou Alicia Sams, produtora do filme.


Uma edição silenciosa mas significativa

O corte retirou não apenas a sequência do cartaz de Spiegelman, como também uma frase da académica Hillary Chute que referia explicitamente o “momento Trump e pós-Trump”. A PBS justificou a edição afirmando que a sequência “já não estava em contexto” e que a decisão visava manter a “integridade e adequação do conteúdo”.

Contudo, os realizadores e comentadores do sector vêem estas alterações como sinais preocupantes de autocensura, especialmente num clima político em que os media públicos são alvo de pressões constantes por parte de figuras da extrema-direita.


Outros casos de censura: de filmes trans a materiais educativos

Este não foi um caso isolado. O documentário Break the Game (2023), centrado na gamer trans Narcissa Wright, foi adiado indefinidamente pela PBS antes de receber nova data. Emails internos revelaram que a PBS receava reacções negativas antes de uma audição no Congresso liderada por Marjorie Taylor Greene.

Além disso, lições e recursos pedagógicos associados a documentários como LandfallUnapologetic e Statelessdesapareceram do PBS LearningMedia, um portal educativo para escolas norte-americanas. Seguindo o rasto desses recursos, vários realizadores confirmaram que os seus materiais foram silenciosamente removidos entre Dezembro de 2024 e Janeiro de 2025.

“Não se trata apenas de um plano de aulas perdido. É uma tendência de apagamento organizada e institucionalizada”, afirmou Marjan Safinia, co-realizadora da mini-série And She Could Be Next.


O que está em causa: o futuro dos documentários independentes nos media públicos

Para muitos cineastas, o que está em jogo é o futuro da produção documental independente. Com a PBS a enfrentar ameaças à continuidade do seu financiamento federal, a reacção tem sido, segundo vários intervenientes, “demasiado silenciosa”.

Apesar das declarações formais da PBS que garantem não terem alterado as suas directrizes editoriais, os realizadores começam a procurar alternativas: transmissões via Twitch, hospedagem dos materiais em plataformas externas e pressão pública para maior transparência e responsabilidade.

“Se a PBS não defende a liberdade de expressão, então quem o fará?”, questiona Jane Wagner, realizadora de Break the Game.

Num momento em que os documentários são mais essenciais do que nunca para compreender o mundo, as edições silenciosas e a supressão de vozes marginais tornam-se um sintoma grave. Um sintoma que, como muitos dizem, pode ser o canário na mina de carvão da liberdade cultural norte-americana.

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🎬 The Mastermind: Josh O’Connor Brilha em Cannes com um Assalto à Arte e à Alma

Kelly Reichardt apresenta um filme de assalto introspectivo e minimalista, com Josh O’Connor no papel de um ladrão desastrado em plena década de 1970

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O Festival de Cannes 2025 foi palco da estreia mundial de The Mastermind, o mais recente filme da realizadora norte-americana Kelly Reichardt. Conhecida por obras como First Cow e Certain Women, Reichardt regressa com um drama de assalto que subverte as convenções do género, oferecendo uma narrativa contida e profundamente humana. 

No centro da trama está James Blaine Mooney, interpretado por Josh O’Connor, um ex-estudante de arte desiludido que planeia um roubo de obras de arte no Massachusetts dos anos 1970. Longe de ser um génio do crime, Mooney é um homem perdido, cujas ambições grandiosas colidem com a dura realidade da sua incompetência e das consequências dos seus atos. 

A crítica tem destacado a performance de O’Connor como um dos pontos altos do filme. A sua capacidade de transmitir a fragilidade e a complexidade emocional de Mooney confere profundidade a uma personagem que, em mãos menos hábeis, poderia resvalar para a caricatura.

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The Mastermind recebeu uma ovação de pé de 9 minutos na sua estreia em Cannes, sinalizando a forte receção por parte do público presente. Embora o filme não seja um típico candidato a sucesso de bilheteira, a sua abordagem única e a qualidade das interpretações sugerem que poderá conquistar um lugar de destaque no circuito de prémios e entre os apreciadores de cinema de autor.

Ryan Reynolds quer levar Star Wars  a um novo território… para maiores de 17

Actor propôs um filme com classificação R, mais maduro e emocional, que a Disney recusou (por agora)

O universo Star Wars pode estar prestes a ter uma proposta radical — ou melhor, podia ter tido, não fosse a Disney ter optado por não avançar com a ideia. Ryan Reynolds revelou que apresentou ao estúdio uma proposta para um filme com classificação etária R, ou seja, para maiores de 17 anos, apostando em temas mais intensos, mais emocionais e menos familiares.


🎬 Um Star Wars para adultos… sem Deadpool

Ao contrário do que seria de esperar, Reynolds não pretendia protagonizar o projecto. Segundo o actor, o seu envolvimento seria enquanto produtor ou argumentista, e a história centrar-se-ia em personagens menos conhecidos do cânone galáctico, oferecendo uma abordagem emocionalmente mais complexa.

“Não era uma coisa vulgar. A classificação R seria como um cavalo de Tróia — para entrarmos no coração da história”, explicou o actor numa entrevista recente.


🛑 A resposta (por agora) foi um “não”

A Disney não deu seguimento à proposta, mas Reynolds acredita que a recepção crítica e o tom mais sombrio de séries como Andor podem abrir caminho a abordagens menos convencionais no universo Star Wars. Afinal, a galáxia tem espaço suficiente para muitos tipos de histórias — e talvez esteja na altura de dar voz aos cantos mais obscuros e adultos do império.


🤔 Reynolds como actor? Nem pensar

Apesar de ter uma ligação incontornável ao universo dos anti-heróis, sobretudo através de Deadpool, o actor reconhece que não seria a escolha certa para aparecer neste hipotético Star Wars mais sério.

“A minha presença retiraria peso ao que a história quereria dizer”, disse com sinceridade.

🎭 Cleo Diára Faz História em Cannes: Primeira Atriz Portuguesa a Vencer na Secção Un Certain Regard

Distinção internacional para a protagonista de “O Riso e a Faca” consagra o talento lusófono e dá novo impulso ao cinema português

Foi uma noite histórica para o cinema português e lusófono. A atriz Cleo Diára conquistou o prémio de Melhor Atriz na secção Un Certain Regard do Festival de Cannes 2025, graças à sua interpretação arrebatadora em O Riso e a Faca, realizado por Pedro Pinho. É a primeira vez que uma intérprete portuguesa vence este prestigiado prémio no maior festival de cinema do mundo.

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Uma interpretação de corpo inteiro

Cleo Diára dá vida a Diára, uma mulher que vive num território africano onde se cruza com um engenheiro ambiental português envolvido num projeto de construção de uma estrada. Entre o calor do deserto e os silêncios da selva, a sua personagem carrega o peso do passado, do corpo colonizado e da intimidade como terreno de resistência.

A performance de Diára foi amplamente elogiada pela crítica internacional pela sua intensidade contidapresença magnética e uma rara capacidade de comunicar emoções complexas sem recorrer ao óbvio. A entrega física e emocional da atriz imprimiu uma marca indelével num filme já de si ousado na forma e no conteúdo.

Uma vitória partilhada (mas distinta)

O prémio foi atribuído ex aequo com Frank Dillane, protagonista de Urchin, mas isso não retira o brilho à conquista: trata-se de um reconhecimento sem precedentes para uma atriz com origens cabo-verdianas e carreira feita maioritariamente em Portugal. Cleo Diára junta-se assim a um restrito grupo de talentos nacionais que já deixaram marca em Cannes — mas com um feito inédito no feminino e na representação.

Impacto para além do troféu

O prémio de Melhor Atriz em Un Certain Regard é mais do que uma medalha: é uma afirmação de que o cinema português pode competir ao mais alto nível, com histórias que cruzam geografias, identidades e feridas históricas. E é também uma validação do percurso artístico de Cleo Diára, que se afirmou como uma das atrizes mais promissoras e comprometidas da sua geração.

Num festival onde estrearam filmes realizados por nomes como Scarlett Johansson e Kristen Stewart, foi a voz serena mas poderosa de Cleo Diára que ficou gravada na memória do júri.

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E agora?

Com O Riso e a Faca ainda a iniciar o seu circuito internacional, a vitória em Cannes promete abrir portas — tanto para a atriz como para o filme. Distribuidores, festivais e críticos de todo o mundo estarão agora atentos ao próximo passo de Cleo Diára, que provou não apenas ter talento, mas ser capaz de o projectar num dos palcos mais exigentes do mundo.

🎬 Cannes 2025: Portugal conquista Cannes com “O Riso e a Faca” e “Era uma vez em Gaza” brilha na secção Un Certain Regard

Prémios para Pedro Pinho e para os irmãos Nasser elevam a presença lusófona no festival. Scarlett Johansson, Kristen Stewart e Harris Dickinson também marcam estreia na realização.

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A secção Un Certain Regard do Festival de Cannes 2025 revelou-se uma das mais vibrantes e politicamente relevantes dos últimos anos. Com uma seleção de 20 filmes — incluindo nove primeiras obras — a competição distinguiu obras de forte carga emocional, social e estética. Entre os destaques, dois filmes com ligação a Portugal saíram premiados: O Riso e a Faca, de Pedro Pinho, e Era uma vez em Gaza, dos irmãos palestinianos Arab e Tarzan Nasser, com coprodução portuguesa.


🇵🇹 O Riso e a Faca: o neocolonialismo na lente de Pedro Pinho

O realizador português Pedro Pinho regressou a Cannes oito anos depois de A Fábrica de Nada, desta vez com uma longa-metragem rodada em África e com mais de três horas de duração. O Riso e a Faca valeu o Prémio de Melhor Atriz a Cleo Diára, ex aequo com Frank Dillane, protagonista de Urchin, de Harris Dickinson.

O filme segue Sérgio (Sérgio Coragem), um engenheiro ambiental português que viaja para África para colaborar num projecto de construção de uma estrada entre o deserto e a selva. No entanto, a missão técnica rapidamente se transforma numa descoberta íntima, emocional e política, à medida que Sérgio se envolve com dois habitantes locais: Diára (Cleo Diára) e Gui (Jonathan Guilherme). A obra aborda temas como o neocolonialismo, o privilégio europeu e os laços interpessoais entre culturas em tensão.


🌍 Era uma vez em Gaza: humor, resistência e falafel

Realizado pelos irmãos Arab e Tarzan NasserEra uma vez em Gaza conquistou o Prémio de Melhor Realização, com o júri a destacar a ousadia e humanidade da obra. A história acompanha dois jovens amigos, Yahia e Osama, que vendem comprimidos escondidos em sanduíches de falafel numa Gaza devastada e sob bloqueio. Entre sonhos de fuga, máquinas de picar carne e farmácias saqueadas, o filme encontra espaço para crítica social, humor negro e até lirismo.

Com coprodução portuguesa (Ukbar Filmes), além de França, Alemanha e Palestina, o filme contou com apoio do ICA e da RTP, tendo a pós-produção sido finalizada em Portugal. Esta é a terceira longa-metragem dos irmãos Nasser, nascidos em Gaza e atualmente a filmar na Jordânia.

🏆 Os restantes premiados de 2025

  • Prémio Un Certain RegardLa misteriosa mirada del flamenco, de Diego Céspedes (Chile), sobre uma família queer numa cidade mineira chilena durante os primeiros dias da crise da SIDA — uma história com toques de western, protagonizada por actores transgénero.
  • Prémio do JúriUn Poeta, de Simón Mesa Soto (Colômbia), sobre um poeta envelhecido que se torna mentor de uma adolescente.
  • Melhor AtorFrank Dillane em Urchin, realizado por Harris Dickinson.
  • Melhor ArgumentoPillion, de Harry Lighton, protagonizado por Alexander Skarsgård.

O júri foi presidido pela cineasta Molly Manning Walker e incluiu os realizadores Louise Courvoisier e Roberto Minervini, o actor Nahuel Perez Biscayart e a programadora Vanja Kaluđerčić.

🎥 Estreias de peso na realização: Scarlett, Kristen e Harris

A edição de 2025 marcou também as estreias na realização de três nomes sonantes de Hollywood:

  • Scarlett Johansson apresentou Eleanor the Great, centrado numa viúva de 94 anos que assume por engano a identidade da amiga falecida, sobrevivente do Holocausto.
  • Kristen Stewart comoveu com The Chronology of Water, uma adaptação da autobiografia de Lidia Yuknavitch, que mergulha em temas como trauma, abuso e resiliência feminina.
  • Harris Dickinson, conhecido por Babygirl, surpreendeu com Urchin, um retrato sombrio da toxicodependência em Londres.

🌐 Un Certain Regard: um espaço para novas vozes

Mais uma vez, a secção Un Certain Regard provou ser o espaço mais estimulante do Festival de Cannes para novos olhares e narrativas arrojadas. A forte presença portuguesa, a valorização de vozes árabes e queer, e o surgimento de novas cineastas internacionais reforçam o compromisso do festival com a diversidade estética e social do cinema contemporâneo.

🎥 Cannes consagra estreia chechena e documentário sobre Assange com o prémio L’Œil d’or

“Imago”, a primeira longa-metragem da Tchetchénia apresentada em Cannes, e “The Six Billion Dollar Man”, sobre Julian Assange, conquistam os grandes destaques do cinema documental

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O Festival de Cannes 2025 continua a marcar terreno como palco de estreia para filmes arrojados, provocadores e profundamente pessoais. A prova disso está na atribuição do prestigiado prémio L’Œil d’or para Melhor Documentário, que este ano distinguiu duas obras com raízes muito diferentes — mas igual coragem.


🏆 “Imago”: a primeira voz da Tchetchénia em Cannes

O grande vencedor foi Imagoprimeira longa-metragem chechena alguma vez apresentada em Cannes, realizada por Déni Oumar Pitsaev. O filme, já premiado esta semana na Semana da Crítica, é um documentário autobiográfico que acompanha o realizador no regresso à terra que herdou no vale de Pankisi, na Geórgia — a poucos quilómetros da sua Tchetchénia natal.

Mas este não é apenas um regresso físico. Imago mergulha nas memórias, nos traumas e nos fantasmas de uma comunidade fraturada por guerras, exílios e silêncio forçado. A herança da terra torna-se um ponto de partida para um debate familiar que reabre feridas antigas.

Nascido em 1986, Pitsaev cresceu entre Grozni, São Petersburgo e Almaty, formou-se em Paris e hoje vive entre Paris e Bruxelas. Com Imago, oferece-nos uma reflexão profundamente íntima sobre pertença, identidade e os vestígios da guerra.


👁️ “The Six Billion Dollar Man”: Julian Assange no grande ecrã

O júri do L’Œil d’or decidiu ainda atribuir um prémio especial ao documentário The Six Billion Dollar Man, realizado por Eugene Jarecki. O filme apresenta uma visão pessoal e humana de Julian Assange, o fundador da WikiLeaks, que aos 53 anos voltou a ser protagonista em Cannes.

Assange, recentemente libertado da prisão de alta segurança no Reino Unido graças a um acordo com o governo norte-americano, marcou presença na Croisette para acompanhar a estreia do filme. Com ele esteve Rafael Correa, antigo presidente do Equador, que lhe concedeu asilo durante sete anos na embaixada em Londres.

The Six Billion Dollar Man não é um documentário comum: é um retrato íntimo de um homem dividido entre o mito e o martírio, entre o génio e a controvérsia. E, inevitavelmente, é também um olhar duro sobre os mecanismos de poder, a liberdade de imprensa e os custos de dizer a verdade.


🏅 Um prémio para quem desafia o silêncio

L’Œil d’or é o galardão máximo para documentários no Festival de Cannes, distinguindo obras exibidas em qualquer uma das grandes secções: Seleção Oficial, Quinzena dos Realizadores, Semana da Crítica ou Cannes Classics. Este ano, ficou claro que o júri quis premiar vozes que resistem — vindas de geografias esquecidas ou de trincheiras digitais.

Com Imago e The Six Billion Dollar Man, Cannes reafirma-se como muito mais do que uma montra de luxo e estrelas: é, acima de tudo, um espaço de escuta para histórias que o mundo raramente quer ouvir.

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🩸 Ballerina: Ana de Armas Dança com a Morte no Novo Capítulo do Universo John Wick

Primeiras reacções apontam para um espectáculo de acção implacável, com coreografias brutais e uma protagonista à altura do legado de Wick

O universo de John Wick continua a expandir-se com Ballerina, o novo spin-off protagonizado por Ana de Armas no papel de Eve Macarro, uma assassina fria em busca de vingança. Com estreia marcada para 6 de Junho de 2025, o filme já foi exibido a um grupo restrito de críticos — e as primeiras reacções são tudo menos silenciosas.

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💥 Acção desenfreada e mortes criativas

As críticas preliminares descrevem o filme como “caótico do princípio ao fim”, com cenas de luta “fenomenalmente coreografadas” e um desfile de armas improváveis, que incluem lança-chamas e até patins de gelo.

“Algumas das mortes rivalizam com as melhores do John Wick. É um verdadeiro delírio visual”, comentou Chris Killian, do ComicBook.com.

Jonathan Sim, do ComingSoon.net, sublinha a energia do filme:

“É pura adrenalina. Não há um minuto de pausa até aos créditos finais”.


🎯 Ana de Armas: a nova estrela da acção?

Se havia dúvidas sobre a capacidade de Ana de Armas assumir o protagonismo num universo dominado por Keanu Reeves, elas parecem ter sido dissipadas. Os elogios à sua performance física e presença no ecrã são unânimes. A actriz mostra que está mais do que preparada para ocupar o centro do palco… e da mira.


🌍 Um universo que não pára de crescer

Ballerina decorre cronologicamente entre John Wick: Capítulo 3 – Parabellum e Capítulo 4. Conta ainda com a participação especial de Keanu ReevesIan McShaneAnjelica Huston e Lance Reddick, que surge aqui no seu último papel no grande ecrã.

O filme é realizado por Len Wiseman e escrito por Shay Hatten, com produção de Basil IwanykErica Lee e Chad Stahelski, o homem que dirigiu todos os filmes principais da saga Wick.


🗓️ Estreia e expectativas

Com estreia marcada para 6 de Junho de 2025Ballerina promete ser uma das grandes apostas do ano no género da acção. Se for tão eficaz como parece, poderá mesmo abrir caminho para novas protagonistas dentro do universo John Wick — com muito sangue, estilo e pontapés bem aplicados.

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👠 O Diabo Veste Prada 2 já tem data de estreia — e Miranda Priestly está de volta

Meryl Streep e Emily Blunt regressam ao mundo da moda em 2026. Anne Hathaway? Ainda é um mistério.

Preparem os vossos casacos Chanel e os vossos olhares de reprovação: O Diabo Veste Prada 2 tem estreia marcada para 1 de maio de 2026, segundo confirmou a Disney. Quase duas décadas após o lançamento do filme original, o universo de Runway regressa com Meryl Streep e Emily Blunt nos seus icónicos papéis de Miranda Priestly e Emily Charlton, respetivamente . 

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📰 O enredo: rivalidade, reinvenção e publicidade de luxo

A nova trama acompanha Miranda Priestly a enfrentar o declínio das revistas impressas e a ascensão do digital. Para salvar a Runway, Miranda terá de negociar com a sua antiga assistente, Emily Charlton, agora uma executiva poderosa num conglomerado de marcas de luxo que detém os contratos de publicidade de que a revista precisa desesperadamente . 


🎬 Equipa criativa original regressa

A sequela contará com o regresso de David Frankel na realização, Aline Brosh McKenna no argumento e Wendy Finerman na produção — a mesma equipa que adaptou o romance de Lauren Weisberger em 2006 . 


👠 Anne Hathaway: presença ainda por confirmar

A participação de Anne Hathaway como Andy Sachs permanece incerta. Embora a atriz tenha expressado interesse em trabalhar novamente com a equipa original, ela mencionou que seria necessário “algo totalmente diferente” para justificar o seu regresso . 

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🗓️ Estreia marcada para 2026

O Diabo Veste Prada 2 tem estreia prevista para 1 de maio de 2026. Os fãs podem esperar uma atualização moderna da história, refletindo as mudanças na indústria da moda e no mundo editorial desde o lançamento do primeiro filme .

Reality Bites: O Manifesto Romântico e Irónico da Geração X

Winona Ryder e Ethan Hawke encarnam os dilemas de crescer nos anos 90 — entre autenticidade, ambição e um coração partido ao som de Lisa Loeb

Em 1994, Reality Bites chegava às salas de cinema como uma espécie de diário íntimo da geração que cresceu a ouvir Nirvana, a gravar VHS com mensagens existenciais e a sentir-se perdida entre um idealismo teimoso e a tentação do sucesso fácil. Realizado por Ben Stiller, na sua estreia como cineasta, o filme é um retrato agridoce e inesperadamente atual sobre os (des)encantos da juventude pós-universitária.

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🎬 O retrato sem filtros de uma geração em suspenso

A ação decorre em plena era Clinton, e acompanha um grupo de recém-licenciados que tenta dar sentido à vida adulta. No centro está Lelaina (Winona Ryder), aspirante a documentarista, cheia de ideias mas sem mapa. Com a sua câmara sempre em punho, ela grava os dias e desilusões dos amigos, numa espécie de reality show muito antes dos reality shows.

Troy (Ethan Hawke), o eterno descomprometido existencialista, surge como o anti-herói romântico: culto, frustrado, charmoso e emocionalmente inacessível. O terceiro vértice do triângulo amoroso é Michael (o próprio Stiller), um produtor televisivo bem-intencionado mas já contaminado pelo sistema. A escolha entre eles — entre a segurança e a autenticidade — é também a grande escolha da vida adulta.


💔 Amor, cinismo e a câmara a tremer

A química entre Ryder e Hawke é a alma do filme. A tensão emocional entre Lelaina e Troy não é daquelas de conto de fadas, mas daquelas que nos dizem: “estás a crescer e isso vai doer”. O argumento joga com dilemas reais — vender-se ou resistir? Romper com o sistema ou encontrar um lugar dentro dele?

Não há moral da história, mas há um retrato honesto da insegurança crónica de uma geração ensinada a sonhar alto e empurrada para a realidade de estágios mal pagos, empregos precários e relações desconcertantes.


🎶 Pop, vintage e um hino que ficou

Ao som de “Stay (I Missed You)”, de Lisa Loeb — canção que ficou gravada para sempre nos créditos finais da juventude dos anos 90 — Reality Bites constrói-se como uma cápsula do tempo. O guarda-roupa, as referências a The Real World, os cigarros omnipresentes, os cafés boémios, tudo respira uma década em que o “cool” era parecer que não se estava a tentar.

Mas apesar da roupagem nostálgica, os temas continuam a bater certo: medo do fracasso, desejo de autenticidade, a procura de um espaço onde ser adulto não signifique trair o que se é.


🎞️ De fracasso crítico a clássico de culto

À época, a crítica dividiu-se — muitos não sabiam bem o que fazer com um filme que recusava as fórmulas românticas e não oferecia finais felizes. Mas com o tempo, Reality Bites tornou-se um clássico de culto. Hoje, é celebrado não só pela sua estética, mas pela sua coragem em não romantizar o caos que é tornar-se adulto.

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Deixamos aqui o single de Lisa Loeb que na altura inundou os nossos ouvidos :

🎬 Julian Assange Reaparece em Cannes com Documentário-Choque: 

The Six Billion Dollar Man
O fundador do WikiLeaks marca presença no Festival de Cannes, promovendo um documentário que retrata a sua saga judicial e reacende o debate sobre a liberdade de imprensa

Julian Assange, figura central na luta pela liberdade de informação, fez uma aparição pública no Festival de Cannes para a estreia de The Six Billion Dollar Man, documentário realizado por Eugene Jarecki. O filme, apresentado na secção de Sessões Especiais, oferece uma visão intensa sobre a batalha legal de Assange contra a extradição e o seu papel como símbolo da liberdade de imprensa.  

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🎥 Um Thriller Documental de Alta Tensão

Dirigido pelo premiado cineasta Eugene Jarecki, The Six Billion Dollar Man adota o estilo de um thriller tecnológico para narrar a trajetória de Assange. Com acesso exclusivo a arquivos do WikiLeaks e material inédito, o documentário destaca a importância de Assange como um “canário na mina de carvão” para os direitos da imprensa, alertando para os perigos que ameaçam a liberdade de informação global.  

🧑‍⚖️ Assange: Do Isolamento à Reativação Política

Após um acordo judicial com autoridades norte-americanas, Assange, de 53 anos, retornou à Austrália, encerrando um período de cinco anos de encarceramento no Reino Unido. Sua esposa, Stella Assange, revelou que ele está em processo de recuperação e considera retomar atividades políticas, motivado por preocupações com o estado atual do mundo.  

🧥 Uma Mensagem no Vestuário

Durante o festival, Assange foi visto usando uma t-shirt com os nomes de crianças palestinianas falecidas em Gaza, demonstrando solidariedade com as vítimas do conflito. Embora não tenha concedido entrevistas, sua presença silenciosa transmitiu uma mensagem poderosa sobre seu contínuo compromisso com causas humanitárias.  

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🎞️ Um Filme Necessário para os Tempos Atuais

The Six Billion Dollar Man não apenas documenta a vida de Assange, mas também serve como um alerta sobre os desafios enfrentados pela liberdade de imprensa. Ao destacar a importância de proteger o direito à informação, o documentário convida o público a refletir sobre o papel crucial do jornalismo independente na sociedade contemporânea.