Vanguard – O Preço do Sucesso: a minissérie que expõe o lado mais obscuro do poder nos media europeus

A televisão portuguesa recebe esta semana uma das minisséries europeias mais faladas do ano. Vanguard – O Preço do Sucesso estreia na terça-feira, 16 de Dezembro, às 22h10, no TVCine Edition e no TVCine+, trazendo para o pequeno ecrã o retrato complexo e controverso de Jan Stenbeck, o homem que mudou para sempre o panorama dos media e das telecomunicações nos países nórdicos  .

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Inspirada numa história real, a minissérie acompanha o regresso forçado de Stenbeck à Suécia depois de uma tragédia pessoal. Antiga estrela de Wall Street, o empresário vê-se confrontado com o legado da família e com um país ainda preso a estruturas conservadoras, num momento em que o mundo dos media começa a acelerar rumo à modernidade. É a partir desse choque — entre ambição, tradição e visão futurista — que nasce um império. E também o seu preç

Vanguard – O Preço do Sucesso não é apenas um relato de ascensão empresarial. É, acima de tudo, um estudo de personagem. Jan Stenbeck surge como uma figura profundamente ambígua: visionário para uns, tirano para outros. A série explora com detalhe as tensões familiares, os conflitos políticos e as decisões estratégicas que permitiram ao magnata desafiar monopólios estatais, redefinir o mercado das telecomunicações e transformar radicalmente os media nórdicos. Cada vitória vem acompanhada de perdas pessoais, isolamento e rupturas que deixam marcas difíceis de apagar.

A realização está a cargo de Goran Kapetanović, que constrói uma narrativa sóbria, rigorosa e visualmente elegante, apoiada numa cuidada reconstituição histórica. A base literária — a biografia Stenbeck: A Biography of a Successful Businessman, de Per Andersson — garante densidade factual e solidez dramática, evitando o sensacionalismo fácil. O resultado é uma série que observa o poder de perto, sem o romantizar, mas também sem cair em julgamentos simplistas.

Um dos grandes trunfos da minissérie é a interpretação de Jakob Oftebro, que dá vida a Stenbeck com uma intensidade contida e inquietante. O actor norueguês consegue transmitir simultaneamente carisma, frieza e vulnerabilidade, compondo um retrato humano de alguém que parecia sempre um passo à frente do seu tempo — e muitas vezes longe demais das pessoas que o rodeavam. Não por acaso, Oftebro foi distinguido este ano com o prémio de Melhor Actor no Festival de Televisão de Monte Carlo, onde a série arrecadou também o Golden Nymph para Melhor Série  .

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Ao longo dos episódios, Vanguard – O Preço do Sucesso levanta questões que continuam a ecoar no presente: até onde pode ir a ambição individual? Que impacto têm as grandes decisões económicas na vida privada? E será possível construir um império sem pagar um preço humano elevado? Num tempo em que os media e a tecnologia continuam a concentrar poder a uma velocidade vertiginosa, a história de Jan Stenbeck revela-se surpreendentemente актуал.

A estreia acontece terça-feira, 16 de Dezembro, às 22h10, com novos episódios nas semanas seguintes, sempre no TVCine Edition e no TVCine+. Para quem se interessa por histórias reais de poder, ambição e queda — e por séries europeias de grande qualidade — esta é uma proposta difícil de ignorar.

“A F*ckuldade”: sexo, ambição e poder num thriller psicológico que expõe as sombras da academia

O TVCine prepara-se para estrear uma das minisséries europeias mais desconfortavelmente pertinentes dos últimos anos. A Fckuldade*, produção holandesa inspirada no impacto do movimento #MeToo no meio académico, chega à televisão portuguesa no dia 15 de dezembro, às 22h10, no TVCine Edition e TVCine+.  

Trata-se de uma série intensa, carregada de dilemas éticos, memórias reprimidas e um jogo de poder onde ninguém sai ileso. A narrativa acompanha Anouk Boone, interpretada por Julia Akkermans, uma jovem advogada em ascensão que se encontra à beira do momento decisivo da carreira: tornar-se a sócia mais jovem do seu prestigiado escritório. Mas aquilo que parecia um futuro promissor começa a ruir quando o passado que julgava enterrado regressa com força avassaladora.

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O detonador deste processo é o professor Patrick Hartman, antigo orientador de tese de Anouk e figura carismática da Faculdade de Direito onde estudou. Quando Hartman é acusado de conduta imprópria por várias mulheres, no auge da onda #MeToo, a protagonista sente o chão desaparecer. O caso ressoa de forma perigosa na sua própria vida, já que também ela manteve uma relação íntima com o professor durante a época universitária — uma relação que, na altura, encarou como o preço necessário para conquistar espaço num mundo dominado por homens. Agora, percebe que talvez sempre tenha sido algo mais sombrio.

Com o surgimento de novas denúncias, aquilo que Anouk considerava um episódio isolado revela-se parte de um padrão alargado de abuso de poder. A situação complica-se ainda mais quando um jornalista decide investigar os casos de assédio na faculdade. A jovem advogada torna-se, então, simultaneamente testemunha, cúmplice involuntária e potencial vítima de uma verdade que tentou ignorar. O conflito moral torna-se inevitável: poderá continuar a silenciar a sua própria história? E, acima de tudo, está preparada para enfrentar aquilo que realmente aconteceu?

Realizada por Simone van Dusseldorp, A Fckuldade* mergulha nas dinâmicas tóxicas que habitam instituições aparentemente inatacáveis: universidades que se querem progressistas mas escondem hierarquias rígidas; professores brilhantes que usam o estatuto para manipular; estudantes que confundem protecção com dependência; e sistemas legais que, por vezes, erguem barreiras invisíveis entre justiça e reputação.

A série funciona tanto como drama psicológico quanto como comentário social. Convida o espectador a interrogar-se sobre as zonas cinzentas das relações de poder, sobre a forma como a ambição pode distorcer decisões e como o silêncio, mesmo quando explicado pela sobrevivência, pode alimentar ciclos de abuso. É uma obra especialmente relevante num tempo em que o #MeToo continua a revelar as fissuras éticas de múltiplos sectores profissionais.

A Fckuldade* propõe uma narrativa que não procura respostas fáceis. Prefere explorar o desconforto, a ambiguidade e a culpa — elementos que raramente surgem de forma tão frontal em televisão. E, ao fazê-lo, oferece-nos um retrato brutalmente honesto de uma mulher obrigada a revisitar a história que passou a vida a tentar descrever de modo menos doloroso.

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Com estreia marcada para 15 de dezembro, às 22h10, e exibição nas segundas-feiras seguintes, esta é, sem dúvida, uma das séries mais desafiantes e pertinentes do final do ano — uma reflexão sobre o poder e as suas fronteiras, sobre o preço do silêncio e sobre o difícil processo de recuperar a verdade quando esta ameaça destruir tudo o que foi construído.  

“Gritos 6”: Ghostface Troca Woodsboro por Nova Iorque — e Está Mais Implacável do que Nunca

Quando achávamos que a saga Scream já tinha reinventado todas as máscaras possíveis, surge Gritos 6 para provar que Ghostface ainda tem muito para dizer — e, sobretudo, muito para perseguir. A sexta entrada da icónica franquia estreia em exclusivo na televisão portuguesa no dia 13 de dezembro, às 21h30, no TVCine Top, levando a carnificina para longe de Woodsboro e para o coração de Nova Iorque.  

A premissa parece simples, quase esperançosa: quatro sobreviventes dos últimos ataques de Ghostface tentam reconstruir as suas vidas numa nova cidade. Sam, dividida entre dois empregos e ainda marcada pelo trauma, tenta proteger com unhas e dentes a meia-irmã Tara, agora universitária e ávida por recuperar um vislumbre de normalidade. A eles juntam-se os gémeos Mindy e Chad, igualmente à procura de um recomeço. Woodsboro ficou para trás — a promessa era essa.

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Mas Ghostface nunca foi personagem de cumprir promessas. Quando o telefone toca e a voz metálica regressa, Nova Iorque transforma-se num novo campo de caça. O que antes era familiar — corredores de liceu, casas suburbanas, ruelas conhecidas — dá agora lugar a uma cidade gigante onde o anonimato joga tanto a favor das vítimas como do assassino. A mensagem, no entanto, permanece a mesma: ninguém está seguro.

Realizado por Tyler Gillett e Matt Bettinelli-OlpinGritos 6 continua a fórmula que revitalizou o franchise em 2022, equilibrando humor negro, violência gráfica e tensão constante. A dupla de realizadores leva Ghostface para um território mais agressivo, mais físico e, segundo os próprios, “mais brutal do que nunca”. O filme expande também a dimensão emocional da narrativa, aprofundando o impacto psicológico da sobrevivência — especialmente no caso de Sam, que vive sob a sombra de um passado que insiste em persegui-la.

O elenco reúne rostos já familiares: Jenna Ortega, em ascensão meteórica desde WednesdayMelissa Barrera, que regressa a um papel marcado tanto pela força como pela fragilidade; Courteney Cox, a eterna Gale Weathers; e Hayden Panettiere, de volta como Kirby Reed, uma das sobreviventes mais queridas da saga. Dermot Mulroney, Jasmin Savoy Brown e Mason Gooding completam o grupo central, numa combinação que mistura experiência, juventude e um espírito renovado que dá ao filme energia de renascimento.

A deslocação para Nova Iorque adiciona mais do que um cenário novo — altera a linguagem do terror. Numa cidade imensa, a sensação de segurança desaparece rapidamente: o metro, os becos, os apartamentos minúsculos, as multidões indiferentes… tudo serve a Ghostface de forma quase perfeita. E se antes o assassino espreitava atrás de portas semi-abertas, aqui pode surgir num corredor cheio de gente ou numa estação de metro ao rubro.

Gritos 6 não promete apenas sustos; promete a continuidade de uma saga que, 28 anos depois, mantém o inesperado no centro de tudo. Se o primeiro filme desconstruía as regras do género, este parece reinventar o espaço em que essas regras se aplicam. E, num franchise onde ninguém está verdadeiramente a salvo, isso é meio caminho para um serão de puro terror cinematográfico.

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Preparem a mantinha, desliguem as luzes, e atendam o telefone por vossa conta e risco. Ghostface está de volta — e quer acompanhar-vos no sofá.

“Gritos 6” estreia no dia 13 de dezembro, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e TVCine+.  

Beetlejuice Está de Volta: A Sequela Assombra o TVCine Top Já a 12 de Dezembro

Três décadas depois de se tornar um ícone absoluto da cultura pop, Beetlejuice regressa — e não poderia chegar em melhor forma. Beetlejuice Beetlejuice, a muito aguardada sequela do clássico de 1988, estreia em exclusivo na televisão portuguesa no dia 12 de dezembro, às 21h30, no TVCine Top e também no TVCine+. Para os fãs de Tim Burton, Winona Ryder e, claro, do fantasma mais caótico e encantador do cinema, trata-se de um momento obrigatório.  

A história retoma a vida da família Deetz após uma tragédia que leva três gerações de mulheres a regressar à casa de Winter River — o mesmo lugar onde, décadas antes, tudo começou. Lydia Deetz, novamente interpretada por Winona Ryder, já não é a adolescente gótica de outrora. É agora mãe de Astrid, interpretada por Jenna Ortega, cuja rebeldia e fascínio pelo macabro ecoam a sensibilidade da mãe.

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É precisamente essa curiosidade de Astrid que desencadeia o caos: ao explorar o sótão, descobre a maqueta da cidade e abre, sem intenção, um portal para o mundo dos mortos. Com isso, o fantasma mais inconveniente da história volta a manifestar-se. Michael Keaton regressa ao papel de Beetlejuice, retomando a sua energia anárquica e imprevisível, pronto para assombrar a vida dos Deetz mais uma vez — e, claro, para roubar todas as cenas.

A sequela mantém não apenas o elenco original, mas também o ADN visual e tonal do universo criado por Tim Burton. O realizador volta a apostar no humor negro característico e numa estética que mistura fantasia, grotesco e um certo charme vintage. Com estreia mundial no Festival de Veneza em 2024, o filme conquistou críticas positivas e um entusiasmo renovado da geração que cresceu com o original e da geração que agora descobre Beetlejuice pela primeira vez.

Além do trio principal, o elenco inclui ainda Monica Bellucci e Catherine O’Hara, reforçando a ligação entre o passado e o presente. Visualmente mais exuberante, mas fiel ao espírito do primeiro filme, Beetlejuice Beetlejuice oferece novos truques, novos sustos e uma boa dose de nostalgia para quem se lembra de repetir o nome três vezes frente ao espelho.

A estreia em Portugal marca uma oportunidade rara de ver, em televisão, uma sequela que não se limita a revisitar um clássico, mas que abraça plenamente o desafio de lhe dar continuidade. Para os amantes de cinema fantástico, para os fãs de Burton ou simplesmente para quem não resiste a histórias onde o absurdo e o sobrenatural se cruzam, a noite de 12 de dezembro promete ser irresistível.

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Preparem-se: não digam o nome dele em voz alta… mas não percam a estreia

“Spartacus: Casa de Ashur” — Roma Veste-se de Sangue e Ambição no Regresso da Saga ao TVCine

A arena volta a abrir-se e, desta vez, o olhar não está posto no herói que desafiou um império, mas no sobrevivente que aprendeu a prosperar nas sombras. Spartacus: Casa de Ashur T1 estreia dia 10 de dezembro, às 22h10, no TVCine Edition e TVCine+, trazendo de volta o universo brutal, político e sedutor que marcou uma das séries mais influentes da última década.

Este novo capítulo parte de uma premissa ousada: e se Ashur tivesse sobrevivido aos eventos da série original? E mais — e se o escravo que um dia rastejou por migalhas fosse agora senhor de um ludus, dono do mesmo espaço que o prendeu, humilhou e moldou? É a partir desta inversão que a série constrói a sua narrativa, mergulhando numa Roma onde a ascensão é tão improvável quanto perigosa, e onde cada gesto pode significar glória… ou morte.

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Ashur no topo? A ascensão mais inesperada de Roma

Ashur sempre foi uma das figuras mais complexas e ambíguas do universo Spartacus: manipulador, sobrevivente nato, inteligente o suficiente para perceber que a força bruta raramente supera a astúcia.

Agora, livre da escravidão e recompensado pelos romanos, ele recebe um prêmio envenenado: o controlo da escola de gladiadores que um dia o escravizou. Entre dívidas emocionais, fantasmas do passado e um poder recém-conquistado, Ashur tenta provar que também ele pode comandar um império — mesmo que seja um império de arena.

Ao seu lado surge uma gladiadora feroz, uma combatente que desafia o lugar da mulher no violento entretenimento romano e que, através da sua presença, agita os alicerces sociais de uma cultura construída sobre hierarquia e sangue. A relação tensa e magnética entre ambos acrescenta um novo pulso emocional à série, colocando paixão, rivalidade e lealdade em jogo.

Um novo espetáculo para um império sedento de sangue

Ashur não quer apenas sobreviver — quer redefinir o que um ludus pode ser. Através de um novo tipo de espetáculo, mais ousado e sensorial, desafia tradições antigas e afronta directamente as elites romanas, sempre desconfiadas de quem sobe rápido demais.

Esse atrevimento tem consequências: conspirações políticas, alianças frágeis e inimigos poderosos começam a formar-se à sua volta, preparando um tabuleiro onde cada jogada pode custar-lhe tudo aquilo que conquistou.

O tom é de tensão constante, misturando o ADN de Spartacus — violência coreografada, sensualidade, intriga e ambição — com um olhar renovado sobre o poder e os seus custos.

O regresso de um universo brutal — com o selo de Steven S. DeKnight

Com produção executiva de Steven S. DeKnight, criador do franchise original, Casa de Ashur mantém a estética crua e estilizada que tornou a série um fenómeno. A realização fica a cargo de Rick Jacobson e Robyn Grace, que abraçam o desafio de expandir um mundo já profundamente amado e exigente em termos de tom e atmosfera.

O elenco inclui o regressado Nick E. Tarabay como Ashur, acompanhado por Graham McTavishTenika DavisJamaica Vaughan e Ivana Baquero, numa mistura entre rostos familiares e novos gladiadores prontos para entrar em combate.

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Uma estreia imperdível — e uma viagem de regresso às origens

O primeiro episódio de Spartacus: Casa de Ashur T1 chega ao TVCine no dia 10 de dezembro, com novos capítulos todas as quartas-feiras. Para quem quiser redescobrir a saga que marcou uma geração, as séries anteriores de Spartacusestão também disponíveis nos canais TVCine—uma oportunidade perfeita para revisitar batalhas lendárias e personagens que deixaram cicatrizes profundas na história da televisão.

“Back to Black”: A Vida, a Dor e o Génio de Amy Winehouse Chegam ao TVCine

Há artistas cuja voz não pertence apenas ao seu tempo — pertence ao mundo. Amy Winehouse foi uma dessas figuras irrepetíveis, dona de uma expressão musical que misturava vulnerabilidade, irreverência e uma intensidade emocional impossível de imitar. Agora, a sua história volta a ganhar vida no biopic Back to Black, que o TVCine Top estreia a 7 de dezembro, às 21h15, numa sessão que promete emocionar fãs e curiosos.

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Realizado por Sam Taylor-Johnson, o filme traça a viagem completa da artista: dos primeiros anos em Camden, onde o talento desabrochava ao ritmo dos bares e das ruas londrinas, à tempestade global provocada pelo álbum que lhe deu nome e que moldou uma geração inteira. Back to Black não se limita a revisitar canções — reconstrói o percurso humano por detrás da lenda, expondo a ascensão meteórica, o brilho raro e as sombras profundas que acompanharam Amy Winehouse ao longo da vida.

O nascimento de uma estrela — e de uma ferida aberta

O filme segue Amy nos tempos em que era apenas uma jovem com uma voz inconfundível e uma determinação feroz. Em Londres, é retratada a ambição crua, o humor, o talento natural e aquela melancolia que, mesmo antes da fama, parecia já morar dentro dela. O lançamento de Back to Black transforma-a numa superestrela mundial e rende-lhe cinco Grammys, mas também marca o início de uma pressão que ninguém — muito menos alguém tão sensível — consegue suportar sem consequências.

A narrativa não foge aos episódios trágicos da sua vida: dependências, instabilidade emocional, exposição mediática feroz e a relação turbulenta com Blake Fielder-Civil. O filme retrata o contraste entre uma artista de génio e uma mulher profundamente vulnerável, esmagada por forças muito maiores do que ela.

Marisa Abela dá corpo e alma a Amy

No papel de Winehouse está Marisa Abela, cuja transformação física e emocional impressionou crítica e público, culminando numa nomeação para o BAFTA Rising Star Award. A actriz não tenta imitar Amy; tenta compreendê-la. E é essa abordagem — íntima, ferida, confessional — que dá força ao filme. A sua performance não reencena apenas uma carreira; tenta chegar ao coração de alguém cuja vida foi tragicamente curta, mas artisticamente fulgurante.

Uma homenagem moldada pela música

A banda sonora, assinada por Nick Cave e Warren Ellis, acrescenta profundidade emocional à história. O trabalho dos dois músicos, habituados a compor para narrativas sombrias e íntimas, encaixa na perfeição com o universo Winehouse. É música que amplifica feridas e memórias, que ressoa como cicatriz, que honra o legado sem o suavizar.

Uma história que continua a doer — e a encantar

Amy Winehouse morreu em 2011, aos 27 anos, deixando para trás um legado esmagador e uma ausência que continua a ser sentida. Back to Black assume plenamente essa dualidade: é uma celebração da sua arte e um luto pela sua perda. É um filme que procura compreender, mais do que justificar; recordar, mais do que reescrever.

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Para quem amou Amy, para quem apenas a descobriu depois, para quem reconhece no cinema um lugar onde vidas reais podem ser revisitadas com emoção e respeito, Back to Black é uma estreia obrigatória.

A não perder: domingo, 7 de dezembro, às 21h15, no TVCine Top e TVCine+.

“Until Dawn”: O Pesadelo Que Nunca Acaba — O Novo Terror do TVCine Que Te Vai Prender à Noite Inteira

Quando achávamos que já tínhamos visto todas as variações possíveis de terror em cabanas isoladas na montanha, surge um novo pesadelo capaz de virar o género do avesso. “Until Dawn”, que estreia a 6 de dezembro às 21h30 no TVCine Top, parte de uma premissa familiar — amigos num retiro remoto, forças misteriosas à espreita — mas torce-a com uma crueldade quase matemática: ninguém morre apenas uma vez.

O grupo de jovens que protagoniza o filme está preso num loop temporal aterrador, condenado a reviver a mesma noite brutal vezes sem conta. Sempre que um deles cai às mãos das criaturas que os perseguem, tudo recomeça no ponto inicial — só que desta vez, todos se lembram perfeitamente do que aconteceu. Cada morte acrescenta medo, desespero e urgência. Cada nova tentativa aproxima-os um pouco mais da verdade… ou de um fim ainda pior.

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Um retiro que se transforma em purgatório

Numa casa isolada na montanha, envolta em neve e silêncio, uma força desconhecida começa a caçar o grupo sem piedade. O que inicialmente parece um ataque inexplicável depressa se revela um ciclo maligno que reinicia a noite sempre que alguém morre.

A dinâmica rapidamente extravasa o terror físico e entra no psicológico:

— Quem é o próximo?

— É possível quebrar o ciclo?

— O que é real e o que é manipulado por aquela força invisível?

À medida que as peças se alinham, surgem pistas sobre segredos antigos, traumas partilhados e uma ligação obscura entre os jovens, a montanha e as criaturas que os caçam. O nascer do sol transforma-se numa meta abstracta — quase metafísica — onde a sobrevivência exige não apenas correr, mas entender as regras do próprio pesadelo.

David F. Sandberg: um mestre do terror fecha-te dentro da noite

Realizado por David F. Sandberg, nome bem conhecido pelos fãs do género graças a Lights Out – Terror na Escuridão e Annabelle: A Criação do Mal, “Until Dawn” combina o que o cineasta faz melhor:

— terror atmosférico que se infiltra lentamente na narrativa,

— tensão psicológica crescente,

— e momentos de choque visual que deixam o espectador em permanente estado de alerta.

Sandberg parece aqui particularmente interessado no terror como mecanismo emocional, onde reviver a mesma noite brutal não é apenas um truque narrativo — é um processo de desgaste, de quebra identitária e de exposição absoluta do pânico humano.

Um elenco jovem preso numa experiência de terror puro

O filme conta com um conjunto de talentos em ascensão:

Ella Rubin, Michael Cimino, Odessa A’zion, Ji-Young Yoo e Belmont Cameli.

A juventude do elenco ajuda a intensificar a sensação de vulnerabilidade — são personagens ainda a descobrir quem são, atiradas inesperadamente para uma espiral de terror onde cada decisão pode determinar não apenas o destino da noite, mas o de todos os ciclos seguintes.

O ambiente claustrofóbico, reforçado por efeitos sonoros agressivos e visuais que oscilam entre o real e o sobrenatural, transforma “Until Dawn” numa experiência quase física para o espectador.

Uma noite, infinitas mortes — e a tentativa desesperada de ver o amanhecer

A estrutura em loop transforma o filme numa espécie de jogo mortal, onde cada repetição ensina algo novo, mas também aproxima o grupo do colapso emocional — e do terror absoluto. A cada novo ciclo, amizades vacilam, alianças nascem de forma forçada e a verdade esconde-se sob camadas de medo e superstição.

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“Until Dawn” promete ser um dos filmes de terror mais imersivos desta temporada televisiva, ideal para quem gosta de histórias que combinam tensão constante com uma mitologia intrigante.

A estreia acontece no sábado, 6 de dezembro, às 21h30, no TVCine Top e também no TVCine+.

Maratona Predador no TVCine Action: Um Dia Inteiro de Caça, Ação e Adrenalina Pura

O TVCine Action inaugura dezembro com uma tradição que nunca falha: energia no máximo, criaturas aterradoras e protagonistas que enfrentam o impossível. No dia 1 de dezembro, o canal dedica uma maratona inteira à lendária saga Predador — uma das séries mais icónicas da ficção científica e do cinema de ação. É uma viagem completa pela evolução do monstruoso caçador extraterrestre que, desde 1987, continua a assombrar e a fascinar gerações.

Esta Maratona Predador é muito mais do que uma sucessão de filmes: é uma celebração da tensão, da sobrevivência e daquela sensação tão própria do género — a dúvida constante sobre quem é o verdadeiro predador e quem é a presa. A partir das 14h00, entre no espírito de resistência total no TVCine Action e também no TVCine+.

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Dos Clássicos aos Confrontos Intergalácticos

A maratona abre com o clássico absoluto Predador (1987), protagonizado por Arnold Schwarzenegger, que estabeleceu uma nova era no cinema de ação ao introduzir a criatura invisível, mortal e tecnologicamente avançada que se tornou um ícone pop. Logo de seguida, Predador 2 (1990) leva a ameaça extraterrestre para as ruas de Los Angeles, com Danny Glover a tentar sobreviver numa selva urbana tão caótica quanto perigosa.

Depois, o dia intensifica-se com Predadores (2010), onde um grupo de guerreiros humanos é levado para um planeta de caça, enfrentando versões ainda mais letais da criatura. A saga continua com O Predador (2018), que reinventa o conflito ao introduzir novas mutações, armamento avançado e níveis ainda mais altos de destruição.

Em seguida, O Predador: Primeira Presa (2022) leva-nos de volta às origens do mito, com uma história situada séculos antes dos filmes originais, num retrato surpreendentemente fresco e visualmente arrebatador. Para fechar com chave de ouro — ou com um rugido alienígena — a noite é marcada pelos duelos épicos de Alien Vs. Predador (2004) e Aliens Vs. Predador 2 (2007), confrontos intensos que juntam dois monstros lendários num festival de terror e adrenalina.

Um Feriado Passado em Modo Sobrevivência

Para quem vive intensamente o cinema de ação, não há melhor forma de passar o feriado do que numa maratona que atravessa décadas de realização, efeitos especiais, personagens icónicas e batalhas impossíveis. Esta programação especial é pensada tanto para os fãs de longa data como para quem está a descobrir o universo do Predador pela primeira vez.

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Horário Completo da Maratona – 1 de dezembro

  • 14:00 — Predador
  • 15:50 — Predador 2
  • 17:40 — Predadores
  • 19:30 — O Predador
  • 21:15 — O Predador: Primeira Presa
  • 22:55 — Alien Vs. Predador
  • 00:35 — Alien Vs. Predador 2

Prepare as pipocas, baixe as luzes e escolha o seu esconderijo preferido. A caça começa — e termina — no TVCine Action.

Coragem em Primeiro Plano: TVCine Edition Dedica o Dia 29 de Novembro a Quatro Mulheres Que Mudaram o Mundo — No Ecrã e Fora Dele

O TVCine Edition prepara-se para transformar o próximo sábado, 29 de Novembro, numa celebração absoluta da força feminina. A partir das 16h50, o canal apresenta o Especial Coragem Feminina, um conjunto de quatro filmes que fazem muito mais do que contar histórias: iluminam trajectos de ousadia, resistência e mudança, protagonizados por mulheres que recusaram aceitar o mundo tal como ele estava e decidiram, em vez disso, reinventá-lo.

São narrativas vindas de diferentes épocas, culturas e continentes, mas unidas pela mesma energia: a das que desafiam estruturas, enfrentam preconceitos, rompem silêncios e criam novos caminhos — para si, e para todas.

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“Freeheld – Amor e Justiça” (2015) – 16h50

O pontapé de saída do especial dá-se com um dos dramas mais marcantes desta década: a história real de Laurel Hester(Julianne Moore), agente policial de Nova Jérsia que trava uma batalha contra o preconceito institucional para garantir que a sua parceira, Stacie Andree (Elliot Page), recebe a pensão após a sua morte.

O filme, premiado no Festival de San Sebastián, lembra que a coragem também se mede na persistência — sobretudo quando o sistema insiste em desumanizar. Entre burocracias, julgamentos públicos e manobras políticas, Laurel e Stacie revelam um amor que se torna símbolo de luta pelos direitos LGBTQ+.

“Maria Montessori” (2023) – 18h30

De Nova Jérsia viajamos para o início do século XX, onde duas mulheres improváveis se cruzam em Roma: Maria Montessori, médica e pedagoga visionária, e Lili d’Alengy, uma cortesã parisiense que foge de um segredo que a assombra. Ambas carregam culpas que não lhes pertencem e enfrentam uma sociedade onde as mulheres são silenciadas por princípio.

O filme revela não só o nascimento do método revolucionário que transformou a educação mundial, mas também a amizade entre duas mães que aprendem a perdoar-se a si próprias enquanto mudam a vida de crianças que ninguém queria ensinar.

“Ler Lolita em Teerão” (2024) – 20h10

Num dos retratos mais impactantes do especial, seguimos Azar Nafisi, professora iraniana que, sob um regime repressivo, reúne clandestinamente um grupo de alunas para ler literatura proibida. Nabokov, Fitzgerald, Jane Austen e Henry James tornam-se janelas secretas para um mundo onde a liberdade é mais do que uma metáfora.

Entre véus que caem e histórias que emergem, estas mulheres descobrem a coragem de dizer aquilo que sempre calaram. O filme conquistou o Prémio do Público e o Prémio Especial do Júri no Rome Film Festival de 2024 — e percebe-se porquê: é um tributo feroz ao poder libertador da palavra.

“As Aventuras de uma Francesa na Coreia do Sul” (2025) – 22h00

Para encerrar a noite, chega uma comédia sensível e espirituosa com Isabelle Huppert em modo completamente inesperado. A actriz interpreta uma francesa que viaja para a Coreia do Sul e se reinventa através de encontros improváveis, aulas de francês que nunca parecem aulas, copos de makgeolli e uma curiosa vocação para desmontar as emoções dos outros.

O filme, vencedor do Grande Prémio do Júri no Festival de Berlim de 2024, é um tributo à coragem do recomeço — aquela que não se faz de batalhas épicas, mas de pequenos gestos que mudam tudo.

Um Sábado Inteiro Dedicado às Mulheres Que Não Aceitam Limites

O que une estas quatro histórias não é apenas a presença de protagonistas femininas, mas a persistência com que cada uma delas enfrenta a adversidade — seja um sistema legal injusto, uma sociedade hostil, um regime opressivo ou a própria vida em mutação.

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Especial Coragem Feminina é, acima de tudo, um lembrete de que, em qualquer lugar do mundo, a mudança começa sempre com alguém que se recusa a ficar calado. E o TVCine Edition dedica-lhes o palco, no dia 29 de Novembro, a partir das 16h50.

“Tornados”: O Novo Thriller Meteorológico Que Promete Abalar a TV Portuguesa

A televisão portuguesa vai entrar no olho da tempestade com Tornados, a nova aposta do TVCine Top, que estreia já sexta-feira, 28 de novembro, às 21h30. A produção, descrita como uma versão moderna e muscular do clássico Twister(1996), chega com a ambição de recuperar o fascínio pelo caos climático — agora com tecnologia de ponta, efeitos visuais arrebatadores e uma nova geração de caçadores de tempestades prontos para desafiar a força da natureza.  

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Esta releitura dramática gira em torno de Kate Carter, interpretada por Daisy Edgar-Jones, uma meteorologista que abandonou a vida de perseguição a tornados após um episódio traumático que tirou a vida ao namorado e colega de investigação. Desde então, Kate vive longe dos radares e da adrenalina, mas a paz dura pouco: uma equipa científica convida-a a regressar a Oklahoma para testar uma tecnologia avançada que promete prever — e possivelmente controlar — tornados de intensidade devastadora.

Ao seu lado surge Tyler Owens, interpretado por Glen Powell, uma espécie de estrela das redes sociais cuja carreira consiste em correr atrás de tempestades para gerar cliques e audiências. Junta-se ainda Javi, vivido por Anthony Ramos, velho amigo e colega de Kate, peça essencial nesta nova operação científica. O trio acaba por enfrentar aquilo que nenhum deles imaginava: um conjunto de frentes de tornados tão extremo que coloca a própria experiência humana num patamar insignificante perante o poder imprevisível da natureza.  

A realização ficou a cargo de Lee Isaac Chung, vencedor do Globo de Ouro com Minari em 2021, que aqui troca os dramas íntimos pela tensão ininterrupta dos desastres naturais. O argumento de Mark L. Smith (The Revenant) adiciona camadas de intensidade emocional a um filme que, apesar de centrado em tornados colossais, nunca se esquece de explorar o trauma, a perda e a resiliência dos seus protagonistas.

Um dos grandes destaques de Tornados é a componente visual, que aposta num realismo avassalador: sequências inteiras são reconstruídas através de CGI de última geração, recriando paredes de vento, detritos e paisagens destruídas com um nível de detalhe que promete acelerar o ritmo cardíaco dos espectadores. É um filme pensado para ser sentido — e não apenas visto.  

A estreia nacional acontece em simultâneo no TVCine Top e no TVCine+, tornando a noite de sexta-feira um momento obrigatório para quem gosta de thrillers climáticos, desastres em grande escala ou simplesmente do género “vou só ver o início” que acaba em sessão completa com o sofá a tremer.

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Prepare-se: a tempestade chega às 21h30. Não há aplicações meteorológicas que o salvem desta.

“Maria Schneider”: O Filme Que Finalmente Dá Voz à Atriz Silenciada por Hollywood e Pela História

A obra de Jessica Palud expõe o trauma por trás de “O Último Tango em Paris” e devolve humanidade a uma atriz marcada por um sistema que nunca a protegeu.

A estreia de “Maria Schneider” no TVCine Edition, no sábado, 22 de novembro, às 22h00, representa mais do que a chegada de um filme biográfico à televisão portuguesa. É um acerto de contas histórico. Uma reabilitação. Um gesto cinematográfico que procura recuperar a dignidade de uma atriz cuja carreira — e vida — foram brutalmente moldadas por um momento de abuso no set de um dos filmes mais falados da década de 1970.

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Baseado no livro My Cousin Maria Schneider de Vanessa Schneider, e realizado por Jessica Palud, o filme reúne peças que durante décadas estiveram espalhadas, encobertas ou ignoradas. A protagonista, interpretada por Anamaria Vartolomei, surge não como a “jovem polémica” que a imprensa reduziu em 1972, mas como aquilo que realmente era: uma atriz de 19 anos, talentosa, vulnerável e completamente desprotegida perante dois gigantes do cinema — Marlon Brando e Bernardo Bertolucci — que decidiram, à revelia, filmar uma cena de violação que não estava no guião.

A promessa que se tornou pesadelo

O texto do TVCine recorda como Maria, filha de um ator reconhecido, acreditava estar a dar o passo decisivo na carreira ao ser escolhida para coprotagonizar “O Último Tango em Paris”  .

Mas o sonho transforma-se rapidamente. O filme revela, com precisão emocional, como aquela famosa cena — repetida, discutida, analisada ao longo de décadas — foi, acima de tudo, uma violação do consentimento da atriz, filmada sem que ela soubesse o que iria acontecer.

A consequência?

Um trauma duradouro, uma carreira sabotada pela própria obra que deveria tê-la lançado e uma mulher que passou anos a tentar reescrever a própria narrativa enquanto o mundo a via apenas através de um papel que não escolheu.

Jessica Palud reconstrói a humanidade que o cinema lhe tirou

A realização de Palud recusa o voyeurismo e concentra-se em Maria — nos seus silêncios, nas suas feridas, na força que tentava manter num meio dominado por homens que ditavam não apenas o que ela fazia em cena, mas também como era vista fora dela.

O impacto emocional e profissional está lá: a manipulação nos bastidores, o julgamento público, o rótulo que nunca a largou, a precariedade emocional póstuma de uma atriz que procurava uma oportunidade real de mostrar talento, e não apenas resistir ao que lhe tinham feito.

Matt Dillon interpreta Brando, e Giuseppe Maggio interpreta Bertolucci — numa reconstrução que não tenta suavizar poder, influência nem culpa. O objetivo é claro: devolver agência a Maria, colocando-a no centro da história que, durante demasiado tempo, pertenceu a outros.

Não é apenas um biopic — é um retrato tardio, íntimo e necessário

“Maria Schneider” foi apresentado em Cannes em 2024 e rapidamente gerou discussão: sobre ética, sobre poder, sobre memória, sobre como o cinema trata (e trai) as suas próprias mulheres.

A narrativa não transforma Maria em mártir nem em símbolo — mostra-a como pessoa, com contradições, sonhos, fragilidades e uma carreira que poderia ter sido outra se o sistema não tivesse falhado tão profundamente.

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O filme é uma homenagem, mas também um alerta.

É uma tentativa de reparar, com arte, aquilo que a máquina do cinema destruiu com descuido.

E é, por tudo isso, uma estreia incontornável.

“Maria Schneider” estreia sábado, 22 de novembro, às 22h00, no TVCine Edition e no TVCine+.

“A Ideia de Ti”: Anne Hathaway Vive um Amor Fora da Caixa no Novo Destaque do TVCine Top

Uma comédia romântica moderna sobre recomeços, coragem e um romance que ninguém viu chegar.

Há encontros que surgem na pior altura possível — e acabam por mudar tudo. Em “A Ideia de Ti”, filme que chega ao TVCine Top a 21 de novembro, às 21h30, Anne Hathaway interpreta Solène Marchand, uma mulher de 40 e poucos anos que descobre exactamente isso: que o amor pode ser inconveniente, improvável e absolutamente transformador.

Solène é galerista, divorciada e mãe dedicada. Nada na sua vida aponta para uma revolução emocional. Mas quando o ex-marido cancela em cima da hora uma viagem com a filha adolescente, ela vê-se obrigada a acompanhá-la — juntamente com um grupo de amigos cheios de energia — ao festival de música Coachella. Uma mãe exausta num mar de glitter, crop tops e histeria juvenil. O que poderia correr mal? Ou melhor… o que poderia correr tão surpreendentemente bem?

É nesse cenário improvável que Solène cruza caminho com Hayes Campbell, vocalista da boy band sensação August Moon e 16 anos mais novo. O encontro é casual, quase acidental, mas rapidamente dá lugar a uma ligação intensa. Entre olhares cúmplices, conversas inesperadas e uma química que ninguém parece conseguir ignorar, nasce um romance que cedo se torna demasiado mediático para ser vivido em paz.

E é aqui que o filme brilha: na tensão entre paixão e exposição. Solène tenta proteger a sua vida privada, a filha e a sua própria identidade, enquanto é engolida pelo escrutínio público, pelos julgamentos alheios e pela pressão de namorar um ídolo global. A narrativa equilibra humor, emoção e uma reflexão muito pertinente sobre o que significa amar quando o mundo está a ver — e a comentar.

Realizado por Michael Showalter (Amor de Improviso), o filme adapta o livro homónimo de Robinne Lee, que conquistou leitores por retratar o amor adulto com um olhar moderno e descomplexado. Aqui, Anne Hathaway e Nicholas Galitzine formam um par irresistível, cuja química tem sido amplamente elogiada e que carrega o filme com naturalidade e charme.

“A Ideia de Ti” não é apenas uma comédia romântica; é um conto sobre recomeços, sobre enfrentar preconceitos e sobre aceitar que o amor, quando aparece, raramente segue regras. Solène é uma protagonista que luta para recuperar versões esquecidas de si mesma, enquanto Hayes tenta equilibrar fama e vida pessoal num mundo que nunca dorme.

No fim, fica a pergunta que alimenta todo o filme: podem duas pessoas vindas de universos tão diferentes — e sob o olhar de milhões — viver um amor sem concessões?

A resposta chega na noite de sexta-feira, 21 de novembro, às 21h30, no TVCine Top e no TVCine+. Pipocas recomendadas. Preconceitos, não.

Entre a Ruína e o Renascimento: “Cardo” Regressa com uma Segunda Temporada Ainda Mais Intensa


Entre a Ruína e o Renascimento: “Cardo” Regressa com uma Segunda Temporada Ainda Mais Intensa

Há séries que regressam como quem bate à porta com cuidado. Cardo não é uma delas. A segunda temporada chega à televisão portuguesa no dia 20 de Novembro, às 22h10, no TVCine Edition e no TVCine+, com a mesma frontalidade feroz que marcou a estreia — talvez até mais. É uma continuação que não suaviza, não facilita e não pede desculpa: apenas mergulha, sem filtros, na turbulência emocional de María.

Três anos passaram desde que a protagonista saiu de cena para cumprir pena na prisão. Quando finalmente volta à liberdade, descobre um mundo que já não reconhece. Amizades que desapareceram, amores que mudaram, rotinas que se desagregaram. María tenta agarrar-se à vontade de recomeçar, mas carrega consigo vícios antigos, um passado que continua a assombrá-la e uma culpa que se recusa a ser enterrada. A cada passo, sente que o abismo está ainda ali — sempre à distância de um tropeção.

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Criada por Claudia Costafreda e Ana Rujas — que volta a vestir a pele de María —, esta nova temporada aprofunda as contradições da protagonista. Ela quer mudar, mas sabota-se; quer esquecer, mas carrega feridas que não cicatrizam; quer avançar, mas arrasta sombras que pesam mais do que gostaria de admitir. A realização mantém o tom intimista que fez da primeira temporada um fenómeno crítico, mas eleva a intensidade emocional para um registo mais visceral, mais cru e mais desarmado.

Cardo já tinha sido celebrada como uma das séries espanholas mais marcantes dos últimos anos — venceu os Prémios Feroz 2022 de Melhor Série Dramática e Melhor Atriz — mas esta segunda temporada arrisca ainda mais. Se antes já era um estudo de personagem profundamente honesto, agora é praticamente um raio-X emocional de uma geração que vive entre precariedade, frustração e o desejo constante de encontrar um sentido num mundo que parece falhar demasiadas vezes.

Os novos episódios exploram temas como autodestruição, vergonha, identidade e a dificuldade brutal que é recomeçar quando tudo à volta — e dentro — permanece em ruínas. O bairro mudou, os códigos mudaram, a vida avançou sem ela. E María, simultaneamente perdida e determinada, tenta descobrir se ainda há espaço para uma nova versão de si própria.

Visualmente, a série continua a apostar numa estética realista, próxima, quase documental, colocando o espectador dentro da vida da protagonista, sem barreiras nem artifícios. Essa proximidade amplifica o impacto: Cardo não é apenas vista, é sentida. Às vezes, como um murro; outras, como uma ferida que nunca esteve bem fechada.

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Com estreia marcada para quinta-feira, 20 de Novembro, às 22h10Cardo T2 promete noites intensas, desafiantes e emocionalmente devastadoras. Uma série que não pede conforto — pede coragem. E que, por isso mesmo, merece ser vista.

Mistério, Neve e um Passado Sombrio: Crimes de Natal Chega ao TVCine com Assassinatos no Sapatinho

A nova série criminal com espírito natalício estreia a 20 de Novembro no TVCine Emotion — e promete transformar Fletcher’s Grove no cenário mais perigoso (e festivo) da televisão portuguesa.

O Natal costuma trazer lareiras acesas, bolachas de gengibre e espíritos generosos. Mas em Fletcher’s Grove, a cidade fictícia que serve de pano de fundo a Crimes de Natal T1, a quadra chega com algo mais… afiado. A nova série, que junta mistério, romance e o charme de uma pequena comunidade onde todos se conhecem — e todos escondem algo — estreia em Portugal a 20 de Novembro, às 22h10, no TVCine Emotion e também no TVCine+.

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No centro desta história está Emily Lane, interpretada por Sarah Drew, proprietária de uma loja de artigos natalícios que, apesar do sorriso fácil, carrega um passado que ninguém parece compreender totalmente. Quando uma vaga de homicídios abala a pacata Fletcher’s Grove, Emily revela um talento inesperado para resolver crimes, tornando-se uma espécie de detetive improvisada.

Mas nem tudo é tão simples como decorar uma árvore. Cada pista levanta novas questões, e cada suspeito parece esconder duas versões da mesma história. À medida que Emily se aproxima da verdade, percebe-se que alguns segredos estavam enterrados há demasiado tempo… e que alguém fará tudo para mantê-los assim.

Ao seu lado está Sam Wilner, vivido por Peter Mooney, o detetive oficial da cidade, profissional, metódico e — para seu próprio desgosto — cada vez mais envolvido emocionalmente com Emily. A química entre os dois é clara, mas também é clara a desconfiança que começa a instalar-se quando o passado nebuloso da protagonista reaparece para complicar a investigação. Em Crimes de Natal, ninguém é exactamente quem parece, e até as luzes cintilantes escondem sombras inesperadas.

A série presta ainda homenagem a um dos maiores ícones do género: Crime, Disse Ela. Não é coincidência que Fletcher’s Grove tenha o nome que tem; é antes uma piscadela de olho aos fãs da lendária Jessica Fletcher, que há décadas inspira gerações de aspirantes a detectives — amadores e não só. É essa combinação de nostalgia, mistério tradicional e atmosfera natalícia que dá à série a sua identidade tão particular.

Cada episódio funciona como um novo “presente-surpresa”, com casos autónomos, mas ligados pelo arco maior que envolve Emily e todas as perguntas que pairam sobre a sua verdadeira história. A série promete crimes engenhosos, personagens excêntricas, pequenos segredos de província e aquele tipo de tensão leve mas viciante que faz com que o espectador queira sempre ver “só mais um episódio”.

Para quem procura uma alternativa às típicas histórias natalícias açucaradas — ou apenas uma boa série policial com brilho festivo — Crimes de Natal T1 chega mesmo a tempo de entrar para a lista das tradições televisivas desta época. E, quem sabe, de ensinar que alguns dos mistérios mais perigosos podem muito bem estar embrulhados em papel vermelhinho com um laço dourado.

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Estreia quinta-feira, 20 de Novembro, às 22h10, no TVCine Emotion e no TVCine+, com novos episódios todas as quintas.

The Burial — Jamie Foxx e Tommy Lee Jones Num Duelo Judicial Que Abala o Sistema

Estreia a 16 de novembro, às 22h10, no TVCine Top

O TVCine Top prepara-se para estrear um dos dramas judiciais mais aclamados dos últimos anos: The Burial, um filme que mistura tribunal, crítica social, humor mordaz e duas interpretações de peso assinadas por Jamie Foxx e Tommy Lee Jones. A estreia acontece domingo, 16 de novembro, às 22h10, também disponível no TVCine+.

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O David e Golias da indústria funerária

A história — baseada em factos verídicos — segue Jeremiah O’Keefe (Tommy Lee Jones), proprietário de uma pequena empresa funerária da Costa do Golfo que se vê esmagado pelas práticas agressivas de uma gigantesca corporação do setor. Quando percebe que está prestes a perder décadas de trabalho, O’Keefe decide recorrer a um advogado pouco convencional:

Willie E. Gary, interpretado com carisma explosivo por Jamie Foxx, é um advogado brilhante, teatral, excêntrico e com um currículo impressionante de vitórias — mas ninguém esperava vê-lo envolvido num caso sobre contratos de serviços fúnebres.

À medida que o julgamento avança, o que parecia apenas um diferendo comercial transforma-se numa batalha épica entre o cidadão comum e as estruturas de poder económico, revelando esquemas de discriminação, abusos corporativos e décadas de manipulação legal.

Muito mais do que um caso em tribunal

The Burial recusa ser apenas um drama judicial clássico. Realizado por Maggie Betts, o filme explora com inteligência e sensibilidade o impacto do racismo estrutural, a desigualdade social no sistema jurídico americano e a forma como a justiça, muitas vezes, favorece quem tem mais recursos.

Mas Betts equilibra o peso destes temas com momentos de humanismo e humor afiado — grande parte deles graças à química improvável entre Foxx e Jones.

São dois mundos que não podiam ser mais diferentes:

  • O empresário conservador do sul profundo;
  • O advogado afro-americano flamboyant e implacável.

E, ainda assim, encontram um objetivo comum. O resultado é uma parceria irresistível, cheia de confrontos, cumplicidade e até um inesperado toque de amizade.

Interpretações que elevam a história

Críticos têm apontado Jamie Foxx como um dos grandes destaques do filme, descrevendo o seu Willie E. Gary como uma combinação de carisma, intensidade e timing cómico absolutamente magnético.

Tommy Lee Jones, por sua vez, oferece um desempenho contido mas profundamente emocional — daqueles que lembram porque continua a ser um dos grandes actores da sua geração.

A química entre os dois é o motor da narrativa, e a forma como Maggie Betts a filma torna The Burial não apenas competente, mas memorável.

Uma história real que continua relevante

The Burial lembra-nos que algumas das lutas mais importantes acontecem longe dos holofotes. Casos aparentemente modestos podem expor sistemas inteiros — e obrigar a sociedade a confrontar-se com as suas falhas.

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É um filme sobre justiça, mas também sobre dignidade, comunidade e resiliência. Um lembrete poderoso de que, às vezes, vencer em tribunal é também uma forma de devolver humanidade a quem mais precisa.

📺 The Burial

🗓 16 de novembro

⏰ 22h10

📍 TVCine Top e TVCine+

Contagem: 781 palavras.

Palhaço Diabólico — O Slasher Que Vai Estragar a Festa (e o Sono)

A estreia arrepiante de 15 de novembro no TVCine Top

Prepare-se para nunca mais confiar num campo de milho — nem num sorriso pintado. Palhaço Diabólico, inspirado no romance de terror de Adam Cesare, chega em estreia exclusiva ao TVCine Top, no sábado, 15 de novembro às 21h30, e promete ser aquele tipo de filme que transforma uma vila pacata no centro do caos… e os espectadores em cúmplices involuntários de um pesadelo bem vivo.

A realização é de Eli Craig (Tucker e Dale Contra o Mal), que volta a brincar com as convenções do terror, desta vez com uma abordagem mais sombria, visceral e absolutamente slasher — do tipo que cheira a fita VHS dos anos 80, mas com um polimento moderno e uma crítica social inesperada.

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Bem-vindos a Kettle Springs — onde a diversão acabou

A história acompanha Quinn (Katie Douglas), uma adolescente que tenta recomeçar a vida numa pequena vila do Missouri depois de uma tragédia familiar. À superfície, tudo parece tranquilo: vizinhos simpáticos, tradições rurais, festividades locais. Mas como em qualquer boa história de terror, por trás da calma existe sempre um segredo — ou vários.

Em Kettle Springs, o conflito entre gerações é palpável. Os mais velhos vivem presos à nostalgia e a um passado que insistem em preservar; os mais novos sonham com o que há para lá dos milheirais. E é precisamente nesse choque que algo desperta…

Do meio dos campos de milho surge Frendo, a antiga mascote da fábrica local — um palhaço com sorriso assustador, chapéu de palha e intenções mais afiadas do que uma lâmina de ceifa.

O que antes era apenas uma figura festiva transforma-se num assassino implacável, decidido a limpar a vila de tudo o que represente mudança.

E como manda o manual do slasher, os adolescentes começam a desaparecer um a um, enquanto Quinn percebe que o seu “novo começo” se tornou numa corrida desesperada pela sobrevivência.

Um slasher moderno com alma dos anos 80

Palhaço Diabólico combina:

  • terror visceral,
  • estética sombria,
  • efeitos práticos deliciosamente perturbadores,
  • e uma crítica social afiada, que usa o fosso geracional como motor da narrativa.

É um filme que presta homenagem aos clássicos slasher — de Halloween a Friday the 13th — mas que os atualiza com temas contemporâneos, especialmente o conflito entre tradição e futuro.

Frendo, a mascote homicida, promete entrar para o catálogo dos palhaços mais assustadores do cinema — essa categoria honrosa que já inclui Pennywise e Art the Clown

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A data de terror a não perder

🎃 15 de novembro

🕣 21h30

📺 TVCine Top e TVCine+

Se gosta de terror com personalidade, sangue quanto baste e aquele humor negro que morde sem aviso, esta é a estreia perfeita para aquecer — ou gelar — a noite de sábado.

A Lenda de Ochi — Um Conto Encantado Sobre o Medo, a Coragem e a Magia das Coisas Selvagens

Com Willem Dafoe, Helena Zengel e Finn Wolfhard, esta fábula visualmente deslumbrante estreia a 9 de novembro, às 22h00, no TVCine Top e TVCine+.

Há filmes que parecem saídos de um sonho — e A Lenda de Ochi é um deles.

No coração de uma ilha remota chamada Carpathia, uma jovem chamada Yuri descobre que as histórias de terror contadas desde criança talvez não sejam o que parecem. Os habitantes da sua aldeia vivem com medo dos Ochi, criaturas misteriosas que se escondem nas sombras da floresta, envoltas em mitos e superstição.

Mas quando Yuri encontra um pequeno Ochi ferido, abandonado pelo seu grupo, decide desafiar tudo o que lhe ensinaram — e parte numa jornada perigosa para o levar de volta a casa.

“A Lenda de Ochi” é uma fantasia hipnótica, uma história sobre empatia e coragem, em que o medo do desconhecido dá lugar à descoberta de uma ligação mais profunda entre mundos diferentes.

Um conto sobre crescer e enfrentar o medo

Enquanto atravessa paisagens inóspitas e florestas encantadas, Yuri descobre que os verdadeiros monstros talvez não sejam os que vivem na floresta. A sua jornada transforma-se numa metáfora sobre crescer, desafiar o medo e questionar tradições antigas — e sobre a capacidade humana de encontrar ternura onde antes havia desconfiança.

O filme combina a delicadeza emocional de E.T. – O Extraterrestre com a imaginação épica de A História Interminável, resultando numa obra que tanto encanta os mais novos como emociona os adultos.

Elenco de luxo, magia à flor da pele

A jovem Helena Zengel (System CrasherNews of the World) interpreta Yuri, num desempenho de notável intensidade e inocência.

Ao seu lado, Willem DafoeEmily Watson e Finn Wolfhard completam o elenco desta produção que mistura fantasia, drama e aventura num universo cinematográfico de rara beleza.

Visualmente arrebatador, com uma fotografia que transforma cada plano numa pintura, A Lenda de Ochi é uma fábula moderna sobre empatia, natureza e autodescoberta.

A não perder no TVCine Top

Ideal para ver em família, o filme estreia em exclusivo no domingo, 9 de novembro, às 22h00, no TVCine Top e TVCine+.

Porque, às vezes, a maior magia está em compreender o que tememos.

O Predador: Primeira Presa — Quando a Caçadora se Torna a Caçada

A saga Predador regressa às origens com uma história ambientada no século XVIII e protagonizada por uma guerreira Comanche que enfrenta o primeiro caçador alienígena a pisar a Terra. Estreia a 7 de novembro, às 21h30, no TVCine Top.

Antes das metralhadoras e da selva do Vietname, antes de Schwarzenegger e das caçadas futuristas, houve apenas a floresta, o instinto — e a sobrevivência. O Predador: Primeira Presa transporta o lendário universo de Predador para o século XVIII, nas vastas planícies da América do Norte, onde uma jovem guerreira da Nação Comanche enfrenta uma ameaça que desafia tudo o que conhece.

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A estreia está marcada para sexta-feira, 7 de novembro, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+, e promete uma das reinterpretações mais originais da saga de ficção científica e ação.

Uma nova heroína no centro da lenda

A protagonista Naru, interpretada por Amber Midthunder, é uma jovem caçadora determinada a provar o seu valor na tribo. Treinada desde pequena para ler os sinais da floresta e caçar, ela luta contra o preconceito e a desconfiança dos seus pares — até que um inimigo desconhecido começa a eliminar tanto predadores como presas com uma brutalidade nunca vista.

O que Naru descobre é o impensável: um Predador primitivo, uma versão ancestral do caçador alienígena que viria a aterrorizar gerações. Sem armas tecnológicas, mas com uma inteligência aguçada e ligação profunda à terra, Naru torna-se o verdadeiro adversário de uma criatura vinda das estrelas.

“Não se trata apenas de caçar — trata-se de sobreviver, de lutar por quem somos e pelo que acreditamos”, diz o realizador Dan Trachtenberg (10 Cloverfield Lane), que assina este regresso ousado ao universo Predador.

Um olhar diferente sobre o mito

Mais do que um thriller de sobrevivência, O Predador: Primeira Presa é também um tributo à cultura Comanche e à sua relação com o território. O filme foi desenvolvido em colaboração direta com representantes da comunidade nativa americana e inclui uma versão integral em língua Comanche, um gesto histórico e simbólico no cinema mainstream.

Trachtenberg combina o suspense e a brutalidade da saga com uma abordagem visual e emocional profundamente humana, transformando o confronto entre Naru e o Predador num ritual de força, inteligência e resistência cultural.

Com uma cinematografia hipnotizante e um ritmo que alterna o silêncio da caça com a intensidade da luta, o filme conquista tanto os fãs de longa data da franquia como os novos espectadores.

De regresso às origens da saga

Ao redefinir o ponto de partida do mito, O Predador: Primeira Presa não é apenas uma prequela — é uma reconstrução da essência do monstro. Aqui, o terror não vem das armas futuristas, mas da escuridão, da natureza e do instinto ancestral de sobrevivência.

Um duelo entre o humano e o inumano, entre o espírito guerreiro e a força bruta.

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Não é apenas uma nova história. É o primeiro confronto — e, talvez, o mais puro.

🗓 Estreia: 7 de novembro, às 21h30

📺 Onde ver: TVCine Top e TVCine+

TVCine Edition Apresenta “Quintas à Portuguesa” — Quatro Noites, Quatro Olhares Sobre o Novo Cinema Nacional

De 6 a 27 de novembro, o TVCine Edition dedica as noites de quinta-feira ao melhor do cinema português contemporâneo, com obras de Edgar Pêra, André Gil Mata, Sebastião Varela e Sérgio Graciano.

O mês de novembro será especialmente português no TVCine Edition. O canal dedica as noites de quinta-feira (de 6 a 27 de novembro) a um ciclo inteiramente nacional: “Quintas à Portuguesa”, um especial que celebra o novo cinema feito cá, com quatro filmes que exploram temas tão diversos como a inteligência artificial, a memória familiar, a música e a biografia política.

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São quatro obras distintas, mas unidas por um mesmo propósito — pensar o país através do cinema.

📅 6 de novembro — “Cartas Telepáticas”, de Edgar Pêra

20h30 | TVCine Edition e TVCine+

O sempre experimental Edgar Pêra regressa com uma proposta visionária: uma correspondência imaginária entre Fernando Pessoa e H. P. Lovecraft.

Num filme criado inteiramente com imagens geradas por inteligência artificialCartas Telepáticas funde o sensacionismo pessoano com o terror cósmico de Lovecraft, criando um diálogo literário e visual sobre identidade, medo e criação.

Com vozes de Keith Esher Davis, Bárbara Lagido, Iris Cayatte e Victoria Guerra, esta produção da Nitrato Filmespromete ser uma das experiências mais singulares do ano.

📅 13 de novembro — “Sob a Chama da Candeia”, de André Gil Mata

19h40 | TVCine Edition e TVCine+

Um retrato íntimo e sensorial do Norte de Portugal.

Entre azulejos, jardins e memórias, Sob a Chama da Candeia segue Alzira, uma mulher à beira do fim da vida que, após décadas de silêncio, toma finalmente uma decisão só sua.

Com interpretações de Eva Ras, Márcia Breia, Catarina Carvalho Gomes e Gina Macedo, o filme é uma meditação poética sobre o tempo, a solidão e o direito à liberdade interior.

📅 20 de novembro — “Ressaca Bailada”, de Sebastião Varela

20h40 | TVCine Edition e TVCine+

Um filme-concerto como raramente se vê no cinema português.

Sebastião Varela junta música, dança e poesia numa homenagem aos Expresso Transatlântico, transformando o ecrã numa experiência sensorial e coletiva.

Com João Cachola, Rita Blanco, Laura Dutra, Vicente Wallenstein, Inês Pires Tavares, Conan Osíris e Gaspar Varela, o filme explora as fronteiras entre tradição e vanguarda.

📅 27 de novembro — “Camarada Cunhal”, de Sérgio Graciano

20h15 | TVCine Edition e TVCine+

O ciclo termina com um mergulho na história recente de Portugal.

Camarada Cunhal, de Sérgio Graciano, revisita a prisão de Álvaro Cunhal no Forte de Peniche, em 1956, e o plano de fuga que desafiou o regime.

Entre o drama humano e a reconstrução histórica, o filme é uma homenagem à resistência e à coragem política.

Com Romeu Vala, Filipa Nascimento, Frederico Barata, Helena Caldeira e Maya Booth.

🎬 Quatro filmes, quatro formas de olhar Portugal

De Lovecraft a Álvaro Cunhal, de AI a Expresso Transatlântico, o especial Quintas à Portuguesa é um convite a redescobrir a criatividade e diversidade do cinema nacional.

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Quintas à noite, só há um destino: TVCine Edition — o ecrã onde Portugal se vê, se ouve e se pensa.

Ripple – Laços Invisíveis: Quando Pequenas Decisões Mudam Tudo

A nova série dramática chega a Portugal a 4 de Novembro, no TVCine Emotion, com uma história que entrelaça quatro vidas em Nova Iorque num poderoso retrato sobre destino, empatia e a força das ligações humanas.

Há histórias que nos fazem repensar a forma como o acaso molda a vida — Ripple – Laços Invisíveis é uma delas. A série, que estreia em Portugal esta terça-feira, 4 de Novembro, às 22h10, em exclusivo no TVCine Emotion e TVCine+, é um drama emotivo sobre esperança, dor e reencontros inesperados, com Nova Iorque como palco central.

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Quatro vidas, um mesmo destino

Os protagonistas — Nate, Kris, Walter e Aria — vivem na mesma cidade, partilham ruas, cafés e transportes, mas nunca se cruzaram verdadeiramente. Até que um conjunto de pequenas decisões quotidianas desencadeia o inevitável: os seus caminhos colidem, revelando como gestos aparentemente banais podem ter consequências profundas.

Ao longo de oito episódios, o espectador mergulha nas histórias pessoais de cada um, descobrindo feridas antigas, segredos guardados e momentos de viragem que provam como o efeito de uma única ação pode propagar-se como uma onda — daí o título Ripple (“onda” ou “ripple effect”, o efeito dominó).

O arco-íris depois da tempestade

Mais do que uma narrativa sobre encontros e desencontros, Ripple – Laços Invisíveis deixa uma mensagem clara: mesmo nas fases mais sombrias, há sempre a possibilidade de recomeçar. “Por vezes, as coisas boas na vida apenas nos acontecem depois de uma tempestade. Basta esperar pelo arco-íris”, lê-se na apresentação da série.

Criada por Michele Giannusa, a produção conta com um elenco talentoso e diversificado, incluindo Frankie FaisonJulia ChanIan Harding e Sydney Agudong. Juntos, dão corpo a personagens realistas, frágeis e profundamente humanas.

Uma série sobre empatia e humanidade

Nunca estamos verdadeiramente sozinhos. Essa é a premissa que atravessa todos os episódios de Ripple – Laços Invisíveis, onde cada gesto, cada palavra e cada encontro têm um peso simbólico. Num mundo em que as pessoas parecem cada vez mais desligadas, esta série propõe o oposto: um regresso à empatia e à partilha emocional.

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Com uma fotografia elegante e um argumento introspectivo, Ripple promete emocionar e inspirar quem acredita que o destino, por vezes, gosta de brincar connosco — mas também de nos unir quando menos esperamos.