Melania: Amazon Revela Trailer do Documentário sobre a Primeira-Dama

Filme acompanha os 20 dias que antecederam a tomada de posse de 2025 e já está rodeado de polémica

A Amazon divulgou o primeiro trailer de Melania, o documentário centrado em Melania Trump que promete um acesso “sem precedentes” aos dias que antecederam a tomada de posse presidencial de 2025. O filme, com estreia marcada para 30 de Janeiro nos cinemas, acompanha a então primeira-dama ao longo de 20 dias de preparação intensa, reuniões privadas e momentos familiares, num período descrito como “raro e definidor”.

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“Witness history in the making” é o tagline escolhido para promover o documentário, que aposta claramente na ideia de bastidores exclusivos e revelações íntimas. Segundo a Amazon, o filme inclui imagens inéditas, conversas privadas e acesso a ambientes nunca antes mostrados ao público, numa tentativa de apresentar Melania Trump como protagonista activa de um momento histórico.

No trailer, Melania surge várias vezes ao lado de Donald Trump, assistindo-o perante as câmaras. “O meu legado de maior orgulho será o de pacificador”, afirma o Presidente, antes de Melania completar: “pacificador e unificador”. Mais tarde, a própria Melania declara: “Toda a gente quer saber, por isso aqui está.”

Em declarações à Fox News, canal onde o trailer foi exibido em exclusivo, Melania Trump explicou a motivação do projecto: “Os 20 dias da minha vida que antecederam a tomada de posse constituem um momento raro e definidor, que exige cuidado meticuloso, integridade e um trabalho sem compromissos. Tenho orgulho em partilhar este período muito específico da minha vida com o público em todo o mundo.”

Um projecto caro… e altamente controverso

De acordo com informações avançadas pela imprensa norte-americana, a Amazon terá pago cerca de 40 milhões de dólares pelos direitos do documentário, cuja ideia original terá sido concebida por Melania Trump em Novembro de 2024. Para além do filme, a plataforma planeia ainda lançar uma docussérie em três episódios, focada na vida da primeira-dama entre Nova Iorque, Washington DC e Palm Beach.

No entanto, o projecto está longe de ser consensual. A realização de Melania está a cargo de Brett Ratner, cineasta que se afastou de Hollywood após ter sido acusado de assédio e abuso sexual por várias mulheres em 2017. Entre as acusações mais mediáticas estão as de Natasha Henstridge e Olivia Munn, que relataram episódios de comportamento sexual inapropriado. Ratner negou sempre as acusações.

Desde então, o realizador mudou-se para Israel, assumiu publicamente posições políticas polémicas e manteve ligações próximas a figuras como Benjamin Netanyahu. O seu regresso com Melania é visto por muitos como uma tentativa explícita de reabilitação profissional.

Política, poder e imagem pública

A polémica não termina na realização. Brett Ratner está também associado ao regresso da saga Rush Hour, cujo quarto filme terá avançado após alegada intervenção directa de Donald Trump. A distribuição ficará a cargo da Paramount, recentemente adquirida pela Skydance, empresa apoiada por Larry Ellison, conhecido aliado do Presidente.

Neste contexto, Melania surge menos como um simples documentário biográfico e mais como um objecto político e mediático, levantando questões sobre poder, influência e controlo da narrativa pública. O filme promete intimidade e transparência, mas chega ao público envolto em debates sobre ética, oportunismo e reescrita da história recente.

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Com estreia marcada para 30 de JaneiroMelania prepara-se para ser um dos documentários mais discutidos do início do ano — não apenas pelo que mostra, mas também por tudo aquilo que representa fora do ecrã.

Sozinho em Casa Invade o STAR Channel e Promete o Natal Mais Animado do Ano

Os dois filmes regressam no dia 24 de Dezembro e reacendem a euforia de um clássico intocável da quadra natalícia

Há filmes que se revêem com prazer. E depois há filmes que fazem parte do Natal, quase ao mesmo nível da árvore, das luzes ou da mesa cheia. Sozinho em Casa pertence claramente a este segundo grupo. Para muitos espectadores — em Portugal e no resto do mundo — continua a ser o melhor filme de Natal de sempre, um clássico absoluto que atravessa gerações sem perder impacto, humor ou capacidade de criar euforia.

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Este ano, o STAR Channel volta a apostar forte nessa tradição e dedica a noite de 24 de Dezembro aos dois primeiros filmes da saga, integrados no especial “Natalzaço”, pensado para aquecer a véspera de Natal com doses generosas de riso, nostalgia e caos doméstico.

A festa começa às 19h30, com a exibição de Sozinho em Casa. Realizado por Chris Columbus e protagonizado por um inesquecível Macaulay Culkin, o filme apresenta Kevin McCallister, um miúdo de oito anos que é acidentalmente deixado para trás quando a família parte para férias de Natal. O que podia ser um drama transforma-se rapidamente numa fantasia infantil irresistível: Kevin descobre a liberdade absoluta… até perceber que a sua casa se tornou alvo de dois ladrões pouco inteligentes. O resto é história do cinema: armadilhas improvisadas, violência cartoonesca, humor físico perfeito e uma energia que nunca abranda.

É precisamente essa combinação que faz com que Sozinho em Casa continue a gerar euforia colectiva sempre que regressa aos ecrãs. Não é apenas um filme para crianças; é um ritual partilhado entre pais que cresceram com ele e filhos que o descobrem agora, muitas vezes pela primeira vez, rindo exactamente nos mesmos momentos.

Pouco depois, às 21h20, o STAR Channel exibe Sozinho em Casa 2: Perdido em Nova Iorque. A fórmula repete-se, mas em escala maior. Desta vez, Kevin volta a separar-se da família — agora a caminho de Miami — e acaba sozinho em Nova Iorque, armado com um cartão de crédito, um hotel de luxo e uma cidade inteira como parque de diversões. Pelo caminho, reencontra os infelizes ladrões Harry e Marv, agora com planos para assaltar uma loja de brinquedos na véspera de Natal.

Se o primeiro filme é íntimo e doméstico, o segundo é mais expansivo, mais exagerado e ainda mais cruel nas armadilhas. Para muitos fãs, é a confirmação de que Sozinho em Casa não foi um acaso, mas sim um fenómeno cultural que soube crescer sem perder identidade.

O especial “Natalzaço” do STAR Channel não é apenas uma reposição de filmes populares. É um convite à nostalgia partilhada, àquele conforto raro de saber exactamente o que vai acontecer — e mesmo assim rir como se fosse a primeira vez. Num mundo em constante mudança, há algo profundamente reconfortante em regressar a Kevin McCallister, às suas engenhocas e à certeza de que, no Natal, os maus perdem sempre.

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Para quem associa o Natal ao sofá, à família reunida e a gargalhadas repetidas, o dia 24 de Dezembro no STAR Channel já está marcado. Porque há tradições que não se discutem. Vivem-se.  

Jurado #2: Clint Eastwood Explora um Dilema Moral Devastador no Seu Novo Drama

Um homem comum, um segredo insuportável e um julgamento que pode mudar tudo

Clint Eastwood continua, aos 95 anos, a olhar para as zonas mais desconfortáveis da consciência humana. Jurado #2, o seu mais recente filme, é um drama moral tenso e profundamente inquietante que coloca uma pergunta simples — e devastadora — no centro da narrativa: é possível ser imparcial quando a verdade nos acusa directamente?

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O filme estreia no sábado, 20 de dezembro, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e no TVCine+, e parte de um ponto de vista tão clássico quanto eficaz: o de um cidadão comum chamado a cumprir o seu dever cívico, sem imaginar que esse dever o irá confrontar com o seu pior medo.

No centro da história está Justin Kemp, interpretado por Nicholas Hoult, um homem de família que é seleccionado como jurado num julgamento de homicídio qualificado. À medida que o processo avança e as testemunhas vão sendo ouvidas, Justin começa a ser consumido por uma suspeita perturbadora. Um acidente que teve anos antes, numa noite chuvosa, e que sempre acreditou ter envolvido apenas um animal na estrada, pode afinal estar ligado à morte que agora está a ser julgada.

A partir desse momento, o filme transforma-se num verdadeiro campo de batalha interior. Justin vê-se dividido entre a obrigação moral de dizer a verdade e a necessidade de proteger a sua vida, a sua família e o futuro que construiu. O dilema é agravado pela pressão dos restantes jurados, ansiosos por chegar rapidamente a um veredicto, enquanto ele resiste, atrasando a decisão e aprofundando o seu próprio tormento psicológico. O júri deixa de ser apenas um espaço de deliberação legal e passa a ser um espelho da culpa, da dúvida e da fragilidade humana.

Eastwood regressa aqui a um território que lhe é particularmente caro: o drama ético, feito de personagens silenciosas, escolhas impossíveis e consequências irreversíveis. Tal como em Mystic RiverGran Torino ou Correio de Droga, o realizador constrói uma narrativa onde não há respostas fáceis nem absolvições confortáveis. O que existe é a tensão permanente entre lei, consciência e responsabilidade individual.

O elenco reforça essa densidade dramática. Para além de Nicholas Hoult, o filme conta com Toni ColletteJ. K. SimmonsZoey DeutchKiefer Sutherland e Gabriel Basso, num conjunto de interpretações que sustentam a intensidade emocional da história e sublinham o carácter colectivo — e opressivo — do julgamento.

Jurado #2 é, acima de tudo, um filme sobre o peso de saber demasiado. Sobre a impossibilidade de regressar à inocência depois da dúvida se instalar. E sobre a forma como um único momento do passado pode emergir, anos depois, para destruir todas as certezas.

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Sem recorrer a artifícios nem a dramatismos fáceis, Clint Eastwood volta a provar que o seu cinema continua atento às zonas cinzentas da alma humana. Um filme tenso, sóbrio e profundamente incómodo, para ver na noite de sábado, 20 de dezembro, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+.

SpongeBob – À Procura das Calças Quadradas: Fresco, Divertido e com Imaginação de Sobra

Um filme que funciona para várias idades e prova que a esponja continua a saber falar com o seu público

Depois de 26 anos de nonsense náuticoSpongeBob SquarePants continua a ser uma presença surpreendentemente sólida no cinema de animação. SpongeBob – À Procura das Calças Quadradas (The SpongeBob Movie: Search for SquarePants) não só mantém a energia caótica que definiu a série desde o início, como consegue algo cada vez mais raro: funcionar genuinamente bem para várias gerações ao mesmo tempo.

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Vi o filme em sala com a minha filha, numa idade já pré-teen — aquele território difícil onde muita animação infantil começa a ser “demasiado infantil”. A reacção foi imediata e inequívoca: riso frequente, atenção constante e zero impaciência. E isso diz muito. O filme percebe exactamente onde está o seu público actual: crianças que já cresceram com SpongeBob, mas que continuam disponíveis para a sua loucura, desde que ela seja rápida, inventiva e visualmente estimulante.

Realizado por Derek Drymon, uma figura essencial no universo da série há mais de um quarto de século, o filme aposta num ritmo acelerado, piadas visuais em catadupa e um cuidado inesperado com a construção do mundo submarino. Não é apenas uma sucessão de gags — há uma aventura clara, um percurso emocional simples, mas eficaz, e uma imaginação que nunca parece cansada.

A história começa com um pequeno grande momento de crescimento: SpongeBob descobre que finalmente tem altura suficiente para andar na montanha-russa que ele e o inseparável Patrick sonham experimentar há anos. O problema é que crescer fisicamente não significa estar preparado emocionalmente. Falta-lhe aquilo que o filme define, com humor certeiro, como “fortaleza intestinal” — uma limitação que diverte o público e serve de motor para toda a narrativa.

Determinado a provar que já é um “tipo crescido”, SpongeBob toma uma decisão tão ingénua quanto perigosa: invocar o espírito amaldiçoado do Flying Dutchman, descrito como “o fantasma mais assustador que alguma vez percorreu os sete mares”. A partir daqui, o filme lança-se numa aventura que mistura comédia física, fantasia e uma surpreendente ambição mitológica.

Um dos aspectos mais interessantes de À Procura das Calças Quadradas é a forma como expande a geografia mutável de Bikini Bottom. Ao longo dos anos, a série já nos levou a locais memoráveis como Jellyfish Fields ou Rock Bottom, mas aqui há uma clara vontade de ir mais longe. A viagem ao submundo oceânico é um dos pontos altos do filme, cruzando referências clássicas com humor absurdo: uma gaivota de três cabeças surge como substituta de Cila, enquanto Sirenastentam seduzir o sempre exasperado Squidward… com smooth jazz.

Esse equilíbrio entre referências culturais, nonsense puro e uma narrativa acessível é precisamente o que mantém SpongeBob relevante. O filme nunca se leva demasiado a sério, mas também não subestima o seu público — algo que as crianças sentem imediatamente.

Vale ainda a pena referir um detalhe que tornou a experiência em sala ainda mais divertida: antes do filme principal, é exibida uma curta dos Teenage Mutant Ninja Turtles. Nesta pequena aventura, as Tartarugas enfrentam uma entidade de Inteligência Artificial, num confronto que combina acção, humor e um toque de actualidade tecnológica. Para o público mais novo, funciona como um excelente aquecimento; para os pais, é uma surpresa simpática que acrescenta valor ao bilhete.

No final, SpongeBob – À Procura das Calças Quadradas confirma algo essencial: SpongeBob continua ingénuo, optimista e excessivo, mas também profundamente humano na sua vontade de crescer, de ser aceite e de provar o seu valor. É um filme que respeita o seu legado, percebe o seu público actual e entrega exactamente aquilo que promete.

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E, pelo sorriso à saída da sala, cumpre plenamente a sua missão.