Kate Hudson e Jeremy Allen White: Duas Carreiras Ligadas Pela Música, Pelo Cinema… e Pela Emoção

Quando interpretar músicos é mais do que aprender acordes

Kate Hudson e Jeremy Allen White pertencem a gerações diferentes de Hollywood, mas cruzam-se agora num território comum: filmes onde a música não é apenas pano de fundo, mas motor emocional. Numa conversa franca e cheia de cumplicidade, os dois actores reflectem sobre os seus mais recentes projectos — Song Sung Blue e Springsteen: Deliver Me From Nowhere — e sobre a forma como a música, dentro e fora do ecrã, pode literalmente salvar pessoas.

Hudson foi catapultada para o estrelato ainda adolescente com Almost Famous, de Cameron Crowe, tornando-se um ícone imediato ligado à mitologia do rock. Este ano, entrega uma das interpretações mais maduras da carreira como metade de uma banda tributo a Neil Diamond, numa história real tão comovente quanto agridoce. Jeremy Allen White, por sua vez, troca o avental de The Bear por uma das tarefas mais delicadas que um actor pode enfrentar: interpretar Bruce Springsteen num dos períodos mais vulneráveis e criativamente livres da sua vida.

O peso simbólico da roupa, dos instrumentos… e da herança

White fala com particular detalhe sobre a fisicalidade de vestir Springsteen. Os jeans apertados, as botas, os casacos — tudo contribuiu para moldar postura, movimento e até respiração. Mais do que figurino, foi uma transformação corporal. O próprio Springsteen acabou por lhe emprestar peças reais da juventude e, num gesto de enorme intimidade, ofereceu-lhe a medalha de São Cristóvão que usou durante anos, bem como uma guitarra Gibson J-200 de 1955 para aprender a tocar.

Para Hudson, que também partilha essa ligação profunda com instrumentos e com o palco, este tipo de detalhe faz toda a diferença. Ambos concordam que interpretar músicos reais exige mais do que imitação: é preciso compreender o processo criativo, a dúvida, o silêncio e até a tortura emocional que muitas vezes acompanha a composição.

“Nebraska”: um mapa emocional inesperado

Jeremy Allen White admite que, apesar de conhecer Bruce Springsteen como qualquer pessoa, nunca tinha verdadeiramente mergulhado em Nebraska — o álbum mais cru e intimista do músico. Esse disco acabou por se tornar a bússola emocional da sua interpretação. Poucos acordes, produção minimalista, letras profundamente específicas. Para White, foi como receber um mapa directo para o interior da personagem.

Hudson confessa que Nebraska sempre teve um peso pessoal na sua vida e sublinha como certos álbuns funcionam quase como chaves emocionais. Ambos falam da música como atalho para estados de espírito que, por vezes, o próprio actor não consegue alcançar apenas pela técnica. Quando isso falha, há sempre uma canção capaz de desbloquear algo.

Dois métodos, um mesmo compromisso

A conversa revela também abordagens muito diferentes ao trabalho. White prepara intensamente antes de chegar ao set e depois agarra-se às decisões iniciais com firmeza quase inflexível. Hudson, pelo contrário, prefere fazer um enorme trabalho prévio para depois se libertar completamente em cena, mantendo-se aberta ao acaso, à improvisação e à energia do momento.

Ainda assim, ambos reconhecem o mesmo objectivo: honestidade emocional. Hudson elogia a forma como White internalizou o processo criativo de Springsteen, descrevendo-o como algo que a emocionou profundamente enquanto compositora. White retribui, destacando a luz, o optimismo e a alegria que Hudson transporta mesmo para personagens marcadas pela desilusão.

Música como refúgio, não como fama

Há um ponto essencial onde os dois filmes se tocam: nenhum deles é sobre o estrelato. Song Sung Blue fala de músicos que nunca chegaram ao topo, mas que tocaram porque precisavam de tocar. Deliver Me From Nowhere foca-se num artista já famoso, mas isolado, a criar um disco que nasce da necessidade, não da ambição.

Hudson resume essa ideia com clareza: são histórias sobre música como escape, como sobrevivência. White concorda — os personagens não pensam no que vão receber em troca. Fazem-no porque não sabem viver de outra forma.

E as comédias românticas?

A conversa termina num tom mais leve, com Hudson a defender apaixonadamente as comédias românticas como um dos géneros mais difíceis e subvalorizados do cinema. White admite que adoraria fazer uma, mas apenas se fosse “à séria”, ao nível de When Harry Met Sally. Hudson responde com uma certeza de quem já viveu isso: uma boa rom-com pode mudar vidas, porque faz as pessoas sentirem-se melhor.

Talvez seja essa a ideia que une toda a conversa. Seja rock, folk, country ou romance no grande ecrã, Hudson e White acreditam no cinema como veículo de empatia, consolo e ligação humana. Filmes sobre música, no fundo, acabam sempre por ser filmes sobre pessoas — e sobre a forma como tentam, desesperadamente, não se perder.

Timothée Chalamet Quebra o Silêncio (Só Um Pouco) Sobre a Vida Pessoal em Plena Promoção de Novo Filme

Um comentário raro, um sorriso nervoso e uma pergunta de Natal

Timothée Chalamet é hoje uma das figuras mais observadas de Hollywood — tanto pelo trabalho em cinema como pela vida pessoal, que insiste em manter fora do radar mediático. Por isso mesmo, qualquer deslize, por mais inofensivo que seja, transforma-se rapidamente em notícia. Foi exactamente isso que aconteceu durante a digressão promocional de Marty Supreme, quando o actor fez um comentário raro — e muito breve — sobre a sua relação com Kylie Jenner.

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Durante uma entrevista no Reino Unido à rádio Heart, Chalamet foi apanhado de surpresa por uma pergunta aparentemente inocente. Questionado por Amanda Holden sobre se já tinha tratado das prendas de Natal, respondeu que não. O passo seguinte foi inevitável: o que iria oferecer a Kylie Jenner? O actor hesitou, sorriu e respondeu com a contenção que lhe é habitual. “Ela vai ver. Vai ver. Vai ser bom”, disse, acrescentando que esperava encontrar algo especial em Londres, talvez numa loja de chocolates local — antes de tentar, rapidamente, mudar de assunto.

O momento, captado em vídeo e partilhado nas redes sociais, termina de forma algo embaraçosa, com a apresentadora a perguntar se Kylie gosta de LEGO, dado que o estúdio ficava perto de uma loja da marca. Chalamet riu-se e deixou a pergunta no ar.

Discrição total, como manda o hábito

Não foi uma revelação bombástica, nem nunca pretendeu ser. Pelo contrário: o episódio confirma aquilo que os fãs já sabem. Timothée Chalamet e Kylie Jenner, juntos desde 2023, evitam sistematicamente falar um do outro em entrevistas. A postura contrasta com a curiosidade constante da imprensa e do público, mas é uma escolha consciente de ambos — e rara num ecossistema mediático que vive de exposição.

Ainda assim, o simples facto de Chalamet admitir estar a pensar numa prenda “boa” e personalizada foi suficiente para gerar manchetes, sobretudo num momento em que a relação tem sido alvo de especulação.

Rumores, tapete vermelho e códigos subtis

Nas últimas semanas, circularam rumores de que o casal poderia ter terminado. Algumas publicações chegaram mesmo a avançar que Chalamet teria posto fim à relação, alimentadas pela sua ausência em eventos familiares importantes do clã Jenner, como o aniversário de 70 anos de Kris Jenner ou o jantar de Acção de Graças.

Esses rumores perderam força quando Timothée Chalamet e Kylie Jenner surgiram juntos na antestreia de Marty Supremeem Los Angeles. O detalhe não passou despercebido: ambos vestiam couro laranja, num exemplo claro de method dressing coordenado que muitos interpretaram como uma resposta silenciosa — mas eficaz — à narrativa da separação.

Além disso, figuras próximas de Jenner, como Hailey e Justin Bieber, ajudaram a promover o filme nas redes sociais, um gesto que reforçou a ideia de que o casal continua sólido, ainda que longe dos holofotes.

Um Natal discreto, uma carreira em alta velocidade

Enquanto a curiosidade sobre a prenda de Natal se mantém, o foco principal de Chalamet está claramente na carreira. Marty Supreme, que estreia a 25 de Dezembro, tem sido recebido com entusiasmo pela crítica e posiciona o actor como um dos principais candidatos da actual temporada de prémios. Já somou nomeações aos Globos de Ouro, Critics Choice Awards e outras entidades, o que garante uma presença constante em eventos de alto perfil nos próximos meses.

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Essas aparições públicas poderão, ou não, incluir Kylie Jenner — algo que o casal continua a gerir à sua maneira, sem anúncios nem explicações. Para já, fica apenas a curiosidade: chocolate londrino, algo artesanal ou uma surpresa completamente fora do radar?

Conhecendo Timothée Chalamet, a resposta dificilmente chegará antes do Natal — e talvez nem depois.

A Série de Ficção Científica da Netflix Que Mostra o Espaço Como Nunca Quisemos Vê-lo

Um thriller silencioso, claustrofóbico e assustadoramente plausível

Quando estreou em 2021, The Silent Sea passou despercebida a muitos subscritores da Netflix, confundida com mais uma série de ficção científica genérica, possivelmente até com contornos de creature feature. Foi um erro. A produção sul-coreana é, na verdade, uma das representações mais realistas, sufocantes e inquietantes de um desastre espacial alguma vez vistas na televisão — precisamente porque abdica do heroísmo fácil, da grandiloquência e da fantasia tecnológica habitual do género.

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Aqui não há discursos inspiradores nem música épica a sublinhar a coragem humana. The Silent Sea opera noutra frequência: a do silêncio absoluto, da falha mecânica acumulada e da indiferença total do espaço à presença humana. É uma série que se devora de uma assentada, não porque avance depressa, mas porque cria uma tensão gravitacional constante que impede o espectador de desviar o olhar.

Uma missão movida pela sede, não pela glória

Uma das maiores diferenças entre The Silent Sea e a ficção científica ocidental está na motivação da missão. Ninguém vai à Lua para explorar o cosmos ou expandir fronteiras. As personagens vão porque a Terra está a morrer de sede.

A série decorre num futuro próximo devastado pela chamada “Grande Seca”, um colapso ambiental que transformou a água no recurso mais valioso do planeta. A sociedade passou a ser rigidamente estratificada por um sistema de “classificação hídrica”: quem tem melhor pontuação tem acesso a água potável; quem não tem, sobrevive com rações de segunda categoria. É um cenário brutal, mas perturbadoramente credível.

Os membros da missão lunar não são aventureiros idealistas. São soldados, cientistas e engenheiros que aceitam uma operação quase suicida em troca de um “Cartão Dourado” — um privilégio que pode garantir água suficiente para manter as suas famílias vivas durante mais alguns anos. A viagem não é um sonho; é um contrato desesperado.

O terror do desastre feito de pequenas falhas

A missão leva a tripulação até à Estação Lunar Balhae, abandonada cinco anos antes após um acidente misterioso que alegadamente matou toda a equipa devido a uma fuga de radiação. A tarefa parece simples: recuperar umas amostras e sair. Naturalmente, nada corre como planeado.

Desde o início, a série adopta o chamado “modelo do queijo suíço” do desastre: não há uma grande explosão inicial, mas uma sucessão de pequenas falhas que se alinham até tornar a catástrofe inevitável. Um problema estrutural na aproximação força uma aterragem de emergência que deixa a nave suspensa num precipício lunar, retirando imediatamente à tripulação qualquer hipótese de regresso rápido.

O que se segue é um dos momentos mais angustiantes da série: uma caminhada de 7,6 quilómetros pela superfície lunar até à base abandonada. Não é uma montagem rápida. É um suplício prolongado, onde vemos os indicadores de oxigénio descerem lentamente, percentagem a percentagem. Cada passo é um cálculo entre distância, consumo e sobrevivência.

A física como fonte de terror

O que realmente distingue The Silent Sea na história da ficção científica televisiva é o respeito absoluto pela física do espaço. Ao contrário de muitas produções que activam gravidade artificial por conveniência, aqui o peso é reduzido, mas a massa permanece. O resultado é um movimento instável, perigoso, quase grotesco.

As personagens não flutuam com elegância: tropeçam, projectam-se demasiado longe, caem com violência ao tentar parar. Cada salto é um risco. Cada corrida num corredor pode terminar contra uma parede. A produção recorreu a sistemas complexos de cabos para simular esta inércia específica, criando uma linguagem visual onde o corpo humano parece sempre prestes a falhar.

A Estação Balhae é outro elemento fundamental. Construída num estilo de brutalismo industrial, parece mais uma plataforma petrolífera abandonada do que um laboratório futurista. Betão gasto, tubos expostos, luzes fluorescentes doentes. A tecnologia não é elegante nem intuitiva: é pesada, analógica e constantemente avariada. Nada aqui parece feito para durar.

O som — ou a ausência dele — como arma narrativa

O design sonoro da série é exemplar. No exterior, não há explosões nem efeitos dramáticos. O que ouvimos são os sons internos dos fatos: respiração ofegante, cliques mecânicos, o bater do sangue nos ouvidos. Quando alguém embate contra uma superfície, o som chega-nos amortecido, transmitido pela vibração do fato, não pelo ar inexistente.

Quando a comunicação falha, o silêncio torna-se quase físico, uma pressão invisível. Até as cenas de descompressão evitam os clichés de Hollywood. Em vez de sucção violenta, vemos nuvens de condensação provocadas pela queda súbita de pressão — um fenómeno real conhecido como arrefecimento adiabático. O terror está nos números a descer lentamente nos ecrãs, não em destroços a voar.

Um elenco que sustenta o peso da ciência

Toda esta precisão técnica seria inútil sem interpretações à altura. Gong Yoo oferece uma performance contida e devastadora como o capitão Han Yun-jae, um líder esmagado pela responsabilidade. Grande parte da sua actuação acontece por detrás de um visor, através de olhares contidos e micro-expressões que revelam disciplina militar e pânico reprimido.

Bae Doona, como a astrobióloga Song Ji-an, funciona como âncora emocional e intelectual da série. A sua abordagem clínica ao horror — insistindo em observar, recolher dados e questionar a narrativa oficial — torna o mistério ainda mais perturbador. É através do seu cepticismo que a série constrói o seu comentário sobre instituições, crises ambientais e verdades convenientemente omitidas.

A dinâmica hierárquica da tripulação acrescenta uma camada extra de tensão: decisões erradas são executadas porque a cadeia de comando o exige. É horror cósmico, mas também horror corporativo.

Um espaço onde o erro não é perdoado

The Silent Sea triunfa porque trata o espaço não como palco de aventura, mas como um ambiente hostil onde a margem de erro é zero. Ao respeitar a gravidade, o silêncio, o desgaste físico e psicológico, constrói uma experiência pesada, claustrofóbica e profundamente inquietante.

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Ao mesmo tempo, mantém no centro uma crise ambiental reconhecível, ancorando a ficção num medo muito real. Criada pela argumentista Park Eun-kyo e realizada por Choi Hang-yong, a série prova que a ficção científica pode ser tanto um espectáculo como um aviso.

Se existe uma série que mostra como um desastre espacial realmente se pareceria — lento, frio, burocrático e sem glória — é esta.

Um Beijo em Direto e uma Mensagem Nada Subtil:Um Momento Surpresa no SNL Que Está a Dar Que Falar em Hollywood

Uma participação surpresa que deixou o público em choque

A mais recente emissão do Saturday Night Live ficou marcada por um momento inesperado que rapidamente incendiou as redes sociais. Durante a actuação de Lily Allen, uma estrela de Hollywood surgiu de forma surpreendente em palco — e não foi apenas para marcar presença. Dakota Johnson juntou-se à cantora britânica num momento cuidadosamente encenado que muitos interpretaram como uma farpa directa a David Harbour, ex-marido de Allen e actor de Stranger Things.

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Lily Allen, de 40 anos, apresentou vários temas do seu novo álbum West End Girl, o primeiro em sete anos, e que tem sido amplamente lido como um disco confessional sobre o fim da sua relação com Harbour. Foi durante a canção Madeline que o momento verdadeiramente memorável aconteceu.

“Madeline”: a canção, a encenação e a revelação final

Ao longo da actuação, o cenário mostrava uma figura feminina reclinada numa cama, parcialmente escondida por um véu, enquanto Lily cantava versos que muitos interpretam como referências a uma alegada infidelidade. No final da música, a cantora começou a recitar mensagens de texto enviadas por alguém chamado “Madeline”, enquanto a figura misteriosa dizia as falas em palco.

Quando as luzes finalmente revelaram a identidade da mulher, o público percebeu que se tratava de Dakota Johnson. Vestida com um elegante vestido preto e prateado transparente, a actriz aproximou-se de Lily Allen e beijou-a antes do escurecer do palco — um gesto simples, mas carregado de simbolismo.

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Um detalhe que tornou tudo ainda mais afiado

A escolha de Dakota Johnson não foi inocente. A actriz de Fifty Shades of Grey contracenou com David Harbour no filme Black Mass (2015), onde interpretava a companheira do criminoso Whitey Bulger. Esse detalhe acrescentou uma camada extra de ironia ao momento, algo que os fãs perceberam de imediato.

Nas redes sociais, as reacções foram rápidas e entusiásticas. Muitos elogiaram a jogada como “genial”, destacando a precisão quase cirúrgica da escolha. Outros sublinharam o humor mordaz da encenação e a forma como Lily Allen conseguiu transformar um momento musical num comentário cultural com impacto.

O regresso confiante de Lily Allen

Esta actuação no SNL surge numa fase particularmente forte da carreira de Lily Allen. West End Girl, lançado em Outubro, estreou-se directamente no segundo lugar da tabela de álbuns do Reino Unido e marcou um regresso mais maduro, frontal e teatral da artista.

Numa recente aparição no The Tonight Show, Allen revelou que o álbum poderá vir a ser adaptado para teatro, afirmando que as conversas ainda estão numa fase inicial, mas que o projecto a entusiasma. A cantora já anunciou também uma digressão no Reino Unido para 2026, seguida de uma tournée em arenas norte-americanas.

Um capítulo encerrado… com estilo

Lily Allen e David Harbour começaram a namorar em 2019 e casaram em Setembro de 2020. A relação terminou no início de 2025, após cerca de seis anos juntos. Desde então, Allen tem optado por canalizar a experiência para a criação artística, sem nunca cair no silêncio ou na autopiedade.

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O momento no Saturday Night Live não foi apenas um golpe mediático bem calculado. Foi uma afirmação criativa, uma encenação pop inteligente e um lembrete de que Lily Allen continua a saber exactamente como controlar a narrativa — com humor, elegância e uma boa dose de ousadia.

Paul Bettany Confirma Regresso da Vision em ‘Avengers: Secret Wars’

Um comentário aparentemente casual que diz muito sobre o futuro do MCU

O elenco de Avengers: Secret Wars continua envolto em secretismo, mas uma declaração recente veio acrescentar uma peça importante ao puzzle. Paul Bettany, actor que deu vida à Vision no Universo Cinematográfico da Marvel e que ganhou novo destaque com a série WandaVision, confirmou que irá regressar ao MCU — tudo indica que precisamente no aguardado Secret Wars.

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Numa entrevista ao Telegraph, Bettany falou sobre vários projectos futuros, entre eles o novo filme de Tom Ford, Cry to Heaven. Pelo meio, deixou escapar uma frase que não passou despercebida aos fãs: revelou que tem “algumas obrigações com os Avengers no próximo ano”. Com Avengers: Doomsday já com as filmagens concluídas, o calendário aponta quase inevitavelmente para Avengers: Secret Wars.

Vision continua viva… de uma forma ou de outra

A confirmação do regresso de Bettany reacende imediatamente a discussão em torno da Vision, uma das personagens mais trágicas e complexas do MCU. Morta em Avengers: Infinity War, ressuscitada de forma conceptual e emocional em WandaVision, e posteriormente “reiniciada” como White Vision, a personagem ficou num limbo narrativo que a Marvel nunca resolveu totalmente.

Desde o final de WandaVision, o destino da Vision tem sido uma das grandes pontas soltas do universo Marvel. O facto de Bettany confirmar novas participações sugere que a Marvel não esqueceu essa linha narrativa — e que Secret Wars, com a sua dimensão multiversal, pode ser o palco ideal para dar um desfecho (ou um novo começo) à personagem.

Secret Wars começa a ganhar forma… ainda que em silêncio

Até ao momento, a Marvel Studios não anunciou oficialmente qualquer nome para o elenco de Avengers: Secret Wars. No entanto, é amplamente assumido que muitos dos actores presentes em Avengers: Doomsday deverão regressar no capítulo seguinte, até porque ambos os filmes fazem parte do mesmo arco narrativo culminante da Saga do Multiverso.

Avengers: Doomsday tem estreia marcada para 18 de Dezembro de 2026, enquanto Secret Wars chegará aos cinemas a 17 de Dezembro de 2027. Tal como aconteceu com Infinity War e Endgame, espera-se que estes dois filmes funcionem como eventos gémeos, com consequências profundas para o futuro do MCU — incluindo possíveis despedidas, regressos inesperados e reconfigurações totais do universo.

O que pode significar o regresso de Bettany

Embora Bettany não tenha mencionado explicitamente Secret Wars, a leitura é quase inevitável. A escala da história, aliada à mitologia do multiverso, abre espaço para várias versões da Vision coexistirem — algo que os fãs de banda desenhada conhecem bem.

Mais do que uma simples participação, o regresso de Paul Bettany pode indicar que a Marvel pretende recuperar algumas das personagens que deram densidade emocional ao MCU numa fase em que o estúdio procura reencontrar equilíbrio criativo e ligação ao público.

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Se Secret Wars pretende ser o grande ponto de convergência de tudo o que a Marvel construiu — e desconstruiu — nos últimos anos, faz todo o sentido que a Vision esteja lá. Mesmo que, como sempre, não seja exactamente da forma que esperamos.

Taylor Sheridan Não Vende Só Séries de Sucesso: Também Vende Velas, Chili e até Corda Usada (e Nós Fomos Ver se Vale a Pena)

O showrunner milionário que transformou um rancho real numa marca de culto

Taylor Sheridan é hoje uma das figuras mais poderosas da televisão norte-americana. Yellowstone, as suas prequelas (18831923), os spin-offs anunciados, Tulsa KingLioness e Landman fizeram dele o raro autor capaz de dominar aquilo que resta da monocultura televisiva. Mas há um lado menos conhecido — e bastante mais insólito — do criador texano: Sheridan também vende produtos. Muitos produtos. Sob a marca 6666 Ranch, é possível comprar velas perfumadas, bebidas alcoólicas enlatadas, carne premium, temperos, roupa… e até uma corda de rancho usada.

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A história começa em 2022, quando Sheridan e parceiros adquiriram o lendário Four Sixes Ranch, fundado em 1870 e localizado no Texas Panhandle, com cerca de 270 mil acres. Um investimento colossal. O próprio Sheridan admitiu, numa entrevista de 2023, que parte da razão para produzir séries em catadupa foi precisamente pagar o rancho. A ficção a financiar a realidade — algo que não deixa de ser poeticamente coerente com o seu universo criativo.

Do ecrã para o carrinho de compras

Os fãs reconhecerão o Four Sixes de Yellowstone: é para lá que John Dutton envia o problemático cowboy Jimmy, numa espécie de purgatório texano onde se aprende disciplina à força de cavalos e pó. O rancho também surge, discretamente, em Landman, sob a forma de easter eggs. Um spin-off totalmente passado no local esteve em desenvolvimento, mas encontra-se actualmente em pausa.

Entretanto, o Four Sixes deixou de ser apenas cenário e tornou-se marca. No site oficial, há de tudo: cocktails enlatados, vodka, carne, T-shirts, bálsamo labial, velas e objectos de “estilo de vida”. Existe até um pop-up do Four Sixes Ranch Steakhouse no Wynn, em Las Vegas, e a carne é servida em clubes privados como o Ned’s Club, em Washington. O product placement chegou à própria série: em Yellowstone, Beth Dutton tenta pedir um Tito’s com soda e é informada de que ali só se serve vodka Four Sixes — logo, só pode pedir um “Sixes and soda”.

Velas, bálsamo e camisolas (ou: o lado doméstico do cowboy)

Comecemos pelo merchandising não comestível. A vela “Bunkhouse” promete notas de tabaco quente, bourbon envelhecido e patchouli. Tendo em conta o que um bunkhouse em Yellowstone realmente é — homens adultos em beliches, chili, guitarras e brigas —, poder-se-ia esperar algo mais… agressivo. Mas a vela é surpreendentemente suave e civilizada. Talvez demasiado limpa para quem procurava autenticidade olfactiva extrema.

O bálsamo labial de baunilha cumpre exactamente o que promete: é um bálsamo de baunilha com um rótulo do Four Sixes. Barato, funcional, perfeito como stocking stuffer para fãs da série.

Quanto à roupa, a camisola escolhida — um tank top com o logótipo — revelou um dado curioso: ninguém reconheceu a marca. Nem mesmo num ginásio às sete da manhã, território onde se esperaria encontrar o público-alvo. A única reacção veio de casa: “Isso parece MAGA”. Uma observação que, justa ou não, diz muito sobre a percepção cultural associada a este universo.

A corda usada: quando o fetiche vai longe demais

O produto mais estranho do catálogo é, sem dúvida, a corda de rancho usada. Vendida por cerca de 25 dólares, é anunciada com um poema sobre trabalho árduo e terreno agreste. A sensação inicial é clara: ninguém que não tenha vivido essa vida devia poder comprar este objecto. Mas a curiosidade vence.

A corda chega rígida, encerada, difícil de manusear. Tentativas de reutilização doméstica falham. No fim, acaba pendurada como peça decorativa sobre uma cabeça de alce de peluche. E, surpreendentemente, resulta. É inútil, mas visualmente eficaz — talvez a melhor definição possível para este produto.

Bebidas alcoólicas: o inesperado sucesso

O Four Sixes vende margaritas, cerveja e ranch water (tequila com soda e lima). Testadas por terceiros — devido a restrições de envio —, as bebidas receberam elogios inesperados. Sabores limpos, equilibrados, sem o efeito hiperactivo típico de algumas bebidas enlatadas. Um raro caso em que o branding não suplanta a qualidade do conteúdo.

A carne: o verdadeiro triunfo

O grande vencedor desta experiência é, sem discussão, a carne Four Sixes. Rib-eye, tenderloin e striploin incluídos num sampler revelam-se extraordinariamente macios, ao ponto de tornar difícil regressar à carne de supermercado comum. Segundo colaboradores do restaurante de Las Vegas, Sheridan defende uma filosofia simples: sal e pimenta, lume de lenha no exterior; ferro fundido no interior. Testada em casa, a carne confirma a reputação — e cria um problema sério: é impossível não notar a diferença.

O chili preparado com a mistura de especiarias da marca é robusto, intenso, embora a experiência tenha sido “contaminada” pela utilização de carne que não era integralmente Four Sixes. Ainda assim, o resultado foi impressionante.

Entre os rubs testados, o destaque vai para o Bunkhouse Campfire, que transforma até frango banal em algo digno de nota. O Smoky Maple revelou-se demasiado doce; o Original Cowboy funciona, mas é quase redundante quando a carne já é excelente.

Marca, mito e mercadoria

Há também produtos Yellowstone à venda — chili, feijão, mac and cheese — mas esses não são da autoria directa de Sheridan. E nota-se a diferença: os produtos Four Sixes são mais caros, mais cuidados, menos óbvios. Tal como as séries de Sheridan, nem tudo é consistente, mas quando funciona, funciona mesmo.

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Talvez seja essa a melhor conclusão. Tal como na sua televisão, comprar produtos do 6666 Ranch é um risco calculado. Pode sair algo trivial… ou algo surpreendentemente bom. Para um rewatch de 1883 neste Inverno, carne e ranch watersão escolhas seguras. A corda usada? Só se tiverem um alce de peluche à mão.

“Um Pesadelo”: A Guerra por Warner Bros Está a Virar Hollywood do Avesso

O fim de um estúdio lendário e o medo de mais um terramoto na indústria

“Desastre”, “catástrofe”, “pesadelo”. É assim que muitos profissionais de Hollywood descrevem o momento actual vivido pela Warner Bros, um dos estúdios mais históricos do cinema norte-americano, agora no centro de uma batalha feroz entre gigantes com visões muito diferentes para o futuro do entretenimento. Entre Netflix e Paramount Skydance, o destino da casa que produziu CasablancaGoodfellasBatman ou Harry Potter parece cada vez mais distante da Hollywood clássica que ajudou a definir.

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A possível venda — seja da Warner Bros como um todo à Paramount Skydance, seja a divisão dos seus activos mais valiosos para a Netflix — está a ser vivida como um luto colectivo numa indústria já profundamente fragilizada. Depois de uma quebra histórica na produção, greves simultâneas de actores e argumentistas e milhares de despedimentos, a perda de mais um grande estúdio significa menos empregos, menos compradores de projectos e ainda menos margem de manobra criativa.

Netflix ou bilionários pró-Trump? Uma escolha sem boas opções

Segundo dezenas de entrevistas realizadas pela BBC a actores, produtores e técnicos, Hollywood sente-se presa a um dilema inquietante: aceitar o controlo de uma gigante tecnológica acusada de contribuir para o declínio das salas de cinema ou entregar o estúdio a interesses financeiros associados a bilionários com ligações políticas preocupantes.

No cenário Netflix, a plataforma adquiriria os “diamantes da coroa”: o estúdio com 102 anos de história, a HBO e o vastíssimo arquivo de filmes e séries. Já canais como a CNN, a TNT Sports ou a Discovery seriam deixados para outros compradores. No campo oposto, a proposta hostil de 108 mil milhões de dólares da Paramount Skydance conta com financiamento da Arábia Saudita, Abu Dhabi, Qatar e até de um fundo criado por Jared Kushner, genro do Presidente Donald Trump — um detalhe que acendeu alarmes sobre censura e interferência governamental.

As preocupações intensificaram-se quando o próprio Trump afirmou publicamente que “é imperativo que a CNN seja vendida”.

Um sector ainda em recuperação… que nunca recuperou

Esta guerra pela Warner Bros surge na sequência de uma década de instabilidade crescente. Após o pico de produção em 2022, impulsionado pelo pós-pandemia, a indústria entrou em colapso em 2023 com as greves históricas. Quando estas terminaram, o boom nunca regressou.

Desde então, fusões, encerramentos e cortes tornaram-se rotina. A própria Paramount — entretanto comprada pela Skydance Media de David Ellison — eliminou milhares de postos de trabalho. Agora, com a Warner Bros à venda, muitos trabalhadores sentem que estão a assistir ao desmantelamento definitivo do sistema que sustentou Hollywood durante um século.

O vilão da história tem nome: David Zaslav

Independentemente de quem acabe por vencer esta corrida, há um consenso raro entre os profissionais do sector: o grande vilão desta história é David Zaslav, CEO da Warner Bros Discovery. Em 2024, Zaslav recebeu 51,9 milhões de dólares em remuneração, num ano em que a empresa perdeu mais de 11 mil milhões e viu as suas acções cair cerca de 7%.

Várias fontes compararam-no directamente a Gordon Gekko, o personagem de Wall Street que celebrizou a frase “a ganância é boa”. Zaslav assumiu o comando em 2022, após a mega-fusão entre a Discovery e a WarnerMedia, uma operação que resultou em milhares de despedimentos e numa política agressiva de cortes e cancelamentos.

A Warner Bros rejeita esta leitura, defendendo que sob a liderança de Zaslav o estúdio recuperou força criativa, relançou o universo DC com um plano de dez anos e tornou o serviço de streaming lucrativo pela primeira vez.

Trabalhadores à deriva num sistema em colapso

Para muitos profissionais, quem compra a Warner Bros é quase secundário. O verdadeiro problema é estrutural: um mercado mais pequeno, dominado por menos empresas, cada vez mais dependente de algoritmos e com a Inteligência Artificial a ameaçar postos de trabalho criativos.

Há histórias duras. Um actor, agora sem-abrigo com a mulher e dois filhos, descreve acordar todos os dias com a sensação de ter falhado “em todas as direcções”. Outro profissional diz preferir ver a Warner nas mãos da Netflix do que de “dinheiro estrangeiro”. Já exibidores de cinema temem um futuro em que as salas se tornem irrelevantes, acusando a Netflix de nunca ter acreditado verdadeiramente na experiência do grande ecrã.

Ainda assim, alguns vêem sinais de boa-fé, como a recuperação do histórico Egyptian Theatre, em Hollywood, restaurado pela Netflix após décadas de abandono.

O futuro é incerto… mas o trabalho continua

No lote da Warner Bros, os turistas continuam a tirar fotografias no cenário do Friends. Nos escritórios, quem ainda tem emprego continua a trabalhar. Um produtor resume o sentimento geral: é triste perder um estúdio, mas “se fizeres coisas boas, continuas a fazer coisas boas”.

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Numa indústria onde bilionários e trilionários podem surgir a qualquer momento — “até o Elon Musk podia entrar nisto”, brinca —, a única certeza é a incerteza. Para Hollywood, a batalha pela Warner Bros não é apenas um negócio. É um sinal claro de que a era dourada dos estúdios está, talvez, a chegar ao fim.