Billie Eilish chega ao grande ecrã em 3D: trailer e primeiras imagens de Hit Me Hard and Soft: The Tour (Live in 3D) já disponíveis

Billie Eilish está prestes a invadir as salas de cinema portuguesas — e desta vez não apenas com a sua voz, mas com uma experiência audiovisual concebida ao milímetro para surpreender. Já foram revelados o trailer e as fotografias oficiais de Billie Eilish – Hit Me Hard and Soft: The Tour (Live in 3D), o filme-concerto que transforma a digressão mundial da artista num espetáculo cinematográfico imersivo. A estreia em Portugal está marcada para 19 de março de 2026.  

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A produção chega com um detalhe que ninguém esperava: James Cameron assina a realização ao lado da própria Billie Eilish. Se há alguém capaz de reinventar a forma como a música se vê e se sente no grande ecrã, é o cineasta que levou o 3D para um novo patamar em Avatar. Agora, Cameron aplica essa tecnologia ao universo emocional e atmosférico de Hit Me Hard and Soft, álbum e digressão que marcaram um novo capítulo artístico na carreira de Billie — mais maduro, mais íntimo e mais cinematográfico.

O material agora divulgado oferece o primeiro olhar sobre esta experiência: palcos envoltos em néons líquidos, movimentos de câmara que amplificam a presença magnética de Billie e um design sonoro pensado para envolver o público como se este estivesse no centro da multidão. Gravado ao longo da digressão internacional esgotada, o filme pretende capturar não apenas a energia do espetáculo ao vivo, mas também a vulnerabilidade e a intensidade que Billie Eilish transporta para cada atuação.  

Em 3D, tudo ganha outra dimensão: as coreografias, os ambientes minimalistas, os jogos de luz que caracterizam a estética da artista e até os momentos de absoluta quietude emocional. Esta não é apenas a transposição de um concerto para cinema; é uma reformulação visual e sensorial da própria linguagem de palco da artista.

O filme-concerto chega às salas portuguesas através da Paramount Pictures, em parceria com a Darkroom Records, Interscope Films e Lightstorm Entertainment, com distribuição da NOS Audiovisuais. É um encontro improvável — e estimulante — entre uma das vozes mais influentes da música contemporânea e uma das figuras mais ambiciosas da história do cinema. Não é descabido imaginar que Hit Me Hard and Soft: The Tour (Live in 3D) poderá redefinir o que significa filmar um concerto para cinema, tal como Cameron redefiniu a experiência 3D em ficção científica.

A sinopse oficial reforça essa intenção: esta é uma viagem imersiva, captada durante uma digressão mundial esgotada, que convida o espectador a entrar na atmosfera emocional que Billie constrói em palco — uma zona onde intimidade e espectáculo coexistem sem contradição.  

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Se 2026 promete ser marcado por grandes regressos, sequelas épicas e sagas espaciais de milhões, também trará, graças a Billie Eilish, um cinema de proximidade, pulsação e presença. Um cinema que canta, respira e vibra. Um cinema que não pede ao espectador para olhar, mas para sentir.

E com James Cameron atrás de uma das câmaras, não há dúvida: esta digressão está prestes a tornar-se ainda maior do que já era.

Nicolas Cage regressa a casa pelo Natal — com um filme de terror sobre Jesus que promete tornar-se culto instantâneo

Há fenómenos que só Nicolas Cage consegue conjugar: espiritualidade, terror bíblico, excentricidade absoluta e a sensação permanente de que estamos sempre a dois segundos de um clássico de culto. The Carpenter’s Son, o mais recente capítulo da fase avant-garde da carreira do actor, chegou finalmente às plataformas digitais — e, ironicamente, a tempo do Natal. Nada como celebrar a época com um “filme de terror sobre Jesus” protagonizado por Cage como… José, o pai do futuro Messias.

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Realizado e escrito por Lotfy Nathan, The Carpenter’s Son é descrito oficialmente como uma história de guerra espiritual numa aldeia remota do Egipto romano, onde José, Maria e o jovem Jesus vivem sob ameaça constante de forças sobrenaturais. É uma premissa que parece saída de um manuscrito apócrifo filtrado por um autor de ficção grotesca. Ainda assim, na prática, funciona como o que Hollywood sempre soube fazer bem: uma fábula sombria sobre fé, identidade e tentação, com uma reinterpretação radical da infância do Cristo bíblico.

O filme acompanha a família enquanto uma paragem num pequeno povoado desencadeia o que se revela ser um confronto directo com o Mal. A responsável por mover as peças é uma jovem misteriosa, interpretada por Isla Johnston, que tenta seduzir Jesus para um mundo proibido — um mundo que José reconhece instintivamente como perigoso. O receio transforma-se em terror quando fenómenos violentos e inexplicáveis começam a seguir o rapaz, até que a verdade é revelada: a “nova amiga” de Jesus tem um nome que dispensa apresentações. Satanás — ou melhor, “Suhtan”, como se tornou viral graças ao trailer — surge aqui numa forma infantil e profundamente inquietante.

No centro desta narrativa está um Nicolas Cage que continua a refinar a sua carreira como sumo sacerdote do cinema arriscado. Depois de títulos como MandyPigDream Scenario e o recente Longlegs, Cage demonstra novamente que não tem medo de mergulhar em personagens que desafiam convenções e que, muitas vezes, vivem entre o ridículo e o sublime. Desta vez, interpreta um José consumido pelo pânico e pela impotência, tentando proteger um filho cujo destino parece inevitavelmente maior do que a sua própria compreensão.

Curiosamente, apesar da premissa ousada e do nome de Cage no topo do cartaz, The Carpenter’s Son passou despercebido quando estreou. O filme não recebeu a atenção que títulos mais comerciais do actor têm conquistado nos últimos anos. Agora, disponível em plataformas como Apple TV, Prime Video e Fandango, tem finalmente a oportunidade de encontrar o público que lhe faltou no circuito tradicional — e talvez de se tornar o fenómeno “meme-bíblico-sensação” para o qual nasceu.

Em paralelo, o filme toca também numa sensibilidade muito peculiar da época: a reinvenção irreverente de narrativas sagradas. Nathan não persegue blasfémia gratuita, mas um thriller espiritual deliberadamente desconfortável, onde a proximidade de Jesus à humanidade é confrontada com a inevitabilidade da sua mitologia. Noah Jupe interpreta um Messias adolescente cheio de dúvidas, presságios e medo — um contraste poderoso com o imaginário canónico que conhecemos.

No meio disto tudo, há ainda FKA twigs como Maria, oferecendo uma performance austera e magnética, e uma atmosfera que oscila entre o terror psicológico, o misticismo ancestral e um humor involuntário que emerge sobretudo graças à própria existência de um filme onde Jesus é assombrado por uma versão infantil do Diabo.

Com a chegada do filme ao streaming, o culto pode finalmente consolidar-se. E sim, é quase garantido que a pronúncia “Suhtan” vá ecoar internet fora como o novo grito de guerra dos fãs de Cage — a meio caminho entre a religião e o absurdo absoluto.

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Se The Carpenter’s Son será a escolha perfeita para acompanhar o espírito natalício? Isso fica para cada espectador decidir. Mas, para quem aprecia a vertente mais destemida, ousada e deliciosamente estranha de Nicolas Cage, este pode muito bem ser o filme de Natal mais subversivo do ano.

Russell Crowe critica “Gladiator II” e acusa Ridley Scott de falhar o “coração moral” do original

Vinte e cinco anos depois de Gladiator ter arrebatado o Óscar de Melhor Filme e transformado Russell Crowe num ícone moderno da épica romana, o actor decidiu finalmente falar — e não poupou nas palavras. Embora sempre tenha demonstrado apoio cordial a Gladiator II, o actor australiano não participou na sequela por razões óbvias: Maximus morreu em 2000, e Crowe nunca escondeu que preferia deixá-lo descansar em paz. Mas, numa entrevista recente à Triple J, o actor deixou claro que, apesar do sucesso de streaming que o filme encontrou posteriormente, algo fundamental se tinha perdido pelo caminho.

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Crowe foi directo ao ponto: segundo ele, Gladiator II não compreendeu aquilo que fez do primeiro filme uma obra especial. E o problema, garante, não está na escala, nos cenários, nem sequer nas batalhas. Está no que Ridley Scott decidiu alterar — ou ignorar.

“O que tornou o primeiro filme especial não foi o espectáculo. Não foram as cerimónias. Não foi a acção”, disse Crowe. “Foi o núcleo moral.” Uma frase que soa quase como um diagnóstico clínico ao que faltou na sequela de 2024, que contou com Paul Mescal, Pedro Pascal e Denzel Washington.

Na mesma entrevista, Crowe criticou especialmente a ideia introduzida por Scott de que Maximus teria um filho ilegítimo, Lucius. Para o actor, essa decisão contraria a essência emocional e ética do gladiador. “Havia uma luta diária no plateau para manter essa integridade moral do personagem”, contou. “A quantidade de vezes que sugeriram cenas de sexo para Maximus… era absurdo. Se ele tinha este amor absoluto pela mulher, como é que ao mesmo tempo estaria com outra pessoa? Isso retirava-lhe poder.”

Crowe contou ainda que, durante as filmagens do original, lutava diariamente para preservar essa pureza emocional do personagem — algo que lhe valeu não só o Óscar, mas também o estatuto de uma das figuras mais icónicas do cinema moderno.

A polémica surge numa altura em que Gladiator II enfrenta uma reputação ambígua: apesar de ter arrecadado 462 milhões de dólares no box office mundial, o orçamento gigantesco — cerca de 210 milhões — fez com que o filme não alcançasse o lucro esperado. Não foi um desastre comercial, mas ficou longe do triunfo unânime que Scott esperava e que o estúdio precisava. Ainda assim, a sequela encontrou um novo fôlego no streaming, onde se tornou um dos títulos mais vistos do pós-lançamento, confirmando que o interesse pelo universo continua vivo.

Mas Crowe não é o único a levantar dúvidas sobre o futuro da saga. Ridley Scott já afirmou que tem ideias para um eventual Gladiator III, mas a questão permanece: poderá a franquia avançar se continuar a afastar-se do elemento humano que definiu a história original? E, ainda mais relevante, estará Scott disposto a ouvir críticas — sobretudo de alguém tão intrinsecamente associado à grandeza do primeiro filme?

A resposta é incerta. Scott nunca foi conhecido por ceder a pressões externas, muito menos por ajustar a sua visão criativa para tranquilizar vozes críticas. No entanto, a recepção mista de Gladiator II e a contundência das palavras de Crowe poderão tornar-se factores decisivos para qualquer nova incursão no império romano.

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Uma coisa parece certa: para Russell Crowe, Maximus continua a ser mais do que um gladiador — é um símbolo de honra, amor e sacrifício. E mexer no coração desse legado, mesmo numa sequela onde o actor já não está presente, é algo que ele não está disposto a deixar passar em silêncio.

Zendaya e Robert Pattinson perdem a cabeça no trailer de The Drama, a nova comédia negra da A24

A A24 divulgou o primeiro trailer de The Drama, o novo filme de Kristoffer Borgli, e basta um minuto de imagens para perceber que o realizador de Dream Scenario não pretende aliviar a mente de ninguém em 2026. Zendaya e Robert Pattinson interpretam um casal prestes a casar — e simultaneamente prestes a desmoronar — naquela que promete ser uma das comédias negras mais aguardadas do próximo ano.

Borgli, que conquistou atenção global com a performance delirante de Nicolas Cage em Dream Scenario, volta a explorar personagens em colapso emocional e social, mas agora com duas das maiores estrelas da actualidade. Zendaya e Pattinson surgem envolvidos num noivado que parece menos um compromisso romântico e mais um exercício de sobrevivência psicológica. O trailer sugere uma espiral de paranóia, exaustão e absurdismo que encaixa perfeitamente no ADN da A24.

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Para além dos protagonistas, o elenco inclui Mamoudou Athie, Alana Haim e Hailey Gates, nomes que reforçam a estética própria da produtora — intérpretes de energia singular, capazes de habitar histórias que oscilam entre o desconforto e o humor mais negro. The Drama chega às salas norte-americanas a 3 de abril de 2026, com estreia internacional prevista para a mesma janela, seguindo a estratégia habitual da A24.

O filme, no entanto, é apenas o primeiro de três encontros entre Zendaya e Pattinson no espaço de um ano. Os dois voltarão a cruzar-se em The Odyssey, a adaptação épica de Christopher Nolan que estreia a 17 de julho de 2026, com Zendaya no papel de Atena e Pattinson como Antínoo, um dos pretendentes de Penélope na mitologia de Homero. Este é um dos projectos mais ambiciosos de Nolan, que regressa ao género histórico-mitológico após Oppenheimer, e promete uma escala grandiosa incomum no cinema contemporâneo.

E a maratona continua no final do ano: Dune: Part Three, o capítulo final da trilogia de Denis Villeneuve, estreia a 18 de dezembro de 2026. Zendaya regressa como Chani, agora no centro da narrativa política e espiritual do universo de Arrakis. Pattinson junta-se ao elenco pela primeira vez, num papel ainda envolto em segredo, embora os rumores apontem para Scytale — uma personagem camaleónica e crucial no arco de Messiah, de Frank Herbert. Se confirmado, o actor entrará na saga com um antagonista complexo e cheio de nuances, a condizer com o seu histórico de escolhas arrojadas.

Entre estes três projectos, Zendaya vive um momento de ubiquidade cinematográfica e televisiva. Depois do sucesso de Challengers, de Luca Guadagnino, prepara o regresso à televisão com a terceira temporada de Euphoria e voltará ao género super-herói em Spider-Man: Brand New Day, com estreia marcada para 31 de julho de 2026. Pattinson, por sua vez, continua a alternar entre blockbusters e cinema de autor, tendo recentemente protagonizado Die My Love, de Lynne Ramsay, ao lado de Jennifer Lawrence.

Mas por agora, é The Drama que concentra todos os olhares. O trailer promete um estudo satírico sobre relações modernas, fama, instabilidade e a tendência contemporânea para dramatizar tudo — uma energia que Borgli domina como poucos. Zendaya e Pattinson, juntos num caos emocional coordenado, parecem ter encontrado aqui um campo fértil para um humor que magoa e faz rir ao mesmo tempo.

Prime Video revela primeiras imagens de Young Sherlock, a nova prequela de Guy Ritchie sobre o detective mais famoso do mundo

A A24 volta, assim, a posicionar-se no território onde mais brilha: o cinema que incomoda, que provoca e que transforma crises pessoais em entretenimento profundamente humano. E com dois protagonistas no auge das suas carreiras, The Drama pode muito bem tornar-se uma das surpresas do ano.

Prime Video revela primeiras imagens de Young Sherlock, a nova prequela de Guy Ritchie sobre o detective mais famoso do mundo

Depois de mais de uma década sem novidades no grande ecrã, o universo de Sherlock Holmes regressa — mas não como muitos esperavam. Guy Ritchie, responsável pelos dois filmes protagonizados por Robert Downey Jr. e Jude Law, volta agora ao mundo de Conan Doyle com Young Sherlock, uma série que funciona como prequela espiritual do franchise cinematográfico, apesar de não estar formalmente ligada a ele.

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A Prime Video divulgou as primeiras imagens oficiais e, à primeira vista, há um detalhe impossível de ignorar: Hero Fiennes Tiffin parece nascer para este papel. Com apenas 19 anos na narrativa — e um visual marcado pela intensidade e inquietação — o jovem Sherlock surge num cenário académico e turbulento da Oxford da década de 1870, prestes a confrontar-se com o que será o primeiro grande teste ao seu génio dedutivo.

A série acompanha um Sherlock ainda bruto, impulsivo e socialmente deslocado, distante do ícone elegante e metódico que se tornará mais tarde em Baker Street. Aqui, ele é um jovem desacreditado, quase à deriva, quando um caso de homicídio ameaça não só a sua reputação mas também a sua liberdade. A investigação leva-o a cruzar-se, ironicamente cedo demais, com aquele que se tornará o seu némesis: James Moriarty, interpretado por Dónal Finn.

O elenco inclui ainda Natascha McElhone como Cordelia Holmes, Max Irons como Mycroft, e Colin Firth num papel de autoridade académica, Sir Bucephalus Hodge. Zine Tseng surge como a misteriosa Princesa Gulun Shou’an, figura que promete expandir o enredo além dos limites britânicos. A série não se contenta com os espaços fechados da academia: prepara-se para levar Sherlock numa conspiração de escala global, marcada por intriga, política e aventura.

Apesar de não existir qualquer ligação oficial entre esta nova produção e os filmes de Ritchie protagonizados por Downey Jr., a Prime Video garante que Young Sherlock preserva o mesmo espírito estético — a mistura de irreverência, ritmo acelerado e humor seco que marcou o universo cinematográfico. A ausência de conexão formal deve-se, ao que tudo indica, a questões de direitos, mas também oferece liberdade criativa à equipa para reinventar o detective numa fase da vida ainda pouco explorada.

Guy Ritchie descreveu a série como uma oportunidade para “abrir” a personalidade enigmática de Holmes e mostrar o que o transformou no génio que a cultura popular adoptou. A promessa é simples mas ambiciosa: revelar o que existe antes da lenda, antes da lupa, antes do chapéu-deerhunter. O Sherlock que aqui encontramos está longe do método clínico que definirá o seu futuro — é emocional, imprudente, por vezes até caótico. Mas as sementes da genialidade estão lá, prontas a rebentar.

Adaptada dos livros Young Sherlock Holmes de Andrew Lane, a série conta com Ritchie como realizador e produtor executivo, e com Matthew Parkhill como showrunner. O lançamento está previsto para 2026, embora ainda sem data concreta.

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Tudo indica que Young Sherlock será uma peça central da oferta da Prime Video no próximo ano, sobretudo para os fãs que há muito esperam um renascimento do detective, mas que acabam agora por receber algo ainda mais raro: a oportunidade de ver o mito a construir-se — uma dedução de cada vez.

Netflix cancela Starting 5 após duas temporadas — e nem LeBron James nem os Obama conseguiram salvar a série

A Netflix voltou a apertar o lápis vermelho. Starting 5, a ambiciosa série documental que prometia oferecer um olhar intimista sobre a vida de cinco estrelas da NBA em cada temporada, não regressará para um terceiro ano. Produzida por um trio improvável mas poderoso — LeBron JamesBarack Obama e Michelle Obama — a série parecia destinada a tornar-se um dos projectos premium do catálogo da plataforma. A realidade, porém, contou outra história.

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Cinco meses após a estreia da segunda temporada, a Netflix decidiu cancelar Starting 5. A decisão, segundo o Sports Business Journal, prende-se com um motivo que tem sido cada vez mais determinante na era do streaming: a audiência não correspondeu às expectativas. O público nunca aderiu de forma consistente e, pior ainda, a primeira temporada não conseguiu igualar os resultados de Quarterback, a série sobre a NFL que a plataforma lançou em 2023 e que rapidamente se tornou num fenómeno global.

No papel, Starting 5 parecia ter tudo para triunfar. A série oferecia acesso directo ao quotidiano de alguns dos atletas mais influentes do basquetebol contemporâneo, alternando entre os bastidores da competição, os dramas pessoais, a pressão da alta competição e a construção das suas respectivas heranças desportivas. A primeira temporada seguiu LeBron JamesJimmy ButlerAnthony EdwardsDomantas Sabonis e Jayson Tatum, um conjunto de protagonistas cujas histórias reflectem diferentes fases da vida na NBA — desde o estatuto de superestrela consolidada até ao talento explosivo em ascensão.

A segunda temporada manteve o conceito, mas apostou numa mistura de veteranos de elite e figuras emergentes: Jaylen BrownKevin DurantShai Gilgeous-AlexanderTyrese Haliburton e James Harden. O logline oficial prometia uma temporada marcada por episódios que “abalaram a liga”, lesões devastadoras e “uma série final para a história”. Tudo isto envolvido no tipo de tratamento cinematográfico que tem marcado os documentários desportivos da última década.

Mas a verdade é que a série nunca conseguiu romper a barreira do nicho. Apesar do peso dos nomes envolvidos — e de um trio de produtores executivos que inclui LeBron James, Maverick Carter e a equipa da Higher Ground dos Obama — Starting 5 não encontrou o mesmo apelo transversal que projectos como The Last Dance ou Drive to Survive. O basquetebol, global quanto é, não foi suficiente para transformar oito episódios por temporada em eventos obrigatórios no calendário dos assinantes.

A produção, realizada por Trishtan Williams, Susan Ansman, Peter J. Scalettar e Rob Ford, apresentava uma abordagem visual cuidada, com ritmo e intensidade, mas nunca deixou de ser vista como uma obra cujo principal público era… fãs hardcore de NBA. E, na guerra feroz pelo tempo de atenção do espectador, a Netflix tem demonstrado pouca paciência para títulos que não atinjam números sólidos rapidamente — mesmo que carreguem nomes presidenciais nos créditos.

O cancelamento de Starting 5 representa mais um sinal da mudança de prioridades no streaming: o período de investimento ilimitado deu lugar a uma lógica de corte rápido. A série tinha pedigree, tinha estrelas, tinha drama — mas não tinha audiência suficiente. E na era dos algoritmos, isso é o que mais pesa.

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Ironicamente, poderá ser esta decisão que venha a reavivar a discussão sobre como contar histórias desportivas num meio saturado de conteúdo. Mas, por agora, para LeBron, para os Obama e para a equipa criativa, o jogo acabou antes do tempo.

Daniel Day-Lewis apoia Paul Dano após insultos de Quentin Tarantino — e Hollywood mobiliza-se

A polémica desencadeada por Quentin Tarantino continua a incendiar Hollywood, e desta vez entrou em cena um dos actores mais respeitados da história do cinema: Daniel Day-Lewis. Ainda que discretamente e sem declarações públicas, o lendário actor manifestou apoio a Paul Dano depois das duras críticas de Tarantino, reacendendo o debate sobre respeito profissional, ética artística e a influência das opiniões do realizador de Pulp Fiction na indústria.

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A polémica explodiu depois de Tarantino, convidado do podcast The Bret Easton Ellis Show, ter revelado a sua lista dos 20 melhores filmes do século XXI. There Will Be Blood — uma das obras-primas de Paul Thomas Anderson — surgiu em quinto lugar. Até aqui, nada de surpreendente. O realizador elogiou o trabalho de Day-Lewis, sublinhando a “qualidade artesanal do velho Hollywood” e a forma como o actor carregava o filme sem necessidade de grandes set pieces.

Mas o entusiasmo durou pouco. Ao justificar porque não colocou There Will Be Blood mais acima na lista, Tarantino disparou contra Paul Dano, chamando-o, entre outras coisas, “weak sauce”, “a weak sister” e até “o actor mais fraco do SAG”. Uma afirmação tão desproporcional quanto desconcertante, sobretudo tratando-se de um actor elogiado de forma consistente pela crítica e pelos seus pares.

A reação da comunidade cinematográfica foi quase imediata. Matt Reeves, realizador de The Batman, onde Dano interpretou o perturbante Riddler, saiu em sua defesa. Simu LiuMattson Tomlin e outros criativos juntaram-se ao coro. Mas o gesto mais simbólico chegaria de forma inesperada.

Um fan account de Daniel Day-Lewis no Instagram — frequentemente apresentado como dedicado ao actor, mas não administrado por ele — partilhou duas cenas emblemáticas de There Will Be Blood em que Day-Lewis contracena com Dano, acompanhadas da legenda: “Paul Dano é um dos actores mais talentosos da sua geração.”

Vários meios noticiaram inicialmente que o perfil pertenceria ao próprio actor. Contudo, os representantes de Day-Lewis esclareceram ao The Guardian que o actor não tem redes sociais — mas deixaram uma nota que alterou por completo o impacto da publicação: o actor partilha integralmente o sentimento expresso no post.

É um detalhe poderoso. Day-Lewis, famoso pelo seu rigor absoluto e averso a polémicas, não precisava de dizer mais nada. Esta simples validação representou um apoio silencioso, mas profundamente significativo. Afinal, foi o próprio Day-Lewis quem sugeriu o nome de Dano para o filme, quando o actor inicialmente escolhido abandonou a produção em cima da hora. A confiança era, e continua a ser, total.

O mesmo fan account partilhou ainda uma série de imagens em defesa de Dano, destacando interpretações marcantes em Little Miss SunshinePrisoners12 Years a SlaveThe Batman e, claro, There Will Be Blood. Uma espécie de mini-retrospectiva que lembrava aquilo que Tarantino — ou qualquer espectador minimamente atento — dificilmente pode negar: Dano é um dos actores mais versáteis e sofisticados da sua geração.

Enquanto isso, a polémica continuou a alastrar-se. Tarantino não se limitou a criticar Dano; disse também não gostar de Owen Wilson e chamou Matthew Lillard de fraco. Lillard respondeu num painel da GalaxyCon em Ohio, visivelmente magoado, dizendo que os comentários o fizeram questionar a sua relevância em Hollywood. “Dói. É humilhante”, confessou. “E ele nunca diria isto a um Tom Cruise.”

A verdade é que a indústria pode ser implacável. E quando alguém da estatura de Tarantino dispara insultos, o impacto não se mede apenas em polémica — mede-se nas oportunidades futuras, na perceção pública e, sobretudo, na dignidade dos actores visados.

Neste caso, porém, Hollywood respondeu de forma clara: Paul Dano não está sozinho. E quando um actor como Daniel Day-Lewis — tricampeão dos Óscares e unanimemente respeitado — apoia, ainda que discretamente, o talento de um colega, o gesto fala mais alto do que qualquer insulto mediático.

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Tarantino pode continuar a fazer listas. Mas o legado — esse constrói-se com trabalho, não com declarações incendiárias. E Paul Dano continua a ser, para muitos dos melhores cineastas da sua geração, exactamente aquilo que Tarantino diz que ele não é: um actor excepcional.

Gwyneth Paltrow revela paixão da filha por Jacob Elordi — e o actor responde com humor desconcertante

O encontro entre Gwyneth Paltrow e Jacob Elordi para a mais recente edição do “Actors on Actors”, da Variety, podia ter seguido o habitual rito de cortesias profissionais. Mas bastaram poucos segundos para que a actriz transformasse a conversa num momento inesperado – e deliciosamente humano. Com a sinceridade desarmante que a caracteriza, Paltrow contou-lhe que os seus filhos, Apple e Moses, são admiradores do actor australiano. E, sem rodeios, acrescentou: “A minha filha está apaixonada por ti.”

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Jacob Elordi, que já deve ter ouvido variações dessa frase centenas de vezes desde Euphoria e The Kissing Booth, sorriu e respondeu com aquela naturalidade quase automática de quem vive numa tempestade permanente de elogios: “É sempre o mesmo: toda a gente diz ‘a minha mãe adora-te’, ‘a minha filha adora-te’… nunca é ‘eu adoro-te’.” Paltrow não hesitou e devolveu-lhe um simples “Eu adoro-te, Jacob”, como quem oferece um mimo teatral para aliviar a tensão da revelação.

A actriz explicou que conheceu o trabalho de Elordi graças aos filhos, apesar de estes a terem avisado contra ver Euphoria. Ainda assim, ficou impressionada com a performance dele – uma linha comum nas muitas vozes que o têm seguido atentamente. Hoje, com 28 anos, Elordi tornou-se um daqueles actores raros que conseguem cruzar o encanto juvenil com um magnetismo dramático que atrai públicos muito diferentes.

Parte desse magnetismo está em exibição na nova adaptação de Frankenstein realizada por Guillermo del Toro. O filme estreou comercialmente no Brasil em 23 de outubro de 2025 e chegou à Netflix brasileira em 7 de novembro de 2025. Em Portugal, tal como em muitos mercados europeus, a estreia foi exclusivamente via Netflix, onde permanece disponível — uma prática cada vez mais frequente nos títulos de Del Toro. A interpretação de Elordi como a Criatura tem sido descrita como uma das mais intensas da sua carreira, afastando-o ainda mais do rótulo de “galã adolescente”.

Já Gwyneth Paltrow prepara o regresso ao grande ecrã com Marty Supreme, a sua primeira longa-metragem desde Avengers: Endgame. O filme, protagonizado por Timothée Chalamet, leva a actriz a interpretar Kay Stone, uma estrela de Hollywood retirada que ressurge numa história ambientada nos anos 50. Nos Estados Unidos, Marty Supreme estreia a 25 de dezembro de 2025. No Brasil, a data está já confirmada para 8 de janeiro de 2026. Em Portugal, porém, ainda não existe uma data oficial de estreia – a distribuição nacional permanece por anunciar.

A actriz comentou ainda que os filhos reagiram com entusiasmo (ou desconforto, no caso do filho) às imagens que circularam das gravações em Nova Iorque, onde Paltrow e Chalamet foram vistos a filmar uma cena romântica no Central Park. Apple achou “incrível”, enquanto Moses preferiu cobrir os olhos e fingir que nada havia acontecido. São pequenas janelas que revelam não apenas a dinâmica familiar da actriz, mas também a forma descontraída com que encara o regresso ao cinema.

O momento com Elordi, porém, tornou-se viral não pela provocação simpática da filha apaixonada, mas pela naturalidade com que ambos jogaram com a situação. O actor devolveu humor, Paltrow devolveu carinho, e num piscar de olhos criaram um dos clips mais vistos desta edição do programa. Nada encenado, apenas dois actores em plena calma, a descobrir afinidades improváveis.

Hollywood vive desses instantes — de encontros que parecem improváveis até acontecerem, de confissões que surgem num momento de vulnerabilidade e acabam por definir uma temporada inteira de entrevistas. Entre o charme de Elordi, a sinceridade de Paltrow e o entusiasmo desarmado dos filhos da actriz, o episódio tornou-se um lembrete do que ainda podemos encontrar no meio de tanta máquina promocional: humanidade, constrangimento gentil e um pouco de humor no sítio certo.

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E se Apple Martin continua apaixonada pelo actor? Provavelmente sim. Mas, como ficou claro pela conversa, não é a única.

Pamela Anderson Quebra o Silêncio Sobre o Romance com Liam Neeson: “Se querem mesmo saber…”

Durante meses, Hollywood viveu num misto de incredulidade, fascínio e pura curiosidade: afinal, Pamela Anderson e Liam Neeson estavam mesmo juntos ou tudo não passava de um golpe promocional digno de uma comédia romântica? Agora, a própria protagonista da história decidiu acabar com o mistério — e sim, havia romance. Verdadeiro. E com cenas dignas de um guião de Nancy Meyers.

Os rumores começaram no verão, quando os dois surgiram cúmplices na passadeira vermelha da antestreia londrina de The Naked Gun (2025), o reboot da clássica comédia de acção. Houve troca de beijos amigáveis, houve olhares prolongados, houve declarações que passaram do charme para o quase flagrante. Pamela suspirava sobre a “elegância” de Neeson; Neeson, por sua vez, não escondia o brilho nos olhos. O público delirou. Internet incluída.

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Mas só agora Pamela Anderson decidiu revelar o que realmente aconteceu — e, mais importante, o que já não está a acontecer. Em entrevista à People, num excerto divulgado antes da capa oficial, a actriz e modelo admitiu que houve sim um relacionamento, ainda que breve. “Se querem mesmo saber, eu e o Liam estivemos envolvidos romanticamente por um curto período, mas apenas depois de terminarmos as filmagens”, afirmou.

Segundo Anderson, os dois passaram uma “semana íntima” na casa de Neeson no norte do estado de Nova Iorque. Uma semana que ela descreve quase como um parêntesis encantado: jantares num pequeníssimo restaurante francês, família a entrar e sair da casa como se já fizessem parte do enredo, assistentes a circular num ambiente meio surreal, declarações inesperadas — como quando Neeson a apresentou numa dessas noites como “a futura Sra. Neeson”.

Houve até episódios insólitos que confirmam que, quando o assunto é Liam Neeson, a realidade tende a comportar-se como um dos seus filmes: Pamela conta que o actor chegou a afugentar um urso do jardim… usando apenas um robe. É talvez o gesto mais “Liam Neeson” que poderíamos imaginar, numa história já por si cinematográfica.

A relação, porém, não sobreviveu ao calendário frenético de ambos. Projectos distintos, deslocações contínuas e prioridades profissionais ditaram o fim da breve ligação. Anderson descreve o período como a sua “semana romântica perdida”, algo bonito, inesperado e talvez inevitavelmente efémero.

Apesar disso, rejeita qualquer teoria de que tudo não passou de marketing para promover The Naked Gun. “Estávamos a divertir-nos”, explicou. “Sempre que alguém dizia que era um golpe publicitário, eu ria-me. Publicidade? Isto é real. Temos sentimentos reais.” A química fora do ecrã, segundo ela, era tão natural como a que exibiam em frente às câmaras.

Do lado de Neeson, a admiração sempre foi explícita. O actor chegou a dizer numa entrevista que trabalhar com Anderson foi o momento mais marcante da sua carreira. Noutra ocasião, declarou estar “perdidamente apaixonado” pela sua co-protagonista. Até familiares próximos dele torciam publicamente pelo casal.

Mas, como nos melhores romances de meia-estação, a vida acabou por seguir caminhos distintos. Pamela Anderson admite que são “melhores amigos do que parceiros” — mas deixa uma frase final que alimenta todas as esperanças dos fãs: “Tenho a certeza de que estaremos sempre presentes na vida um do outro.”

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Se esta história ainda terá um segundo acto, só o tempo dirá. Por agora, fica a memória de um dos emparelhamentos mais inesperados — e curiosamente encantadores — de Hollywood nos últimos anos.

“Gritos 6”: Ghostface Troca Woodsboro por Nova Iorque — e Está Mais Implacável do que Nunca

Quando achávamos que a saga Scream já tinha reinventado todas as máscaras possíveis, surge Gritos 6 para provar que Ghostface ainda tem muito para dizer — e, sobretudo, muito para perseguir. A sexta entrada da icónica franquia estreia em exclusivo na televisão portuguesa no dia 13 de dezembro, às 21h30, no TVCine Top, levando a carnificina para longe de Woodsboro e para o coração de Nova Iorque.  

A premissa parece simples, quase esperançosa: quatro sobreviventes dos últimos ataques de Ghostface tentam reconstruir as suas vidas numa nova cidade. Sam, dividida entre dois empregos e ainda marcada pelo trauma, tenta proteger com unhas e dentes a meia-irmã Tara, agora universitária e ávida por recuperar um vislumbre de normalidade. A eles juntam-se os gémeos Mindy e Chad, igualmente à procura de um recomeço. Woodsboro ficou para trás — a promessa era essa.

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Mas Ghostface nunca foi personagem de cumprir promessas. Quando o telefone toca e a voz metálica regressa, Nova Iorque transforma-se num novo campo de caça. O que antes era familiar — corredores de liceu, casas suburbanas, ruelas conhecidas — dá agora lugar a uma cidade gigante onde o anonimato joga tanto a favor das vítimas como do assassino. A mensagem, no entanto, permanece a mesma: ninguém está seguro.

Realizado por Tyler Gillett e Matt Bettinelli-OlpinGritos 6 continua a fórmula que revitalizou o franchise em 2022, equilibrando humor negro, violência gráfica e tensão constante. A dupla de realizadores leva Ghostface para um território mais agressivo, mais físico e, segundo os próprios, “mais brutal do que nunca”. O filme expande também a dimensão emocional da narrativa, aprofundando o impacto psicológico da sobrevivência — especialmente no caso de Sam, que vive sob a sombra de um passado que insiste em persegui-la.

O elenco reúne rostos já familiares: Jenna Ortega, em ascensão meteórica desde WednesdayMelissa Barrera, que regressa a um papel marcado tanto pela força como pela fragilidade; Courteney Cox, a eterna Gale Weathers; e Hayden Panettiere, de volta como Kirby Reed, uma das sobreviventes mais queridas da saga. Dermot Mulroney, Jasmin Savoy Brown e Mason Gooding completam o grupo central, numa combinação que mistura experiência, juventude e um espírito renovado que dá ao filme energia de renascimento.

A deslocação para Nova Iorque adiciona mais do que um cenário novo — altera a linguagem do terror. Numa cidade imensa, a sensação de segurança desaparece rapidamente: o metro, os becos, os apartamentos minúsculos, as multidões indiferentes… tudo serve a Ghostface de forma quase perfeita. E se antes o assassino espreitava atrás de portas semi-abertas, aqui pode surgir num corredor cheio de gente ou numa estação de metro ao rubro.

Gritos 6 não promete apenas sustos; promete a continuidade de uma saga que, 28 anos depois, mantém o inesperado no centro de tudo. Se o primeiro filme desconstruía as regras do género, este parece reinventar o espaço em que essas regras se aplicam. E, num franchise onde ninguém está verdadeiramente a salvo, isso é meio caminho para um serão de puro terror cinematográfico.

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Preparem a mantinha, desliguem as luzes, e atendam o telefone por vossa conta e risco. Ghostface está de volta — e quer acompanhar-vos no sofá.

“Gritos 6” estreia no dia 13 de dezembro, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e TVCine+.