Gwyneth Paltrow Assume a “Reputação Gelada” — e Revela Porque a Imagem Pública Dói Mais do que Parece

Gwyneth Paltrow sempre foi um enigma para o público: ao mesmo tempo elegante e distante, admirada e alvo de críticas intensas, actriz vencedora de Óscar e empresária que polariza como poucas. Agora, numa entrevista profunda ao The Hollywood Reporter, a fundadora da Goop abriu um raro espaço de vulnerabilidade — e admitiu algo que muitos há décadas insinuam: a sua reputação “gelada” não é totalmente descabida.

Paltrow, que integra o elenco de Marty Supreme, novo filme de Josh Safdie protagonizado por Timothée Chalamet, reconhece que muito do que as pessoas projectam nela nasce das suas origens. Criada no Upper East Side, filha da actriz Blythe Danner e do realizador Bruce Paltrow, afilhada de Steven Spielberg, a actriz descreve-se como alguém com “raízes WASP, Mayflower, filiação na Daughters of the American Revolution” — um pedigree cultural que, segundo ela, não só moldou quem é, como alimentou críticas de elitismo desde o início da carreira.

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A actriz confessa que essas percepções, por vezes distorcidas, tiveram um peso inesperado na sua vida adulta. “É traumático estar à mercê das projecções dos outros quando não têm nada a ver com quem realmente és”, diz Paltrow. Como personalidade “Enneagram 1”, com tendência para a auto-exigência, a actriz sempre sentiu necessidade de corrigir o que considera mal-entendidos injustos — até perceber que isso era uma batalha perdida.

Hoje, trabalha esse desconforto em terapia. O conceito central tem um nome curioso: “evil shadow”, uma parte sombria da psique onde vive a raiva reprimida. Para Paltrow, aprender a aceder a esse espaço é uma forma de libertação. “Quando entro nessa energia, deixo de me preocupar com as percepções erradas. Há liberdade nisso”, afirma. A actriz tenta agora trocar a reacção automática de defesa por uma atitude mais crua e honesta: “Não me interessa.”

A sua reputação, claro, não caiu do céu. Biografias e perfis têm descrito Paltrow como uma figura “fria”, “distante” e até comparável a Anna Wintour pela postura austera. A autora Amy Odell, que entrevistou mais de 200 pessoas para a biografia Gwyneth, afirma que o público que a vê nos talk shows não imagina a versão mais incisiva, crítica e selectiva que muitos dizem ter conhecido nos bastidores. Mas Odell também sublinha o que a torna tão fascinante: a rara combinação entre talento, controlo, presença pública e uma herança emocional complexa herdada dos pais.

Paltrow reconhece que a viragem na opinião pública aconteceu em 2008, quando lançou a primeira newsletter da Goop. Num pré-Instagram, pré-Substack, pré-tudo, a actriz foi rapidamente acusada de pretensão por algo tão simples quanto partilhar conselhos de bem-estar. “As pessoas pensaram: ‘O que é que ela está a fazer? Isto é estranho’. E isso destabilizou a caixa onde sempre me quiseram colocar”, recorda.

Apesar do barulho, a actriz diz ter chegado finalmente à fase de “ignorar o ruído” — algo que tenta transmitir aos filhos, Apple e Moses, e aos enteados do marido Brad Falchuk. “Passei anos a tentar agradar. Não quero isso para eles. Quero que sejam plenamente eles próprios e que não queiram saber do que os outros pensam.”

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A imagem pública de Gwyneth Paltrow pode continuar marcada pela ideia de frieza — mas, ironicamente, é difícil imaginar uma entrevista mais calorosa, honesta e emocional do que esta. Por trás do mito da estrela “inalcançável”, talvez sempre tenha estado alguém apenas a tentar respirar à sua maneira.

Daniel Stern, o Lendário Marv de Sozinho em Casa, Quebrou o Silêncio — e Explicou Por que Abandonou Hollywood

Trinta e cinco anos depois do lançamento de Home Alone (Sozinho em Casa), um dos filmes mais queridos do cinema natalício, Daniel Stern — o inesquecível Marv, parceiro de crime de Harry (Joe Pesci) — decidiu falar abertamente sobre a sua vida longe das câmaras. E, à semelhança da própria comédia, a realidade é surpreendentemente simples, humana e até comovente.

Aos 68 anos, Stern vive numa quinta na Califórnia. É produtor de citrinos, criador de gado e, segundo ele próprio, alguém que encontrou paz longe da azáfama cinematográfica. Quando questionado pela People sobre o facto de não participar nos eventos oficiais que assinalam os 35 anos do filme, o actor foi directo: “Eu não saio da minha quinta.” Não há ressentimentos, nem desencanto com a indústria — apenas a preferência genuína por uma vida discreta. “É sem ofensa para o filme. Estou disponível para uma chamada telefónica, Zoom, o que for. Mas sou mesmo caseiro.”

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Apesar da distância, Stern garante que continua profundamente orgulhoso de ter participado naquele que muitos consideram o pináculo dos filmes de Natal. O carinho do público, no entanto, ainda o deixa atordoado. “Adoro saber que toda a gente o adora. Pessoas reais vêm ter comigo e dizem: ‘Amamos o filme’. Às vezes é um pouco avassalador.”

O actor recorda com clareza o impacto da primeira leitura do argumento. Escrito por John Hughes, o texto era para ele “o guião mais engraçado” que alguma vez tinha lido. “Estava a rebolar no chão a rir enquanto o lia”, confessa. Mas Stern sublinha que o charme de Home Alone não estava apenas no humor físico ou nas peripécias de Kevin McCallister (Macaulay Culkin). Era o equilíbrio raro entre comédia e emoção. “Era tão engraçado, mas também tão cheio de coração… o reencontro, o vizinho que salva o rapaz, a mãe que volta para casa… era tudo tão emocional.”

Ao longo de uma hora de caos muito bem coreografado, Stern e Pesci tornaram-se uma dupla icónica — dois ladrões incompetentes cuja química, exagero e timing cómico continuam a fazer rir gerações inteiras. Mas o actor admite que, apesar de saberem que estavam a fazer algo especial, ninguém poderia prever a longevidade do fenómeno. “Eu tinha esperança de que estivéssemos a fazer um grande filme. Mas não fazia ideia — ninguém podia — da vida que isto teria.”

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Hoje, longe dos holofotes, Daniel Stern continua a ser Marv para o mundo inteiro, mesmo que prefira a tranquilidade de tratar das suas árvores e do seu gado. Talvez haja nisso um eco da própria magia de Natal: às vezes, os heróis improváveis encontram o seu final feliz onde menos se espera.

Scarlett Johansson em Conversações para The Batman Part II: A Estrela Pode Estar Prestes a Entrar no Universo de Matt Reeves

A carreira de Scarlett Johansson atravessa um dos momentos mais impressionantes das últimas décadas — e isso é dizer muito para uma actriz que já foi nomeada duas vezes ao Óscar e que protagonizou alguns dos maiores fenómenos do cinema recente. Este verão brilhou em Jurassic World: Rebirth, prepara-se para conquistar o circuito de festivais com Eleanor The Great, e em 2025 liderará o novo The Exorcist de Mike Flanagan. Agora, segundo o Deadline, a actriz está em negociações finais para integrar The Batman Part II, de Matt Reeves, numa potencial estreia no universo da DC que está a incendiar a internet.

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As informações ainda estão envoltas em sigilo — não se sabe em que ponto estão as negociações nem qual seria a personagem destinada a Johansson — mas há algo que já parece claro: Reeves quer uma presença de peso ao lado de Robert Pattinson, que regressa como Bruce Wayne/Batman nesta sequela tão aguardada. A escolha faz sentido. Johansson tem experiência sólida em adaptações de banda desenhada, depois de ter participado em oito filmes do MCU, entre Iron Man 2 e Black Widow. Domina o registo físico, dramático e simbólico destas personagens, e isso abre um leque vasto de possibilidades dentro do universo sombrio de Gotham.

A galeria de mulheres marcantes associadas ao Cavaleiro das Trevas é extensa e particularmente rica: Poison IvyHarley QuinnHuntressTalia al Ghul… todas elas figuras complexas e suficientemente densas para justificar a presença de uma actriz com o calibre e a versatilidade de Johansson. A ausência prevista de Zoë Kravitz como Catwoman, segundo a Variety, só reforça a ideia de que Reeves poderá estar à procura de uma nova energia feminina para redefinir as dinâmicas emocionais e morais do seu universo.

O caminho até The Batman Part II não tem sido simples. O filme foi anunciado pouco depois da estreia de The Batmanem 2022, mas viu a sua data de lançamento oscilar repetidamente: primeiro 2025, depois 2026 e, finalmente, outubro de 2027. Só há cerca de seis meses é que Reeves e o co-argumentista Mattson Tomlin concluíram o guião, que foi rapidamente aprovado por James Gunn, agora responsável pela supervisão criativa da DC Studios. A produção está oficialmente marcada para a Primavera de 2026, o que indica que Reeves tem finalmente os elementos alinhados para avançar.

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Se a entrada de Scarlett Johansson se confirmar, o projecto ganha imediatamente outra dimensão mediática e criativa. A actriz combina prestígio, apelo popular e uma capacidade invulgar para equilibrar intensidade emocional com presença física — ingredientes perfeitos para o tom noir que Reeves definiu no primeiro filme. Teremos revelações nos próximos meses, mas uma coisa é certa: a simples possibilidade de Johansson entrar em Gotham já gerou mais excitação do que muitos anúncios oficiais dos últimos anos.

Até lá, continuamos à espera — playlist de Nirvana preparada, eyeliner negro à mão — por mais pistas sobre aquilo que Reeves e Tomlin têm vindo a preparar no silêncio meticuloso com que constroem cada passo deste universo.

Médico que Forneceu Ketamina a Matthew Perry Condenado a Dois Anos e Meio de Prisão

A morte de Matthew Perry, em outubro de 2023, continua a gerar repercussões judiciais — e emocionais. O primeiro dos cinco arguidos ligados ao fornecimento ilegal de ketamina ao actor foi agora condenado. Trata-se do médico Salvador Plasencia, de 44 anos, que admitiu ter distribuído a substância ao actor nas semanas que antecederam a tragédia. A sentença: dois anos e meio de prisão, além de dois anos de liberdade condicional.

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A juíza Sherilyn Peace Garnett não poupou palavras durante a leitura da sentença, afirmando que Plasencia e os restantes envolvidos “ajudaram Perry a seguir caminho para aquele desfecho ao continuarem a alimentar a sua dependência”. O médico, em lágrimas, pediu desculpa à família do actor e reconheceu a gravidade da sua conduta, descrevendo-a como “o maior erro” da sua vida. “Eu devia tê-lo protegido”, disse, antes de ser levado da sala algemado, sob o pranto da própria mãe.

Segundo o processo, Perry estava a receber ketamina legalmente como tratamento para depressão, mas procurou obter mais doses de forma não supervisionada. Plasencia não forneceu a dose que causou a morte do actor, mas foi responsável por várias entregas anteriores, cobradas sob o argumento de que Perry estaria disposto a pagar “milhares em dinheiro vivo”, como revelam mensagens trocadas entre os envolvidos.

A família do actor — incluindo a mãe, Suzanne Perry, o padrasto Keith Morrison, o pai John e a meia-irmã Madeleine — marcou presença e apresentou declarações duríssimas. Suzanne descreveu os responsáveis como “chacais” e confrontou directamente Plasencia pela mensagem em que este chamou Perry de “moron”. “Não há nada de imbecil naquele homem,” afirmou, sob emoção. A família insistiu que o médico não cometeu “um erro isolado”, mas sim uma série de decisões conscientes que ignoravam o histórico público de dependência do actor, numa procura egoísta por lucro.

Outros quatro arguidos no caso — a traficante Jasveen Sangha (“Ketamine Queen”), o assistente de Perry, Kenneth Iwamasa, e os médicos Mark Chavez e Erik Fleming — aceitaram acordos de culpa e aguardam sentença nos próximos meses.

Matthew Perry lutou contra dependências ao longo de décadas, tendo falado abertamente sobre o assunto no livro Friends, Lovers and the Big Terrible Thing. A sua morte, aos 54 anos, deixou fãs e colegas devastados. Perry tornou-se um ícone mundial como Chandler Bing em Friends, série que protagonizou durante dez temporadas e que continua a ser vista diariamente por milhões de pessoas em todo o mundo.

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No tribunal, Madeleine Morrison, meia-irmã do actor, resumiu a perda num frase simples, mas devastadora:

“O mundo chora o meu irmão. Ele era o amigo favorito de toda a gente.”

James Cameron Admite: Um Novo Terminator em 2025 É “Muito Difícil” — Porque o Mundo Já Ultrapassou a Ficção Científica

Enquanto promove Avatar: Fogo e Cinza, James Cameron tem sido obrigado a falar não apenas de Pandora e IA, mas também do inevitável espectro que o acompanha desde 1984: Terminator. E, pela primeira vez em muito tempo, o realizador deixou claro que um novo filme da saga em 2025 é altamente improvável — não por falta de vontade, mas por algo mais profundo: o nosso mundo já ultrapassou o que antes era ficção científica.

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A saga presa num limbo desde 2019 — mas Cameron quer regressar à escrita

Depois de Dark Fate, a franquia ficou suspensa, sem caminho claro e sem consenso sobre o futuro. Cameron, que continua ligado criativamente ao legado que criou, garante que está a preparar um novo capítulo… mas com cautela extrema.

Mesmo que não realize o próximo filme, afirma que será ele a escrever o novo Terminator — e esse processo não vai acontecer em ritmo acelerado. Com Avatar: Fogo e Cinza a dominar o seu presente e um calendário completamente preenchido com múltiplos projectos, Cameron admite que só depois de cumprir essa “maratona azul” é que se sentará para repensar o futuro da saga.

“Estamos a viver num mundo de ficção científica”

A grande barreira, explica ele, não tem a ver com orçamento, nem com estúdio, nem sequer com desgaste de público. O verdadeiro problema é conceptual.

Segundo Cameron:

“A ficção científica avançou e está a ultrapassar-nos. Estamos a viver num mundo de ficção científica e a enfrentar problemas que antes só existiam em livros ou filmes. Agora são reais.”

O que Terminator representava em 1984 — uma visão presciente, quase profética, sobre máquinas autónomas, vigilância e inteligência artificial — tornou-se hoje, de certa forma, parte do quotidiano.

Cameron chega a dizer que já não é possível ser “tão premonitório” como naquela época, porque o futuro se move depressa demais. Ninguém sabe o que vai acontecer dentro de um ou dois anos, e é precisamente essa incerteza que o leva a querer esperar antes de regressar ao universo dos exterminadores.

Entre Avatar, Alita e Hiroshima: um realizador com mais projetos do que tempo

O calendário criativo de Cameron é quase tão épico quanto os mundos que imagina. Depois de Avatar: Fogo e Cinza, o realizador tem pela frente:

  • Alita: Battle Angel 2
  • Avatar 4 e Avatar 5
  • A adaptação de The Last Train from Hiroshima
  • A adaptação de Ghosts of Hiroshima

Está também a planear colaborar com outros realizadores, funcionando como produtor ou argumentista em vários destes títulos — o que coloca Terminator num delicado jogo de prioridade criativa.

Apesar disso, Cameron insiste: o novo Terminator vai acontecer, mas não em 2025 e não antes de o mundo estabilizar o suficiente para que a ficção possa voltar a olhar para o futuro com a mesma distância crítica que tornou o original tão visionário.

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O futuro dos exterminadores depende do futuro… real

Num momento em que a própria IA começa a desafiar limites éticos, tecnológicos e culturais, Cameron quer garantir que, quando Terminator regressar, será relevanteinteligente e verdadeiro para o tempo em que vivemos. E isso exige que a ficção volte a ganhar terreno sobre a realidade — algo que, para já, considera impossível.

Para os fãs, a espera continua.

Para Cameron, o futuro… ainda está a ser escrito.

“Acorda, Defunto: Um Mistério Knives Out” Falha nas Bilheteiras — O Pior Arranque da Saga Antes da Estreia na Netflix

A Netflix volta a enfrentar um dilema já familiar: filmes concebidos para o streaming conseguem gerar entusiasmo real nas salas de cinema?

No caso de “Acorda, Defunto: Um Mistério Knives Out”, a resposta — pelo menos por agora — parece ser um sonoro não.

O terceiro capítulo da saga criada por Rian Johnson, protagonizada pelo detective Benoit Blanc, estreia no streaming a 12 de dezembro, mas recebeu antes uma exibição limitada nos Estados Unidos e noutros mercados. E os resultados ficaram muito aquém das expectativas: apenas 4 milhões de dólares nos primeiros cinco dias.

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Este número representa o pior desempenho inicial da trilogia, e coloca em evidência o desafio contínuo da Netflix em transformar o interesse online em receita de bilheteira.

Um contraste gritante com os filmes anteriores

Quando Knives Out estreou em 2019, arrecadou 313 milhões de dólares globalmente e gerou mais de 13 milhões nos primeiros cinco dias — um arranque forte que comprovou o apetite do público por mistérios modernos à moda de Agatha Christie.

O segundo filme, lançado já sob o acordo milionário da Netflix, obteve 15 milhões no mesmo período, mesmo com uma janela de exibição curta antes de chegar ao streaming.

Agora, com “Acorda, Defunto”, a quebra é evidente: menos de um terço dos números do segundo capítulo. A estratégia híbrida — limitar o lançamento nos cinemas enquanto se prepara o impacto principal no streaming — pode estar a perder eficácia, sobretudo porque o público sabe que a espera até à estreia digital é mínima.

Acordo com a Netflix: uma bênção ou um obstáculo?

O acordo que garantiu à Netflix os direitos do segundo e terceiro filmes trouxe prestígio para a plataforma e assegurou a continuidade da saga. Mas também levantou questões importantes.

Será que o público está disposto a pagar bilhete para ver algo que estará disponível em casa numa questão de dias?

E até que ponto a curta janela teatral afeta a percepção de exclusividade ou urgência?

No caso de Acorda, Defunto, a resposta parece clara. A expectativa existe — mas o incentivo para ir ao cinema, não.

E o que significa isto para o futuro de Benoit Blanc?

Rian Johnson continua a trabalhar dentro da fórmula que tornou Knives Out um sucesso crítico e comercial: humor afiado, sátira social, elenco de luxo e reviravoltas construídas ao detalhe. O fraco desempenho nas bilheteiras não reflecte necessariamente falta de interesse pelo filme, mas sim uma mudança na forma como o público interage com títulos associados directamente ao streaming.

A verdadeira prova será quando o filme estrear na Netflix, onde a saga tem um público global e devoto. É aí que Acorda, Defunto terá oportunidade de mostrar o seu valor — longe das comparações box office que já não fazem sentido no novo ecossistema da plataforma.

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Se Benoit Blanc perdeu nos cinemas, pode muito bem vencer nos salões de casa.

Os Destaques da Prime Video para Dezembro: Um Mês Cheio de Séries Explosivas, Cinema de Autor e Muito Espírito Festivo

Dezembro chega à Prime Video com um alinhamento que parece pensado para agradar tanto a fãs de séries de grande escala, como a amantes de cinema, thrillers psicológicos, adaptações literárias e até novelas portuguesas reinventadas. É um mês cheio, variado e estrategicamente posicionado para fechar 2025 com força — e abrir o novo ano com discussões quentes nas redes sociais.

A plataforma confirmou oficialmente todas as estreias do mês, e há três títulos que se destacam antes de qualquer lista: o regresso de Fallout para a sua segunda temporada, a chegada de Human Specimens, adaptação do perturbador romance de Kanae Minato, e a estreia de Depois da Caçada, o novo thriller psicológico realizado por Luca Guadagnino com Julia RobertsAndrew Garfield e Ayo Edebiri no centro de um escândalo académico envolto em moralidade fracturada.

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Mas isto é apenas o início. O catálogo de dezembro traz estreias semanais, filmes para compra e uma variedade de géneros capaz de manter o streaming aceso até à passagem de ano.

O que já chegou à plataforma: drama nacional e thriller de autor

Entre os títulos já disponíveis encontra-se Ninguém Como Tu, um remake português que ousa transformar uma novela de enorme sucesso numa série com ambição contemporânea, centrada em temas de desejo, poder e finitude. A história de Luísa Albuquerque — uma mulher confrontada com a própria mortalidade e obrigada a repensar tudo aquilo que acreditava controlar — apresenta um tom mais psicológico do que melodramático, abrindo caminho para novas leituras emocionais.

Outro destaque imediato é Depois da Caçada, uma das longas mais antecipadas da temporada. Guadagnino regressa ao formato thriller, explorando a queda de máscaras numa academia universitária onde segredos pessoais e ambições silenciosas se entrelaçam numa narrativa de tensões crescentes. É um filme que promete dividir público, levantar discussões éticas e acrescentar mais um capítulo à filmografia inquietante do realizador.

As estreias que chegam ao longo do mês

A partir de 1 de dezembro, o catálogo começa a ganhar ritmo com o documentário The Merchants of Joy, um retrato caloroso das famílias que sustentam a tradição natalícia das árvores de Natal em Nova Iorque. Tradição, sobrevivência e relações intergeracionais misturam-se num objecto de cinema que une quotidianos modestos ao espírito festivo.

Logo a seguir, chegam duas propostas para compra que prometem mobilizar públicos diferentes: TRON: Ares, que expande o universo digital para o mundo real com um novo protagonista enviado numa missão de risco, e Downton Abbey: O Grande Final, que encerra de vez a saga da aristocrática família Crawley na década de 1930.

No campo da ficção familiar, há espaço para comédias natalícias leves como Oh. What. Fun., com Michelle Pfeiffer, uma aventura sazonal que brinca com o caos das famílias numerosas, e Merv, que devolve ao Natal uma história de reconciliação através de um cão deprimido com a separação dos donos — delicado, simples e emocional.

Dezembro recebe também uma dose de drama sentimental com Diz-me Baixinho, onde relações antigas, primeiros amores e dilemas familiares regressam em força depois de anos de separação.

O mês dos regressos: Fallout e Human Specimens

O maior acontecimento televisivo do mês é, sem dúvida, a chegada de Fallout – Temporada 2, a 17 de dezembro. Depois do estrondo da primeira temporada, esta nova entrada leva os personagens ao deserto de Mojave e à mítica New Vegas, prometendo mais brutalidade radioactiva, humor negro e crítica social mascarada de ficção pós-apocalíptica.

No dia seguinte, estreia Human Specimens, a aguardada adaptação do romance Confessions de Kanae Minato. A série mergulha na confissão tenebrosa de um professor que admite ter usado seis rapazes — incluindo o próprio filho — em experiências macabras. Trata-se de um thriller psicológico denso, moralmente incômodo e emocionalmente devastador, daqueles que promete conversas intensas no final de cada episódio.

O fecho do mês: assassinatos, conspirações religiosas e vingança sobrenatural

A partir de 22 de dezembro, o tom da Prime Video fica mais sombrio. Miss Sophie – Same Procedure As Every Yearmistura romance proibido com investigação criminal num ambiente aristocrático do início do século XX. O filme Conclave, por sua vez, expõe as tensões internas da Igreja ao seguir um cardeal envolvido numa teia de poder durante a eleição de um novo Papa.

E o último dia do ano apresenta um trio particularmente forte: a estreia da clássica série Arrow, o filme de acção A Casa da Armadilha, e uma das estreias mais esperadas de dezembro: a nova versão de O Corvo, centrada no renascimento vingativo de Eric Draven e Shelly Webster. A lenda da banda desenhada ganha vida novamente — sombria, violenta e carregada de misticismo.

Filmes adicionais para compra

Alguns lançamentos do mês também estarão disponíveis exclusivamente para compra: Goat, sobre rivalidade desportiva e construção de legado; Sempre Tu, centrado na relação fracturada entre mãe e filha após uma tragédia; e A Casa Mágica da Gabby: O Filme, uma aventura para os mais novos cheia de cor, fantasia e espírito natalício.

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Dezembro na Prime Video é um mês para todos os gostos

De thrillers negros a aventuras pós-apocalípticas, passando por dramas familiares, documentários de época festiva, comédias natalícias e séries de culto, a Prime Video entra no mês com uma aposta notavelmente abrangente. A diversidade do catálogo — e a força dos títulos principais — faz de dezembro um dos melhores meses da plataforma em 2025.

Se o streaming é também uma forma de fechar o ano em alta, então a Prime Video assegura que ninguém fica sem algo para ver — seja para rir, chorar, arrepiar ou simplesmente desligar do mundo.

James Gunn Reage a Polémica: Orçamento de Supergirl Não Chega Aos 200 Milhões, Garante o Realizador

O universo cinematográfico da DC ainda nem arrancou oficialmente sob a nova liderança criativa de James Gunn, mas já está a enfrentar a primeira tempestade — e tudo por causa de números que, segundo o próprio, não passam de ficção.

Nos últimos dias, um artigo da Forbes garantiu que o filme Supergirl custaria cerca de 200 milhões de dólares à Warner Bros. Discovery só em trabalhos de pré-produção, um valor que gerou surpresa e reacções imediatas entre fãs e insiders. A notícia espalhou-se rapidamente, levantando dúvidas sobre a estratégia financeira da DC Studios num momento em que a empresa tenta equilibrar ambição criativa com contenção orçamental.

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James Gunn não deixou a polémica ganhar fogo. Confrontado com a informação na rede social Threads, o cineasta respondeu de forma directa e sem rodeios: “não há qualquer verdade nesse número.” Sem entrar em detalhes, nem revelar qual será de facto o orçamento, Gunn fez questão de desmentir a narrativa antes que a especulação ganhasse vida própria.

A resposta foi concisa, mas eficaz. Ao evitar fornecer quantias específicas, Gunn protege o segredo industrial do estúdio enquanto clarifica que os valores divulgados são substancialmente exagerados. A DC tem sido alvo de escrutínio intenso desde as falhas comerciais de vários projectos anteriores, pelo que qualquer menção a orçamentos descontrolados reacende imediatamente o debate sobre sustentabilidade — e Gunn, consciente disso, não parece disposto a deixar rumores definirem o discurso em redor do seu novo universo.

O novo Supergirl, protagonizado por Milly Alcock (conhecida de House of the Dragon) e com Jason Momoa no elenco, chega aos cinemas no final de junho de 2026. Embora pouco se saiba sobre o enredo, espera-se uma abordagem mais sombria e emocional da heroína, alinhada com o tom do renovado DCU que Gunn está a construir ao lado de Peter Safran.

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Uma coisa é certa: se a polémica em torno do orçamento começar a perder força, será apenas para dar lugar à próxima onda de curiosidade — afinal, com Gunn, cada projecto da DC vem sempre embalado numa mistura de esperança, ansiedade e expectativas colossais. Por agora, o realizador quer deixar claro apenas isto: 200 milhões? Nem pensar.

“Back to Black”: A Vida, a Dor e o Génio de Amy Winehouse Chegam ao TVCine

Há artistas cuja voz não pertence apenas ao seu tempo — pertence ao mundo. Amy Winehouse foi uma dessas figuras irrepetíveis, dona de uma expressão musical que misturava vulnerabilidade, irreverência e uma intensidade emocional impossível de imitar. Agora, a sua história volta a ganhar vida no biopic Back to Black, que o TVCine Top estreia a 7 de dezembro, às 21h15, numa sessão que promete emocionar fãs e curiosos.

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Realizado por Sam Taylor-Johnson, o filme traça a viagem completa da artista: dos primeiros anos em Camden, onde o talento desabrochava ao ritmo dos bares e das ruas londrinas, à tempestade global provocada pelo álbum que lhe deu nome e que moldou uma geração inteira. Back to Black não se limita a revisitar canções — reconstrói o percurso humano por detrás da lenda, expondo a ascensão meteórica, o brilho raro e as sombras profundas que acompanharam Amy Winehouse ao longo da vida.

O nascimento de uma estrela — e de uma ferida aberta

O filme segue Amy nos tempos em que era apenas uma jovem com uma voz inconfundível e uma determinação feroz. Em Londres, é retratada a ambição crua, o humor, o talento natural e aquela melancolia que, mesmo antes da fama, parecia já morar dentro dela. O lançamento de Back to Black transforma-a numa superestrela mundial e rende-lhe cinco Grammys, mas também marca o início de uma pressão que ninguém — muito menos alguém tão sensível — consegue suportar sem consequências.

A narrativa não foge aos episódios trágicos da sua vida: dependências, instabilidade emocional, exposição mediática feroz e a relação turbulenta com Blake Fielder-Civil. O filme retrata o contraste entre uma artista de génio e uma mulher profundamente vulnerável, esmagada por forças muito maiores do que ela.

Marisa Abela dá corpo e alma a Amy

No papel de Winehouse está Marisa Abela, cuja transformação física e emocional impressionou crítica e público, culminando numa nomeação para o BAFTA Rising Star Award. A actriz não tenta imitar Amy; tenta compreendê-la. E é essa abordagem — íntima, ferida, confessional — que dá força ao filme. A sua performance não reencena apenas uma carreira; tenta chegar ao coração de alguém cuja vida foi tragicamente curta, mas artisticamente fulgurante.

Uma homenagem moldada pela música

A banda sonora, assinada por Nick Cave e Warren Ellis, acrescenta profundidade emocional à história. O trabalho dos dois músicos, habituados a compor para narrativas sombrias e íntimas, encaixa na perfeição com o universo Winehouse. É música que amplifica feridas e memórias, que ressoa como cicatriz, que honra o legado sem o suavizar.

Uma história que continua a doer — e a encantar

Amy Winehouse morreu em 2011, aos 27 anos, deixando para trás um legado esmagador e uma ausência que continua a ser sentida. Back to Black assume plenamente essa dualidade: é uma celebração da sua arte e um luto pela sua perda. É um filme que procura compreender, mais do que justificar; recordar, mais do que reescrever.

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Para quem amou Amy, para quem apenas a descobriu depois, para quem reconhece no cinema um lugar onde vidas reais podem ser revisitadas com emoção e respeito, Back to Black é uma estreia obrigatória.

A não perder: domingo, 7 de dezembro, às 21h15, no TVCine Top e TVCine+.