Depois de 35 temporadas, uma figura histórica de “Os Simpsons” desaparece… desta vez, de forma realmente definitiva.
Springfield já viu de tudo ao longo das últimas três décadas: invasões extraterrestres, conspirações, crises morais, falências espirituais e até três versões diferentes da mesma morte. Mas o episódio emitido a 16 de Novembro deixou a cidade — e os fãs — num estado raro: silêncio.
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Há uma personagem clássica, presente desde os primórdios da série, que… desapareceu. Mas ao contrário das habituais partidas narrativas dos guionistas, esta saída não parece ter retorno. Não houve truques, nem piscadelas de olho, nem a habitual promessa de que “ninguém morre verdadeiramente em Springfield”. Desta vez, há uma certeza incomodativa no ar: alguém tocou o seu último acto. Alice Glick, a senhora do órgão da igreja, finou-se!
O produtor executivo Tim Long deixou só o suficiente para nos intrigar:
“Ela viverá para sempre na música que fez. Mas, no que realmente importa… acabou.”
Um momento que começou como todos os outros — até deixar de o ser
O episódio nem sequer fez suspense. Começou como um típico domingo na Primeira Igreja de Springfield, com o Reverendo Lovejoy entregue ao seu sermão habitual. Tudo seguia o ritmo normal, até que um som vindo do órgão interrompeu a cerimónia. Não foi um acorde mal calculado. Nem um entusiasmo excessivo. Enquanto o reverendo insistia que tudo estava bem… não estava.
O silêncio que se seguiu disse tudo.

O impacto em Springfield — e a reacção mais Skinner de sempre
No dia seguinte, Skinner apresentou a notícia aos alunos da escola primária com a subtileza emocional que se lhe conhece:
“Uma senhora morta que vocês não conheciam.”
E, com isso, Springfield ficou oficialmente mais pobre — ainda que, ironicamente, mais rica, porque a misteriosa personagem deixou toda a sua fortuna à escola para criar um novo programa de música.
Um último gesto perfeito, vindo de alguém cuja vida era inseparável das notas que tocava.
Mas… será mesmo o fim?
Se isto fosse uma série qualquer, a resposta seria óbvia.

Mas Os Simpsons é especialista em quebrar regras — e a própria personagem já tinha tido uma “morte” antes… de regressar viva. E depois fantasma. E depois viva outra vez. E depois… bem, até os fãs perderam a contagem.
A diferença agora é o tom. A forma como a cena foi filmada. A reacção dentro e fora da série. E, sobretudo, a declaração final dos produtores. Tudo indica que esta saída é real — não uma piada, não um glitch no universo de Springfield, não um capítulo metatextual.
A personagem pode ter sido discreta, mas estava lá desde 1991. E, para muitos, fazia parte do mobiliário emocional da série.
A melhor forma de lhe prestar homenagem?
Recordar o seu momento mais lendário: o dia em que transformou a igreja inteira numa versão bíblica — e absolutamente épica — de “In-A-Gadda-Da-Vida”. Um dos instantes mais delirantemente maravilhosos da história da televisão animada.
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Talvez seja esse o final perfeito: não a morte, mas a memória.















