Algo Muito Estranho Aconteceu em Springfield — e a Cidade Nunca Mais Será a Mesma

Depois de 35 temporadas, uma figura histórica de “Os Simpsons” desaparece… desta vez, de forma realmente definitiva.


Springfield já viu de tudo ao longo das últimas três décadas: invasões extraterrestres, conspirações, crises morais, falências espirituais e até três versões diferentes da mesma morte. Mas o episódio emitido a 16 de Novembro deixou a cidade — e os fãs — num estado raro: silêncio.

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Há uma personagem clássica, presente desde os primórdios da série, que… desapareceu. Mas ao contrário das habituais partidas narrativas dos guionistas, esta saída não parece ter retorno. Não houve truques, nem piscadelas de olho, nem a habitual promessa de que “ninguém morre verdadeiramente em Springfield”. Desta vez, há uma certeza incomodativa no ar: alguém tocou o seu último acto. Alice Glick, a senhora do órgão da igreja, finou-se!

O produtor executivo Tim Long deixou só o suficiente para nos intrigar:

“Ela viverá para sempre na música que fez. Mas, no que realmente importa… acabou.”

Um momento que começou como todos os outros — até deixar de o ser

O episódio nem sequer fez suspense. Começou como um típico domingo na Primeira Igreja de Springfield, com o Reverendo Lovejoy entregue ao seu sermão habitual. Tudo seguia o ritmo normal, até que um som vindo do órgão interrompeu a cerimónia. Não foi um acorde mal calculado. Nem um entusiasmo excessivo. Enquanto o reverendo insistia que tudo estava bem… não estava.

O silêncio que se seguiu disse tudo.

O impacto em Springfield — e a reacção mais Skinner de sempre

No dia seguinte, Skinner apresentou a notícia aos alunos da escola primária com a subtileza emocional que se lhe conhece:

“Uma senhora morta que vocês não conheciam.”

E, com isso, Springfield ficou oficialmente mais pobre — ainda que, ironicamente, mais rica, porque a misteriosa personagem deixou toda a sua fortuna à escola para criar um novo programa de música.

Um último gesto perfeito, vindo de alguém cuja vida era inseparável das notas que tocava.

Mas… será mesmo o fim?

Se isto fosse uma série qualquer, a resposta seria óbvia.

Mas Os Simpsons é especialista em quebrar regras — e a própria personagem já tinha tido uma “morte” antes… de regressar viva. E depois fantasma. E depois viva outra vez. E depois… bem, até os fãs perderam a contagem.

A diferença agora é o tom. A forma como a cena foi filmada. A reacção dentro e fora da série. E, sobretudo, a declaração final dos produtores. Tudo indica que esta saída é real — não uma piada, não um glitch no universo de Springfield, não um capítulo metatextual.

A personagem pode ter sido discreta, mas estava lá desde 1991. E, para muitos, fazia parte do mobiliário emocional da série.

A melhor forma de lhe prestar homenagem?

Recordar o seu momento mais lendário: o dia em que transformou a igreja inteira numa versão bíblica — e absolutamente épica — de “In-A-Gadda-Da-Vida”. Um dos instantes mais delirantemente maravilhosos da história da televisão animada.

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Talvez seja esse o final perfeito: não a morte, mas a memória.

John Oliver Leva a Leilão a Cueca de Russell Crowe — e Muito Mais — Para Enfrentar os Cortes de Trump

O apresentador transforma o absurdo em arma política e lança um leilão de 65 objectos icónicos para salvar a rádio pública norte-americana.

John Oliver voltou a fazer aquilo que melhor sabe: misturar humor, indignação política e um nível de aleatoriedade tão específico que só pode ter saído da mente de alguém que passa grande parte do tempo a tentar perceber como é que o poder funciona — e porque é que tantas vezes não funciona. Desta vez, o alvo são os cortes milionários aprovados pelo Congresso norte-americano à radiodifusão pública. E a arma? O jockstrap que Russell Crowe usou em Cinderella Man.

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Sim, leu bem.

O apresentador de Last Week Tonight anunciou um leilão gigantesco, composto por 65 objectos históricos (e completamente ridículos) usados ao longo das várias temporadas do programa. O objectivo é angariar dinheiro para o Public Media Bridge Fund, que apoia estações locais de rádio e televisão pública afectadas pela eliminação de 1,1 mil milhões de dólares do orçamento federal — um corte aprovado no seguimento das propostas da administração Trump.

O jockstrap mais famoso da televisão

A peça-estrela do leilão é nada menos do que a famosa cueca de suporte usada por Russell Crowe em Cinderella Man. O próprio Oliver já tinha comprado o artigo por 7.000 dólares, em 2018, num leilão peculiar organizado pelo actor após o divórcio — episódio que se tornou um clássico instantâneo no programa. Agora, o mesmo jockstrap já ultrapassou os 20.000 dólares em licitações.

A “colecção Crowe” adquirida por Oliver, recorde-se, incluía desde o colete de Les Misérables até ao capuz de Robin Hood, passando por adereços de American Gangster. Tudo devidamente guardado e, finalmente, reaproveitado para salvar o jornalismo público. Crowe, muito provavelmente, não imaginou que a sua cueca fosse um dia usada como acto de resistência cívica — mas olhe, cá estamos.

O catálogo do absurdo: do “casamento com uma couve” ao escroto gigante de LBJ

Como seria de esperar, o leilão não se fica por memorabilia de Hollywood. Não seria Last Week Tonight sem um toque de insanidade cuidadosamente curada. Entre os artigos disponíveis encontram-se:

– Mrs. Cabbage Oliver, a couve com quem John Oliver “casou” num sketch célebre da 9.ª temporada — actualmente a rondar os 10.000 dólares.

– Um balde de bonecos vindos de uma praia do Texas, autografado pelo próprio, já acima dos 2.500 dólares.

– E a peça que muita gente gostaria de esquecer mas que agora regressa gloriosamente: a escultura monumental do escroto do presidente Lyndon B. Johnson, usada num segmento sobre bibliotecas presidenciais, acompanhado de um áudio verídico onde LBJ descrevia o… património.

É arte? É sátira? É activismo? Seja o que for, está tudo à venda.

Um leilão contra um problema muito real

No anúncio do leilão, Oliver não deixou espaço para dúvidas: isto é humor, sim, mas é sobretudo uma resposta séria a uma situação crítica.

Com o financiamento federal eliminado, dezenas de estações de rádio e televisão públicas nos EUA enfrentam cortes dramáticos ou encerramento. Oliver recorda que, num “governo competente e funcional”, a solução passaria por um modelo de financiamento estável — semelhante ao de vários países europeus — mas que a realidade americana está longe disso. E, perante o vazio político, alguém tem de aparecer com soluções… mesmo que envolvam legumes, cuecas históricas e anatomia presidencial em larga escala.

Como ajudar?

O público pode contribuir directamente através da plataforma adoptastation.org, apoiando as estações mais afectadas. Ou, para quem tiver espírito coleccionista e nervos de aço, pode licitar até 24 de Novembro e tentar ficar com uma peça inesquecível da história da televisão — e, quem sabe, com o único escroto presidencial legalmente vendável no hemisfério ocidental.

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John Oliver, uma vez mais, transforma o absurdo em ferramenta política. E se salvar a rádio pública exigir leiloar a cueca de Russell Crowe… bem, é difícil argumentar contra.

Chris Hemsworth na Estrada da Memória: Um Documentário Íntimo Sobre Família, Fragilidade e Amor

“Aventura na Estrada” mostra o actor longe dos martelos, músculos e superpoderes — e mais próximo do que nunca da sua própria história.

Chris Hemsworth habituou o mundo a vê-lo como Thor, o deus do trovão, o herói musculado que resolve problemas à força de martelo e humor. Mas no novo documentário “Chris Hemsworth: Aventura na Estrada” — título original A Roadtrip to Remember — o actor surge sem filtros, sem armaduras e sem papel para interpretar. Apenas ele, a família e uma viagem que se torna tão emocional quanto reveladora.

Disponível a partir de 24 de novembro, este é descrito como o documentário mais íntimo da carreira de Hemsworth. O ponto de partida é duro, inesperado e profundamente humano: o pai recebeu um diagnóstico de Alzheimer. E, perante a inevitabilidade da doença e da erosão da memória, Chris pega na câmara e decide transformar o medo em movimento. Em vez de se fecharem em casa, embarcam num road trip que procura salvar o que ainda pode ser salvo — não a memória inteira, mas os fragmentos que dão sentido à vida.

Uma viagem ao passado para segurar o presente

Ao longo do filme, pai e filho revisitarem lugares que marcaram a família: a rua onde Chris cresceu, as praias onde aprenderam a nadar, as zonas rurais onde passavam férias, e até as pequenas paragens que só fazem sentido para quem lá esteve. Pelo caminho reencontram rostos — amigos de infância, vizinhos de longa data, pessoas que foram peças-chave na construção da história familiar. Estas visitas funcionam como gatilhos emocionais: pequenas portas que, quando se abrem, revelam lembranças que a doença tenta apagar.

Tudo isto é filmado num registo de “home movie”, com a câmara na mão, sem pretensões cinematográficas. Hemsworth não tenta embelezar a dor, nem dramatizar para efeito. A estética é a da verdade: familiar, imperfeita, às vezes tremida — e por isso mesmo carregada de autenticidade. A viagem transforma-se numa espécie de cápsula emocional onde o actor, que tantas vezes encarnou força absoluta, se revela vulnerável e profundamente afectado.

A ciência da ligação humana

O documentário não se limita à dimensão emocional. Chris e a família procuram perceber como a ligação social, a emoção e certos estímulos cognitivos podem ajudar a manter vivas partes da memória. Conversam com especialistas, exploram estudos, e tentam perceber de que forma o cérebro responde quando é exposto a afectos fortes ou memórias significativas.

Longe de fórmulas científicas pesadas, o filme apresenta esta componente de forma leve e acessível, reforçando uma ideia simples mas poderosa: a memória não existe no vazio; é construída e estimulada através de pessoas, lugares e emoções.

O filme mais pessoal de Hemsworth

Em “Aventura na Estrada”, não vemos o actor global. Vemos o filho.

Vemos o ser humano confrontado com a vulnerabilidade do pai.

Vemos alguém que tenta, com a sensibilidade possível, preservar aquilo que está a desvanecer.

O resultado é um documentário emotivo, honesto e inesperadamente terno. É sobre Alzheimer, sim — mas é sobretudo sobre aquilo que resta quando a memória falha: o amor, os laços e a necessidade urgente de guardar tudo o que ainda pode ser guardado.

Disponível a 24 de novembro, este é um daqueles títulos que não se esgota no último minuto. Acompanha-nos depois, como as memórias que insistimos em manter vivas.

“The Collective”: A Nova Estreia do Cinemundo que Atira o Espectador para uma Caça ao Crime de Alto Risco

Tom DeNucci realiza um thriller de acção frenético onde assassinos de elite enfrentam uma rede de tráfico humano protegida por milionários intocáveis

O Canal Cinemundo reserva para dia 20 a estreia de The Collective, um thriller de acção realizado por Tom DeNucci que combina ritmo acelerado, tiros bem medidos e aquela estética moderna de operações clandestinas que continua a ser irresistível para muitos espectadores. O resultado é um filme que abraça o género sem complexos: directo, energético e centrado numa missão que escapa às vias legais tradicionais.

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No centro da história está Lucas Till, no papel de Sam Alexander, um jovem recruta que é integrado numa organização secreta de assassinos conhecida apenas como The Collective. Mal tem tempo para conhecer as regras da casa e já é atirado para o seu primeiro trabalho: infiltrar-se e destruir um esquema internacional de tráfico humano operado por bilionários com mais recursos do que escrúpulos. A missão é simples apenas na teoria — na prática, envolve traições, emboscadas, inteligência duvidosa e um mergulho num submundo tão lucrativo quanto repugnante.

Ruby RoseTyrese Gibson e Don Johnson completam o elenco, trazendo à mistura um trio que dá peso e alguma personalidade a uma narrativa construída para avançar sempre em velocidade de cruzeiro. Não há grandes pausas para filosofias moralistas — DeNucci prefere manter a câmara em movimento, apostar em confrontos rápidos e deixar espaço para pequenas ironias que ajudam a aliviar a tensão.

Com 1h26 de duraçãoThe Collective é o típico filme de acção que chega, cumpre e segue o seu caminho. Não pretende reinventar o género, mas oferece a adrenalina prometida, competindo na mesma liga dos thrillers de orçamento intermédio que privilegiam ritmo e energia acima da profundidade emocional. Para quem gosta deste tipo de narrativa — e há quem goste muito — é uma estreia a apontar na agenda.

A temática do tráfico humano confere-lhe um peso adicional, ainda que tratada com a distância necessária para não transformar o filme num drama social. A intenção é clara: entregar acção com consciência, mas sem desviar o foco do entretenimento.

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The Collective estreia no Cinemundo no dia 20, pronto para ocupar o serão de quem aprecia um thriller musculado, rápido e filmado com o espírito prático de quem sabe exactamente o que está a oferecer: 90 minutos de perseguições, tiros, agentes secretos e um vilão suficientemente odioso para justificar cada explosão.

O Filme de Kevin Spacey que Está no Centro de uma Tempestade — e Portugal Entra no Enredo Fora do Ecrã

“The Portal of Force”, previsto para estrear no próximo ano, tornou-se inesperadamente protagonista de uma investigação por branqueamento de capitais envolvendo criptomoedas, Hollywood e uma produtora instalada em Lisboa.

Há filmes que começam com polémica ainda antes de chegarem às salas — e depois há “The Portal of Force”. O novo projecto protagonizado por Kevin Spacey, previsto para estrear no final do próximo ano, acaba de ganhar um capítulo paralelo que em nada tem a ver com ficção científica: uma investigação real, conduzida pelo DIAP de Lisboa, por suspeitas de branqueamento de capitais envolvendo a produtora responsável pelo filme.

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O caso foi revelado no âmbito da investigação internacional “The Coin Laundry”, do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), em colaboração com o Expresso. No centro desta teia está Elvira Paterson, empresária ucraniana, residente em Lisboa há oito anos e dona da produtora portuguesa Elledgy Media — entidade que financia o filme. A produtora, criada em Novembro de 2023 com apenas 500 euros de capital social e um apartamento em Benfica como morada inicial, tornou-se súbita e inexplicavelmente receptora de milhões.

Milhões que entram, explicações que não convencem

Os documentos analisados pelo ICIJ mostram que, desde que Elvira Paterson conheceu Vladimir Okhotnikov, um empresário russo ligado ao universo das criptomoedas, mais de 4 milhões de dólares “passaram” pela Elledgy Media — palavras da própria num conjunto de mensagens trocadas com um advogado. E acrescentou: “O resto foi em cripto.”

Entre Abril de 2024 e Maio de 2025, uma conta da produtora no BCP recebeu cerca de 4,8 milhões de euros, distribuídos por mais de uma centena de transferências. A estes valores juntam-se 50 mil euros em depósitos de dinheiro vivo. Noutra conta, desta vez pessoal, no Novobanco, Elvira Paterson terá depositado 300 mil euros em numerário, além de três transferências de 143 mil euros cada. Justificação? Presentes dos pais destinados à compra ou amortização de uma casa. As autoridades ficaram pouco convencidas.

Foi aqui que entrou o DIAP de Lisboa, que abriu um inquérito-crime depois de receber alertas de movimentos financeiros suspeitos enviados por instituições bancárias.

Hollywood, criptoesquemas e eventos à grande

As suspeitas adensam-se quando se olha para as actividades da Elledgy Media nos últimos meses. De acordo com o ICIJ, a produtora organizou uma espécie de “tour promocional global” com presença de figuras de Hollywood para favorecer os interesses de Okhotnikov, tanto nos EUA como em França, Itália, Índia e Emirados Árabes Unidos.

O primeiro desses eventos decorreu em Saint-Tropez, em Julho do ano passado, promovendo o projecto de criptomoedas Meta Force — encerrado dois meses depois. Segundo a investigação, o filme “The Portal of Force” seria apenas mais um elemento de um plano mais vasto: construir um “universo cinematográfico” para o Meta Force, que incluísse banda desenhada, videojogos e ficção científica. Tudo isto com um objectivo muito claro: atrair investidores para os esquemas de Okhotnikov.

Quando o Meta Force colapsou, surgiu um substituto: o Holiverse. O “universo” mudava de nome, mas o propósito parecia manter-se intacto.

O que isto significa para o filme?

Até ao momento, nada indica que Spacey ou outros elementos criativos da produção estivessem ao corrente das alegadas movimentações financeiras ou das ligações de Okhotnikov. Mas a investigação coloca uma sombra evidente sobre um projecto que, por si só, já chegava ao público envolto em controvérsia — dado o regresso de Spacey ao cinema após vários anos afastado por acusações e polémicas.

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“The Portal of Force” continua anunciado para o final do próximo ano. Mas, neste momento, a história que se desenrola fora do ecrã ameaça tornar-se mais explosiva do que qualquer argumento de ficção científica.

Zendaya e Tom Holland Surpreendem Fãs num Raro Momento no Set de “Spider-Man: Brand New Day”

O casal mais discreto de Hollywood abriu uma excepção e ofereceu aos fãs um instante doce, descontraído e cheio de estilo.

Zendaya e Tom Holland não são propriamente conhecidos por aparecerem juntos em público — muito menos em cenários onde não há passadeiras vermelhas, entrevistas ou eventos previamente preparados. Mas na passada sexta-feira aconteceu aquilo que os fãs da dupla consideram quase um alinhamento planetário: um momento raro, espontâneo e ternurento no set de Spider-Man: Brand New Day, captado por alguns sortudos que por lá estavam.

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Nas imagens que circularam pelas redes sociais, Zendaya surge deslumbrante num registo natural que tem sido cada vez mais associado ao seu estilo: caracóis volumosos apanhados num penteado simples, madeixas soltas a emoldurar o rosto e um batom mate rosa-vermelho que acrescenta o toque final. O conjunto escolhido — camisa branca, cardigan cinzento, calças pretas e um sobretudo escuro — combina elegância descontraída com aquele ar de “estou a trabalhar, mas com classe” que só ela parece dominar.

Ao seu lado, Tom Holland surge inevitavelmente como Peter Parker, enfiado no icónico fato vermelho e azul. Sem máscara, revela o cabelo ondulado e a expressão de quem está simultaneamente no papel e fora dele — o actor, o herói e o noivo atento, tudo no mesmo enquadramento. Entre fotografias com jovens fãs e trocas de palavras rápidas com Zendaya, o ambiente irradiava leveza, apesar da rigidez habitual de um set de super-heróis.

O interesse em torno deste momento não se explica apenas pela curiosidade pública sobre a relação — que o casal assumiu de forma discreta este ano, nos Globos de Ouro. Explica-se também pela raridade. Zendaya e Holland têm evitado red carpets conjuntos e só se cruzam profissionalmente quando os projectos assim o exigem. Este encontro captado pelas câmaras dos fãs oferece, por isso, um vislumbre muito particular de uma dinâmica que se mantém deliberadamente afastada dos holofotes.

Ambos têm mantido uma agenda carregada: ele mergulhado nas filmagens do novo capítulo de Spider-Man; ela a dividir-se entre Dune: Parte Três, a aguardada nova temporada de Euphoria, o filme The Drama com Robert Pattinson e, claro, a produção épica The Odyssey, onde interpretará a deusa Atena enquanto Holland dará vida a Telémaco. Com calendários tão intensos, a simples imagem de ambos a relaxar por alguns minutos parece ganhar uma aura quase cinematográfica.

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É um daqueles momentos que não mudam o mundo, não alteram o rumo de um franchise e não antecipam nenhuma grande revelação. Mas revelam algo essencial: duas estrelas globais, no auge das suas carreiras, capazes de desligar por instantes e dar atenção aos fãs que os acompanham. E, às vezes, isso basta para incendiar a internet — e derreter alguns corações pelo caminho.

A Onda Chega Outra Vez: “Moana” Regressa em Versão Live-Action com Dwayne Johnson e Uma Nova Protagonista

A Disney revela o primeiro trailer da adaptação em imagem real do clássico de 2016 — e o mar volta a chamar.

A Disney abriu oficialmente as portas para o regresso de Moana, agora em versão live-action, com a divulgação do primeiro trailer do filme realizado por Thomas Kail, vencedor de um Tony por Hamilton. A adaptação, marcada para chegar aos cinemas a 10 de Julho de 2026, volta a trazer o oceano como personagem central, as lendas polinésias como força motriz e, claro, a música que conquistou o mundo em 2016.

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A grande novidade é a presença de Catherine Laga’aia, uma jovem actriz que interpreta Moana pela primeira vez em imagem real. No breve trailer, ouvimos a icónica frase que marcou toda uma geração: “I am a girl who loves my island… and the girl who loves the sea. It calls me.”

E chama mesmo. Moana responde ao apelo do oceano e, pela primeira vez, ventureja para lá da barreira que protege a ilha de Motunui, embarcando numa aventura destinada a devolver prosperidade ao seu povo.

Dwayne Johnson regressa como Maui — agora em carne e osso

Outro grande regresso é Dwayne Johnson, que volta a dar vida ao semideus Maui, papel que já tinha interpretado na versão animada. A energia é a mesma, o humor também, e o trailer confirma que a química entre a nova Moana e o seu colossal parceiro de viagem continua intacta — agora com a vantagem de um carisma ainda mais palpável em imagem real.

O vídeo revela também os Kakamora, a tribo de piratas minúsculos, adoráveis e assustadores em igual medida, que volta a causar problemas numa sequência que promete manter o espírito caótico do filme original.

Um elenco que honra a cultura polinésia

A adaptação reforça o compromisso com a autenticidade cultural, com um elenco que inclui:

  • John Tui como o chefe Tui, pai de Moana, pragmático e protetor;
  • Frankie Adams como Sina, mãe dedicada e resiliente;
  • Rena Owen como Gramma Tala, a avó que acredita no destino da neta e que permanece a alma espiritual da narrativa.

No lado da produção, a equipa mantém-se cheia de nomes familiares: Dwayne JohnsonBeau FlynnDany GarciaHiram Garcia e Lin-Manuel Miranda, que volta como produtor depois de ter assinado as canções originais do filme animado. O projecto conta ainda com Auliʻi Cravalho — a voz da Moana de 2016 — agora como produtora executiva.

O desafio de reimaginar um fenómeno global

Transformar um filme que arrecadou 643 milhões de dólares e deu origem a uma sequela bilionária em 2024 não é tarefa pequena. O trailer, porém, mostra que a Disney aposta forte em preservar o que tornou Moana tão marcante: a ligação íntima com o mar, a força da identidade cultural e a jornada emocional de uma jovem que se recusa a aceitar limites impostos.

As primeiras imagens revelam uma estética luminosa, com paisagens exuberantes e um cuidado especial em recriar o universo que milhões de espectadores já conhecem. A grande questão será agora perceber como o filme equilibra a magia do original com a inevitável gravidade que a imagem real traz consigo.

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O mar chama — outra vez

Com o trailer agora disponível, a contagem decrescente para 2026 arrancou oficialmente. Moana está de volta, Maui também, e o oceano — sempre ele — prepara-se para mais uma história de coragem, destino e descoberta. Se a versão animada marcou uma geração inteira, esta nova abordagem tem tudo para reacender o mesmo encanto, desta vez com ondas ainda mais reais.

“Bucha – Memória ou Esquecimento”: O Cinema Como Testemunho de Uma Tragédia Real

O filme de Stanislav Tiunov chega ao pequeno ecrã com a força de um relato que recusa suavizar a história.

Bucha – Memória ou Esquecimento”, realizado por Stanislav Tiunov, é um daqueles filmes que dispensam introduções longas. O título diz praticamente tudo: estamos perante um retrato cinematográfico de um dos episódios mais brutais da invasão russa da Ucrânia em 2022 — a ocupação da cidade de Bucha, cujo nome se tornou símbolo mundial de massacres e crimes de guerra.

O filme parte de acontecimentos reais e segue a perspectiva de Konstantin Gudauskas, um refugiado do Cazaquistão que, vivendo na Ucrânia, decidiu arriscar a vida para resgatar civis em zona ocupada. Entre Bucha, Hostomel e Vorzel, a câmara acompanha a tensão, o improviso e o desespero de quem tenta salvar vidas enquanto à sua volta o colapso é total. Tiunov filma com contenção, sem dramatizações excessivas, mas também sem proteger o espectador da violência que marcou aqueles dias.

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A ocupação de Bucha durou pouco mais de duas semanas, mas bastou esse período para deixar um cenário que correu o mundo: corpos nas ruas, relatos de tortura, execuções sumárias e civis abatidos enquanto tentavam fugir. O filme explora esse contexto sem recorrer ao choque fácil, preferindo uma abordagem directa que respeita a realidade sem transformá-la em espectáculo. A força do filme está nessa frieza: não há música a suavizar, não há artifícios a distrair — só a urgência humana de sobreviver e ajudar.

Tiunov mantém o foco na escala reduzida, no indivíduo, na decisão difícil que se toma num instante. Não tenta dar a última palavra sobre a guerra, nem ambiciona explicar o conflito. Procura antes preservar um fragmento de memória, numa narrativa onde a pergunta do título — recordar ou esquecer? — ganha uma dimensão muito concreta: ignorar o que aconteceu em Bucha seria permitir que a história se repetisse.

A interpretação de Gudauskas, mais do que heroica, é profundamente humana. O filme mostra o medo, a hesitação, a falta de certezas, sublinhando que actos extraordinários nascem muitas vezes de pessoas comuns colocadas em circunstâncias extremas. Essa honestidade é talvez o maior trunfo da obra: a recusa de criar super-heróis, preferindo mostrar vulnerabilidade, perda e esforço.

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Bucha – Memória ou Esquecimento” não é um filme de entretenimento — é um registo, um alerta e uma recordação necessária. Ao chegar ao Cinemundo, ganha uma nova vida fora das salas, alcançando um público mais amplo e trazendo de volta um tema que, apesar de recente, já luta contra o desgaste da atenção.

Alguns filmes convidam à reflexão. Este exige-a.

Entre a Ruína e o Renascimento: “Cardo” Regressa com uma Segunda Temporada Ainda Mais Intensa


Entre a Ruína e o Renascimento: “Cardo” Regressa com uma Segunda Temporada Ainda Mais Intensa

Há séries que regressam como quem bate à porta com cuidado. Cardo não é uma delas. A segunda temporada chega à televisão portuguesa no dia 20 de Novembro, às 22h10, no TVCine Edition e no TVCine+, com a mesma frontalidade feroz que marcou a estreia — talvez até mais. É uma continuação que não suaviza, não facilita e não pede desculpa: apenas mergulha, sem filtros, na turbulência emocional de María.

Três anos passaram desde que a protagonista saiu de cena para cumprir pena na prisão. Quando finalmente volta à liberdade, descobre um mundo que já não reconhece. Amizades que desapareceram, amores que mudaram, rotinas que se desagregaram. María tenta agarrar-se à vontade de recomeçar, mas carrega consigo vícios antigos, um passado que continua a assombrá-la e uma culpa que se recusa a ser enterrada. A cada passo, sente que o abismo está ainda ali — sempre à distância de um tropeção.

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Criada por Claudia Costafreda e Ana Rujas — que volta a vestir a pele de María —, esta nova temporada aprofunda as contradições da protagonista. Ela quer mudar, mas sabota-se; quer esquecer, mas carrega feridas que não cicatrizam; quer avançar, mas arrasta sombras que pesam mais do que gostaria de admitir. A realização mantém o tom intimista que fez da primeira temporada um fenómeno crítico, mas eleva a intensidade emocional para um registo mais visceral, mais cru e mais desarmado.

Cardo já tinha sido celebrada como uma das séries espanholas mais marcantes dos últimos anos — venceu os Prémios Feroz 2022 de Melhor Série Dramática e Melhor Atriz — mas esta segunda temporada arrisca ainda mais. Se antes já era um estudo de personagem profundamente honesto, agora é praticamente um raio-X emocional de uma geração que vive entre precariedade, frustração e o desejo constante de encontrar um sentido num mundo que parece falhar demasiadas vezes.

Os novos episódios exploram temas como autodestruição, vergonha, identidade e a dificuldade brutal que é recomeçar quando tudo à volta — e dentro — permanece em ruínas. O bairro mudou, os códigos mudaram, a vida avançou sem ela. E María, simultaneamente perdida e determinada, tenta descobrir se ainda há espaço para uma nova versão de si própria.

Visualmente, a série continua a apostar numa estética realista, próxima, quase documental, colocando o espectador dentro da vida da protagonista, sem barreiras nem artifícios. Essa proximidade amplifica o impacto: Cardo não é apenas vista, é sentida. Às vezes, como um murro; outras, como uma ferida que nunca esteve bem fechada.

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Com estreia marcada para quinta-feira, 20 de Novembro, às 22h10Cardo T2 promete noites intensas, desafiantes e emocionalmente devastadoras. Uma série que não pede conforto — pede coragem. E que, por isso mesmo, merece ser vista.