Saiba porque Taylor Sheridan Abandona a Paramount

O arquitecto do universo Yellowstone prepara uma nova era longe da Paramount — mas o que significa isto para o futuro dos Dutton?

Num verdadeiro enredo digno das suas próprias séries, Taylor Sheridan, o homem por detrás do império Yellowstone, surpreendeu Hollywood ao anunciar que vai deixar a Paramount para assinar um acordo multimilionário com a NBCUniversal. Segundo o site Puck, o criador começará a desenvolver novos projetos cinematográficos para o estúdio já no próximo ano, enquanto os projetos televisivos só avançarão depois de terminar o contrato atual com a Paramount, em 2028.

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Uma mudança que já se adivinhava

Fontes próximas de Sheridan revelam que o afastamento vinha sendo preparado há algum tempo. Desde a fusão da Paramount com a Skydance, liderada por David Ellison, várias figuras que tinham apoiado o argumentista foram afastadas — incluindo Chris McCarthy, um dos principais defensores do universo Yellowstone. Paralelamente, começaram a surgir restrições orçamentais nas produções do criador, conhecido pelos seus orçamentos generosos e pela escala cinematográfica das suas séries.

Ellison chegou a dizer no verão que o seu objetivo era “ter Taylor na Paramount enquanto ele quiser contar histórias”, mas o ambiente interno mudou e Sheridan, segundo o Pucknunca se sentiu confortável com a nova administração.

Dinheiro não é tudo — mas ajuda

Embora os valores do novo contrato não tenham sido divulgados, sabe-se que o acordo com a NBCUniversal é um dos mais ambiciosos da indústria. Ainda assim, o dinheiro não terá sido o fator determinante. A NBCUniversal é atualmente o lar criativo de nomes como Steven SpielbergChristopher NolanJordan Peele e Dick Wolf — e, ao que tudo indica, o ambiente artístico e a liberdade criativa pesaram mais do que o cheque.

O que acontece ao universo Yellowstone?

A principal dúvida entre os fãs é o destino das séries que compõem o universo Yellowstone. A boa notícia: todas as produções atuais continuam na Paramount, que detém os direitos de propriedade intelectual. Isso inclui 18831923Tulsa KingMayor of KingstownLioness e a futura NOLA King, derivada de Tulsa King.

Sheridan deverá continuar envolvido em Dutton Ranch, o aguardado sucessor de Yellowstone, centrado nas personagens Rip e Beth. A nova série — ainda em fase de desenvolvimento — deverá estrear em 2026 e poderá contar com algumas temporadas sob a supervisão direta do criador antes de este mudar de estúdio.

Um império que redefine a televisão americana

Taylor Sheridan, antigo ator e agora um dos showrunners mais poderosos de Hollywood, construiu em menos de uma década um império narrativo centrado na América profunda, com histórias de honra, violência e sobrevivência rural. O seu estilo inconfundível — misto de western moderno e tragédia familiar — transformou Yellowstone num fenómeno global e fez de Sheridan o nome mais valioso da televisão norte-americana.

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Agora, ao juntar-se à NBCUniversal, o autor promete uma nova fase criativa, talvez com menos cowboys, mas certamente com o mesmo espírito de grandeza que o tornou uma figura incontornável.

Como nas suas séries, uma coisa é certa: as mudanças nunca vêm sem drama.

Colin Farrell fala sobre uma possível segunda temporada de The Penguin — e revela como a série se liga a The Batman Part II

O ator irlandês comenta o futuro do seu icónico vilão e o que esperar da próxima aventura de Gotham no grande ecrã

Depois do sucesso estrondoso de The Penguin, a série da HBO que expandiu o universo de The Batman, os fãs começaram a perguntar: haverá segunda temporada? Colin Farrell, que voltou a dar vida ao mafioso Oswald “Oz” Cobblepot, respondeu — à sua maneira.

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Não sei… Tenho uma certa tendência para o pessimismo”, confessou o ator, em entrevista ao ComicBook. “Apostaria que não [vai acontecer], mas não por muito.”

Apesar da sua modéstia, Farrell deixou no ar a possibilidade de o regresso ser mais do que um rumor. Segundo o ator, “as pessoas no poder” têm vindo a discutir novas histórias que poderiam justificar uma segunda temporada, e isso, vindo de um dos protagonistas mais aclamados do universo DC, é tudo menos uma negativa definitiva.

Como The Penguin prepara o caminho para The Batman Part II

Para os fãs atentos, The Penguin funciona quase como uma ponte narrativa entre o filme de Matt Reeves e a aguardada sequela. Farrell explicou que a série se desenrola imediatamente após os acontecimentos do primeiro filme: “A morte no final de The Batman e a destruição em Gotham criaram um vazio de poder que o Oz tenta aproveitar.”

Essa transição, diz o ator, foi planeada com precisão. “Foi perfeito para as oito horas de história que tivemos. E depois, The Batman Part II vai começar algumas semanas após o fim da série.”

A continuação da saga de Robert Pattinson como o Cavaleiro das Trevas tem filmagens marcadas para a primavera de 2026 e estreia prevista para 1 de outubro de 2027.

O regresso ao submundo de Gotham

The Penguin foi inicialmente concebida como uma minissérie, mas o seu sucesso crítico e o entusiasmo dos fãs podem ter mudado os planos da HBO e da DC Studios. A interpretação de Farrell, irreconhecível sob camadas de maquilhagem e próteses, foi elogiada pela forma como transformou o vilão num personagem trágico e ambicioso — uma espécie de Tony Soprano de Gotham.

Em setembro, Matt Reeves já tinha admitido à MTV que gostaria de “fazer mais coisas” dentro do seu universo cinematográfico, incluindo uma potencial nova temporada de The Penguin. Contudo, o realizador deixou claro que a sua prioridade, por agora, é terminar The Batman Part II antes de retomar as conversas.

Entre o crime e o caos

Mesmo que The Penguin termine como estava planeado, a série já cumpriu o seu papel: expandir o universo noir e político de Gotham, mostrando como o crime floresce quando o medo substitui a esperança.

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E, como o próprio Farrell admite, mesmo que as probabilidades não estejam todas a favor, em Gotham nunca se deve apostar contra o Pinguim..

Caso de Infidelidade Abala Lily Allen e David Harbour: Identidade da Mulher Envolvida é Revelada

O escândalo por detrás do novo álbum de Lily Allen vem à tona — e tem nome próprio: Natalie Tippet

A cantora britânica Lily Allen e o ator David Harbour, estrela de Stranger Things, continuam a protagonizar um dos divórcios mais comentados do ano. Agora, a mulher que alegadamente teve um caso com Harbour foi finalmente identificada: trata-se de Natalie Tippett, uma designer de guarda-roupa que trabalhou com o ator no filme da Netflix We Have a Ghost (2021).

Em entrevista ao Daily Mail, Tippett, de 34 anos, comentou a polémica canção “Madeline”, incluída no novo álbum de Allen, West End Girl, na qual a cantora de 40 anos fala sobre a traição do marido no contexto de um “casamento aberto”.

Claro que já ouvi a música”, disse Tippett, supostamente com um revirar de olhos. “Mas eu tenho uma família, uma filha de dois anos e meio, e coisas a proteger. Isto tudo é um pouco assustador para mim.”

Uma relação que começou no set

Segundo o jornal, o envolvimento entre Tippett e Harbour começou durante as filmagens em Nova Orleães, em 2021. A designer fazia parte do departamento de figurinos, enquanto o ator interpretava o papel principal. Quando o projeto terminou, Harbour terá convidado Tippett a visitá-lo em Atlanta, onde vivia com Allen — sem o conhecimento da cantora.

O caso acabou por ser descoberto quando Lily Allen encontrou mensagens no telemóvel do marido, o que, alegadamente, inspirou várias das letras do novo álbum. Questionada sobre se sabia que as suas mensagens privadas tinham sido usadas nas canções, Tippett respondeu apenas: “Sim. Mas não me sinto confortável em falar sobre isso neste momento.”

O casamento desfeito

Lily Allen e David Harbour casaram-se em 2020, em Las Vegas, num evento íntimo e excêntrico que rapidamente se tornou viral. No entanto, o conto de fadas desmoronou. Em fevereiro, foi revelado que o casal estava separado, e Allen admitiu ter procurado tratamento para lidar com o “tumulto emocional” resultante do fim da relação.

A cantora apresentou oficialmente o pedido de divórcio no mês passado, enquanto Harbour, de 50 anos, tem evitado comentar o caso. Em abril, durante uma entrevista, o ator de Black Widow e Hellboy desviou habilmente todas as perguntas sobre a separação, limitando-se a sorrir desconfortavelmente.

O eco das canções e o peso da exposição

O novo álbum de Lily Allen, West End Girl, tem sido descrito como o seu trabalho mais pessoal desde It’s Not Me, It’s You, de 2009. E, como já é tradição na sua carreira, Allen não poupa nas palavras: expõe feridas, questiona amores e transforma a dor em arte — ainda que desta vez a inspiração venha de um escândalo real e recente.

Entre a vulnerabilidade da cantora e o silêncio de Harbour, o drama continua a desenrolar-se, misturando música, corações partidos e manchetes — ingredientes perfeitos para um verdadeiro guião digno de Stranger Things.

Chris Evans e Alba Baptista dão as boas-vindas ao primeiro filho

O Capitão América entra numa nova fase: a da paternidade

O Capitão América tem agora um novo papel fora do ecrã — o de pai. 🍼

Segundo o site TMZChris Evans, de 44 anos, e a atriz Alba Baptista, de 28, deram as boas-vindas ao seu primeiro filho no fim de semana, em Massachusetts. O casal manteve a notícia em segredo, e ainda não foram revelados nem o nome nem o sexo do bebé.

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Representantes dos atores não comentaram oficialmente, mas a chegada do primeiro filho de Evans e Baptista já está a emocionar fãs em todo o mundo — especialmente em Portugal, onde a atriz nasceu e mantém uma legião de admiradores desde os tempos de Warrior Nun.

Um amor discreto, mas sólido

Chris Evans e Alba Baptista têm sido um dos casais mais reservados de Hollywood. O romance começou discretamente, tornando-se público apenas em 2022, e culminou num casamento de conto de fadas no ano seguinte, com duas cerimónias: uma íntima em Massachusetts e outra, naturalmente, em Portugal.

Durante a preparação do casamento, Evans contou à E! News que o seu cão Dodger — companheiro inseparável desde 2017 — não participou na festa. “Ele é demasiado sociável”, brincou o ator. “Ter-se-ia tornado o centro das atenções.”

O desejo de ser pai

Em entrevistas anteriores, Evans já tinha deixado claro o seu desejo de ser pai. “O título de ‘pai’ é um dos mais entusiasmantes que posso imaginar”, confessou à Access Hollywood em novembro de 2024. O pai da atriz, Luiz Baptista, até alimentou os rumores de uma gravidez em junho, ao comentar numa publicação de fãs: “A tua vez está a chegar, Chris!”

Parece que o momento finalmente chegou — e com a discrição que caracteriza o casal.

Um toque português na história

O amor entre Evans e Baptista sempre teve um toque lusitano. O ator contou à The Knot que pediu a mão da atriz em português. “Pratiquei a frase durante uma semana”, revelou. “Quando chegou o momento, fiquei tão nervoso que acho que disse mal… mas ela percebeu.”

Agora, com o nascimento do primeiro filho, a relação entre o Capitão América e a estrela portuguesa entra num novo capítulo — e, quem sabe, o bebé venha a crescer a falar tanto inglês como português.

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De Hollywood a Lisboa, todos parecem de acordo numa coisa: este é, sem dúvida, o papel mais bonito da vida de Chris Evans. ❤️

Adeus, Sybil: Morreu Prunella Scales, a inesquecível estrela de Fawlty Towers

A atriz britânica, que deu vida à icónica Sybil Fawlty, morreu aos 93 anos — e estava a rever a série no dia anterior à sua morte

O humor britânico perdeu uma das suas figuras mais queridas. Prunella Scales, a eterna Sybil de Fawlty Towers, morreu em Londres, aos 93 anos, depois de uma vida inteira dedicada à arte de representar — e de fazer rir. A notícia foi confirmada pelos filhos, Samuel e Joseph West, que revelaram um detalhe tão comovente quanto simbólico: no dia anterior à sua morte, Prunella estava a ver Fawlty Towers.

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A nossa adorada mãe morreu pacificamente em casa, rodeada de amor”, escreveram num comunicado. “Embora a demência a tenha forçado a afastar-se de uma carreira notável de quase 70 anos, continuou a viver com alegria e conforto.”

A Sybil que conquistou o mundo

Prunella Scales entrou para a história da televisão britânica ao lado de John Cleese, interpretando a impaciente e irónica Sybil Fawlty, a esposa do desastroso hoteleiro Basil Fawlty. O par era o coração de Fawlty Towers, sitcom transmitida entre 1975 e 1979, cuja ação se desenrolava num pequeno hotel em Torquay, à beira-mar.

A série, escrita por Cleese e Connie Booth, é considerada uma das melhores comédias de sempre — e muito do seu brilho deve-se a Scales. Com o seu timbre cortante e olhar impiedoso, transformou Sybil numa personagem multifacetada, autoritária mas divertida, capaz de equilibrar o caos gerado por Basil com um misto de ironia e pragmatismo.

Cena após cena, ela era absolutamente perfeita”, recordou John Cleese, descrevendo-a como “uma atriz cómica maravilhosa e uma mulher muito doce”.

Uma carreira de sete décadas

Nascida Prunella Margaret Rumney Illingworth, em 1932, Scales estreou-se nos anos 50 e destacou-se na sitcom Marriage Lines, ao lado de Richard Briers, antes de alcançar fama mundial com Fawlty Towers. Em 1991, brilhou nos palcos do West End em Long Day’s Journey Into Night e, no cinema, recebeu uma nomeação ao BAFTA por interpretar a Rainha Isabel II em A Question of Attribution.

Apesar do talento para a comédia, era uma atriz de enorme versatilidade, igualmente à vontade em papéis dramáticos. Fora do ecrã, era admirada pela sua inteligência e generosidade.

Uma vida de amor e luta

Scales foi casada durante 61 anos com o ator Timothy West, falecido em 2024. Juntos, tornaram-se um dos casais mais queridos da televisão britânica, protagonizando durante uma década o programa Great Canal Journeys, onde navegavam pelos canais de Inglaterra.

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Nos últimos anos, Prunella enfrentou a demência vascular com coragem e dignidade. O próprio West descreveu o processo como “assistir ao desaparecimento gradual da pessoa que se ama”. Ainda assim, o casal manteve a ternura e o humor, mesmo quando a memória começou a falhar.

Um legado eterno

Com a sua voz inesquecível, o seu riso cristalino e o olhar que dizia mais do que mil palavras, Prunella Scales tornou-se uma verdadeira instituição britânica. O diretor de comédia da BBC, Jon Petrie, chamou-lhe “um tesouro nacional”, e o tributo parece curto para quem tanto deu à cultura britânica — e a todos nós que ainda rimos com as desventuras do hotel Fawlty.

Talvez a maior homenagem seja saber que, no seu último dia, Prunella Scales voltou a rir-se de si própria. E, em certo sentido, de todos nós — como só os grandes comediantes conseguem fazer.

Demi Moore Conta Porque Acha que Tom Cruise Ficou “Envergonhado” com a Sua Gravidez Durante as Filmagens de A Few Good Men

A atriz recorda os bastidores de um dos seus maiores sucessos e a pressão de ser mãe e estrela ao mesmo tempo

Demi Moore, que estava grávida de oito meses quando filmou A Few Good Men (1992), revelou recentemente que Tom Cruise, seu colega de elenco, pareceu sentir-se “um pouco envergonhado” com a situação. Durante o festival The New Yorker Festival, a atriz contou que percebeu algum desconforto da parte do protagonista de Top Gun durante os ensaios das cenas.

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“Eu estava bem com isso, sinceramente”, contou Moore, citada pela People. “Mas percebia que o Tom estava meio embaraçado. Ele não sabia bem como agir, talvez porque naquela altura não havia muitas atrizes grávidas a trabalhar.”

“Porque não podemos ter as duas coisas?”

Na época, a estrela de Ghost sentia que o meio cinematográfico ainda não aceitava a ideia de uma mulher poder conciliar a maternidade com uma carreira de sucesso. “Era algo que simplesmente não fazia sentido para mim”, explicou. “Por isso, decidi desafiar essa ideia. Porque não? Porque não podemos ter as duas coisas?”

Contudo, essa determinação trouxe também uma pressão acrescida. Moore confessou que se obrigou a treinar intensamente durante a gravidez para manter a forma física para o papel — algo que hoje considera excessivo. “Olho para trás e penso: ‘Mas o que raio estava eu a pensar? E o que é que estava a tentar provar?’”, admitiu.

Uma época diferente para as atrizes de Hollywood

A atriz reconhece que, felizmente, o panorama mudou. “Naquela altura, não era comum ver uma mulher a amamentar e, logo a seguir, a ensaiar uma cena. Hoje em dia há mais apoio e compreensão, mas naquela época isso era visto quase como uma afronta”, disse.

Moore, que teve três filhas com Bruce Willis, acabaria por afastar-se de Hollywood durante algum tempo, depois da morte da mãe e do fim do casamento. “Houve um momento em que percebi que o sucesso já não me bastava”, confessou numa entrevista à Glamour. “Precisava de estar com as minhas filhas, de viver outra fase da minha vida.”

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Enquanto Tom Cruise continua a ser um dos maiores nomes da indústria, Demi Moore volta agora a revisitar o passado com um olhar mais maduro — e, talvez, com a serenidade de quem já não precisa de provar nada a ninguém.

Regina Pessoa regressa ao Pico para celebrar 10 anos do AnimaPIX

A madrinha do festival mais encantador dos Açores volta à ilha com a mesma paixão de sempre pela animação portuguesa

O AnimaPIX está de volta à ilha do Pico este dezembro, e com ele regressa também a sua madrinha — nem mais nem menos que Regina Pessoa, a artista portuguesa mais premiada da história da animação. O festival, que decorre de 1 a 7 de dezembro de 2025 na Biblioteca Auditório da Madalena, celebra uma década de existência e continua fiel ao seu lema: ser “o festival para a criança em todos nós”, celebrando o cinema de animação e o livro ilustrado como pontes mágicas entre gerações.

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Uma década de luz, cor e imaginação

Desde a sua primeira edição, nas escolas do Pico, o AnimaPIX tornou-se uma referência na promoção da cultura cinematográfica nos Açores. Organizado pela MiratecArts, o evento combina o encanto da descoberta com o espírito comunitário que define os melhores festivais de animação: proximidade, partilha e emoção verdadeira.

Regina Pessoa, que assina também a ilustração do cartaz oficial dos 10 anos do festival, regressa à ilha com o mesmo entusiasmo de sempre. “Ser madrinha do AnimaPIX é um privilégio, uma honra, uma dádiva que agarro com o coração”, declarou. “Há muitos festivais de cinema, mas os de animação têm algo de especial — quanto mais pequenos, mais intensos e humanos.”

Regina Pessoa: a força da animação portuguesa

A autora de A NoiteTragic Story with Happy EndingKali, o Pequeno Vampiro e Tio Tomás, A Contabilidade dos Dias é uma das figuras mais importantes da animação mundial. O seu percurso começou em 1992, como animadora nos filmes de Abi Feijó, seu parceiro e cúmplice artístico, e desde então coleciona mais de 150 prémios internacionais — incluindo distinções nos festivais de AnnecyHiroshimaAnnie Awards e nomeações para o Prémio do Cinema Europeu e para os Óscares.

Em 2021, foi eleita pelo Animac entre os três melhores realizadores de animação dos últimos 25 anos — um reconhecimento que coloca o nome de Portugal ao lado dos grandes mestres da animação mundial.

Militância cultural nas ilhas do Atlântico

Regina Pessoa sublinha ainda o papel essencial do AnimaPIX e de Terry Costa, criador do festival e diretor da MiratecArts. “É muitas vezes nesses pequenos lugares remotos que encontramos a verdadeira militância cultural”, afirmou. “Pessoas que, abdicando de quase tudo, se dedicam à arte e à partilha, permitindo que comunidades pequenas experimentem, talvez pela primeira vez, a magia de ver cinema numa sala escura.”

O festival, que já contou com a presença de Regina e Abi Feijó em várias edições, prepara agora uma celebração especial dos seus 10 anos, com uma programação que promete reunir o melhor da animação portuguesa e internacional.

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A programação completa será revelada em breve no site oficial da MiratecArts (miratecarts.com), mas uma coisa é certa: o AnimaPIX volta a transformar o Pico num ponto de luz para todos os que acreditam no poder da imaginação e no cinema como arte de resistência