Olhares do Irão: TVCine apresenta sessão dupla de cinema de resistência 🎬🇮🇷

Dois filmes proibidos no Irão em estreia em Portugal

No próximo domingo, 21 de setembro, o TVCine Edition dedica a noite ao cinema iraniano contemporâneo com a sessão especial Dupla Olhares do Irão. A partir das 20h20, serão exibidos dois filmes que se tornaram símbolos de resistência artística e política: O Meu Bolo Favorito e A Semente do Figo Sagrado. Ambos foram filmados em segredo, premiados em festivais internacionais e proibidos no Irão, onde os seus autores enfrentam perseguições e censura.

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O Meu Bolo Favorito – amor e liberdade na maturidade

📅 21 de setembro | 20h20 | TVCine Edition e TVCine+

Realizado por Maryam Moghaddam e Behtash Sanaeeha, o filme acompanha Mahin, uma viúva de 70 anos que decide quebrar a rotina solitária e abrir-se ao amor. O encontro com Faramarz, um taxista atencioso, transforma por completo a sua noite e dá início a uma história de redescoberta pessoal.

Com humor e delicadeza, o filme traça um retrato das mulheres de classe média no Irão e, ao mesmo tempo, funciona como um ato de resistência num país onde foi considerado “conteúdo obsceno”. A dupla de realizadores foi mesmo condenada pelas autoridades. Ainda assim, a obra brilhou na Competição Oficial do Festival de Berlim 2024, arrecadando prémios como o FIPRESCI e o Prémio do Júri Ecuménico.

A Semente do Figo Sagrado – poder, paranoia e coragem

📅 21 de setembro | 22h00 | TVCine Edition e TVCine+

Assinado por Mohammad Rasoulof, o filme segue Iman, um juiz recém-nomeado do Tribunal Revolucionário de Teerão, que recebe uma arma como símbolo de poder. Rapidamente pressionado a assinar sentenças de morte sem julgamento, vê a sua vida mergulhar na paranoia quando a arma desaparece de casa, levantando suspeitas sobre a própria família.

Rodado em segredo antes do realizador fugir do Irão, o filme teve estreia mundial no Festival de Cannes 2024, onde conquistou o Prémio Especial do Júri, o FIPRESCI e o Prémio do Júri Ecuménico. Foi ainda nomeado ao Óscar de Melhor Filme Internacional, tornando-se um marco da denúncia contra a repressão iraniana.

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Uma noite de cinema que é também um gesto político

Com estes dois filmes, o TVCine propõe mais do que uma sessão dupla: é um convite a olhar para o cinema como ato de resistência e para a arte como voz contra o silêncio imposto pela censura.

Star Wars: Starfighter — nova foto do set mostra Ryan Gosling em ação 🚀✨

A produção de Star Wars: Starfighter continua a todo o vapor, e os fãs já têm direito a um novo vislumbre do aguardado filme protagonizado por Ryan Gosling. A imagem, partilhada pelo realizador Shawn Levy no Instagram, mostra o ator ao lado do jovem Flynn Gray durante uma filmagem no meio do mar — revelando um dos cenários-chave desta nova aventura espacial.

Um mergulho inesperado numa galáxia muito distante

O filme tem estreia marcada para 28 de maio de 2027 e promete abrir uma nova era no universo Star Wars, explorando um período temporal que nunca foi retratado no grande ecrã.

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O elenco: estrelas e novas apostas

Para além de Gosling, nomeado aos Óscares, o elenco de Starfighter conta com nomes de peso como Amy Adams, Matt Smith, Mia Goth, Aaron Pierre, Simon Bird, Jamael Westman e Daniel Ings.

O grande destaque vai também para Flynn Gray, jovem ator que já passou por séries como Wednesday e Showkids, e que aqui tem a sua primeira grande oportunidade num projeto de estúdio de alto perfil.

A história: cinco anos após The Rise of Skywalker

Situado cinco anos depois dos acontecimentos de Star Wars: The Rise of Skywalker (2019), o novo filme apresenta-se como uma aventura independente, sem personagens já conhecidas, mas mergulhando num momento inexplorado da cronologia galáctica.

Segundo o estúdio, o objetivo é criar uma narrativa fresca, com novos protagonistas e ambientes ainda não vistos no universo Star Wars.

Shawn Levy e Ryan Gosling em sintonia

O guião foi escrito por Jonathan Tropper, e a realização está nas mãos de Shawn Levy, conhecido pela sua versatilidade entre o drama, a aventura e a comédia. Para Gosling, o projeto é uma oportunidade única:

“Este guião é simplesmente fantástico. Tem uma grande história, personagens originais e muito coração. Não poderia haver realizador mais perfeito para esta história do que Shawn.”

O que esperar

Entre o tom de mistério da primeira foto divulgada e a nova imagem que destaca cenários marítimos, Star Wars: Starfighter parece apostar numa combinação de espetáculo visual, personagens cativantes e o espírito de aventura que sempre definiu a saga.

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Com Gosling a liderar e um elenco de luxo, a Força promete estar em alta quando esta nova viagem espacial aterrar nos cinemas.

The Chapel: novo palco do Tribeca Festival Lisboa estreia com filmes e séries imperdíveis 🎬✨

Um convento transformado em sala de cinema

Tribeca Festival Lisboa anunciou a programação oficial para a estreia de The Chapel by Betclic, a nova sala de exibição instalada na Capela do Convento do Beato. O espaço icónico da capital foi renovado para acolher alguns dos títulos mais aguardados do ano, numa iniciativa que reforça o papel do festival como ponto de encontro entre o cinema português e o panorama internacional.

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Entre 30 de outubro e 1 de novembro, o público poderá assistir em estreia a produções de realizadores consagrados e a obras que prometem marcar a temporada de festivais.

O que vai passar em The Chapel

A programação está recheada de nomes fortes:

  • “In the Hand of Dante”, de Julian Schnabel, uma das grandes apostas do circuito internacional;
  • “Sonhos”, o mais recente filme do mexicano Michel Franco;
  • “Sandokan: The Pirate Prince”, série com Can Yaman e Ed Westwick;
  • “Bugonia”, do grego Yorgos Lanthimos, depois do sucesso mundial de Poor Things;
  • “The Best You Can”, de Michael J. Weihorn;
  • “Além do Horizonte — A Travessia”, novo filme do português Fernando Vendrell, que dá destaque à produção nacional.

Para além destes títulos já confirmados, a programação reserva ainda dois filmes-surpresa a anunciar.

Três dias, nove sessões

O calendário de exibições no novo espaço será o seguinte:

📅 30 de outubro

  • 14h30 – In the Hand of Dante
  • 18h30 – Bugonia
  • 21h30 – Feel the Magic: Ticha Penicheiro — Against All Odds

📅 31 de outubro

  • 14h30 – Filme a anunciar
  • 18h30 – Sonhos
  • 21h30 – Sandokan: The Pirate Prince

📅 1 de novembro

  • 14h30 – The Best You Can
  • 18h30 – Além do Horizonte — A Travessia
  • 21h30 – Filme a anunciar

Bilhetes e passes

Os bilhetes individuais para cada sessão custam 15€ e estarão disponíveis a partir de 22 de setembro. Para quem quiser mergulhar a fundo na programação, existem pacotes especiais:

  • Cinema Pack I (35€) – acesso a seis sessões;
  • Cinema Pack II (65€) – acesso a três sessões;
  • Full Pass (255€) – acesso a todos os dias do festival.

Lisboa no mapa do cinema mundial

Para Cara Cusumano, diretora do festival em Nova Iorque, esta segunda edição do Tribeca Festival Lisboa celebra “o que mais gostamos na arte de contar histórias a nível global”, juntando títulos de peso do Tribeca 2025 e estreias internacionais que reforçam o caráter ousado do evento.

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Com The Chapel, Lisboa ganha não só um novo palco cultural, mas também a oportunidade de se afirmar como uma cidade que respira cinema em todas as suas formas.

O Grito: a nova série portuguesa da HBO Max que promete prender o público 🎭🇵🇹

Entre o mistério e a dor

As produções portuguesas estão a conquistar cada vez mais espaço no panorama internacional do streaming, e a estreia de O Grito na HBO Max confirma essa tendência. Lançada a 16 de setembro, a série já foi distinguida com os prémios de Melhor Série de TV e Melhor Realizador no Buenos Aires International Film Festival – Web Series 2025.

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Com realização de Leonel Vieira, o projeto aposta num enredo intenso, onde o mistério e o drama se cruzam com reflexões profundas sobre o peso das expectativas sociais e os silêncios que corroem as relações familiares.

Daniela Ruah e Sara Matos em confronto de irmãs

No centro da narrativa está Vitória Neves (Daniela Ruah), uma professora dedicada que vive em função dos outros — alunos, família, amigos — esquecendo-se de si própria. O seu marido, Salvador (Pedro Laginha), e o filho adolescente Pedro (Gonçalo Almeida) sentem diariamente o vazio deixado por essa entrega total.

O choque acontece quando Vitória decide pôr fim à própria vida. A partir daí, a protagonista passa a ser a sua irmã, Sofia (Sara Matos), uma artista plástica que regressa de Londres a Portugal determinada a compreender o que levou Vitória ao suicídio. À medida que percorre os últimos passos da irmã, Sofia descobre segredos dolorosos que abalam toda a família.

Um thriller dramático de identidade portuguesa

Com interpretações de Nuno Nolasco, Natália Luiza, Roberto Bomtempo, Joaquim Horta, Ricardo Veigas, Madalena Aragão, António Van Zeller e Mar BandeiraO Grito constrói uma teia de revelações onde cada personagem carrega as suas próprias fragilidades.

O tom de thriller dramático distingue a série, ao mesmo tempo que dá espaço para refletir sobre temas tabu como o suicídio, colocando o espectador perante questões de identidade, dor e resiliência.

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Estreia semanal até novembro

Até ao momento, apenas o primeiro episódio foi disponibilizado na HBO Max, com novos capítulos a estrearem todas as semanas até 4 de novembro. A promessa é clara: manter o público em suspense, num mergulho emocional que junta o melhor do talento nacional com uma narrativa de alcance universal.

França escolhe Foi Só um Acidente, de Jafar Panahi, como candidato ao Óscar 🇫🇷🏆

Palma de Ouro de Cannes segue rumo a Hollywood

França anunciou a escolha de Foi Só um Acidente, do realizador iraniano Jafar Panahi, como candidato oficial ao Óscar de Melhor Filme Internacional na 98.ª edição dos prémios da Academia, marcada para 15 de março de 2026 em Los Angeles.

O filme, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, estreia em Portugal a 13 de novembro e foi rodado em condições clandestinas, com parte da equipa a ser detida no Irão após o anúncio de que competiria no festival francês.

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Uma história de vingança e dúvida

Inspirado em testemunhos de presos políticos iranianos, Foi Só um Acidente acompanha um homem que julga ter encontrado, por acaso, o seu torturador. Decide raptá-lo e enterrá-lo vivo no deserto, mas a dúvida sobre a identidade do homem leva-o a procurar a ajuda de uma fotógrafa de casamentos que também esteve presa. O que começa como um ato de vingança transforma-se numa espiral de incertezas e caos.

O filme reflete as próprias experiências de Panahi, que esteve detido duas vezes — 86 dias em 2010 e quase sete meses entre 2022 e 2023 — e que permanece impedido de filmar no seu país.

França aposta em coproduções internacionais

A escolha foi anunciada pelo Centro Nacional de Cinema de França (CNC), que destacou o papel do país como “coração pulsante das coproduções internacionais”. Segundo Gaëtan Bruel, diretor do CNC, a candidatura de Panahi mostra como a França continua a ser “uma terra acolhedora para criadores impedidos de trabalhar nos seus países”.

A decisão representou uma derrota para Nouvelle Vague, de Richard Linklater (produzido pela Netflix), que era um dos favoritos. Outros filmes em análise incluíam Arco, de Ugo Bienvenu, La Petite Dernière, de Hafsia Herzi, e Vie privée, de Rebecca Zlotowski, protagonizado por Jodie Foster.

O passado e o presente dos Óscares

Panahi nunca foi selecionado pelo Irão para representar o país, apesar de já ter vencido alguns dos maiores prémios do cinema mundial — de Veneza a Berlim. Agora, com o apoio francês, tem finalmente uma oportunidade de chegar à corrida aos Óscares.

A França não vence na categoria de Melhor Filme Internacional desde Indochina (1992), mas no último ano conseguiu grande visibilidade com Emilia Perez, de Jacques Audiard, que obteve 13 nomeações, embora tenha perdido para o brasileiro Ainda Estou Aqui.

Portugal também entra na corrida

Portugal será representado por Margarida Cardoso e o seu filme Banzo, juntando-se a uma lista já preenchida por nomes fortes: os irmãos Dardenne com Jeunes Mères (Bélgica), Óliver Laxe com Sirât (Espanha), Park Chan-wook com No Other Choice (Coreia do Sul), Joachim Trier com Sentimental Value (Noruega), entre muitos outros.

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A lista final de 15 pré-selecionados será revelada a 16 de dezembro, com as cinco nomeações oficiais a serem conhecidas a 22 de janeiro de 2026.

One Battle After Another – Paul Thomas Anderson e Leonardo DiCaprio mergulham no caos da contracultura

Anderson reencontra Pynchon num delírio político

Dez anos depois de adaptar Inherent VicePaul Thomas Anderson volta a cruzar-se com o universo literário de Thomas Pynchon. Desta vez, inspira-se livremente no romance Vineland (1990) e cria “One Battle After Another”, uma espécie de thriller pulp e sátira política que mistura contracultura, paranoia e ação desenfreada.

O resultado é um filme tão caótico quanto fascinante: uma fábula moderna sobre resistência, poder e decadência, com a energia visual e sonora que só Anderson parece conseguir manter sempre “com o pedal colado ao fundo”. A banda sonora de Jonny Greenwood acentua esse nervosismo constante, vibrando entre o psicadélico e o apocalíptico.

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Leonardo DiCaprio, um revolucionário desajeitado

No centro da trama está Leonardo DiCaprio, que interpreta Bob, um revolucionário desgrenhado, sempre à beira do colapso nervoso. Membro secundário de uma célula armada que ataca prisões de migrantes na fronteira com o México, o seu papel é quase cómico: lançar fogo-de-artifício como distração. Ao lado dele estão figuras mais imponentes, como Deandra (Regina Hall) e o intelectual Howard (num cameo de Paul Grimstad).

Mas o verdadeiro íman da narrativa é Perfidia (Teyana Taylor), companheira e líder nata, capaz de manipular o grotesco coronel Lockjaw (Sean Penn, num registo repulsivo e caricato) para virar a máquina militar contra si própria. Uma das imagens mais arrebatadoras do filme mostra Perfidia, grávida de nove meses, a disparar uma metralhadora — cena que Anderson transforma num ícone de resistência e excesso.

Entre a farsa e a tragédia

A vida de Bob complica-se ainda mais quando se vê forçado a criar a filha adolescente Willa (Chase Infiniti) como pai solteiro. Enquanto ele se perde em drogas e cinismo, Willa mostra-se determinada, treinada em artes marciais por um excêntrico mestre (nada menos que Benicio del Toro). A relação entre os dois oscila entre ternura e frustração, até desembocar num dilema de paternidade que dá ao filme um inesperado sabor de Mamma Mia! passado no meio da guerrilha.

Anderson no fio da navalha

“One Battle After Another” é simultaneamente sério e farsesco, realista e cartoonesco. A ação — com perseguições de automóvel de cortar a respiração — convive com reflexões sobre identidade, poder e o eterno conflito cultural americano. Anderson transforma o caos em espetáculo, questionando se a luta pela contracultura não se tornou apenas mais um capítulo interminável da guerra cultural dos EUA.

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É um filme que não pede consenso: uns vão achá-lo excessivo e desconcertante, outros vão render-se ao seu ritmo alucinado. Mas é impossível negar que Anderson continua a ser um dos cineastas mais ousados da sua geração, capaz de fazer cinema político sem abdicar da extravagância visual.

Amanda Seyfried responde a críticas após comentário polémico sobre Charlie Kirk 🎭

Atriz clarifica posição depois de onda de reacções negativas

A atriz Amanda Seyfried, conhecida por filmes como Mean Girls e Mamma Mia!, voltou às redes sociais para esclarecer os seus comentários sobre Charlie Kirk, ativista político norte-americano recentemente assassinado durante um evento em Utah.

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Depois de ter chamado Kirk de “odioso” num comentário no Instagram, Seyfried enfrentou uma onda de críticas, acusações de insensibilidade e até ameaças de boicote ao seu novo filme, The Housemaid, que estreia esta sexta-feira.\

“Esquecemo-nos da nuance da humanidade”

Num texto publicado no Instagram, Seyfried, de 39 anos, escreveu:

“Podemos estar zangados com a misoginia e com discursos racistas e, AO MESMO TEMPO, concordar que o assassinato de Charlie Kirk foi absolutamente perturbador e deplorável em todos os sentidos.”

A atriz acrescentou ainda que não estava a tentar “alimentar o fogo”, mas sim oferecer “clareza a algo que foi irresponsavelmente (ainda que compreensivelmente) tirado do contexto”.

A polémica inicial

A controvérsia começou quando Seyfried comentou um post com frases controversas atribuídas a Kirk, conhecido pelas suas posições radicais contra o aborto, a imigração e a comunidade negra. Além disso, partilhou nos stories uma publicação que muitos interpretaram como insinuando que Kirk teria, de certa forma, incitado a própria morte:

“Não se pode convidar a violência para a mesa de jantar e depois ficar chocado quando ela começa a comer.”

Reacções do público

As redes sociais rapidamente se dividiram:

  • Alguns acusaram Seyfried de “apoiar a violência” e de atacar a fé cristã de Kirk;
  • Outros defenderam a atriz, sublinhando que condenar discursos de ódio não equivale a justificar um homicídio.

Houve também quem pedisse o boicote ao novo filme da atriz, que protagoniza ao lado de Sydney Sweeney.

O caso Charlie Kirk

Charlie Kirk, de 31 anos, foi morto a tiro a 10 de Setembro, durante o evento “American Comeback Tour” na Utah Valley University. O alegado atirador, Tyler Robinson, de 22 anos, foi detido e enfrenta acusações de homicídio, obstrução da justiça, disparo de arma de fogo causando ferimentos graves, intimidação de testemunhas e prática de crime violento na presença de uma criança.

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Entre política, Hollywood e liberdade de expressão

O episódio reacende o debate sobre a relação entre figuras públicas, política e liberdade de expressão. Amanda Seyfried termina o seu esclarecimento com uma pergunta que ecoa esse dilema:

“Discurso animado — não é isso que deveríamos estar a ter?”

Jimmy Kimmel suspenso pela ABC após comentários sobre Charlie Kirk 📺🔥

Uma suspensão que agita o debate político e mediático nos EUA

ABC anunciou a suspensão indefinida de Jimmy Kimmel, após os comentários polémicos do apresentador sobre o assassinato de Charlie Kirk, influente ativista de direita norte-americano. “Jimmy Kimmel Live será preterido indefinidamente”, confirmou um porta-voz da estação detida pela Disney.

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Durante o seu monólogo de segunda-feira, Kimmel acusou a chamada “Maga gang” de tentar tirar proveito político da morte de Kirk e criticou também as homenagens oficiais prestadas, incluindo as bandeiras a meia-haste. A reação não tardou: tanto Donald Trump como várias estações afiliadas à ABC elogiaram a decisão de afastar o apresentador.

As palavras que incendiaram a polémica

Na emissão, Kimmel ironizou a forma como Trump reagiu ao homicídio, dizendo:

“Isto não é a forma como um adulto lamenta a morte de alguém que chama amigo. É a forma como uma criança de quatro anos chora a perda de um peixinho dourado.”

Apesar de ter condenado o ataque e enviado “amor” à família de Kirk no próprio dia do crime, o tom do seu discurso em antena foi considerado “ofensivo e insensível” por vários grupos mediáticos, incluindo a gigante Nexstar Media, que se recusou a transmitir o programa “no futuro próximo”.

Trump celebra, sindicatos condenam

O ex-presidente Donald Trump festejou a suspensão como “ótima notícia para a América”, chamando ao programa de Kimmel um “show falido de audiências”.

Por outro lado, sindicatos como a Writers Guild of America (WGA) e a Sag-Aftra classificaram a decisão como uma ameaça à liberdade de expressão. “Vergonha para aqueles no governo que se esquecem desta verdade fundacional”, declarou a WGA.

FCC dividida sobre o caso

O presidente da FCC (Comissão Federal de Comunicações)Brendan Carr, nomeado por Trump, afirmou que Kimmel demonstrou “a conduta mais doentia possível” e elogiou os canais que cancelaram a emissão. Defendeu ainda que, no mínimo, o apresentador deveria apresentar um pedido de desculpas.

Em contrapartida, Anna Gomez, a única comissária democrata da FCC, criticou as declarações de Carr, sublinhando que um ato de violência individual não pode ser usado como desculpa para justificar censura alargada.

Um futuro incerto para o “Jimmy Kimmel Live”

Segundo fontes próximas citadas pela CNBC, Kimmel não foi despedido. A intenção da ABC será conversar com o apresentador antes de um eventual regresso ao ar. Ainda assim, o futuro do programa é incerto, numa altura em que os talk shows noturnos enfrentam a concorrência feroz do streaming e veem a sua relevância diminuir.

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Enquanto isso, algumas estações anunciaram que irão substituir o programa por especiais dedicados a Charlie Kirk, reforçando o peso político da polémica.