The Texas Chainsaw Massacre: A24 Prepara Série Televisiva da Lendária Franquia de Terror

A guerra pelo massacre já tem vencedor

Quase cinco décadas depois de Tobe Hooper ter lançado ao mundo o perturbador The Texas Chain Saw Massacre (1974), um dos filmes que definiu o género slasher, a saga prepara-se para renascer… desta vez na televisão. Segundo o site Deadline, a produtora A24 venceu a feroz disputa pelos direitos da franquia e já tem em desenvolvimento uma série que promete devolver Leatherface ao centro do medo.

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A equipa criativa por trás do projeto

A24, que nos últimos anos se afirmou como uma das casas mais respeitadas do terror contemporâneo, junta nomes de peso a esta nova incursão televisiva. Entre eles estão JT Mollner (Strange Darling), Roy Lee (WeaponsIt) e Glen Powell (Hit Man), que assumem a produção da série. Embora Powell esteja envolvido apenas atrás das câmaras, a sua participação reforça o peso criativo do projeto.

A disputa pelos direitos foi intensa: Bryan Bertino (The Strangers) chegou a propor um novo filme, Oz Perkins (Longlegs) estava ligado como produtor, Taylor Sheridan (Yellowstone) apresentou um pitch, e até Jordan Peele esteve em cima da mesa, embora tenha desistido sem explicação. No final, foi a A24 quem levou a melhor, mesmo que o acordo ainda esteja sujeito a confirmação oficial.

Do grande ecrã para a televisão

The Texas Chainsaw Massacre junta-se assim a uma vaga crescente de franquias de terror a darem o salto para a televisão. Chucky transformou-se em fenómeno de culto, Alien: Earth conquistou fãs e críticos, e este ano estreiam It: Welcome to Derry (HBO Max) e uma série-prequela de The Conjuring (HBO). A própria A24 prepara também uma série ligada a Friday the 13th, focada na enigmática Pamela Voorhees, mãe de Jason.

A oportunidade para recuperar o terror puro

Apesar do estatuto icónico, a franquia Texas Chainsaw Massacre tem atravessado tempos difíceis. Desde o remake de 2003, que alimentou a onda de reinterpretações do género, as tentativas de prolongar a saga resultaram em filmes mal recebidos como Texas Chainsaw 3D (2013), Leatherface (2017) e a sequela-tributo Texas Chainsaw Massacre (2022).

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Com o selo A24 e uma equipa criativa que sabe equilibrar ousadia e reverência, a nova série pode ser a oportunidade de devolver dignidade a uma das sagas mais influentes do terror. A questão que fica no ar: estará o público preparado para enfrentar, novamente, a motosserra mais temida da história do cinema?

Scary Movie 6: Marlon Wayans Promete Uma Comédia Sem Filtros Que “Vai Ofender Alguém”


O regresso do terror mais disparatado

Mais de 20 anos depois de ter dado vida ao icónico Shorty, Marlon Wayans prepara-se para voltar à saga Scary Movie. O ator e argumentista, que esteve na génese dos dois primeiros filmes da popular paródia de terror, confirmou que Scary Movie 6 já está em andamento — e promete não poupar ninguém.

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“Vai ser como sempre fizemos. Queremos que toda a gente se ria, e não nos importa se alguém for sensível. Até as pessoas sensíveis precisam de rir de si próprias”, disse Wayans à Entertainment Weekly.

Humor sem barreiras

O comediante sublinhou que o novo capítulo será um “no holds barred”, ou seja, sem filtros e com espaço para provocar gargalhadas mesmo que algumas piadas possam ofender. “Quando fizemos White Chicks, gozámos com toda a gente — negros, brancos, hispânicos. É isso que fazemos: rirmo-nos do mundo e torná-lo mais leve. Às vezes alguém pode ficar ofendido, mas se 100 pessoas se rirem e uma sair da sala, ainda assim é uma boa piada.”

Segundo Wayans, a ideia é que Scary Movie 6 seja um filme que atravesse gerações: “Três gerações diferentes que já não têm grandes comédias há muito tempo vão poder sentar-se juntas e rir.”

Um olhar sobre as mudanças

Para o ator, não basta repetir a fórmula antiga: “A comédia mudou, o cinema mudou, o público mudou, o mundo mudou. Temos de reconhecer isso. Por isso, quisemos tornar a diferença geracional parte da conversa. É através desses contrastes que conseguimos criar piadas e, ao mesmo tempo, comentar o que mudou no horror e na sociedade.”

O regresso de rostos familiares

A saga volta também a contar com nomes muito pedidos pelos fãs. Segundo a Deadline, Anna Faris e Regina Hall estão confirmadas no elenco de Scary Movie 6, marcando o regresso das protagonistas que ajudaram a tornar os primeiros filmes em sucessos de bilheteira. O guião está a ser escrito por Marlon, em colaboração com os irmãos Shawn Wayans e Keenen Ivory Wayans, ausentes das últimas três sequelas mas que agora regressam ao comando criativo.

Wayans deixou ainda no ar a promessa de mais regressos de atores conhecidos da franquia, embora tenha admitido que ainda não há contratos fechados.

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Uma paródia pronta para 2025

Depois de anos de ausência, Scary Movie prepara-se assim para voltar a rir-se de tudo e todos — e, ao que parece, sem medo de chocar. O resultado pode muito bem ser a paródia irreverente que faltava à comédia atual, disposta a brincar tanto com o género do terror como com a própria sensibilidade dos tempos modernos.

Bella Ramsey Quer Ser Spider-Man e Assaltar Bancos com Pedro Pascal

Da sobrevivência ao caos divertido

Bella Ramsey, que conquistou o público como Ellie em The Last of Us, parece já estar a sonhar com futuros papéis muito para lá do apocalipse. Durante o evento da HBO dedicado aos nomeados para os Emmys, a atriz revelou que adoraria reencontrar Pedro Pascal num projeto bem diferente: um filme de assalto.

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“Talvez um filme de assalto em que estamos a assaltar um banco juntos”, disse Ramsey, imaginando uma parceria caótica mas irresistível com o eterno Joel.

O reencontro adiado com Pedro Pascal

Ramsey confessou ainda que Pascal continua a ser a pergunta que mais vezes lhe fazem: “É sempre ‘Como é o Pedro Pascal? É tão simpático como parece?’ A resposta é: sim.” Segundo contou, a relação de ambos mantém-se próxima, mesmo que a agenda os obrigue a andar desencontrados. “A maioria das nossas mensagens são ‘Onde estás no mundo? Estou aqui, e tu? Oh, acabámos de nos desencontrar’.”

Super-heróis no horizonte?

A conversa ganhou um tom ainda mais curioso quando o tema passou para super-heróis, já que Pascal fará parte de The Fantastic Four: First Steps. Ramsey não hesitou: “Eu podia ser o Spider-Man. O Tom Holland fez um ótimo trabalho, mas talvez precisem de criar um novo [super-herói] para mim.”

Entre rumores que a colocam como possível Kitty Pryde no novo filme dos X-Men — algo que disse desconhecer —, a atriz revelou também que só recentemente entrou no universo Marvel. O primeiro e único filme que viu até agora foi The Amazing Spider-Man, com Andrew Garfield. O veredito? “Incrível. Adorei.”

Em alta com 

The Last of Us

Enquanto isso, Ramsey continua em destaque com The Last of Us, série que somou 17 nomeações para os Emmys de 2025, incluindo mais uma para a atriz. Quanto à terceira temporada, ainda não há guiões nem datas de filmagens, mas a antecipação já cresce entre os fãs.

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Entre o sonho de vestir o fato do Spider-Man e a ideia de assaltar bancos ao lado de Pedro Pascal, Bella Ramsey mostra que não lhe falta imaginação — e Hollywood pode muito bem estar pronta para seguir o seu impulso.

Frozen 3: Casamento Real em Arendelle e um Novo Membro Misterioso na Família

A sinopse oficial já está aí e traz revelações mágicas

A Disney revelou finalmente os primeiros detalhes oficiais de Frozen 3, e os fãs de Arendelle já têm motivos para sonhar com mais um épico musical cheio de surpresas. O filme, que tem estreia marcada para 24 de novembro de 2027, promete unir novamente Anna e Elsa numa nova jornada repleta de magia, emoção e novidades de cortar a respiração.

Segundo a sinopse partilhada pela conta oficial da Disney no WeChat, em tradução divulgada pelo perfil @almanaquedisney no X (antigo Twitter), o novo capítulo irá mostrar “o casamento do século em Arendelle, quando a Rainha Anna caminha até ao altar e se junta a Elsa numa nova viagem mágica cheia de desafios desconhecidos”. Mas a maior surpresa é a chegada de “um novo e misterioso membro à família real”, cuja identidade está a ser mantida em segredo.

https://twitter.com/almanaquedisney/status/1966867913878413791?s=61

O regresso da equipa original

Jennifer Lee, que realizou os dois primeiros filmes, regressa à cadeira de realizadora e garante continuidade criativa ao universo que se tornou fenómeno cultural. Kristen Bell, Idina Menzel, Jonathan Groff e Josh Gad também voltam a dar voz às personagens que conquistaram uma geração — ainda que o processo de gravações nem sequer tenha começado.

O próprio Josh Gad confirmou ao Collider que o elenco ainda não ouviu as novas canções nem gravou qualquer diálogo, sublinhando que a produção está em fase inicial. Mesmo assim, a antecipação é enorme: os fãs sabem que as músicas de Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez têm sido uma das chaves do sucesso da saga, e não será diferente desta vez.

O que esperar desta nova aventura?

Frozen (2013) apresentou-nos as irmãs Anna e Elsa e conquistou o mundo com o hino “Let It Go”. Frozen 2 (2019) expandiu o legado da família real de Arendelle, revelando que a mãe das protagonistas, Iduna, era parte da tribo Northuldra e explicando o destino de Elsa como o quinto espírito da Floresta Encantada.

Agora, tudo indica que Frozen 3 continuará a aprofundar os laços familiares, trazendo novas respostas e novos desafios. Entre o casamento real e o misterioso novo elemento que promete abalar a vida em Arendelle, a Disney prepara-se para mais uma superprodução que, tal como as anteriores, deverá marcar o imaginário do público.

A contagem decrescente já começou: faltam dois anos para regressarmos ao reino gelado de Elsa e Anna, mas a magia promete aquecer corações em todo o mundo.

The Road Between Us: Documentário Sobre o 7 de Outubro Conquista o Público em Toronto

O filme mais polémico do TIFF 2025

O Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) foi palco de uma das histórias mais conturbadas da edição deste ano. Depois de ter sido inicialmente convidado, desprogramado e novamente reintegrado na seleção oficial, o documentário The Road Between Us: The Ultimate Rescue acabou por se tornar um dos grandes destaques da 50.ª edição do festival ao vencer o People’s Choice Award para Melhor Documentário — um prémio atribuído pelo voto do público.

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Realizado por Barry Avrich, o filme acompanha o general reformado israelita Noam Tibon, que no dia 7 de outubro de 2023 atravessou zonas de conflito para resgatar o filho e a família, presos num kibbutz perto de Gaza durante os ataques do Hamas a Nahal Oz. Uma história pessoal e dramática, que rapidamente se transformou num retrato maior sobre coragem, família e sobrevivência em meio à violência.

Uma estreia envolta em protestos e controvérsia

A exibição mundial do filme em Toronto não esteve isenta de polémica. Para além das tensões relacionadas com o conflito israelo-palestiniano — que levaram a protestos em frente ao Roy Thomson Hall durante a estreia —, surgiram também preocupações logísticas e legais por parte do festival, nomeadamente em relação à utilização de imagens captadas por câmaras do Hamas durante os ataques.

Apesar das hesitações iniciais, e após críticas da comunidade judaica canadiana e de várias figuras públicas em Israel, o TIFF voltou atrás na decisão e autorizou a estreia do documentário. Barry Avrich agradeceu pessoalmente a Cameron Bailey, diretor do festival, pela reabertura da porta ao filme.

A força do público

Ao receber o prémio, Avrich destacou a importância do voto da audiência: “O público votou, e eu agradeço por isso. É emocionante para mim e para o Mark [Selby, produtor] vencer este prémio. Estamos ansiosos pelo resto desta jornada.”

Mark Selby reforçou a mensagem, sublinhando que se sentiram apoiados pela organização do festival: “Espero que todos os cineastas desta edição tenham sentido o mesmo apoio que nós sentimos.”

Próxima etapa: salas da América do Norte

Após o triunfo em Toronto, The Road Between Us prepara-se para ser exibido em cerca de 125 salas de cinema em mais de 20 cidades da América do Norte, a partir de 3 de outubro, numa distribuição maioritariamente independente.

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Entre aplausos, protestos e discussões acesas, uma coisa ficou clara: este documentário tornou-se um dos títulos incontornáveis do TIFF 2025, lembrando que o cinema continua a ser um palco privilegiado para confrontar histórias difíceis e debates urgentes.

Sketch: Quando os Rabiscos Ganharem Vida no Grande Ecrã

No próximo dia 18 de setembro chega às salas portuguesas Sketch – Cuidado com o que desenhas, uma fantasia sombria realizada por Seth Worley que promete transformar a inocência do desenho infantil num verdadeiro pesadelo. A ideia é simples e perturbadora: e se aquilo que as crianças rabiscam nos cadernos ganhasse vida, com toda a estranheza, a ternura e os monstros que daí poderiam nascer?

A história segue Taylor Wyatt, um pai viúvo interpretado por Tony Hale, que vive com os filhos Amber e Jack. A menina, com uma imaginação prodigiosa, começa a ver as suas criações de lápis e giz manifestarem-se no mundo real, após um misterioso incidente junto de um lago. O que começa por parecer uma dádiva rapidamente se transforma num pesadelo, à medida que criaturas bizarras e ameaçadoras escapam do papel para assombrar a cidade. Entre proteger os filhos e reparar os erros desencadeados, Taylor terá de enfrentar um desafio maior do que alguma vez imaginou.

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Ao lado de Hale, encontramos D’Arcy Carden no papel de Liz, a tia das crianças, Bianca Belle como Amber, a pequena artista, e Kue Lawrence como Jack, o irmão curioso e aventureiro. O filme combina momentos de fantasia luminosa com uma vertente mais obscura e inquietante, misturando drama familiar com elementos de terror leve — sempre embalado por uma atmosfera que faz lembrar tanto os clássicos de criaturas dos anos 80 como os universos mais recentes de fantasia para toda a família.

O que distingue Sketch é a forma como junta a imaginação infantil a temas mais adultos, como o luto, a responsabilidade e os laços familiares. Há sustos, sim, mas também há humor, ternura e um subtexto emocional que o aproxima mais de uma fábula sombria do que de um típico filme de horror.

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Estreando em pleno regresso às aulas, Sketch é uma proposta curiosa para quem gosta de cinema que brinca com a imaginação e, ao mesmo tempo, questiona até que ponto estamos preparados para lidar com os monstros — reais ou inventados — que nos espreitam dentro de casa.

Criadores de Ídolos: Thriller Português Que Questiona a Fama e o Poder Estreia Esta Semana

Uma conspiração que atravessa gerações

O cinema português prepara-se para receber um dos thrillers mais ousados do ano. Criadores de Ídolos, novo filme de Luís Diogo, estreia já esta quinta-feira, 18 de setembro, nas salas nacionais com distribuição da NOS Audiovisuais.

Com José Fidalgo, Ricardo Carriço, Virgílio Castelo, Rafaela Sá e Oceana Basílio nos principais papéis, o filme mergulha numa trama intensa onde a ficção e a realidade se cruzam para levantar questões sobre o papel das figuras públicas e o preço da fama.

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A história acompanha Sofia, jovem determinada a tornar-se a primeira mulher a integrar a “Ordem dos Criadores de Ídolos”, uma sociedade secreta que, segundo a narrativa, esteve por detrás das mortes de ícones como John F. Kennedy, Elvis Presley, Marilyn Monroe e James Dean. Para os membros da Ordem, a criação de mártires é a única forma de inspirar valores numa sociedade cada vez mais fútil. Mas o dilema de Sofia é moralmente devastador: será ela capaz de planear a morte de uma celebridade para conquistar o seu lugar na organização?

Entre drama e suspense

Luís Diogo constrói um filme que mistura drama e suspense, aliando uma narrativa envolvente a reflexões sobre a necessidade de referências na sociedade contemporânea, a igualdade de género e até a fronteira entre verdade e mentira.

O elenco conta ainda com Diogo Lima, que se junta a um grupo de atores de peso, habituados a transitar entre televisão e cinema.

Reconhecimento internacional antes da estreia

Criadores de Ídolos abriu oficialmente o Fantasporto 2025 e já conquistou prémios além-fronteiras, incluindo o de Melhor Longa-Metragem no Cobb International Film Festival, nos Estados Unidos. O percurso em festivais de cinema independente reforça a ambição de um projeto que procura provocar debate tanto em Portugal como no estrangeiro.

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Com uma premissa ousada e uma abordagem autoral, o filme promete não deixar ninguém indiferente. A pergunta fica no ar: até onde iríamos para criar os ídolos de que tanto precisamos?

Rooney Mara e Joaquin Phoenix: O Amor Discreto Que Se Tornou a História Mais Bonita de Hollywood

Um encontro inesperado que mudou tudo

Hollywood adora casais mediáticos, mas a história de Rooney Mara e Joaquin Phoenix foge a todos os clichés. O primeiro encontro aconteceu em 2013, durante as filmagens de Her, mas foi só anos mais tarde, em Maria Madalena (2018) — onde ele interpretou Jesus e ela a protagonista — que a química transbordou do ecrã para a vida real.

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Curiosamente, Phoenix acreditava que Mara não gostava dele. Só mais tarde percebeu que, afinal, ela era apenas tímida — e que já o contactava discretamente por email. O ator chegou mesmo a confessar que Rooney foi “a única rapariga que procurou online”, numa revelação rara e inesperadamente íntima.

Um amor longe dos holofotes

Ao contrário de tantos casais que fazem da passadeira vermelha o palco do seu romance, Mara e Phoenix sempre preferiram o silêncio à exibição. Vivem de forma simples, longe da ostentação, cultivando um amor discreto mas profundo. As raras aparições públicas são calculadas, mas sempre carregadas de cumplicidade.

Mais do que isso, partilham convicções e causas: ambos são veganos, ativistas pelos direitos dos animais e pela proteção do ambiente. Usam a sua voz não para alimentar a máquina do estrelato, mas para dar visibilidade a causas que consideram maiores do que eles próprios.

A chegada de River: amor e memória

Em 2020, nasceu o primeiro filho do casal, a quem deram o nome River, em homenagem ao irmão mais velho de Joaquin Phoenix, falecido tragicamente em 1993. O gesto, de enorme carga simbólica e afetiva, revelou não só a intensidade da relação como também a forma como o casal encara a vida: entre a memória, a cura e o amor.

Desde então, a prioridade tem sido proteger a intimidade da família. Phoenix e Mara raramente falam da sua vida pessoal, mas momentos como o discurso emocionado de Joaquin ao receber o Óscar de Melhor Ator em 2020, onde agradeceu à companheira, deixam escapar a intensidade silenciosa da ligação que os une.

Uma história rara em Hollywood

Num meio onde as relações são tantas vezes efémeras e mediáticas, o amor de Rooney Mara e Joaquin Phoenix é quase uma exceção. É discreto, intelectual, profundamente humano e construído sobre valores partilhados. Uma história que prova que, por vezes, o verdadeiro glamour de Hollywood não está nos flashes, mas naquilo que se escolhe viver longe deles.

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The Long Walk: A Distopia de Stephen King Ganha Vida com Intensidade e um Elenco de Luxo

Francis Lawrence volta ao terreno da sobrevivência

Depois de levar milhões de espectadores a arenas letais em The Hunger Games, Francis Lawrence volta a envergar os óculos de distopia para adaptar The Long Walk, romance que Stephen King publicou em 1979 sob o pseudónimo Richard Bachman. O resultado é um thriller distópico tenso, sombrio e surpreendentemente humano, que transforma um simples ato — caminhar — num exercício de resistência física, psicológica e até filosófica.

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O filme transporta-nos para uma América alternativa, marcada pelo trauma do pós-Vietname, onde jovens são selecionados por sorteio para participar numa marcha televisiva sem fim. O objetivo é cruel: andar sem parar até restar apenas um vencedor, recompensado com fama, riqueza e um desejo realizado. Para os restantes, a eliminação é literal, feita sob o olhar vigilante de soldados armados.

Um elenco que dá corpo ao desespero

No centro da narrativa está Ray Garraty (Cooper Hoffman), que se despede da mãe (Judy Greer) antes de enfrentar a 19.ª edição da marcha. Ao longo da jornada, cria laços com outros concorrentes, como o carismático Peter McVries (David Jonsson), o fervoroso Arthur Baker (Tut Nyuot) e o aguerrido Hank Olson (Ben Wang). O Major impiedoso, interpretado por Mark Hamill, lidera o espetáculo distópico como uma sombra constante.

Apesar da premissa minimalista — caminhar ou morrer — o filme surpreende pela variedade visual e pela forma como investe nos personagens. Lawrence, em colaboração com o diretor de fotografia Jo Willems, evita a monotonia através de enquadramentos engenhosos e de uma atmosfera carregada de tensão, enquanto a violência, explícita e inevitável, é sempre enquadrada pela dor e pela consciência da sua futilidade.

Uma parábola sobre fascismo e resistência

Mais do que um jogo de sobrevivência, The Long Walk funciona como metáfora sobre como regimes autoritários moldam indivíduos e sociedades. Alguns caminham por dinheiro, outros por desespero, outros ainda pela necessidade de resistir. No coração do filme está a relação entre Garraty e McVries, marcada por amizade, admiração e um confronto filosófico que oscila entre a esperança e a resignação.

Cooper Hoffman constrói um protagonista com uma determinação quase animal, enquanto David Jonsson rouba a cena com um McVries carismático e compassivo, transformando a dupla na âncora emocional da narrativa.

Entre a brutalidade e a melancolia

Apesar de não atingir plenamente o impacto emocional a que aspira, especialmente no seu final ambíguo, The Long Walkmantém-se fascinante pela maior parte da sua duração. É um filme sobre juventudes condenadas, sobre a violência transformada em espetáculo e sobre como a esperança pode persistir mesmo nas estradas mais sombrias.

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Francis Lawrence pode não ter encontrado o mesmo equilíbrio épico de The Hunger Games, mas entrega aqui uma obra visualmente inventiva e emocionalmente carregada, que mantém viva a chama das distopias de Stephen King.

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Do sucesso de The Bear ao mito do “Boss”

Depois de conquistar a crítica com The Bear, Jeremy Allen White enfrenta agora o maior desafio da sua carreira: dar vida a Bruce Springsteen no biopic Deliver Me From Nowhere. Realizado por Scott Cooper (Crazy Heart) e baseado no livro de Warren Zanes, o filme mergulha na criação de Nebraska (1982), um dos álbuns mais enigmáticos e intimistas do cantor.

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Springsteen, que vinha do sucesso estrondoso de The River, fechou-se no quarto com um gravador de quatro pistas e produziu um conjunto de canções sombrias e nuas, que chocaram a indústria mas acabaram por se tornar um clássico absoluto. É essa luta entre a pressão das editoras e a fidelidade artística que o filme coloca no centro da narrativa.

Um elenco de luxo e estreia em outubro

Além de White no papel do “Boss”, o filme conta com Jeremy Strong como Jon Landau, o icónico manager de Springsteen. O elenco inclui ainda Paul Walter Hauser, Odessa Young, Marc Maron, Gabby Hoffman, Stephen Graham e Johnny Cannizzaro.

Em Portugal, Deliver Me From Nowhere estreia a 23 de outubro, um dia antes dos EUA, com distribuição em várias salas nacionais.

Música, cinema e legado

Para acompanhar a estreia, Bruce Springsteen prepara também um presente para os fãs: Nebraska ’82: Expanded Edition, uma caixa de cinco discos que traz o álbum remasterizado, a versão elétrica nunca editada, outtakes raros e até um filme-concerto gravado no Count Basie Theatre, em Red Bank, New Jersey.

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Entre a cinebiografia e a celebração musical, este outono será marcado por uma revisitação profunda a um dos capítulos mais fascinantes da carreira de Springsteen. Jeremy Allen White tem agora a missão de mostrar como, por vezes, a maior força de um artista surge na sua vulnerabilidade.

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A sátira que virou carta de amor a Hollywood

A 77.ª edição dos Emmys, os “Óscares da Televisão”, coroou The Studio como a grande vencedora da noite. A série da Apple TV+, criada e protagonizada por Seth Rogen, conquistou 13 estatuetas — um recorde absoluto para uma série de comédia — e transformou a sua visão satírica e apaixonada sobre Hollywood num fenómeno televisivo.

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Com 23 nomeações, já partia como favorita. No fim, arrecadou os troféus mais cobiçados, incluindo Melhor Série de Comédia e Melhor Ator numa Série de Comédia para Rogen, que igualou o recorde de mais Emmys ganhos por uma só pessoa numa noite. A série confirma-se como um retrato mordaz das inseguranças e falhas morais da indústria que retrata… mas com um toque de autoironia que encantou votantes e público.

A força britânica de Adolescência

Se Hollywood celebrou com Rogen, também houve sotaque britânico na festa. A minissérie Adolescência, da Netflix, conquistou oito Emmys, incluindo o de Melhor Minissérie. Stephen Graham brilhou como Melhor Ator, enquanto Owen Cooper entrou para a história como o mais jovem vencedor masculino de sempre numa categoria de interpretação, ao levar para casa o prémio de Melhor Ator Secundário. Erin Doherty, por sua vez, confirmou o estatuto de revelação ao vencer Melhor Atriz Secundária.

Drama com sabor a vitória: The Pitt

O drama também teve os seus heróis. The Pitt, da HBO Max, sagrou-se Melhor Série Dramática, derrotando pesos pesados como The Last of UsSeparação e The White Lotus. Noah Wyle arrebatou o Emmy de Melhor Ator em Drama, e Katherine LaNasa surpreendeu ao vencer na categoria de Melhor Atriz Secundária, impondo-se a quatro nomeadas de The White Lotus.

Outros destaques da noite

Nem só de recordes viveu esta edição. The Penguin arrecadou nove estatuetas, sobretudo em categorias técnicas, mas também deu a Cristin Milloti o prémio de Melhor Atriz numa Minissérie. Já Separação, apesar das 27 nomeações, ficou-se por oito vitórias — mas ainda assim entrou para a história: Tramell Tillman tornou-se o primeiro homem negro a conquistar o Emmy de Melhor Ator Secundário em Drama, e Britt Lower venceu Melhor Atriz Dramática.

Houve ainda momentos de nostalgia: os 25 anos de Gilmore Girls, o 50.º episódio de Survivor, os 40 anos de Golden Girls e até os 20 de Anatomia de Grey. A cerimónia foi conduzida pelo comediante Nate Bargatze, que prometeu discursos curtos com uma “chantagem solidária”: doar 100 mil dólares a uma instituição de caridade, com o valor a decrescer sempre que alguém se alongasse. Resultado? Uma noite mais ágil e focada na celebração da televisão.

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A festa da televisão continua

Do brilho da passadeira vermelha às homenagens sentidas, os Emmys de 2025 confirmaram que a televisão continua a ser terreno fértil para grandes histórias e interpretações memoráveis. Se The Studio ficará para a história como a rainha da sátira televisiva, Adolescência e The Pitt provaram que há sempre espaço para novas vozes e dramas marcantes.