Tom Holland quer abrir escola gratuita em Londres para rivalizar com as privadas

O Homem-Aranha com um projeto além do cinema

Conhecido mundialmente como Spider-Man no Universo Cinematográfico da Marvel, Tom Holland surpreendeu ao revelar um plano radical fora da sua carreira de ator: criar uma escola em Londres, 100% gratuita, mas com as melhores condições possíveis, capaz de rivalizar com qualquer colégio privado do país.

ver também : Alden Ehrenreich admite regressar a Han Solo — mas só na “versão certa”

Numa entrevista recente, Holland explicou que este é o seu “objetivo de vida”, algo que pretende desenvolver através da fundação da sua família, a The Brother’s Trust.

Uma escola de excelência… mas gratuita

“Gostava de construir uma escola com as melhores instalações que qualquer escola em Londres pode oferecer, mas totalmente gratuita e ao nível das melhores privadas do país”, revelou o ator.

A ideia é proporcionar oportunidades a crianças e jovens que, de outra forma, não teriam acesso a esse nível de ensino. Holland destacou que este sempre foi um sonho a longo prazo e que pretende usar a visibilidade e os recursos conquistados no cinema para concretizá-lo.

O lado solidário da família Holland

A iniciativa faz parte do trabalho desenvolvido pela The Brother’s Trust, criada pelos pais do ator, Nikki e Dominic, e atualmente gerida pela família inteira, incluindo Tom e os irmãos Sam, Harry e Paddy.

O objetivo da organização é apoiar instituições de caridade que, muitas vezes, passam despercebidas no competitivo setor solidário, através de eventos e angariações de fundos.

Entre Spider-Man, Nolan e LEGO

Enquanto alimenta este projeto social, Holland não abranda no cinema. Já começou a rodagem de Spider-Man: Brand New Day, o quarto filme a solo do herói da Marvel, e vai ainda trabalhar com Christopher Nolan no aguardado The Odyssey.

Paralelamente, protagoniza a nova campanha global da LEGO, intitulada Never Stop Playing, ao lado dos irmãos, numa curta que incentiva os adultos a não perderem o espírito lúdico da infância.

“É inspirador ver a LEGO apostar na ideia de que brincar é uma forma de conexão. Vivemos numa época em que até as crianças passam demasiado tempo no telemóvel à mesa”, comentou Holland.

Mais do que um super-herói de cinema

Para muitos fãs, Tom Holland já é um exemplo além das telas, e esta ambição de fundar uma escola gratuita apenas reforça essa imagem. Entre filmes de super-heróis, colaborações com realizadores de prestígio e campanhas globais, o ator parece determinado a deixar também um legado social duradouro.

ver também : Call of Duty vai para o cinema: Paramount prepara filme em imagem real da saga de culto

Alden Ehrenreich admite regressar a Han Solo — mas só na “versão certa”


O jovem contrabandista que pode voltar

em entrevista ao Collider, o ator admitiu que não fecha a porta a regressar à galáxia muito, muito distante — mas impõe uma condição clara: teria de ser “a versão certa” do personagem.

“Teriam mesmo de ser a versão certa de Han Solo”, explicou o ator de 35 anos, atualmente em destaque na série Ironheart.

ver também : 28 Years Later: The Bone Temple — O regresso sombrio do universo pós-apocalíptico já tem trailer

O filme que dividiu fãs e estúdios

Solo procurava explorar a juventude do contrabandista mais famoso da saga, revelando como conheceu Chewbacca e Lando Calrissian. Apesar da receção positiva à interpretação de Ehrenreich, o spin-off foi um fracasso comercial, arrecadando 393 milhões de dólares em bilheteira — muito aquém das expectativas da Disney e da Lucasfilm.

A produção atribulada, marcada pela saída dos realizadores Phil Lord e Christopher Miller a meio das filmagens, também contribuiu para a perceção de instabilidade em torno do projeto. Ainda assim, Ehrenreich encara a experiência com equilíbrio:

“Fazer um filme é sempre stressante. O importante é que seja um ambiente onde as pessoas se sintam seguras. Apesar de tudo, houve momentos realmente bons.”

Um trampolim para novos papéis

Apesar do insucesso nas bilheteiras, o ator considera que Solo lhe abriu portas. “Foi uma grande plataforma e ajudou-me a conquistar os projetos que tenho hoje”, afirmou.

Ehrenreich não descarta um regresso, mas deixa claro que só faria sentido se fosse numa visão que respeitasse a essência de Han Solo. Uma personagem icónica, imortalizada por Harrison Ford, que exige não apenas carisma e ironia, mas também a dimensão trágica de um homem em constante fuga.

ver também : Call of Duty vai para o cinema: Paramount prepara filme em imagem real da saga de culto

Um futuro incerto na galáxia

Com a Lucasfilm a expandir o universo Star Wars através de séries e novos filmes, a possibilidade de revisitar a juventude de Han Solo não está fora de questão. A questão é: haverá espaço — e vontade — para dar a Ehrenreich uma nova oportunidade de voar na Millennium Falcon?

Call of Duty vai para o cinema: Paramount prepara filme em imagem real da saga de culto

Do campo de batalha virtual para o grande ecrã

Depois de anos de rumores, a adaptação cinematográfica de Call of Duty é finalmente oficial. A Paramount assinou um acordo com a Activision, estúdio detentor da franquia, para desenvolver, produzir e distribuir um filme em imagem real baseado no icónico videojogo de tiro em primeira pessoa.

ver também : 28 Years Later: The Bone Temple — O regresso sombrio do universo pós-apocalíptico já tem trailer

A notícia foi avançada pela Variety e abre a porta não apenas a um filme isolado, mas potencialmente a um universo partilhado que poderá expandir-se para cinema e televisão, caso o projeto tenha sucesso.

O peso da história… e das tentativas falhadas

Não é a primeira vez que Hollywood tenta adaptar Call of Duty. No passado, nomes como Stefano Sollima (Sicario 2) chegaram a ser associados à realização, com Tom Hardy e Chris Pine na lista de potenciais protagonistas. Mas os projetos acabaram por não sair do papel.

Agora, com os exemplos bem-sucedidos de adaptações como The Last of Us (HBO), Fallout (Prime Video), A Minecraft Movie e The Super Mario Bros. Movie, o terreno parece finalmente preparado para que Call of Duty conquiste também o grande ecrã.

Um videojogo já com pedigree cinematográfico

Parte do segredo pode estar no facto de a própria saga sempre ter explorado um lado muito próximo do cinema. Ao longo de mais de 30 títulos, Call of Duty percorreu desde a Primeira Guerra Mundial à Guerra Fria, passando pela Guerra ao Terror, sempre com um olhar de espetáculo e intensidade visual.

Além disso, os jogos já contaram com vozes e interpretações de luxo: Gary Oldman deu vida a Viktor Reznov em World at WarIdris Elba surgiu em Modern Warfare 3, e até nomes como John Malkovich, Helena Bonham Carter, Bill Paxton, Jon Bernthal, Katee Sackhoff e Malcolm McDowell emprestaram a sua presença à popular vertente Zombies.

O que esperar do filme?

Ainda não há realizador, elenco ou enredo confirmados. Com tantas opções narrativas disponíveis — mais de 30 jogos — a Paramount poderá inspirar-se em episódios históricos ou apostar numa história original dentro do universo bélico da franquia.

O desafio será manter a imersão e intensidade que fizeram do jogo um fenómeno global, ao mesmo tempo que constrói uma narrativa capaz de atrair tanto os fãs de longa data como o público que nunca pegou num comando.

ver também : Espias: a nova série da RTP que transforma Lisboa no palco da Segunda Guerra Mundial

Seja qual for a direção escolhida, o projeto promete ser uma das apostas mais ambiciosas da Paramount no género da ação e poderá redefinir o futuro das adaptações de videojogos no cinema.

28 Years Later: The Bone Temple — O regresso sombrio do universo pós-apocalíptico já tem trailer

Ralph Fiennes lidera o elenco na sequela de Nia DaCosta

A Sony Pictures revelou o primeiro trailer de 28 Years Later: The Bone Temple, a aguardada sequela realizada por Nia DaCosta. O filme dá continuidade aos acontecimentos de 28 Years Later, expandindo ainda mais o universo criado por Danny Boyle e Alex Garland.

Nesta nova etapa, acompanhamos Spike (Alfie Williams), que se cruza com o misterioso Sir Jimmy Crystal (Jack O’Connell) e o seu gangue de assassinos acrobatas numa Inglaterra devastada pelo apocalipse. Mas a verdadeira surpresa chega com Dr. Kelson (Ralph Fiennes), que se vê preso numa relação inesperada cujas consequências podem alterar para sempre o destino da humanidade.

ver também “Estou Cansado de Filmes”: A Confissão Surpreendente de Denzel Washington

Segundo a sinopse oficial, “no mundo de The Bone Temple, os infetados já não são a maior ameaça — a crueldade dos sobreviventes revela-se ainda mais assustadora.”

O regresso de Cillian Murphy (mesmo que breve)

Embora a sua participação seja curta, Cillian Murphy volta a encarnar Jim, a personagem central de 28 Days Later(2002). Para os fãs, é uma ligação direta à génese desta saga de culto.

O produtor executivo Danny Boyle, que realizou o filme original, confirmou à Variety que Murphy terá um papel de enorme relevância na terceira parte da trilogia, atualmente em desenvolvimento.

Um elenco de peso para um mundo em ruínas

Além de Fiennes, O’Connell e Murphy, o filme conta ainda com Emma Laird, Maura Bird, Erin Kellyman e Chi Lewis-Parry, compondo um leque de protagonistas que promete intensificar o drama e a violência do cenário pós-apocalíptico.

O futuro da trilogia

Escrito e produzido por Alex GarlandThe Bone Temple aprofunda o enredo deixado em aberto no primeiro filme e prepara terreno para a terceira entrada na saga. Boyle reforçou que a sequela dará maior destaque às linhas narrativas do “continente”, que até agora tinham sido apenas sugeridas.

ver também : Existencialismo e ameaça nuclear: Ozon e Bigelow dominaram a terça-feira em Veneza

Com produção da Columbia Pictures, DNA Films e Decibel Films, e distribuição da Sony, o filme tem estreia marcada para 16 de janeiro de 2026.

Preparem-se: se os infetados eram aterradores, o verdadeiro horror pode estar no coração dos sobreviventes.

Espias: a nova série da RTP que transforma Lisboa no palco da Segunda Guerra Mundial

Sete mulheres no centro da História

A RTP prepara-se para lançar uma das suas produções mais ambiciosas dos últimos anos. Espias estreia a 8 de setembro e promete transportar os espectadores para a Lisboa de 1942, quando a cidade era o epicentro da espionagem europeia.

No centro da narrativa estão sete mulheres aventureiras, destemidas, inteligentes e sedutoras, recrutadas pelo MI6 para uma missão decisiva: descobrir o posicionamento dos submarinos alemães na Batalha do Atlântico e, ao mesmo tempo, iludir os Nazis sobre os planos futuros dos Aliados.

Um elenco de luxo

O elenco reúne algumas das mais reconhecidas atrizes portuguesas da atualidade: Madalena Almeida, Maria João Bastos, Ana Vilela da Costa, Lúcia Moniz, Gabriela Barros, Kelly Bailey e Daniela Ruah.

A elas juntam-se Adriano Carvalho, José Pimentão, André Leitão, Luís Filipe Eusébio, Adriano Luz, Eduardo Breda, João Pedro Mamede e Diogo Morgado, num leque de nomes que reforça a dimensão da aposta da RTP.

Espionagem, suspense e História

Com realização de João Maia e Laura Seixas e argumento assinado por Pandora Cunha Telles, Mário Cunha e Cláudia Clemente, a série constrói uma narrativa carregada de suspense, segredos e jogos de poder.

Entre casinos, hotéis de luxo e festas secretas, as protagonistas navegam um mundo de raptos, chantagens e traições, enquanto o regime de Salazar acumula riqueza e Portugal tenta manter a sua neutralidade.

Segundo a RTP, Espias é mais do que uma série histórica: é um retrato de coragem feminina num contexto dominado por homens e marcado pela sombra da guerra.

Quando ver

Espias estreia na RTP1 a 8 de setembro, ocupando as noites de segunda-feira às 21h00. Para quem prefere o digital, os episódios estarão disponíveis mais cedo, às 12h00, na RTP Play.

A produção junta-se assim ao conjunto de séries portuguesas que têm explorado períodos marcantes da nossa História recente, mas fá-lo com a promessa de espetáculo, ritmo e um olhar contemporâneo sobre o papel da espionagem em Portugal.

Existencialismo e ameaça nuclear: Ozon e Bigelow dominaram a terça-feira em Veneza

O Estrangeiro ganha nova vida pelas mãos de François Ozon

O Festival de Veneza continua a ser palco de estreias de peso. Esta terça-feira, o realizador francês François Ozonapresentou a sua versão de O Estrangeiro, clássico literário de Albert Camus, filmado a preto e branco e protagonizado por Benjamin Voisin e Rebecca Marder.

ver também : Filho de Alain Delon contesta testamento e abre nova frente na disputa familiar

A história segue Mersault, um funcionário na Argélia colonial cuja vida sofre uma viragem radical após a morte da mãe. Voisin surpreende ao encarnar um homem apático e recluso, distante das personagens expansivas a que habituou o público.

“Teríamos adorado filmar em Argel, mas as relações entre França e Argélia complicaram essa possibilidade”, admitiu Ozon, que acabou por rodar em Tânger, Marrocos. O cineasta sublinhou que quis oferecer “uma visão atual” desta obra ainda marcada por feridas históricas.

Kathryn Bigelow e a “casa de dinamite”

Do existencialismo ao suspense político, a segunda grande estreia do dia foi assinada por Kathryn Bigelow, realizadora de Estado de Guerra. Em A House of Dynamite, produzido para a Netflix, a cineasta de 73 anos leva o público até à Casa Branca em plena crise nuclear, com um míssil lançado por um agressor desconhecido contra os EUA.

O filme conta com Idris Elba e Rebecca Ferguson nos papéis principais. “Estamos realmente a viver numa casa de dinamite”, alertou Bigelow na conferência de imprensa, sublinhando a urgência de discutir a ameaça das armas nucleares.

Outras propostas do dia: Van Sant e novos talentos

Também na terça-feira, Gus Van Sant apresentou Dead Man’s Wire, um drama baseado na história verídica de Tony Kiritsis, que em desespero tomou como refém o seu credor. Fora de competição, o filme marca o regresso do realizador norte-americano, igualmente com 73 anos, a temas de forte carga social.

Na secção Horizontes, a surpresa veio de Stillz, realizador americano-colombiano conhecido pelos videoclipes de Bad Bunny e Rosalía. A sua primeira longa-metragem, Barrio Triste, transporta o público para a Medellín dos anos 1980, entre violência, fragilidade e a procura de inocência.

Já nas Jornadas dos Autores, o espanhol Gabriel Azorín estreou Anoche conquisté Tebas, sobre um grupo de amigos portugueses que visita termas romanas e acaba por se cruzar com os soldados que as ergueram há séculos.

Uma competição de alto nível

Tanto O Estrangeiro como A House of Dynamite integram a seleção oficial de 21 filmes que disputam o Leão de Ouro, entregue a 6 de setembro. O júri é presidido por Alexander Payne e conta ainda com Fernanda TorresZhao TaoStéphane BrizéMaura DelperoCristian Mungiu e Mohammad Rasoulof.

ver também: “Estou Cansado de Filmes”: A Confissão Surpreendente de Denzel Washington

Com propostas que vão do existencialismo literário à tensão política contemporânea, Veneza reafirma-se como o festival onde o cinema procura constantemente dialogar com o mundo.

Filho de Alain Delon contesta testamento e abre nova frente na disputa familiar

Alain-Fabien Delon pede anulação do testamento do pai

A herança de Alain Delon, falecido em agosto de 2024, continua a gerar polémica. O filho mais novo do ator francês, Alain-Fabien Delon, recorreu agora à Justiça para tentar anular o testamento deixado pelo pai, que considera favorecer em excesso a sua irmã Anouchka Delon.

ver também : “Estou Cansado de Filmes”: A Confissão Surpreendente de Denzel Washington

Segundo o advogado Christophe Ayela, um dos testamenteiros, Alain-Fabien alega que o pai “já não tinha o discernimento necessário” para tomar decisões após o derrame cerebral que sofreu em 2019. Uma primeira audiência foi marcada para 9 de março de 2026, em tribunal francês.

O centro do litígio: direitos de filmes e de imagem

O processo centra-se num testamento de 2022, no qual Alain Delon deixou exclusivamente a Anouchka os direitos de um dos filmes mais emblemáticos da sua carreira, O Leopardo (1963), realizado por Luchino Visconti e no qual contracenou com Claudia Cardinale.

Além disso, Alain-Fabien contesta ainda uma decisão de fevereiro de 2023, que concedeu à irmã 51% da empresa responsável pela gestão da marca e dos direitos de imagem do ator. Essa decisão deu a Anouchka uma posição de controlo sobre a exploração do nome e da figura do pai, algo que o irmão mais novo considera injusto.

Uma batalha familiar que antecedeu a morte

A disputa entre os três filhos — Anthony, Anouchka e Alain-Fabien — já tinha vindo a público antes mesmo da morte do ator. Durante os últimos anos de vida de Delon, marcado por forte degradação da saúde, a família esteve envolvida em batalhas judiciais e mediáticas sobre a forma como deveria ser administrada a sua vida pessoal e património.

Com o agravamento do seu estado, Alain Delon acabou por ser colocado sob proteção judicial durante cinco anos, decisão que refletiu as preocupações quanto à sua capacidade de gerir os próprios assuntos.

O legado de uma lenda do cinema francês

Reconhecido como um dos maiores ícones da história do cinema europeu, Alain Delon construiu uma carreira que atravessou décadas e deixou obras-primas como O Samurai (1967), Rocco e os Seus Irmãos (1960) e O Eclipse (1962). O litígio atual em torno da sua herança vem somar uma nova camada de drama à história de uma figura que sempre dividiu atenções dentro e fora do ecrã.

ver também : O Mundo Segundo Billy Wilder: TVCine dedica setembro a um mestre de Hollywood

Por enquanto, nem Anthony Delon nem Anouchka comentaram oficialmente as novas movimentações em tribunal. Mas uma coisa é certa: a herança de Alain Delon promete continuar a ser debatida muito depois do último aplauso.

“Estou Cansado de Filmes”: A Confissão Surpreendente de Denzel Washington

O ator que marcou gerações e já não vai ao cinema

Denzel Washington, um dos nomes mais respeitados de Hollywood, fez recentemente uma revelação que deixou muitos fãs boquiabertos: já não vê filmes. O vencedor de dois Óscares — por Tempo de Glória (1989) e Dia de Treino (2001) — confessou estar simplesmente “cansado de filmes”, numa conversa descontraída que rapidamente se tornou viral.

A confissão aconteceu durante uma entrevista para a revista GQ, ao lado do realizador Spike Lee e do ator e músico A$AP Rocky, no âmbito da promoção de Highest 2 Lowest, o novo filme que chega à Apple TV+ no dia 5 de setembro.

ver também : Veneza vs. Cannes: TVCine coloca frente a frente os dois maiores festivais do mundo

A pergunta que desencadeou tudo

O momento surgiu quando A$AP Rocky recordava algumas imagens icónicas dos filmes de Spike Lee, como Malcolm X(1992), protagonizado pelo próprio Washington, ou Crooklyn (1994). Questionado sobre quais seriam as suas sequências favoritas, Denzel não hesitou em quebrar as expectativas:

“Não vejo filmes, meu. A sério. Não vejo filmes. Não vou ao cinema.”

A resposta arrancou gargalhadas de Lee e Rocky, mas Washington foi ainda mais longe:

“Provavelmente é porque os faço. Estou cansado de filmes.”

Uma carreira demasiado extensa para contar?

Spike Lee aproveitou a deixa para perguntar ao amigo quantos filmes já tinha feito. Washington respondeu de imediato: “Demasiados. Acho que 50”. A verdade é que Highest 2 Lowest marca já o 53.º filme da sua carreira como ator desde a estreia em 1981, sem contar com dois projetos em que esteve apenas atrás das câmaras.

Curiosamente, este também é o reencontro de Washington com Spike Lee após 19 anos. Os dois trabalharam juntos em quatro títulos marcantes: Quanto Mais Melhor (1990), Malcolm X (1992), He Got Game (1998) e Infiltrado (2006).

Entre o cansaço e a lenda

Seja por saturação ou pelo peso de mais de quatro décadas de carreira, Washington deixou claro que não tem interesse em rever o passado. Não vê sequer os seus próprios filmes — e talvez seja precisamente essa distância que lhe permite continuar a surpreender, projeto após projeto.

ver também : O Mundo Segundo Billy Wilder: TVCine dedica setembro a um mestre de Hollywood

Afinal, poucos atores conseguem manter-se tão relevantes durante tanto tempo. O público pode estar “cansado” de esperar, mas Denzel ainda não terminou a sua história no cinema.

Veneza vs. Cannes: TVCine coloca frente a frente os dois maiores festivais do mundo


Dez filmes, duas cidades, um duelo de gigantes

Os festivais de cinema de Veneza e Cannes são, há décadas, os palcos mais prestigiados da sétima arte. Foi neles que nasceram tendências, despontaram talentos e se consagraram mestres. Agora, o TVCine Edition traz essa rivalidade saudável até casa dos espectadores, num especial dividido em dois domingos: 7 e 14 de setembro, sempre a partir da tarde.

ver também : O Mundo Segundo Billy Wilder: TVCine dedica setembro a um mestre de Hollywood

Ao todo, são dez filmes premiados e aclamados nestes dois certames, exibidos em estreia absoluta na televisão portuguesa. Uma verdadeira viagem pela excelência cinematográfica, disponível também no TVCine+.

Veneza: de famílias em guerra a lutas pela liberdade

No dia 7 de setembro, o foco recai sobre Veneza, com cinco filmes que representam a ousadia e a diversidade temática do festival:

  • Vermiglio (2024) – Leão de Prata do Grande Prémio do Júri. Um retrato íntimo de uma família italiana em plena Segunda Guerra Mundial.
  • O Ano Novo Que Não Aconteceu (2024) – Melhor Filme na secção Orizzonti. Uma tragicomédia que acompanha seis vidas cruzadas durante a queda do regime de Ceaușescu.
  • Finalmente a Madrugada (2023) – Uma viagem mágica e perigosa pelos bastidores da Cinecittà dos anos 50, com Lily James e Willem Dafoe.
  • Tatami – Contra a Opressão (2023) – Co-realizado por Guy Nattiv e Zar Amir Ebrahim, um intenso drama sobre coragem e dignidade em plena competição de judo.
  • Corpus Christi – A Redenção (2019) – Nomeado ao Óscar de Melhor Filme Internacional, explora fé, redenção e a busca de segundas oportunidades.

Cannes: do glamour à reflexão social

No domingo seguinte, 14 de setembro, é a vez de Cannes brilhar, com outra seleção de cinco títulos marcantes:

  • Volveréis – Voltareis (2024) – Uma comédia agridoce sobre separação e renascimento, vencedora do prémio Label Europa Cinemas.
  • Riddle of Fire (2023) – Uma fábula filmada em 16 mm, que transforma uma simples missão infantil numa aventura quase mística.
  • A Prisioneira de Bordéus (2024) – Drama político e íntimo com Isabelle Huppert, sobre amizade e desigualdade social.
  • Cão Preto (2025) – Vencedor da secção Un Certain Regard, uma história tocante de amizade improvável entre um ex-recluso e um cão.
  • Diamante Bruto (2024) – Em competição pela Palma de Ouro, o retrato cru de uma jovem obcecada com a fama e a beleza.

Uma competição sem vencedores

Mais do que um duelo, este especial é um convite à descoberta de histórias que desafiam géneros e expectativas. Do realismo político ao onírico, da comédia à tragédia, Cannes e Veneza continuam a mostrar porque são considerados os templos do cinema mundial.

ver também : Morreu Graham Greene, o memorável Ave que Esperneia de Danças com Lobos

E, este setembro, a plateia privilegiada é mesmo a sua sala de estar.

O Mundo Segundo Billy Wilder: TVCine dedica setembro a um mestre de Hollywood

Uma homenagem à sátira, ao humor e ao génio criativo

De 6 de setembro a 4 de outubro, o TVCine Edition abre as portas ao universo de Billy Wilder, um dos maiores nomes da era dourada de Hollywood. Realizador e argumentista premiado com seis Óscares, Wilder deixou um legado inconfundível: diálogos afiados, crítica social disfarçada de comédia e personagens inesquecíveis.

ver também : Morreu Graham Greene, o memorável Ave que Esperneia de Danças com Lobos

O especial Clássicos: Billy Wilder promete encher as noites de sábado com algumas das suas obras mais emblemáticas, transmitidas no TVCine Edition e também disponíveis no TVCine+.

Cinco obras-primas para revisitar

Ao longo de cinco semanas, o público terá a oportunidade de (re)descobrir alguns dos títulos que moldaram a história do cinema:

  • Quanto Mais Quente Melhor (Some Like It Hot, 1959) – 6 de setembro, 22h00Um clássico absoluto da comédia com Tony Curtis e Jack Lemmon em disfarces improváveis, e Marilyn Monroe num dos papéis mais icónicos da sua carreira. Considerada por muitos a melhor comédia de sempre, venceu o Óscar de Melhor Guarda-Roupa e continua a arrancar gargalhadas mais de 60 anos depois.
  • Irma La Douce (1963) – 13 de setembro, 21h40Jack Lemmon e Shirley MacLaine dão vida a uma história de amor improvável no coração de Paris. A química entre os dois atores, já testada em O Apartamento, transforma esta comédia romântica num verdadeiro clássico, com direito a Globo de Ouro para MacLaine.
  • Como Ganhar Um Milhão (The Fortune Cookie, 1966) – 20 de setembro, 21h55Jack Lemmon e Walter Matthau brilham nesta sátira sobre um processo judicial fraudulento que se complica quando entra em cena a consciência moral. Um retrato inteligente do oportunismo e da ética à americana, com a assinatura mordaz de Wilder.
  • A Vida Íntima de Sherlock Holmes (1970) – 27 de setembro, 22h00Uma visão melancólica e inesperada do famoso detetive. Wilder desmonta a imagem intocável de Sherlock Holmes, revelando fragilidades e um lado mais humano, num filme que mistura mistério, romance e fantasia.
  • Amor à Italiana (Avanti!, 1972) – 4 de outubro, 22h00Jack Lemmon volta a ser protagonista, desta vez numa viagem a Itália repleta de ironia, charme e romance. Uma comédia sobre moralidade e transformação pessoal, que mostra o olhar apurado de Wilder para as contradições humanas.

O legado de um mestre

Wilder foi muito mais do que um realizador de êxitos: foi um observador atento da sociedade, que soube rir-se das suas convenções ao mesmo tempo que emocionava com subtileza. De O Apartamento a Crepúsculo dos Deuses, a sua filmografia continua a ser estudada, citada e celebrada por cinéfilos em todo o mundo.

ver também : “Broken English”: Documentário de Veneza lança nova luz sobre Marianne Faithfull

Com este ciclo, o TVCine oferece não apenas entretenimento, mas também uma viagem pela inteligência, humor e sensibilidade de um cineasta que moldou a história do cinema.