Snoop Dogg retrata-se após polémica com Lightyear: “Errei, ensinem-me a aprender”

Depois das críticas geradas pelos seus comentários sobre a representação LGBTQ+ em Lightyear, Snoop Dogg veio a público pedir desculpa e reafirmar o seu apoio à comunidade.

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O rapper tinha dito recentemente que a cena em que Alisha Hawthorne (voz de Uzo Aduba) surge com a sua esposa o deixou “desconcertado” e “com medo de levar os netos ao cinema”. A declaração causou forte reação, incluindo uma resposta direta de uma das argumentistas do filme.

Numa publicação em redes sociais, Snoop procurou esclarecer a sua posição:

“Todos os meus amigos gays sabem que sou aliado. Fui apanhado de surpresa e não soube responder às perguntas dos meus netos de seis anos. A culpa foi minha. Ensinem-me a aprender, não sou perfeito.”

Enquanto isso, Lauren Gunderson, uma das guionistas que trabalharam em versões iniciais do argumento, explicou a importância da decisão de incluir a personagem de Alisha com a sua esposa e filho:

“Foi tão natural escrever ‘ela’ em vez de ‘ele’. Pequeno detalhe, grande impacto. Estou orgulhosa de ter contribuído para que uma relação feliz entre duas mulheres aparecesse no grande ecrã, mesmo que por poucos segundos. O amor é amor.”

A escritora recordou ainda que a cena, embora breve, teve um efeito representativo significativo, sobretudo num filme pensado para um público jovem.

Lightyear, derivado do universo Toy Story e protagonizado na versão original por Chris Evans, estreou em 2022 e ficou marcado por esta cena de afeto entre Alisha e Kiko, o que levou à sua proibição em vários países do Médio Oriente.

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Apesar da polémica, a obra da Pixar continua a ser lembrada como um marco pela inclusão, e o mea culpa de Snoop Dogg surge como uma tentativa de transformar um momento de desconforto pessoal numa oportunidade de diálogo.

Kim Novak manifesta preocupação com biopic sobre relação com Sammy Davis Jr.

A lendária atriz Kim Novak, ícone da era dourada de Hollywood e conhecida sobretudo por Vertigo – A Mulher Que Viveu Duas Vezes de Alfred Hitchcock, partilhou receios em relação ao próximo biopic que dramatiza a sua relação com o cantor e ator Sammy Davis Jr.

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Em entrevista ao The Guardian, Novak explicou que o título do filme — Scandalous! — não lhe agrada. “Não acho que a relação tenha sido escandalosa”, afirmou. “Ele foi alguém de quem gostei muito. Tínhamos muito em comum, incluindo a necessidade de sermos aceites pelo que fazíamos e não pela aparência. Mas temo que tentem reduzir tudo a aspetos sensacionalistas.”

O relacionamento entre Novak e Davis Jr. começou em 1956, após ambos se terem cruzado no programa The Steve Allen Show. No entanto, a ligação foi mantida em segredo devido ao preconceito racial da época e às leis de segregação ainda vigentes em vários estados norte-americanos.

Quando Harry Cohn, cofundador da Columbia Pictures, descobriu o envolvimento, pressionou Novak a terminar a relação, receando repercussões comerciais e sociais. O casal acabou por se separar pouco tempo depois.

O filme será a estreia de Colman Domingo como realizador e tem Sydney Sweeney no papel de Kim Novak, enquanto David Jonsson interpreta Sammy Davis Jr. Segundo Domingo, a produção deverá arrancar em 2025, após a conclusão da terceira temporada da série Euphoria.

“Espero que consigamos fazer um filme belo e delicado, que fale da possibilidade do amor em circunstâncias difíceis, sob o olhar de muitos, mas ainda assim tentando preservar a intimidade e a vida pessoal”, declarou o cineasta.

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Atualmente, Kim Novak encontra-se em Veneza, onde está a ser homenageada com o Leão de Ouro de Carreira. O festival apresenta ainda a estreia mundial do documentário Kim Novak’s Vertigo, realizado por Alexandre Philippe em colaboração com a atriz.

Ballad of a Small Player: Colin Farrell deslumbra como vigarista em Macau no novo filme de Edward Berger

Foi no Festival de Telluride que Edward Berger (All Quiet on the Western FrontConclave) apresentou em estreia mundial o seu mais recente filme, Ballad of a Small Player, um turbilhão visual e emocional que tem em Colin Farrell a sua força motriz.

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O ator irlandês interpreta Lord Doyle — ou melhor, um impostor que se faz passar por um aristocrata britânico enquanto foge do passado e da justiça no Reino Unido. Viciado em Baccarat, Doyle perde-se nas luzes de Macau, versão asiática e ainda mais intensa de Las Vegas, acumulando dívidas e fantasmas até se ver numa espiral de desespero.

Farrell em estado de graça

Desde a primeira cena — Doyle a acordar e a murmurar um “Oh, f*ck!” carregado de exaustão — Farrell domina o ecrã com uma entrega física e emocional arrebatadora. A interpretação é comparável às de Paul Newman em The Hustler ou Nicolas Cage em Leaving Las Vegas: um homem à beira do abismo, condenado pelos próprios vícios, mas ainda assim capaz de despertar empatia.

O filme joga constantemente com a perceção: será tudo real ou apenas a alucinação febril de um jogador em colapso? Doyle terá mesmo sobrevivido a uma queda ou será apenas uma miragem? Berger não dá respostas fáceis, preferindo mergulhar o público num delírio que oscila entre a tragédia e a sátira.

O luxo do elenco

Se Farrell é o coração da obra, Tilda Swinton oferece-lhe a réplica perfeita como Cynthia Blithe, uma investigadora privada contratada para o caçar. As suas trocas verbais, ora tensas ora deliciosamente absurdas, dão ao filme momentos de humor inesperado.

Outro destaque é Fala Chen como Dao Ming, funcionária de casino que tenta, em vão, travar a autodestruição de Doyle, e ainda Deanie Ip, lendária atriz de Hong Kong, numa participação saborosa como uma milionária viciada em Baccarat.

Macau como personagem

Filmado integralmente em Macau — tornando-se a primeira grande produção estrangeira a conseguir autorização para tal — o filme transforma a cidade em algo quase mítico. Entre o neón dos casinos e as ruelas encharcadas pela monção, a atmosfera lembra um oásis ilusório, simultaneamente fascinante e opressivo. A fotografia de James Friend e o design de produção de Jonathan Houlding contribuem para esta sensação de febre permanente, amplificada pela música dramática de Volker Bertelmann.

Uma viagem hipnótica

Ballad of a Small Player, adaptado do romance de Lawrence Osborne por Rowan Joffe, não é apenas um “thriller” sobre um vigarista. É um mergulho na solidão, na compulsão e na impossibilidade de redenção. Um filme que oscila entre sonho e pesadelo, com Colin Farrell no auge das suas capacidades.

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Se há dúvida de que Berger voltaria a surpreender depois do triunfo de All Quiet on the Western Front, a resposta é clara: conseguiu transformar uma história de vício e queda em algo hipnótico, por vezes grotesco, mas impossível de desviar o olhar.

Jim Jarmusch em Veneza: “Quase todo o dinheiro corporativo é sujo”

O Festival de Veneza foi palco de cinema, mas também de política, quando Jim Jarmusch foi confrontado sobre a polémica relação entre a distribuidora Mubi — responsável por lançar o seu mais recente filme Father Mother Sister Brother — e a empresa de capital de risco Sequoia Capital, acusada de investir em startups ligadas ao setor de defesa israelita.

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O realizador norte-americano, conhecido pelo seu olhar independente e pelas colaborações com nomes como Tom Waits e Cate Blanchett, não se esquivou ao tema:

“Claro que fiquei desapontado e bastante desconcertado com esta relação”, confessou, sublinhando que tomou conhecimento do investimento depois de já ter fechado o acordo de distribuição. “Sou um cineasta independente e, ao longo da carreira, aceitei dinheiro de várias fontes para conseguir concretizar os meus filmes. Considero que praticamente todo o dinheiro corporativo é dinheiro sujo.”

A polémica e a carta aberta

Jarmusch foi um dos signatários de uma carta aberta que apelava à Mubi para devolver os 100 milhões de dólares recebidos da Sequoia Capital. Entre as razões invocadas, destacam-se os investimentos da empresa em companhias de drones e tecnologias militares usadas por Israel. Os cineastas alegam que este financiamento liga indiretamente a distribuidora à violência em Gaza, onde mais de 63 mil pessoas já perderam a vida desde 2023.

Apesar da posição firme, o realizador não aceita que o ónus recaia sobre os artistas:

“Não somos nós, os cineastas, que devem ser responsabilizados por estas estruturas financeiras. A responsabilidade é das empresas, como a Mubi, mas também de muitas outras.”

O filme em Veneza

Father Mother Sister Brother, candidato ao Leão de Ouro, é descrito como um tríptico intimista sobre a relação entre filhos adultos e os seus pais distantes. Filmado em três países diferentes, o projeto junta um elenco de luxo: Tom Waits, Cate Blanchett, Adam Driver, Charlotte Rampling, Vicky Krieps, Mayim Bialik e Indya Moore.

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Produzido em associação com a Saint Laurent, The Apartment e a CG Cinema, o filme foi bem recebido na estreia, confirmando Jarmusch como uma das vozes mais singulares do cinema contemporâneo — ainda que, fora do ecrã, se veja inevitavelmente arrastado para um debate maior: o cruzamento entre arte, dinheiro e política num mundo cada vez mais turbulento.

Jude Law veste a pele de Vladimir Putin em The Wizard of the Kremlin: polémica em Veneza

O Festival de Veneza voltou a ser palco de controvérsia com a estreia mundial de The Wizard of the Kremlin, novo filme de Olivier Assayas que mergulha nas origens políticas de Vladimir Putin. Jude Law, que interpreta o presidente russo, garantiu em conferência de imprensa que não sentiu “medo de repercussões” pela sua participação:

“Espero não ingenuamente, mas não, não tive medo. Confiei nas mãos de Olivier e no guião, sabíamos que esta era uma história a ser contada com inteligência e nuance. Não procurávamos polémica pela polémica”, afirmou o ator britânico.

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Putin, “o homem sem rosto”

Law confessou que a maior dificuldade foi interpretar uma figura que revela muito pouco da sua personalidade: “Há quem o chame de ‘o homem sem rosto’. É uma máscara. Como ator, senti a dificuldade de transmitir emoções quando a personagem, em público, quase não deixa escapar nada”.

No filme, é Paul Dano quem assume o papel central de Vadim Baranov, um produtor de televisão que se torna o conselheiro oficioso de Putin nos anos 1990, ajudando a construir a sua imagem pública. Alicia Vikander interpreta Ksenia, a mulher de Baranov, enquanto Will Keen dá vida ao oligarca Boris Berezovsky. O elenco conta ainda com Jeffrey Wright e Tom Sturridge.

Assayas sobre a política moderna

Para Olivier Assayas, a história ultrapassa a figura de Putin e reflete transformações mais amplas:

“Este é um filme sobre como a política moderna foi inventada. Putin foi um caso específico, mas aplica-se a outros líderes autoritários. O mais assustador é que ainda não encontrámos uma resposta eficaz para o que estamos a viver.”

Paul Dano reforçou que o objetivo não era simplificar a narrativa em “bons e maus”: “Se apenas rotulássemos Baranov como vilão, seria uma simplificação perigosa. O cinema deve explorar as zonas cinzentas.”

Já Jeffrey Wright aproveitou para refletir sobre os paralelos com a história norte-americana: “Os EUA também tiveram impulsos para o autoritarismo. A diferença é que sempre existiu a ideia de que podíamos aspirar a ser melhores. Se essa ideia se perde, tornamo-nos no que vemos neste filme.”

Do romance ao grande ecrã

The Wizard of the Kremlin é uma adaptação do romance homónimo de Giuliano da Empoli (2022), inspirado em Vladislav Surkov, conselheiro de longa data de Putin e considerado um dos grandes arquitetos da sua ascensão política. O guião foi coescrito por Assayas e Emmanuel Carrère.

Produzido pela Curiosa Films e Gaumont, com participação da France Télévisions e Disney+, o filme conta já com distribuição garantida em França e pretende marcar presença forte na temporada de prémios.

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Com um elenco de luxo e um tema inflamável, The Wizard of the Kremlin promete ser um dos títulos mais falados de Veneza — e não apenas pelo cinema, mas pelo choque entre arte e política que inevitavelmente levanta.

Jason Momoa e David Leitch unem forças em alto-mar com The Pirate

Jason Momoa prepara-se para içar velas e embarcar numa nova aventura de ação. O ator de Aquaman e Fast X vai juntar-se a David Leitch, realizador de Bullet Train e Profissão: Perigo, no projeto The Pirate, adquirido pela Amazon MGM.

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Descrito como uma história de ação em alto-mar, o filme decorre a bordo de um navio pirata, prometendo misturar o carisma físico de Momoa com o estilo cinematográfico enérgico de Leitch, conhecido pelos seus combates coreografados e sequências explosivas. O argumento é assinado por Will Dunn, que já colaborou na série Ms. Marvel e trabalha atualmente em The Peasant, thriller medieval de Dev Patel.

Momoa, o novo “senhor dos mares” de Hollywood

Com raízes no Havai, Momoa tornou-se um dos rostos incontornáveis do cinema de ação da última década. Depois de conquistar o público com Aquaman e de integrar franchises como Dune e Fast & Furious, o ator regressa agora a mares ainda mais revoltos. Além de protagonista, será também produtor, reforçando o seu papel cada vez mais ativo nos bastidores da indústria.

Em televisão, acaba de estrear Chief of War na Apple TV+, série que revisita a unificação das ilhas havaianas, um projeto particularmente pessoal para o ator. No grande ecrã, já tem no horizonte Fast 11 e Dune: Part Three, duas continuações que prometem manter o seu nome no topo da ação blockbuster.

Leitch, o mestre da adrenalina

Antes de se tornar realizador, David Leitch fez carreira como coordenador de duplos — e isso sente-se na sua filmografia. Atomic BlondeDeadpool 2 ou Hobbs & Shaw cimentaram o seu estilo de ação frenética e estilizada. Agora, em The Pirate, tudo indica que voltará a levar o género para mares nunca dantes navegados, com espaço para humor, coreografia e, claro, explosões.

Expectativa em alto-mar

Ainda sem data de estreia anunciada, The Pirate promete juntar dois nomes em plena forma de Hollywood e explorar um cenário raramente visto em blockbusters contemporâneos: a pirataria em grande escala. Resta saber se Momoa trará ao papel um pirata mais próximo do brutal guerreiro que conhecemos ou se seguirá por caminhos inesperados, com a irreverência que tantas vezes imprime às suas personagens.

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Hollywood tem dado sinais claros de que continua a apostar em grandes aventuras originais. E, com esta dupla ao leme, The Pirate tem tudo para ser um verdadeiro acontecimento.

Bradley Cooper surpreende com “Is This Thing On?”: divórcio, comédia e um elenco de luxo

Bradley Cooper já nos habituou a ver o seu nome em múltiplas frentes — ator, realizador, produtor e argumentista — mas o seu novo projeto, Is This Thing On?, mostra um lado diferente do cineasta norte-americano. O filme, que acaba de ganhar o seu primeiro teaser trailer, cruza divórcio e comédia com um toque autobiográfico inspirado na vida do comediante britânico John Bishop.

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Um elenco de peso para uma história íntima

Embora assuma um papel mais secundário em cena, Cooper dirige e assina o argumento ao lado de Will Arnett e Mark Chappell. Os grandes protagonistas são Will Arnett e Laura Dern, que lideram a narrativa como um casal a braços com o fim do casamento. Arnett interpreta Alex, um comediante em crise de meia-idade que procura reinventar-se no competitivo panorama humorístico de Nova Iorque, enquanto Dern dá vida a Tess, uma mulher que confronta os sacrifícios feitos em nome da família.

O elenco de apoio reforça a ambição do projeto: Andra Day, Sean Hayes, Amy Sedaris e Ciarán Hinds juntam-se à produção, prometendo acrescentar novas camadas de intensidade e humor.

Entre risos e lágrimas

Segundo a sinopse oficial, o filme acompanha Alex e Tess enquanto enfrentam não só o processo de divórcio, mas também o desafio da coparentalidade e a redefinição da identidade pessoal. O que poderia ser um retrato pesado transforma-se, nas mãos de Cooper, numa exploração delicada e espirituosa da forma como o amor pode assumir novas formas mesmo após uma separação.

A caminho dos Óscares?

Depois do sucesso crítico e da corrida às estatuetas douradas com Assim Nasce Uma Estrela (2018) e Maestro (2023), Is This Thing On? surge como mais uma das grandes apostas da Searchlight Pictures para a temporada de prémios. O filme terá a sua estreia de prestígio no Festival de Nova Iorque a 10 de outubro, chegando aos cinemas da América do Norte a 19 de dezembro — uma data estratégica, próxima das nomeações para os Óscares. Para já, ainda não foi anunciada a data de estreia em Portugal.

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Comédia e drama voltam a cruzar-se no olhar de Cooper, que, mesmo fora do centro das atenções, continua a afirmar-se como um dos nomes mais versáteis e consistentes da Hollywood contemporânea.

veja o trailer original aqui

Tom Waits Regressa ao Cinema em Nova Colaboração com Jim Jarmusch

O inconfundível Tom Waits está de volta ao grande ecrã, e como não podia deixar de ser, fá-lo ao lado de Jim Jarmusch, o cineasta que melhor soube transformar a sua voz rouca e presença magnética em cinema. O novo filme intitula-se Father Mother Sister Brother e chega aos cinemas dos EUA na véspera de Natal. O trailer já foi divulgado e promete mais uma viagem muito particular ao universo poético e melancólico de Jarmusch.

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Uma história em tríptico sobre família e distância

Descrito como “um tríptico” de histórias, Father Mother Sister Brother mergulha nas relações entre filhos adultos e os seus pais distantes, explorando também os dilemas internos dessas mesmas personagens. Como habitual no cinema de Jarmusch, não se trata de grandes enredos cheios de ação, mas de pequenos gestos e diálogos que expõem fragilidades humanas.

O elenco é de luxo: Cate Blanchett, Adam Driver, Vicky Krieps, Mayim Bialik, Charlotte Rampling, Indya Moore e Luka Sabbat, além, claro, da presença sempre icónica de Tom Waits.

A sexta colaboração entre Waits e Jarmusch

Esta é já a sexta colaboração entre músico e realizador. Waits estreou-se no cinema de Jarmusch com Vencidos pela Lei(1986), seguindo-se Mystery Train (1989), a participação em Café e Cigarros (2003), a banda sonora de Noite na Terra(1991) e, mais recentemente, o papel em Os Mortos Não Morrem (2019). Sempre que regressa ao cinema pela mão de Jarmusch, o músico traz consigo aquele tom de outsider romântico que se encaixa na perfeição com o estilo minimalista e contemplativo do realizador.

O regresso de uma figura lendária

Para os fãs, este regresso é duplamente especial. Não só marca mais uma oportunidade de ver Tom Waits no grande ecrã, como também reacende a expectativa em torno do seu regresso à música, já que não lança um álbum de originais desde Bad As Me (2011). Enquanto esse dia não chega, podemos esperar uma performance intensa, estranha e profundamente humana no universo singular de Jim Jarmusch.

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Com estreia marcada para a véspera de Natal nos EUA, Father Mother Sister Brother promete ser mais um capítulo da longa cumplicidade entre um realizador que filma como quem escreve poesia e um músico que canta como quem representa o lado mais cru da vida.

Pacificador : O Futuro da Série da DC Pode Passar por um Filme

A segunda temporada de Pacificador já chegou ao catálogo da HBO Max e, como seria de esperar, a mistura explosiva de acção, humor negro e irreverência de Christopher Smith (John Cena) voltou a conquistar fãs e crítica. Mas a grande questão que agora paira no ar é: qual será o próximo passo para uma das séries mais surpreendentes da DC?

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James Gunn abre a porta a mais histórias

James Gunn, que não só criou como também escreveu e realizou grande parte da série, deixou no ar a possibilidade de um futuro ainda mais ambicioso para Pacificador. Em entrevista recente, o cineasta afirmou:

“Depois de O Esquadrão Suicida, da 1.ª temporada de Pacificador e da 2.ª temporada de Pacificador, será que vamos fazer uma quadrilogia? Provavelmente. Veremos.”

A declaração despertou especulações de que a saga de Christopher Smith poderá encerrar não numa terceira temporada televisiva, mas sim num filme para o grande ecrã — uma forma de unir a popularidade da série ao novo rumo que Gunn está a desenhar para o Universo Cinematográfico da DC.

Um anti-herói que conquistou o público

Lançada em 2022, Pacificador apresentou uma nova faceta de John Cena, que deu corpo e alma a um anti-herói desajustado, com um código moral tão rígido quanto ridículo: fazer tudo pela paz, mesmo que isso implique violência extrema. O sucesso foi imediato, com a crítica a elogiar a forma como Gunn combinou sátira, acção e momentos surpreendentemente emotivos.

Além de Cena, o elenco conta ainda com Danielle Brooks, Freddie Stroma, Jennifer Holland e Frank Grillo, numa equipa que equilibra carisma, química e humor mordaz.

Filme ou série — o que esperar?

Caso se confirme, um filme de encerramento daria a Pacificador um estatuto raro dentro do universo das séries de super-heróis: o de conseguir transitar de forma natural para o cinema, mantendo a irreverência que a tornou um fenómeno. Ao mesmo tempo, encaixaria no plano de James Gunn para revitalizar a DC nos cinemas, ao lado de títulos como Superman e Comando das Criaturas.

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Por agora, resta acompanhar semanalmente os episódios da 2.ª temporada, já disponíveis na HBO Max. Se será um adeus televisivo ou apenas o prelúdio para uma despedida em grande no cinema, só o tempo dirá.