“Apanhado a Roubar”: Austin Butler levado ao limite num thriller imperfeito mas arrebatador de Darren Aronofsky

Um sonho perdido, um favor fatal

Hank Thompson (Austin Butler) foi, em tempos, uma promessa do basebol, mas um acidente roubou-lhe o futuro. Agora vive uma vida aparentemente tranquila em Nova Iorque: é barman, partilha o dia a dia com a namorada (Zoë Kravitz) e apoia religiosamente a sua equipa favorita. Tudo muda quando o vizinho punk (Matt Smith) lhe pede para tomar conta do gato durante uns dias. De repente, Hank vê-se no meio de uma conspiração violenta com gangsters à perna — e sem perceber porquê.

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Butler no centro da tempestade

Austin Butler é o coração pulsante do filme. A sua interpretação traz camadas de dor, arrependimento e raiva contida, transformando Hank num anti-herói atormentado. Mais do que sobreviver, o personagem parece lutar contra os fantasmas de tudo o que perdeu. Darren Aronofsky, fiel ao seu estilo visceral, transforma cada cena de brutalidade física numa metáfora para as feridas invisíveis da alma.

O olhar cru de Aronofsky

Filmado por Matthew Libatique com uma crueza quase documental, Apanhado a Roubar mergulha-nos numa Nova Iorque suja e claustrofóbica. A cidade é um espelho da degradação interna do protagonista. A banda sonora de Rob Simonsen, gravada pela banda Idles, intensifica a atmosfera sufocante, ora pulsante, ora melancólica.

Violência, humor e o risco do desequilíbrio

A violência é extrema, mas nunca gratuita: traduz a descida de Hank ao seu próprio inferno. Ainda assim, Aronofsky injeta humor negro através de personagens caricaturais, como o mafioso russo de Nikita Kukushkin ou a dupla de vilões insana interpretada por Liev Schreiber e Vincent D’Onofrio. Esse contraste gera momentos de ironia eficaz, mas por vezes choca com o peso dramático da narrativa.

Um final que divide

Depois de tanto caos e intensidade, o desfecho surge surpreendentemente sereno, quase em contraste com a brutalidade anterior. A escolha de Aronofsky pode frustrar quem esperava uma verdadeira tragédia, mas também oferece ao público uma catarse inesperada.

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Apanhado a Roubar é imperfeito, mas fascinante. Darren Aronofsky volta a provocar desconforto e reflexão, confirmando que o seu cinema é sempre uma experiência visceral. Austin Butler assina aqui uma das interpretações mais intensas da carreira, dando corpo e alma a um protagonista em guerra consigo próprio. É um thriller duro, inquietante e por vezes contraditório — mas que não deixa ninguém indiferente.

The Watchers – Eles Veem Tudo: Dakota Fanning entra num pesadelo sobrenatural no TVCine

Há florestas que escondem mais do que árvores. Em The Watchers – Eles Veem Tudo, a estreia televisiva marcada para 30 de agosto, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+, o terror ganha forma através de criaturas que nunca vemos… mas que veem tudo.

Dakota Fanning em território hostil

Mina, uma jovem artista americana, vê a sua vida virar do avesso quando, após um acidente no oeste da Irlanda, fica presa numa floresta isolada. O refúgio improvável surge numa estrutura escondida, onde conhece três estranhos. Mas este abrigo tem uma regra inquebrável: à noite, ninguém pode sair.

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O motivo? Entidades misteriosas, conhecidas apenas como “The Watchers”, observam cada movimento, silenciosas e invisíveis, mas sempre presentes. O medo cresce, a confiança entre os sobreviventes desmorona, e Mina percebe que o perigo pode vir tanto dos que estão dentro como dos que espreitam no escuro.

Terror psicológico com selo Shyamalan

Baseado no romance homónimo de A.M. Shine, o filme é realizado por Ishana Night Shyamalan, filha do mestre das reviravoltas M. Night Shyamalan. A estreia na realização de Ishana combina terror psicológico, folclore irlandês e um ambiente visual arrebatador, criando uma experiência que promete deixar os espectadores colados ao ecrã.

O que esperar

  • Uma Dakota Fanning intensa e vulnerável, num dos papéis mais desafiantes da sua carreira recente.
  • Mistério e suspense que vão crescendo a cada noite dentro daquela cabana.
  • Uma realização que honra o legado Shyamalan, mas com identidade própria, explorando o medo do desconhecido como metáfora do isolamento e da desconfiança humana.

Prepare-se para uma noite de arrepios e tensão: The Watchers – Eles Veem Tudo estreia sábado, 30 de agosto, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e TVCine+.

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Musk: O polémico documentário de Alex Gibney sobre Elon Musk vai chegar às salas de cinema

Elon Musk já inspirou debates, memes, guerras digitais e até revoluções industriais. Agora, será também o centro de um documentário de grande escala, assinado por Alex Gibney, vencedor de um Óscar e um dos nomes mais respeitados do cinema documental. O projeto, simplesmente intitulado Musk, garantiu distribuição para salas de cinema nos Estados Unidos antes de chegar ao streaming na HBO Max.

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Descrito pelos produtores como “um olhar incisivo por detrás da lenda de Elon Musk, o mais celebrado ‘inventor-empreendedor’ do nosso tempo”, o filme promete dissecar não só o homem, mas também a sua influência avassaladora na forma como vivemos — do espaço às redes sociais, dos carros elétricos às polémicas políticas.

Uma obra em mutação constante

O documentário foi anunciado pela primeira vez em março de 2023, mas a sua estreia tem sido adiada por uma razão curiosa: a própria vida de Musk. O protagonismo constante do empresário nas notícias globais fez com que Gibney e a sua equipa tivessem dificuldade em decidir onde terminar a narrativa. “O filme continua a crescer em escala à medida que a história evolui”, disseram HBO Films e Bleecker Street em comunicado conjunto.

Musk, por sua vez, não perdeu tempo em reagir quando o projeto foi revelado: classificou-o como “um ataque”. Gibney respondeu de imediato, perguntando-lhe: “Como é que sabes?”.

O realizador que expõe os poderosos

Alex Gibney não é estranho a polémicas. O cineasta construiu carreira ao mergulhar em figuras e instituições controversas:

  • Enron: The Smartest Guys in the Room (2005), sobre a queda da gigante energética;
  • Taxi to the Dark Side (2007), que lhe valeu o Óscar, sobre detenção e tortura no Médio Oriente;
  • Going Clear: Scientology and the Prison of Belief (2015), premiado com três Emmys, sobre os segredos da Cientologia;
  • We Steal Secrets: The Story of WikiLeaks (2013), sobre Julian Assange;
  • Citizen K (2019), sobre Vladimir Putin e o oligarca Mikhail Khodorkovsky.

É este olhar crítico e meticuloso que agora se volta para Musk, considerado por alguns um visionário e por outros um vilão moderno.

Uma estreia esperada em Veneza

A distribuição para salas foi anunciada na véspera do Festival de Veneza, onde o projeto deverá marcar presença. O filme conta com produção de Gibney através da Jigsaw Productions, em parceria com Closer Media, Anonymous Content e Double Agent, e terá ainda a Universal Pictures envolvida na distribuição internacional.

Ainda sem data de estreia definida, Musk chega num momento em que o empresário continua a dividir opiniões — seja pelo papel na SpaceX, Tesla e Neuralink, seja pela compra do Twitter (rebatizado como X), ou pelas suas declarações controversas sobre política e tecnologia.

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Tudo indica que, mais do que um simples retrato biográfico, Alex Gibney está prestes a entregar um filme-acontecimentoque colocará em perspetiva a ascensão e os dilemas de uma das figuras mais polarizadoras do século XXI.

Estrelas de The Conjuring reagem à compra da casa dos Warren por comediante Matt Rife: “Quais serão as intenções dele?”

Patrick Wilson e Vera Farmiga, os rostos de Ed e Lorraine Warren no universo The Conjuring, não escondem a curiosidade (e até alguma preocupação) com a recente aquisição da antiga casa dos famosos investigadores paranormais por parte do comediante norte-americano Matt Rife.

A mansão em Monroe, Connecticut — onde os verdadeiros Warren viveram durante décadas e criaram o seu célebre Museu do Oculto — foi oficialmente comprada por Rife, que se declarou fã confesso da saga iniciada por James Wan em 2013.

“Assim que vi a notícia, enviei logo ao Patrick. Sempre me perguntei o que iria acontecer com aquela propriedade. Agora, só quero perceber quais são as suas intenções”, comentou Farmiga numa entrevista à People. Patrick Wilson partilhou da mesma estranheza: “É uma rua normal, com vizinhos por todo o lado. Não consigo imaginar que os residentes queiram ver filas de carros para visitar a casa.”

Farmiga até brincou com a possibilidade: “Espero que ele não faça uma venda de garagem”.

O “guardião” de Annabelle

Matt Rife, de 29 anos, anunciou o negócio nas redes sociais, descrevendo-o como um sonho tornado realidade: “Oficialmente comprei a casa de Ed e Lorraine Warren e o Museu do Oculto. Tornei-me o guardião legal, por pelo menos cinco anos, da coleção inteira de artefactos assombrados — incluindo a boneca Annabelle.”

O comediante esclareceu, no entanto, que não é proprietário dos objetos, mas sim o responsável legal pela sua preservação e exposição. A sua ideia passa por abrir a casa ao público, com visitas guiadas ao museu e até estadias noturnas para os mais corajosos.

Do cinema à realidade

A ligação entre o espaço e o cinema é direta: o Museu do Oculto dos Warren serviu de inspiração para os filmes The Conjuring e para o spin-off Annabelle. Agora, com a compra de Rife, fãs da saga poderão literalmente entrar num dos cenários mais lendários do terror moderno.

Enquanto isso, Vera Farmiga e Patrick Wilson preparam-se para a sua despedida da franquia: The Conjuring: Last Riteschega aos cinemas a 5 de setembro, prometendo encerrar a história dos Warren no grande ecrã.

Com o anúncio de Rife e a estreia do novo filme, parece que a família Warren — real e ficcional — continua a assombrar tanto o cinema como a cultura popular.

LEGO recria o lendário navio Black Pearl de Piratas das Caraíbas – com Jack Sparrow e toda a tripulação

Os fãs de Piratas das Caraíbas têm agora um novo tesouro à vista – e não vem do fundo do mar, mas sim em versão LEGO. A marca dinamarquesa acaba de anunciar o LEGO Icons: Captain Jack Sparrow’s Pirate Ship, um set monumental inspirado no Black Pearl, o mais famoso navio pirata do cinema recente.

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Um regresso em grande estilo

O set (#10365) é uma verdadeira homenagem à saga que imortalizou Johnny Depp como o excêntrico Jack Sparrow. São 2.862 peças que recriam ao detalhe o navio outrora conhecido como Wicked Wench, distinguido pelo seu design negro e ameaçador.

Mais do que uma simples construção, este é um objeto de coleção pensado para adultos (18+), com um nível de desafio elevado e resultado final digno de ser exibido em qualquer prateleira.

Uma tripulação completa

O set inclui oito minifiguras exclusivas, reunindo os personagens centrais da saga:

  • Captain Jack Sparrow, claro, pronto para mais uma fuga mirabolante;
  • Will Turner e Elizabeth Swann, o casal heróico que se vê arrastado para o mundo da pirataria;
  • Hector Barbossa, eterno rival e aliado ocasional de Jack;
  • Gibbs, o leal imediato;
  • Cotton, com o seu papagaio inseparável;
  • Anamaria, a destemida pirata;
  • Marty, o baixinho mas valente membro da tripulação.

É, portanto, uma verdadeira cápsula da primeira trilogia de filmes, capaz de fazer qualquer fã revisitar as aventuras em alto-mar.

Mais do que nostalgia

O preço também não é para marinheiros de água doce: 379,99 dólares (cerca de 350 euros), disponível a partir de 15 de setembro na loja online da LEGO. Mas a aposta é clara: este set não é apenas brinquedo, é uma peça de memória cinematográfica, que celebra uma saga que, no auge, dominou o box office global e deixou personagens gravadas no imaginário coletivo.

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LEGO e o cinema: uma parceria sem fim

Este lançamento é também mais um capítulo na longa relação entre LEGO e o cinema. Depois de sets dedicados a Star WarsIndiana JonesHarry Potter ou até Batman, o regresso de Pirates of the Caribbean à linha LEGO Icons mostra como estas colaborações continuam a alimentar tanto a nostalgia como o desejo dos fãs em ter “um pedaço” dos seus filmes favoritos em casa.

E para os que sonham em ser piratas, mas sem risco de ficarem presos em Port Royal, construir o Black Pearl em LEGO pode ser a aventura perfeita.

Marvel prepara reboot dos X-Men: o futuro mutante do MCU começa a ganhar forma

Depois do sucesso crítico de Thunderbolts e da confirmação de que os mutantes terão um papel central na nova fase do MCU, o realizador Jake Schreier revelou que o trabalho no aguardado reboot dos X-Men já começou — e descreveu-o como “muito, muito entusiasmante”.

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Um novo começo para a saga mutante

Schreier, que encerrou a Fase 5 com Thunderbolts (88% de aprovação crítica no Rotten Tomatoes), admitiu à revista Empire que essa experiência lhe deu a preparação necessária para comandar um projeto de enorme escala como os X-Men:

“A maior aprendizagem foi equilibrar ação e emoção. Por mais dias de rodagem que haja, a ação consome tudo muito rápido. No final, senti que finalmente percebia como fazer isto melhor.”

Segundo o presidente da Marvel Studios, Kevin Feige, o filme será “youth-focused”, isto é, centrado em personagens mais jovens e numa dinâmica semelhante à das bandas desenhadas originais. Na prática, isso significa que muitos dos papéis deverão ser recast, afastando-se do elenco da era 20th Century Fox.

A transição para a nova era

O reboot dos X-Men será lançado depois de Avengers: Secret Wars, marcando um reset decisivo para o Universo Cinematográfico Marvel e dando início à chamada “era mutante” do estúdio.

Antes disso, os fãs ainda poderão rever as versões originais dos mutantes em Avengers: Doomsday, atualmente em produção no Reino Unido. Patrick Stewart (Professor X), Ian McKellen (Magneto), Alan Cumming (Nightcrawler), James Marsden (Cyclops) e Rebecca Romijn (Mystique) regressam, acompanhados por Channing Tatum como Gambit, após a sua estreia em Deadpool & Wolverine.

O peso da herança Fox

Não é a primeira vez que a saga tenta reinventar-se. Depois da trilogia original, a Fox apostou em X-Men: First Class(2011) e em Dias de um Futuro Esquecido (2014), que conquistaram a crítica e o público. Mas o entusiasmo arrefeceu com Apocalypse (2016) e Dark Phoenix (2019), ambos considerados pontos baixos da franquia.

O novo reboot da Marvel procura evitar os mesmos erros, apostando na juventude e em histórias de origem com relevância para o público de hoje.

Expectativas em alta

Ainda não existe data de produção ou de estreia confirmada, mas a máquina promocional da Marvel já trabalha a todo o gás. Com um foco assumido em novos rostos e narrativas mais próximas do espírito das bandas desenhadas, a grande questão é: será este o capítulo que finalmente devolverá os X-Men ao topo do cinema de super-heróis?

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Snoop Dogg Diz Ter “Medo” de Ir ao Cinema por Causa de Personagens LGBTQ+

O rapper Snoop Dogg voltou a gerar polémica, desta vez por causa de filmes de animação. Em entrevista ao podcast It’s Giving, o músico de 52 anos confessou que tem “medo” de levar os netos ao cinema devido à inclusão de personagens LGBTQ+ nas histórias para crianças.

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O Episódio de Lightyear

Snoop recordou uma ida ao cinema para ver Lightyear (2022), o spin-off de Toy Story que ficou marcado por mostrar um beijo entre duas personagens femininas. “Não fui ao cinema para ver essa treta. Fui para ver um filme”, disse, acrescentando que a cena lhe trouxe um problema inesperado: o neto fez-lhe perguntas sobre como duas mulheres poderiam ter um bebé.

“Estão a meter-me em cenas para as quais não tenho resposta. Não devíamos mostrar estas coisas em filmes para estas idades”, reforçou.

Entre a Representação e a Polémica

A declaração do rapper reabre o debate sobre a representação LGBTQ+ em produções para todas as idades. Para uns, trata-se de normalizar diferentes formas de amor e família, algo que reflete a diversidade do mundo real. Para outros, como Snoop Dogg, essas narrativas levantam dúvidas que consideram difíceis de explicar a crianças pequenas.

Hollywood tem vindo a dar passos cada vez mais visíveis nesta direção. Lightyear foi um caso mediático, mas não o único. A Disney e outros estúdios de animação têm apostado em maior inclusão, enfrentando tanto aplausos como críticas acesas.

O Peso da Voz de Snoop

Enquanto figura pública com milhões de seguidores, as palavras de Snoop Dogg têm impacto, mesmo que muitos discordem das suas posições. Esta não é a primeira vez que o rapper se pronuncia sobre temas sociais com franqueza — e também não será a última a gerar debate.

O contraste entre gerações, os novos modelos de família e o papel da indústria do entretenimento em moldar perceções culturais parecem estar, mais uma vez, no centro da discussão.

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Independentemente da opinião de Snoop Dogg, a tendência de Hollywood aponta para mais diversidade e inclusão no cinema de animação. O que para uns é “um problema sem respostas”, para outros é um sinal de que as histórias para crianças começam finalmente a espelhar a realidade de diferentes famílias.

👉 E vocês, o que pensam? O cinema — e em particular a animação — deve ser uma ferramenta ativa de diversidade e inclusão, ou acreditam que estas histórias deviam ficar à margem desse debate e centrar-se apenas no entretenimento?

The Roses: Benedict Cumberbatch e Olivia Colman em Comédia Negra que Chega Já Esta Semana

Benedict Cumberbatch, conhecido tanto por papéis dramáticos intensos como por blockbusters de Hollywood, está de volta ao grande ecrã, desta vez a explorar o género da comédia negra. The Roses, por cá, “Um Casal (Im)Perfeito” o seu novo filme, estreia nos cinemas já a 28 de agosto e promete uma abordagem divertida e cruel sobre amor, casamento e ressentimento.

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Uma História com História

O filme é realizado por Jay Roach, veterano das comédias de Hollywood (Austin PowersMeet the Parents), a partir de um argumento de Tony McNamara, nomeado duas vezes para o Óscar (A FavoritaPobres Criaturas).

A história adapta novamente o romance The War of the Roses (1981), de Warren Adler, que já tinha dado origem ao célebre filme de 1989 com Michael Douglas e Kathleen Turner. Agora, a nova versão reinventa este retrato ácido de um divórcio levado ao extremo, transformando a luta conjugal numa verdadeira guerra doméstica.

Um Elenco de Luxo

The Roses conta com um elenco de peso. Para além de Benedict Cumberbatch, que protagoniza o filme, e da vencedora do Óscar Olivia Colman, surgem ainda nomes como Andy Samberg e Kate McKinnon (ambos distinguidos pelos seus trabalhos em Saturday Night Live), Allison Janney (Eu, Tonya), Ncuti Gatwa (Doctor Who), Jamie Demetriou(Fleabag) e Zoë Chao (Amor de Improviso).

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A Receção da Crítica

Antes da estreia oficial, o filme já chegou às mãos da crítica e estreou com uma classificação de 66% no Rotten Tomatoes, o que indica uma receção maioritariamente positiva. Os elogios recaem sobretudo na química entre Cumberbatch e Colman, cuja dinâmica cómica parece sustentar esta nova versão de um clássico.

Estreia

The Roses chega às salas de cinema no dia 28 de agosto e será uma das primeiras grandes apostas da temporada de outono, logo após o habitual calendário de estreias do verão.

Os Filmes-Acontecimento Que Marcaram 2025 nas Salas de Cinema em Portugal 🎬

2025 já vai deixando claro quais foram os títulos que mobilizaram multidões e geraram conversa em Portugal. Entre blockbusters de Hollywood, produções brasileiras de peso e até uma comédia nacional que surpreendeu nas bilheteiras, o ano cinematográfico foi marcado por momentos de verdadeiro entusiasmo coletivo.

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Mufasa: O Rei Leão — O Rugido Mais Forte do Ano 🦁

A prequela do clássico da Disney tornou-se no filme mais visto em Portugal em 2025, com 219 725 espectadores e 1,38 milhões de euros de receita. O público familiar respondeu em massa à proposta da Disney, confirmando que o universo de O Rei Leão continua a ser um fenómeno cultural incontornável, mais de 30 anos depois da estreia do original.

Sonic 3: O Filme — O Ouriço Mais Rápido da Bilheteira

Outra aposta para toda a família, Sonic 3 acelerou até aos 128 345 espectadores e ultrapassou os 779 mil euros em receitas. Entre nostalgia dos fãs dos videojogos e novos seguidores conquistados pela saga cinematográfica, o ouriço azul mostrou que ainda tem energia de sobra para dominar o grande ecrã.

Ainda Estou Aqui — O Brasil a Conquistar o Público Português

Walter Salles trouxe a sua força dramática a Portugal com Ainda Estou Aqui, que acumulou 122 734 espectadores e 807 mil euros arrecadados. O filme provou que as produções brasileiras podem ocupar espaço de destaque no mercado português, conquistando tanto pelas interpretações como pela proximidade cultural.

O Pátio da Saudade — O Fenómeno Nacional 🌟

A grande surpresa de 2025 veio de casa. Estreado a 14 de agosto, O Pátio da Saudade, de Leonel Vieira, tornou-se rapidamente no filme português mais visto do ano, com 15 000 bilhetes vendidos em apenas quatro dias e cerca de 105 mil euros em receitas.

Mais do que números, foi o entusiasmo do público que transformou a comédia dramática num acontecimento cultural nacional. Em poucas sessões, o filme provou que o cinema português consegue competir pela atenção dos espectadores quando encontra histórias com forte apelo popular.

O Que Nos Dizem Estes Números?

Seja com animações globais de milhões, dramas intensos vindos do Brasil ou uma produção portuguesa a encher salas, 2025 reforça a ideia de que o público ainda responde quando sente que está perante um “filme-evento”. A questão é saber como replicar esta fórmula de forma consistente.

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O futuro imediato aponta para apostas seguras como Spider-Man: Brand New Day (2026), mas em Portugal fica a nota de que há espaço — e apetite — para cinema nacional com impacto popular.

Crise de Super-Heróis: 2025 Fecha com o Pior Balanço de Bilheteira Desde 2011

Acabaram-se os filmes de super-heróis em 2025 — e o veredito não é nada animador. Este foi o ano em que se consolidou a chamada “fadiga de super-heróis”, com os quatro títulos lançados a ficarem todos abaixo das expectativas, tanto nos Estados Unidos como no mercado internacional.

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Um ano sem campeões de bilheteira

Nenhum filme ultrapassou a barreira dos 700 milhões de dólares a nível mundial, algo que não acontecia desde 2011 — com a exceção de 2020, quando a pandemia fechou as salas. Eis os números:

  • Capitão América: Admirável Mundo Novo – 415 milhões de dólares
  • Thunderbolts* – 382 milhões
  • Quarteto Fantástico: Primeiros Passos – 491 milhões
  • Superman – 605 milhões

Embora Superman e Quarteto Fantástico ainda estejam em cartaz, a tendência já é descendente.

Em Portugal, impacto modesto

No mercado português, os resultados confirmam a mesma tendência morna. Superman foi o mais visto, com 179 mil espectadores, seguindo-se Quarteto Fantástico (170 mil), Capitão América (162,5 mil) e Thunderbolts (126 mil). Nenhum entrou no “clube” dos filmes-acontecimento.

Onde estão os tempos de glória?

A comparação com os anos dourados do género é inevitável. Em 2012, Os Vingadores abriu as portas para uma era de ouro, com sucessos que se aproximavam ou ultrapassavam mil milhões de dólares, culminando em Vingadores: Endgame(2019) com uns impressionantes 2,79 mil milhões.

Mesmo a DC viveu o seu auge, de Homem de Aço (2013) ao primeiro Aquaman (2018), que arrecadou 1,15 mil milhões.

De lá para cá, apenas alguns títulos quebraram a barreira do entusiasmo: Spider-Man: No Way Home (2021), Doctor Strange in the Multiverse of Madness (2022), Black Panther: Wakanda Forever (2022), Guardians of the Galaxy Vol. 3(2023) e Deadpool & Wolverine (2024).

Superman: sucesso ou sinal de alarme?

Apesar de ter sido o primeiro filme da DC em 16 anos a superar uma produção da Marvel (o último tinha sido O Cavaleiro das Trevas, em 2008), Superman também traz sinais preocupantes. Quase 60% das receitas vieram do mercado doméstico (EUA e Canadá), quando os blockbusters costumam brilhar sobretudo no mercado internacional.

James Gunn e a Warner Bros. falam em “grande sucesso”, mas os analistas são cautelosos: o público fiel compareceu, mas os espectadores casuais, fundamentais para fazer disparar os números, ficaram em casa.

2026: ano de tudo ou nada?

O futuro imediato do género joga-se já no próximo ano. A Sony aposta em Spider-Man: Brand New Day, embora dificilmente se aproxime dos valores de No Way Home. Todas as atenções, no entanto, estão voltadas para Avengers: Doomsday, o projeto mais ambicioso da Marvel em anos, atualmente em rodagem em Londres e que trará Robert Downey Jr. de volta — mas agora como vilão.

Do lado da DC, a expectativa recai sobre Supergirl, que terá a missão de provar que a “fadiga” ainda pode ser revertida.

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Uma coisa é certa: depois do desastroso 2025, o género precisa urgentemente de um novo fôlego. Caso contrário, os super-heróis podem estar a enfrentar o seu maior inimigo até hoje — a indiferença do público.

Chevy Chase: O Pai Mais Sarcástico da América? Bastidores de National Lampoon’s Vacation Revelados

Quarenta anos depois da estreia de National Lampoon’s Vacation (1983), continuam a surgir histórias deliciosas dos bastidores da comédia que se tornou um clássico absoluto do cinema americano. Desta vez, foi Anthony Michael Hall — o eterno Rusty Griswold — a recordar como Chevy Chase, o inigualável Clark Griswold, nunca perdeu uma oportunidade para lançar farpas… até ao próprio “filho” no set.

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Durante a Fan Expo Chicago, Hall revelou que, quando regressou para filmar reshoots seis meses após as filmagens originais, já estava… diferente. O ator tinha apenas 14 anos e, como ele próprio contou, “a puberdade bateu forte”: tinha crescido quase um metro e parecia uma outra pessoa. Quem foi o primeiro a apontar isso em tom de gozo? Claro, Chevy Chase.

Mas o humor cáustico não ficou por aí. Hall partilhou também que, ao terminar as filmagens, recebeu um autógrafo especial do seu “pai de ecrã”:

“Para Anthony, és um Robby Benson em ascensão. Se estás a ficar cego, é porque estás a fazer bem as coisas.”

Ao que parece, Chevy também não perdeu a oportunidade de brincar com as borbulhas do jovem ator. Dana Barron, que interpretava Audrey, a irmã Griswold, relembrou que Chase fazia piadas constantes sobre as espinhas do colega.

Apesar de tudo, não há ressentimentos. Hall deixou isso claro no painel: “É por isto que adoro ser teu filho há 40 anos. Amo-te.”

O Legado Griswold

Vacation, realizado por Harold Ramis e escrito por John Hughes, acompanha a família Griswold na sua viagem desastrada até ao fictício parque Walley World. O humor anárquico, o timing perfeito de Chevy Chase e o carisma de Beverly D’Angelo (a mãe Ellen) transformaram o filme numa referência da comédia dos anos 80.

Hall e Barron não regressaram nas sequelas, mas National Lampoon’s Christmas Vacation (1989) cimentou ainda mais o estatuto da saga como culto do cinema familiar.

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Na mesma convenção, o elenco mostrou que a cumplicidade sobreviveu ao tempo. E Chevy, hoje com 81 anos, não perdeu o entusiasmo: partilhou no Instagram que adorou rever velhos amigos e já prepara uma digressão especial de oito espetáculos dedicada a Christmas Vacation, entre outubro e dezembro.

🎄 Parece que o Natal dos Griswold continua vivo — e tão sarcástico como sempre.