Os Melhores Filmes de 2025 (Até Agora) segundo a Screen Crush

Meio ano já lá vai e, se o mundo continua meio caótico, o cinema de 2025 tem sido, surpreendentemente, uma âncora de qualidade. Entre blockbusters arrasadores, dramas intimistas e terrores mordazes, o grande ecrã está a entregar mais do que prometeu. Eis os 10 melhores filmes de 2025 até agora, numa seleção que mistura ação, originalidade e até um pouco de cringy-comédia masculina apresentados pelo site Screen Crush, um site bem conceituado especialista em listas de cinema e televisão internacional


10. Elio

Pode estar a afundar nas bilheteiras como o filme menos rentável da história da Pixar, mas Elio não é o desastre criativo que alguns pintam. É uma história doce, com um protagonista que não encaixa (num planeta ou noutro), e um dos melhores sidekicks animados do ano: Glordon, um caracol espacial com alma de comediante.


9. Ballerina

Ana de Armas em Ballerina, o novo spinoff de John Wick

Spinoff da saga John WickBallerina troca sapatilhas de ballet por lança-chamas e ação coreografada ao milímetro. Apesar das polémicas e reshoots, a adrenalina e o cenário da aldeia alpina (com vibes Gymkata) garantem entretenimento à prova de bala.


8. Companion

Sophie Thatcher brilha num thriller inesperadamente afiado sobre relações, segredos e a nossa dependência tóxica da tecnologia. Sangue, tensão e diálogos mordazes: um Black Mirror com alma e lâminas afiadas.


7. 28 Years Later

Danny Boyle regressa ao universo apocalíptico com uma sequela que assusta e faz pensar — como o original. Temas como a inevitabilidade da morte e o luto ecológico atravessam a narrativa, ancorada por uma grande prestação do jovem Alfie Williams.

O vosso humilde escriba já teve oportunidade de ver e acredita que o filme não vai desapontar os fãs do género.


6. Wick Is Pain

Este documentário sobre os bastidores de John Wick é tão intenso como os filmes. Conflitos, cortes orçamentais e decisões absurdas (“Keanu sem barba?!”) mostram que fazer ação séria exige suor… e dor.


5. Eephus

Num campo de baseball a cair de podre, duas equipas amadoras jogam o último jogo da época. Mas por detrás do slow burn está um retrato comovente da amizade, do tempo e dos rituais que nos definem. Um filme calmo que nos atinge de surpresa — como o pitch do título.

4. Mickey 17

Bong Joon-ho desmonta Robert Pattinson em camadas. Um clone atrás do outro, moralidade em cheque, sátira sci-fi que desafia identidades e empurra o espectador para dilemas existenciais. Uma mistura de Black Mirror com O Predestinado e um toque de humor negro.

Na nossa opinião um dos melhores filmes do ano, quer pela sua imagem muito peculiar quer pela forma como desenrola a narrativa, com um excelente do Robert Pattinson e o restante elenco


3. Friendship

Tim Robinson e Paul Rudd levam a comédia social ao limite da vergonha alheia. Um desastroso encontro entre “homens a tentar ser amigos” transforma-se numa espiral de constrangimento tão desconfortável quanto hilariante. Preparem os abdominais: é de tanto rir (e encolher-se).


2. Black Bag

Michael Fassbender e Cate Blanchett são um casal de espiões com suspeitas mútuas — e muita tensão sexual. Um whodunit com estilo, mistério e um elenco secundário de luxo. Inclassificável e imprevisível, é o tipo de filme que faz valer a pena entrar no cinema sem saber nada.

Um excelente filme de

1. Sinners

Ryan Coogler oferece-nos o que já se fala ser o melhor filme de terror de 2025. Um épico vampírico que é também uma crítica à apropriação cultural, à América profunda e ao poder da música. Sexy, assustador, político e com momentos de humor muito bem cronometrados. É o tipo de obra que desafia géneros e que ficará, com certeza, entre os grandes do ano.

Para nós foi uma surpresa mas todos aqui na redação consideram que é de facto a surpresa do ano.

Conclusão: 

2025 ainda agora vai a meio e já nos deu ação desmedida, sátiras inteligentes, documentários reveladores e histórias que agarram o coração. A fasquia está alta. E, felizmente, o segundo semestre promete continuar a surpreender

“Elio” Desilude nas Bilheteiras e Abala Estratégia de Originais da Pixar

Apesar dos elogios da crítica, o novo filme original da Pixar regista a pior estreia da história do estúdio. Peter Docter mantém-se firme na defesa de histórias originais, mas o futuro parece cada vez mais incerto.

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A Pixar tem atravessado tempos complicados. No meio de uma indústria cinematográfica ainda a recuperar dos efeitos da pandemia, e com o público cada vez mais rendido ao conforto das sequelas e universos partilhados, o estúdio da lâmpada tentou arriscar. Mas “Elio”, o seu mais recente filme original, não conseguiu conquistar o público — pelo menos, ainda não.

Com críticas bastante positivas (no Rotten Tomatoes soma mais de 80% de aprovação), “Elio” abriu nas bilheteiras com os piores resultados de sempre para um filme Pixar. Um verdadeiro balde de água fria para o estúdio que, nos últimos anos, tem feito questão de apostar em novas ideias, mesmo que o mercado continue a recompensar os velhos sucessos.

“Não queremos fazer o Toy Story 27”

O diretor criativo da Pixar, Peter Docter, esteve recentemente presente no Most Innovative Companies Summit da Fast Company e não escondeu as dificuldades de criar obras originais num mundo sedento de familiaridade. “Temos de descobrir o que as pessoas querem antes de elas saberem que querem”, disse Docter. “Porque se apenas lhes dermos mais do que já conhecem, estaríamos a fazer o Toy Story 27.”

Depois de Toy Story 4 (2019), a Pixar apostou forte em ideias novas com filmes como OnwardSoulLuca e Turning Red. Contudo, a pandemia arrasou qualquer hipótese de sucesso nas bilheteiras para esses títulos, que chegaram maioritariamente através do Disney+. O primeiro grande teste pós-COVID foi Elemental, que começou fraco mas acabou por recuperar o fôlego e ser considerado um sucesso tardio. Agora, esperava-se que Elio seguisse esse caminho… mas os sinais não são animadores.

Cinco anos de risco e incerteza

Docter revelou também que cada filme da Pixar leva em média cinco anos a ser desenvolvido, o que complica qualquer tentativa de antecipar tendências. “É um jogo imprevisível. E dá o mesmo trabalho fazer um filme que falha, do que um que é um sucesso.”

Esse tempo de maturação tem sido, historicamente, uma das maiores qualidades da Pixar — mas hoje é também um risco acrescido. A cultura pop muda de semana a semana, e acertar no tom e no tema certos, meia década depois, é um tiro no escuro.

E agora, Pixar?

Apesar deste tropeção com Elio, a Pixar não abdica da sua aposta nos filmes originais. “Hoppers”, com estreia prevista ainda este ano, é a próxima história inédita. Depois, regressam as sequelas com Toy Story 5, seguidas por Gatto (mais um original em 2026), e finalmente, Os Incríveis 3 e Coco 2.

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Ou seja, o estúdio de Up e Wall-E caminha agora numa corda bamba entre a segurança das marcas que o público já conhece e ama, e a vontade de continuar a inovar e surpreender. Mas se nem Elio conseguir encontrar o seu lugar ao sol, talvez seja mesmo o fim da era em que a Pixar ousava criar mundos do zero.

“Mentes Brilhantes”: A Viagem à Mente Humana Que Vai Marcar o Verão dos TVCine

Zachary Quinto dá vida ao excêntrico e genial Dr. Oliver Wolfson, numa série inspirada na vida e obra de Oliver Sacks.

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Preparem-se para mergulhar nas profundezas do cérebro humano com “Mentes Brilhantes” (Brilliant Minds), a nova série médica que promete ser uma das grandes apostas televisivas deste verão. Protagonizada por Zachary Quinto (Star TrekHeroes), a produção estreia-se em exclusivo nos TVCine Emotion, esta segunda-feira, 1 de julho, às 22h10, com novos episódios todas as segundas-feiras à mesma hora.

Com um elenco de luxo e uma premissa arrebatadora, a série parte da vida e trabalho de Oliver Sacks, o célebre neurologista e escritor britânico que revolucionou a forma como o público olha para as doenças neurológicas. Em “Mentes Brilhantes”, o nome da personagem muda para Dr. Oliver Wolfson, mas o espírito provocador, curioso e profundamente humano de Sacks está todo lá — e Zachary Quinto assume esse legado com uma intensidade e sensibilidade notáveis.

Uma Nova Visão Sobre a Medicina e a Condição Humana

Dr. Oliver Wolfson é tudo menos um médico convencional: excêntrico, intuitivo e apaixonado pelos seus pacientes, Wolfson acredita que os sintomas neurológicos não são apenas falhas, mas portas para o entendimento mais profundo da mente humana. E é essa filosofia que o guia, mesmo quando a comunidade médica tradicional o vê como um risco ou uma anomalia.

A narrativa da série desenrola-se dentro do hospital onde Wolfson trabalha, mas cada episódio leva-nos para fora das fronteiras do convencional. Aqui, a neurologia cruza-se com a poesia, a música, a memória e os recantos mais insólitos da identidade pessoal. O resultado? Uma série que tanto emociona como fascina.

Um Elenco de Primeira Linha

Além de Zachary Quinto no papel principal, a série conta ainda com interpretações de Tamara Podemski (Three Pines), Sammy Fourlas (Unstable), Ashleigh LaThrop (The Handmaid’s Tale) e Spencer Rashad, entre outros. Um conjunto de atores com presença carismática e versatilidade dramática que garantem densidade emocional e autenticidade à série.

Realidade, Ficção e Emoção

Com produção da Universal TelevisionBrilliant Minds é mais do que uma série médica — é uma reflexão sobre o que significa viver com a diferença, sobre como a ciência pode coexistir com a empatia e, sobretudo, sobre como o cérebro humano continua a ser o maior dos mistérios.

A série promete comover, desafiar e abrir conversas sobre temas que muitas vezes são deixados à margem da televisão generalista: desde síndromes raras e traumas cerebrais até à importância da escuta ativa na medicina.

“Mentes Brilhantes” estreia segunda-feira, 1 de julho, às 22h10 no TVCine Emotion.

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Não percas esta viagem fascinante ao coração da neurologia… e da humanidade.

Depois do Wolf Man, A Nova Aposta da Blumhouse é… The Mummy.

O Realizador de Evil Dead Rise promete reinventar o ícone monstruoso numa versão “muito antiga e muito assustadora”

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A Blumhouse não se deixa abalar pelo fracasso de Wolf Man e já tem a próxima criatura pronta a sair do sarcófago. The Mummy, o novo filme de terror de Lee Cronin, acaba de concluir a rodagem — e promete ser tudo menos uma repetição das versões anteriores do famoso monstro.

O realizador de Evil Dead Rise publicou no Instagram uma imagem da sua cadeira de realizador com a legenda “All wrapped up”, numa brincadeira irónica com o facto de o próprio monstro estar… enrolado em ligaduras. A fotografia, tirada num cenário com aparência de tumba, indica que as filmagens chegaram ao fim após três meses intensos entre Irlanda e Espanha.

Uma múmia diferente de todas as que vimos antes

Anunciado em dezembro de 2024, The Mummy foi escrito e realizado por Lee Cronin e, desde o início, o cineasta tem insistido que não se trata de mais uma versão da múmia clássica de Hollywood. “Este será diferente de qualquer outro filme da Múmia que tenham visto antes”, garantiu. “Estou a escavar bem fundo para trazer algo muito antigo e muito assustador.”

O filme conta com Jack Reynor e Laia Costa como um casal que descobre forças sobrenaturais durante a exploração de uma tumba. A Blumhouse e a Atomic Monster assumem a produção, mas o filme será distribuído pela New Line Cinema através da Warner Bros., afastando-se assim do universo dos monstros clássicos da Universal, onde se inserem os filmes com Brendan Fraser ou o infame reboot com Tom Cruise.

Lição aprendida com Wolf Man

O timing do novo The Mummy é curioso: chega pouco depois de Wolf Man, outra aposta da Blumhouse no universo dos monstros, ter sido um fracasso crítico e comercial — arrecadou menos de 35 milhões de dólares, muito abaixo das expectativas para um filme com orçamento de 25 milhões.

A exceção à regra continua a ser The Invisible Man (2020), que demonstrou como estas figuras clássicas podem ser reinventadas com sucesso. Tudo indica que a nova versão de The Mummy seguirá essa linha, focando-se menos em ação e mais no terror puro, com uma atmosfera mais claustrofóbica e uma abordagem original ao mito.

A Blumhouse continua a apostar no terror

The Mummy será um dos dois grandes títulos de terror da New Line previstos para 2026. O outro é Evil Dead Burn, uma nova entrada na icónica saga Evil Dead, desta vez realizada por Sébastien Vaniček (Infested), com Souheila Yacoub (Dune: Parte Dois) como protagonista. Embora Lee Cronin não regresse à franquia que revitalizou com Evil Dead Rise, tudo indica que esta nova entrada terá liberdade criativa e um toque fresco, sem perder a alma da série original de Sam Raimi.

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Por agora, The Mummy está marcado para estrear a 17 de abril de 2026. Fica a pergunta: será que a Blumhouse encontrou finalmente a fórmula certa para ressuscitar os monstros clássicos.

Top Gun 3 Pode Ser o “Último Voo” de Tom Cruise como Maverick 🎖️

Realizador Joseph Kosinski levanta o véu sobre o futuro da saga e a despedida de uma lenda da aviação cinematográfica

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Depois de conquistar o mundo com Top Gun: Maverick, Tom Cruise está prestes a regressar ao cockpit… mas talvez pela última vez. O realizador Joseph Kosinski confirmou que Top Gun 3 já está em desenvolvimento e poderá marcar o derradeiro voo de Pete “Maverick” Mitchell. Segundo Kosinski, esta será a conclusão emocional da jornada de um dos personagens mais icónicos da história do cinema de ação.

Uma crise existencial a 30 mil pés

Em entrevista à British GQ, Kosinski adiantou que o novo capítulo da saga será centrado numa “crise existencial” para Maverick. “É uma questão existencial que o fará sentir-se pequeno”, revelou o realizador, sugerindo que, mais do que missões de alta voltagem, Top Gun 3 poderá explorar o envelhecimento, o legado e a mortalidade — temas raramente abordados neste tipo de blockbuster.

Apesar de Top Gun: Maverick já ter sido visto como um “filme de passagem de testemunho”, especialmente com o destaque dado a novos personagens como Rooster (Miles Teller) e Hangman (Glen Powell), Kosinski insiste que ainda há mais história para contar: “Há uma última viagem. Estamos a trabalhar nisso agora.”

Um adeus digno de um ás dos ares

Com Ehren Kruger — um dos argumentistas de Top Gun: Maverick — já confirmado no argumento da sequela, os criadores garantem que só avançarão com a produção se sentirem que a história é suficientemente forte. Christopher McQuarrie, também produtor e argumentista de longa data de Cruise, revelou no mês passado que a “estrutura” da história já está delineada.

Miles Teller e Glen Powell deverão regressar aos respetivos papéis, mantendo viva a ligação entre gerações. No entanto, é Tom Cruise que continua a ser o coração da franquia — e Top Gun 3 poderá muito bem ser o seu adeus definitivo ao papel que o catapultou para a fama em 1986.

Mais do que ação, uma despedida emocional?

Embora seja certo que Top Gun 3 trará novas sequências de voo de tirar o fôlego (e provavelmente novos brinquedos tecnológicos da Marinha americana), tudo indica que a narrativa vai apostar também num tom mais introspectivo e maduro — um território novo para a saga, mas coerente com a evolução de Maverick enquanto homem e mentor.

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Depois do estrondoso sucesso global de Top Gun: Maverick, que arrecadou mais de 1,4 mil milhões de dólares nas bilheteiras e se tornou um fenómeno intergeracional, as expectativas para este terceiro filme não podiam ser mais elevadas. Será Top Gun 3 o adeus perfeito para uma lenda dos céus?

Channing Tatum Vira Ladrão de Brinquedos e Coração de Kirsten Dunst em Roofman

Baseado numa história verídica, o novo filme de Derek Cianfrance mistura amor, crime e… noites a dormir na Toys “R” Us

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Depois do documentário Secret Mall Apartment, chega agora ao cinema outra história inacreditável mas verdadeira sobre alguém que viveu escondido… numa loja. Em Roofman, Channing Tatum dá vida a um fugitivo da prisão que se instala secretamente numa Toys “R” Us e, entre brinquedos e câmaras de segurança, acaba por se apaixonar por Kirsten Dunst. Realizado por Derek Cianfrance (Blue Valentine), o filme promete ser um dos mais peculiares e inesperados romances criminais do ano.

Um Robin dos Brinquedos

Inspirado na vida real de Jeffrey Manchester, um ex-militar americano que viveu durante meses escondido em grandes superfícies comerciais, Roofman mergulha no universo improvável de um criminoso com coração. No caso real — sim, isto aconteceu mesmo — Manchester escondeu-se durante seis meses numa Toys “R” Us e, antes disso, num Circuit City. A alcunha “Roofman” surgiu do seu método preferido de assalto: serrar os telhados para entrar discretamente em lojas, especialmente McDonald’s.

No filme, Tatum interpreta esse criminoso de forma carismática e tocante, dividido entre manter-se escondido para não ser recapturado ou arriscar tudo por amor. A sua paixão nasce de uma forma no mínimo invulgar: observando Kirsten Dunst através das câmaras de vigilância da loja. Quem disse que o cupido não opera por CCTV?

Peter Dinklage no modo “patrão tóxico”

O elenco secundário de Roofman é digno de destaque. Peter Dinklage rouba (literalmente) a cena como o chefe insuportável da personagem de Dunst, enquanto LaKeith Stanfield interpreta um cúmplice do protagonista. Juno Temple, Ben Mendelsohn, Melonie Diaz, Uzo Aduba, Lily Collias e Jimmy O. Yang completam um elenco de luxo para esta comédia romântica com toques de heist movie.

A banda sonora também merece aplausos: o trailer já deixa ouvir “Running Down a Dream”, de Tom Petty, que confere ao filme uma estética sulista e nostálgica, num cenário passado em Charlotte, na Carolina do Norte.

Quando estreia Roofman?

O filme chega às salas de cinema a 10 de outubro e promete ser um dos destaques do outono — seja pelo absurdo encantador da história, pelo charme de Tatum em modo ladrão romântico ou pela química com Kirsten Dunst.

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Numa época de super-heróis, sequelas e remakes, Roofman surge como uma lufada de ar fresco: uma história real, improvável e irresistível que nos faz acreditar que até no fundo de uma loja de brinquedos pode nascer uma história de amor.

“M3GAN 2.0” Divide Críticos e Chega aos Cinemas com Avaliação Inferior ao Primeiro Filme

A sequela do fenómeno de 2022 estreia com uma recepção mista… e menos terror do que o esperado

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Depois de ter surpreendido o mundo em 2022 com uma mistura certeira de terror, humor negro e inteligência artificial, M3GAN regressa com uma sequela muito antecipada. Mas os primeiros sinais críticos de M3GAN 2.0 não estão a corresponder ao sucesso do original. Com apenas 61% de aprovação no Rotten Tomatoes — longe dos impressionantes 93% do primeiro filme — a nova entrada da Blumhouse promete dividir tanto fãs como críticos.

Quando o robô de estimação ganha armas… e músculos

A premissa de M3GAN 2.0 leva a boneca andróide homicida a um novo nível: reconstruída com upgrades militares, a protagonista digital enfrenta agora um robô de combate alimentado com a própria tecnologia da M3GAN original. A acção sobe de intensidade, os cenários tornam-se mais futuristas, mas segundo vários críticos… o terror ficou pelo caminho.

O elenco volta a contar com Allison Williams, Violet McGraw, Amie Donald (responsável pela performance física de M3GAN) e Jenna Davis (voz da personagem), agora acompanhados por novos nomes como Ivanna Sakhno, Jemaine Clement e Aristotle Athari. Gerard Johnstone volta à cadeira de realizador, com argumento novamente escrito em colaboração com Akela Cooper.

Terror ou comédia de acção?

Apesar da antecipação e do pedigree da Blumhouse, as críticas iniciais revelam um filme com identidade trocada. A revista ScreenRant resume o sentimento de muitos ao afirmar que “o filme ainda faz rir, mas já não pertence ao género de terror”. E esta parece ser a crítica recorrente: M3GAN 2.0 tem piada, mas perdeu o fio ao horror.

Há quem compare o tom mais absurdo da sequela a títulos como Terminator 2 ou Evil Dead 2, abraçando o seu lado mais paródico. Mas outros apontam falhas graves de coerência narrativa, falta de tensão e uma aposta excessiva num estilo “polido” que elimina o charme desequilibrado do original.

O futuro de M3GAN… e da Blumhouse

Esta recepção dividida coloca um travão no entusiasmo em torno de uma possível franquia. A Blumhouse, que nos últimos anos tem tido uma série de sucessos (The Black PhoneM3GANFive Nights at Freddy’s), também viu estreias recentes como ImaginaryNight Swim e AfrAId afundarem-se tanto nas bilheteiras como na crítica.

Ainda assim, o fenómeno viral que foi M3GAN (com coreografias, memes e fandom fervoroso) poderá ser suficiente para atrair espectadores às salas — pelo menos os que estiverem prontos para trocar sustos por gargalhadas tecnológicas.

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Resta saber se M3GAN 2.0 será um novo capítulo digno ou apenas uma actualização cheia de bugs.


É Oficial: Denis Villeneuve Vai Realizar o Próximo Filme de James Bond

O cineasta de Dune e Blade Runner 2049 assume a saga do espião mais famoso do cinema

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Está confirmado: Denis Villeneuve será o realizador do próximo filme de James Bond. A notícia foi avançada esta quarta-feira pelos estúdios MGM da Amazon, marcando um novo e ambicioso capítulo na mais duradoura franquia de espionagem da história do cinema.

Villeneuve, realizador canadiano nomeado para o Óscar e aclamado por obras como SicarioArrivalBlade Runner 2049Dune e Dune: Parte Dois, assume assim o leme de uma das sagas mais icónicas da sétima arte. “Sou um fã incondicional de Bond. Para mim, é território sagrado. Pretendo honrar a tradição e abrir o caminho para muitas novas missões. É uma responsabilidade gigantesca”, afirmou o cineasta num comunicado.

Um novo ciclo para Bond

Este será o primeiro filme da saga produzido sob a alçada criativa da Amazon MGM Studios, que formou recentemente uma joint venture com os históricos detentores dos direitos da franquia, Michael G. Wilson e Barbara Broccoli.

Ainda não se sabe quem interpretará o espião britânico nesta nova fase da série. Daniel Craig, que vestiu o smoking de 007 entre Casino Royale (2006) e No Time to Die (2021), abandonou o papel após cinco filmes e quase 800 milhões de dólares arrecadados apenas no seu capítulo final.

Villeneuve e o peso da herança

A escolha de Villeneuve é, ao mesmo tempo, ousada e lógica. O cineasta é conhecido por trazer profundidade emocional, densidade temática e um visual arrebatador aos seus filmes. A sua abordagem cerebral ao género de ficção científica – que lhe valeu nomeações aos Óscares tanto por realização (Arrival, 2016) como argumento adaptado (Dune, 2021) – poderá representar um novo tom para Bond, mais introspectivo e contemporâneo.

A comparação com realizadores anteriores é inevitável: se Sam Mendes deu sofisticação a Skyfall e Spectre, Villeneuve poderá aprofundar ainda mais o legado psicológico do agente secreto, equilibrando acção, mistério e inquietação existencial. E tudo isto sem abdicar da tradição: gadgets, vilões carismáticos e sequências de acção de cortar a respiração.

Produção de peso

A nova entrada na série Bond terá produção de Amy Pascal (Spider-Man: No Way Home) e David Heyman (Harry PotterOnce Upon a Time in Hollywood), reforçando a promessa de um projecto à escala épica.

O anúncio surge num momento de transição para a indústria cinematográfica, com os grandes estúdios a apostarem cada vez mais em propriedades intelectuais consolidadas. A escolha de Villeneuve, um realizador autoral com mão firme e visão estética ímpar, poderá redefinir o espião britânico para uma nova geração.

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A data de estreia ainda não foi anunciada — nem o actor que irá interpretar Bond —, mas uma coisa é certa: com Villeneuve ao comando, o mundo de 007 prepara-se para abanar.

Lea Massari: Morreu a Musa de Antonioni e Louis Malle

A actriz italiana que conquistou França e o cinema europeu partiu aos 91 anos

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Lea Massari, uma das presenças mais magnéticas e discretas do cinema europeu, morreu aos 91 anos, anunciou esta quarta-feira o governo italiano. A actriz, cujo verdadeiro nome era Anna Maria Massatani, deixou uma marca indelével no cinema de autor, sobretudo nas décadas de 1960 e 1970, ao participar em obras-primas como A Aventura, de Michelangelo Antonioni, ou Sopro no Coração, de Louis Malle.

Nascida em Roma a 30 de Junho de 1933, Lea Massari viria a tornar-se um dos rostos mais emblemáticos da Nouvelle Vague italiana e francesa. Tinha uma beleza serena, uma voz inconfundível e uma presença capaz de roubar o ecrã mesmo quando o argumento lho negava. Morreu na passada segunda-feira, em Roma, e foi sepultada no dia seguinte em Sutri, a norte da capital, segundo avança o jornal Il Messaggero.

A musa de Antonioni

O seu papel em A Aventura (1960), de Antonioni, foi o que verdadeiramente a lançou para o estrelato. No filme, interpreta Anna, a jovem que desaparece misteriosamente numa ilha durante uma excursão, e cujo súbito apagamento da narrativa é um dos pontos de viragem mais ousados da história do cinema moderno. Ao lado de Monica Vitti, Lea Massari tornou-se um símbolo da modernidade cinematográfica italiana, num filme que desafiou convenções e confundiu audiências, ao mesmo tempo que antecipava os tempos da alienação emocional e existencial.

De Itália para França

Apesar de profundamente ligada ao cinema italiano, a actriz teve também uma sólida carreira em França, onde se tornou uma presença regular em filmes de autores como Louis Malle (Sopro no Coração, 1971), Henri Verneuil (Medo Sobre a Cidade, 1975) ou Chantal Akerman (Os Encontros de Anna, 1978).

Trabalhou com Alain Delon em dois filmes — O Indomável (1964) e Outono Escaldante (1972) — e participou em títulos como O Colosso de Rodes (1961), de Sergio Leone, Que Viva a Revolução! (1974), dos irmãos Taviani, e Cristo Parou em Eboli (1979), de Francesco Rosi.

Reconhecimento e despedida

Lea Massari foi distinguida nos David di Donatello com um prémio especial pelas suas interpretações em Uma Vida Difícil (1961), de Dino Risi, e Os Sonhos Morrem ao Amanhecer (1961), um trabalho colectivo de Mario Craveri, Enrico Gras e Indro Montanelli.

O seu último filme foi Viaggio d’amore (1990). Desde então, afastou-se discretamente dos holofotes, mantendo a elegância e reserva que sempre a caracterizaram. A secretária da Cultura italiana, Lucia Borgonzoni, lamentou a sua morte, homenageando “uma actriz de magnetismo irresistível e talento deslumbrante”.

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Lea Massari deixa-nos, mas o seu rosto — tantas vezes em silêncio, tantas vezes em sombra — continuará a habitar as paisagens do cinema europeu como um enigma por decifrar. E talvez seja essa a sua maior herança: a de ter tornado o mistério humano numa arte.