Daniela Ruah e Joaquim de Almeida São os Novos Rostos do Tribeca Festival Lisboa 2025 🎬🇵🇹

Tribeca Festival Lisboa está de regresso à capital com uma nova energia — e com dois embaixadores que dispensam apresentações. Daniela Ruah e Joaquim de Almeida vão dar cara e voz à edição de 2025 do festival internacional que, de 30 de outubro a 1 de novembro, promete transformar Lisboa no epicentro do cinema, da criatividade e do storytelling global.

ver também: Clássicos de Kung Fu com Rosto Novo? China Lança Projeto Ambicioso de Remakes com Inteligência Artificial 🤖🥋

O anúncio foi feito esta semana no TUMO Lisboa, num evento que revelou não só os novos embaixadores, mas também uma estratégia renovada de bilheteira, novos curadores e uma clara ambição: tornar o Tribeca numa plataforma mais acessível, mais diversa e mais próxima do público.

“É disto que precisamos em Portugal”

Foi com entusiasmo que Daniela Ruah aceitou o convite para representar o festival. “É disto que precisamos em Portugal: de plataformas que liguem criadores, ideias e novas perspetivas ao resto do mundo”, afirmou a atriz de NCIS: Los Angeles, sublinhando a importância de criar pontes entre o talento nacional e as grandes narrativas globais.

Já Joaquim de Almeida, uma referência incontornável do cinema português e internacional, destacou o poder do festival como catalisador de mudança: “É um privilégio fazer parte de um festival que acredita no poder transformador do storytelling e que quer desafiar a indústria a olhar mais longe e de forma mais profunda.”

Curadoria com selo nacional

A nova equipa curatorial do Tribeca Festival Lisboa conta com nomes sólidos da cultura portuguesa: Patrícia Vasconcelos (fundadora do Passaporte Lisboa), o crítico de cinema Rui Pedro Tendinha e Joana Beleza, subdiretora de Áudio e Multimédia do Grupo Impresa. Caberá a este trio desenhar a programação nas áreas de cinema, conversas e podcasts.

A conferência de apresentação decorreu sob o mote provocador “Pode o storytelling mudar o mundo?”, e contou com a moderação de Júlia Palha numa conversa que cruzou criatividade, inclusão e a missão do festival enquanto farol para vozes emergentes.

Bilhetes para todas as carteiras — e todos os interesses

Uma das grandes novidades para 2025 é a estratégia de bilheteira, mais flexível e inclusiva. Os preços variam entre os 15€ e os 255€, com cinco modelos à escolha, pensados para públicos diferentes:

  • 🎟️ Tribeca Full Pass (255€) – Acesso total ao festival e à noite de abertura
  • 🎧 Talks & Podcasts Daily Pass (45€) – Acesso diário às conversas e gravações ao vivo
  • 🎬 Cinema Pack I (65€) – Seis sessões de cinema (até 3 por dia)
  • 🎬 Cinema Pack II (35€) – Três sessões de cinema
  • 🎟️ Cinema Session (15€) – Bilhete individual por sessão

A primeira fase de vendas do Full Pass arranca já a 24 de junho.

TUMO Lisboa ganha protagonismo

Este ano, o TUMO Lisboa assume-se como palco oficial do festival, sob o nome The Auditorium, reforçando a aposta no público jovem e nas novas linguagens criativas. Uma decisão que sublinha o espírito do Tribeca: olhar para o futuro sem esquecer o presente.

ver também: “Days of Thunder 2” Acelera com Tom Cruise ao Volante: O Regresso da NASCAR em Alta Velocidade 🏁🚗💨

Com presenças internacionais já confirmadas — entre elas Kim Cattrall, Meg Ryan e Giancarlo Esposito —, Lisboa prepara-se para receber uma edição que quer ser mais do que um festival. Quer ser um encontro. Um manifesto. Uma celebração da arte de contar histórias.

Clássicos de Kung Fu com Rosto Novo? China Lança Projeto Ambicioso de Remakes com Inteligência Artificial 🤖🥋

O futuro chegou com murros e pontapés voadores. E vem com um selo oficial. No Festival Internacional de Cinema de Xangai, foi revelado um dos projetos mais arrojados — e polémicos — da indústria cinematográfica atual: a China vai dar nova vida a 100 clássicos do cinema de artes marciais com recurso a inteligência artificial.

ver também : “Days of Thunder 2” Acelera com Tom Cruise ao Volante: O Regresso da NASCAR em Alta Velocidade 🏁🚗💨

Bruce Lee, Jackie Chan, Jet Li, Chow Yun-fat e outros ícones da ação oriental serão digitalmente rejuvenescidos, reanimados e — em certos casos — reinventados, naquele que está a ser promovido como o “Kung Fu Movie Heritage Project: 100 Classics AI Revitalization Project”.

De “Fist of Fury” a “Cyber Frontier”: Clássicos no ringue da tecnologia

Entre os títulos escolhidos para esta revitalização tecnológica estão:

• Fist of Fury (1972), de Bruce Lee

• Drunken Master (1978), com Jackie Chan

• Once Upon a Time in China (1991), de Tsui Hark com Jet Li

• A Better Tomorrow (1986), de John Woo — agora transformado numa animação cyberpunk completa com IA

Este último já teve até direito a trailer, onde o anti-herói outrora interpretado por Chow Yun-fat surge numa versão digital estilo Blade Runner, com armas futuristas e um ambiente visual de videojogo distópico. O estúdio Quantum Animation já o apelida de “o primeiro filme de animação produzido inteiramente por IA do mundo”.

“Preservar e transformar” — eis a missão

Segundo Zhang Pimin, presidente da China Film Foundation, a intenção do projeto é “preservar o património estético e cultural” destas obras, mas ao mesmo tempo atualizá-las para um público que “consome cinema de forma diferente”. Ou seja: um Bruce Lee com mais definição, som remasterizado, mas sem perder o golpe de vista.

Tian Ming, da Shanghai Canxing Culture & Media, promete uma “reformulação visual” que irá “prestar homenagem às obras originais” ao mesmo tempo que as torna apelativas para audiências contemporâneas. O orçamento inicial ronda os 100 milhões de yuans (cerca de 13,9 milhões de dólares), e as autoridades chinesas apelam à colaboração com “as maiores empresas de animação por IA do mundo”.

Uma arte milenar, um dilema moderno

Para muitos cinéfilos, a ideia de reanimar Bruce Lee com inteligência artificial pode parecer tanto um milagre técnico como uma profanação. Afinal, o apelo destes filmes está no suor, na fisicalidade, nas falhas humanas que tornam cada cena autêntica. Como irá uma versão “limpa”, digital e perfeitamente renderizada capturar a intensidade de um combate de The Legend of the Drunken Master?

Mas para o governo chinês e os estúdios envolvidos, trata-se de dar continuidade ao legado. Não apenas conservar as obras como cápsulas do tempo, mas dar-lhes nova relevância cultural e económica. E não é só no kung fu: a abertura do festival contou com uma montagem que misturava cenas clássicas com imagens geradas por IA, incluindo Roman Holiday, de Audrey Hepburn.

O que está realmente em jogo?

Este projeto levanta questões sérias sobre o papel da IA na arte. Onde está a linha entre restauro e reinterpretação? Quando uma personagem digital deixa de ser um tributo e passa a ser uma apropriação? E, sobretudo: será que o mundo quer ver Bruce Lee a lutar com drones num cenário gerado por computador?

ver também : “Nuremberg”: Russell Crowe Enfrenta o Passado Nazi num Thriller Histórico com Rami Malek e Michael Shannon 🎖️🧠

Para já, a China está decidida: o futuro do passado é digital. Resta saber se o público global vai aceitar essa proposta de combate… ou preferir o bom e velho VHS com legendas tortas e chiado de fundo.

“Days of Thunder 2” Acelera com Tom Cruise ao Volante: O Regresso da NASCAR em Alta Velocidade 🏁🚗💨

Sim, ouviu bem: Days of Thunder está prestes a fazer um regresso às pistas, e com Tom Cruise novamente ao volante. O icónico filme de corridas NASCAR de 1990, que juntava velocidade, suor e uma boa dose de adrenalina cinematográfica, vai ter uma sequela. E quem confirmou a notícia — de forma meio casual, mas claramente intencional — foi ninguém menos que o produtor original, Jerry Bruckheimer.

ver também : “Harold & Kumar” Estão de Volta — e Sim, Vai Ser Mesmo R-Rated, Caótico e Cheio de Fumo 🌿🍔

Em entrevista recente no tapete vermelho da estreia do novo filme de Fórmula 1 (também produzido por Bruckheimer), o lendário produtor foi apanhado com uma pergunta direta: “Há uma sequela de Days of Thunder a caminho?”Bruckheimer sorriu… e respondeu com um enigmático mas promissor: “A próxima, queres dizer?”

Cruise, velocidade e o regresso de Cole Trickle?

Para os fãs do original, lançado em 1990, a ideia de Tom Cruise voltar ao papel de Cole Trickle é gasolina de alta octanagem nas veias da nostalgia. O filme, realizado por Tony Scott e com música de Hans Zimmer, não foi um sucesso crítico imediato, mas tornou-se um clássico de culto entre os fãs de corridas e da aura invencível de Cruise nos anos 90.

Com uma bilheteira de 157 milhões de dólares e uma aura que só cresceu ao longo das décadas, o filme consolidou o charme rebelde de Cruise e lançou a paixão do público pela NASCAR no cinema.

Timing perfeito, volante quente

Não é por acaso que os rumores agora se transformam em promessas. Com o sucesso da produção centrada em Fórmula 1 (também com Cruise e Bruckheimer envolvidos) e o renascimento do interesse por corridas em alta definição no grande ecrã, o momento para reviver Days of Thunder nunca foi tão oportuno.

Jeff Gordon, ex-campeão da NASCAR, confirmou ter falado com Cruise diretamente, e garante que a resposta foi clara: “Vamos fazê-lo. Vamos fazer Days of Thunder 2.”

O que esperar do novo capítulo?

Ainda sem detalhes confirmados sobre a história ou o elenco, é provável que a sequela siga o modelo “legacy sequel” — uma continuação que respeita a narrativa original mas introduz novas personagens, rivalidades e um protagonista mais velho, mas ainda com a mão firme no volante. Será Cole Trickle agora um mentor? Um piloto que regressa para “uma última corrida”? Ou talvez um executivo que vê-se obrigado a voltar à pista?

Bruckheimer deixou no ar: “Com a tecnologia de hoje e as ideias do Tom, vamos entregar algo verdadeiramente empolgante.”

E conhecendo Cruise, não será apenas CGI — será real, arriscado e com o actor (literalmente) ao volante.

O legado de “Days of Thunder”

Lançado entre Top Gun e Missão: ImpossívelDays of Thunder foi muitas vezes apelidado de “Top Gun em quatro rodas”. E com razão: o espírito rebelde, o mentor severo, a tensão nas pistas, o romance inesperado, tudo encaixava. Mas ao longo dos anos, o filme conquistou o seu lugar próprio — e numa altura em que o culto da velocidade está novamente em alta (basta ver o sucesso de Gran Turismo ou Ford v Ferrari), este regresso é tudo menos gratuito.

ver também : “Springsteen: Deliver Me From Nowhere” — A Criação de um Álbum Lendário Chega ao Cinema 🎸🎬

Um novo motor está a roncar nos bastidores de Hollywood. E Cole Trickle pode muito bem estar pronto para a corrida final.

“Nuremberg”: Russell Crowe Enfrenta o Passado Nazi num Thriller Histórico com Rami Malek e Michael Shannon 🎖️🧠

Russell Crowe está prestes a encarnar um dos papéis mais controversos e intensos da sua carreira: o de Hermann Göring, figura central do regime nazi, no novo thriller histórico Nuremberg, realizado por James Vanderbilt. O filme, adquirido pela Sony Pictures Classics para distribuição na América do Norte, tem estreia marcada para 7 de novembro de 2025, em plena comemoração dos 80 anos dos julgamentos de Nuremberga.

ver também : Dos Tubarões aos Brinquedos: 50 Verões de Blockbusters e Bilheteiras Milionárias 🦈🎬

Um duelo psicológico no pós-guerra

Baseado no livro The Nazi and the Psychiatrist, de Jack El-Hai, Nuremberg centra-se na relação tensa entre Göring (Russell Crowe) e Douglas Kelley (Rami Malek), o psiquiatra do Exército norte-americano encarregado de avaliar a sanidade dos líderes nazis após o colapso do Terceiro Reich.

O que poderia ser uma avaliação clínica transforma-se num verdadeiro campo de batalha mental, onde um dos mais perigosos homens do século XX tenta manipular a narrativa — e o próprio Kelley, que se vê forçado a confrontar o mal numa das suas formas mais desconcertantes: fria, carismática e racional.

Um elenco de luxo ao serviço da história

Além de Crowe e Malek, Nuremberg conta com Michael Shannon, Richard E. Grant, Leo Woodall, John Slattery, Colin Hanks, Lydia Peckham, Lotte Verbeek e Andreas Pietschmann. É uma lista de actores que promete intensidade dramática, contenção emocional e diálogos à flor da pele — tudo o que se espera de uma obra sobre os bastidores de um dos julgamentos mais significativos do século XX.

ver também : Revólveres, Salões e Lendas: O Western Está de Volta no STAR Movies — e Há Muito Pó para Levantar 🤠🔥

A realização e argumento ficam a cargo de James Vanderbilt, que já nos trouxe o subestimado Truth (com Cate Blanchett e Robert Redford) e o celebrado Zodiac de David Fincher. Aqui, Vanderbilt não só regressa ao lugar de realizador como também mergulha num terreno denso, repleto de implicações éticas e psicológicas.

Porquê “Nuremberg” agora?

Num mundo onde o extremismo ideológico volta a ganhar terreno e onde o revisionismo histórico ameaça a memória coletiva, Nuremberg surge como uma chamada de atenção. Não se trata apenas de recordar o que aconteceu, mas de refletir sobre como lidamos com o mal — especialmente quando ele veste fato e fala com eloquência.

A Sony Pictures Classics descreve o filme como “uma obra de relevância profunda, que ressoa com públicos de todas as idades.” E não é difícil perceber porquê. Nuremberg não é apenas uma história de pós-guerra — é uma história sobre responsabilidade, justiça e os limites da compreensão humana.

Uma estreia que promete marcar o outono cinematográfico

Com estreia agendada para novembro, e com um elenco em forma e um tema carregado de tensão moral, Nurembergpromete ser uma das grandes apostas para a temporada de prémios. Russell Crowe, num papel que já está a gerar burburinho, poderá muito bem estar de regresso às grandes ligas da interpretação.

O julgamento está marcado. E o público, tal como Douglas Kelley, terá de escutar — e decidir o que fazer com o que ouve.

“Harold & Kumar” Estão de Volta — e Sim, Vai Ser Mesmo R-Rated, Caótico e Cheio de Fumo 🌿🍔

Mais de uma década depois da última viagem alucinada, Harold e Kumar estão oficialmente prontos para mais uma ronda de hambúrgueres, drogas recreativas e situações absolutamente insanas. E quem está ao volante deste regresso são os criadores de Cobra Kai, Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg e Josh Heald, que assinam argumento, realização e produção desta nova sequela da icónica comédia stoner dos anos 2000.

ver também: “Nuremberg”: Russell Crowe Enfrenta o Passado Nazi num Thriller Histórico com Rami Malek e Michael Shannon 🎖️🧠

É isso mesmo: os mesmos tipos que levaram Daniel LaRusso e Johnny Lawrence a reconquistar o coração do mundo, agora querem repetir a dose com os anti-heróis mais “munchies” de Hollywood. E, como diriam os próprios, it’s high time.


O regresso da dupla mais insólita da comédia moderna

Lançado em 2004, Harold & Kumar Go to White Castle parecia, à partida, mais um filme para adolescentes com humor de casa de banho e referências canábicas. Mas revelou-se algo muito mais inesperado: uma sátira social com dois protagonistas não brancos, uma crítica ao racismo e aos estereótipos… e uma sequência em que fumam com um guepardo. Tudo isso, e Neil Patrick Harris a fazer de si próprio, completamente pedrado e alucinado.

O sucesso foi suficiente para gerar duas sequelas — Escape from Guantanamo Bay (2008) e A Very Harold & Kumar Christmas (2011) — que cimentaram a série como uma referência do humor irreverente e provocador.

Agora, com Hurwitz e Schlossberg a retomar o controlo criativo (eles próprios escreveram e realizaram os dois primeiros), o novo capítulo promete uma “versão sem desculpas, R-Rated e cheia de fumo” daquilo que tornou Harold & Kumar uma comédia de culto.


John Cho e Kal Penn: estão de volta?

Embora ainda sem contrato assinado, tudo indica que John Cho e Kal Penn vão regressar aos papéis de Harold Lee e Kumar Patel — agora, provavelmente, como pais de meia-idade a tentar esconder as suas aventuras passadas dos filhos… enquanto inevitavelmente se envolvem em novas. Os criadores brincam: “Está na hora de passarem a sabedoria… só não contem às crianças.”

A confirmar-se, este será um reencontro com sabor nostálgico, especialmente sabendo o quão longe ambos foram desde então. Cho brilhou em Star Trek e Searching, enquanto Kal Penn até trocou Hollywood pela Casa Branca durante a administração Obama. Sim, Kumar trabalhou na Ala Oeste. A sério.

A equipa de Cobra Kai em modo stoner comedy? Sim, por favor.

Depois do sucesso explosivo de Cobra Kai, que transformou um franchise dos anos 80 num fenómeno global com direito a nomeações aos Emmys, Hurwitz, Schlossberg e Heald tinham carta branca para fazer… o que quisessem. E escolheram voltar às origens — à comédia “sem filtro”, mas com cérebro.

Produzido pela Mandate Pictures (com ligação histórica à trilogia original), o novo filme será também uma das primeiras grandes apostas de Nathan Kahane depois de deixar a presidência da Lionsgate Motion Pictures Group. A nostalgia está em alta — e ninguém duvida que este regresso vai ter um público fiel à espera.

Afinal, para que serve o cinema, senão para rir de nós próprios?

Harold & Kumar sempre foi mais do que um filme para ver com os amigos a rir desalmadamente. Era um grito de diversidade em Hollywood antes de isso ser uma palavra da moda, e uma prova de que os heróis podiam ser asiáticos, indianos, ridículos e ainda assim profundamente humanos.

ver também : “Saw” Está de Volta — e nas Mãos da Blumhouse: Um Novo Jogo Vai Começar? 🔪🩸

Este regresso é mais do que justo. É necessário. E se tiverem de voltar a fugir de racistas, entrar num bar com um touro ou reencontrar Neil Patrick Harris a cantar num cavalo mágico, nós estaremos aqui para ver — de preferência com batatas fritas e gargalhadas.

Dos Tubarões aos Brinquedos: 50 Verões de Blockbusters e Bilheteiras Milionárias 🦈🎬

Em 1975, Steven Spielberg lançou um tubarão ao mar — e, sem querer, mudou para sempre o calendário de Hollywood. Jaws (ou Tubarão, para os fãs de verão com memória) inaugurou o conceito moderno de “filme de verão”, transformando os meses quentes numa temporada sagrada para os grandes estúdios. Meio século depois, o legado do monstro marinho mantém-se firme, com sucessores coloridos, barulhentos, cheios de efeitos e, claro, de bilhetes vendidos.

ver também : “Saw” Está de Volta — e nas Mãos da Blumhouse: Um Novo Jogo Vai Começar? 🔪🩸

Mas nem só de explosões e super-heróis se faz esta história. Há animação, nostalgia, naves espaciais e até uma boneca com tendências feministas a dominar os rankings mais recentes.

Vamos a uma viagem no tempo com os campeões de bilheteira do verão, ano a ano — e, já agora, com alguns comentários (nem sempre sérios) pelo caminho.


Os primeiros mergulhos (1975–1984)

  • 1975: Jaws – $260MO pai de todos os blockbusters. Nunca mais olhámos para a praia da mesma forma.
  • 1977: Star Wars – $221.3MA Força despertou… e nunca mais adormeceu.
  • 1978: Grease – $132.5MCabelo brilhante, calças justas e John Travolta no auge. “Summer lovin’”, versão caixa registadora.
  • 1984: Ghostbusters – $189.1MQuem é que vais chamar? O teu contabilista, para contar o lucro.

Os musculos e os tiros (1985–1994)

  • 1986: Top Gun – $131.3MAviões, Ray-Bans e o início do reinado de Tom Cruise.
  • 1989: Batman – $239MTim Burton, um morcego e um joker que ainda hoje assombra.
  • 1993: Jurassic Park – $316.6MSpielberg + dinossauros = dinheiro a sair do chão como se fosse DNA de mosquito.
  • 1994: The Lion King – $262.3MCircle of Life… e de receitas.

A era digital e o império da Pixar (1995–2004)

  • 1999: Star Wars: Episode I – $421.4MJar Jar Binks pode ter sido controverso, mas a bilheteira não teve dúvidas.
  • 2001: Shrek – $263MUm ogre destronou os contos de fadas. E os filmes de princesas nunca mais foram os mesmos.
  • 2004: Shrek 2 – $436.7MO burro voltou. E trouxe ainda mais dinheiro.

Super-heróis e sequelas até dizer chega (2005–2019)

  • 2008: The Dark Knight – $504.8MA prova de que um filme de super-heróis podia ser sério, sombrio… e um colosso de bilheteira.
  • 2012: The Avengers – $620.3MA Marvel encontrou a fórmula mágica. E os cofres abriram-se.
  • 2015: Jurassic World – $647.4MOs dinossauros ainda tinham dente para mais um round.
  • 2018: Incredibles 2 – $602.6MEsperámos 14 anos. A Pixar entregou. E as famílias correram para o cinema.
  • 2019: The Lion King (remake) – $523.6MA nostalgia vende. E em CGI, vende ainda mais.

Pandemia e reinvenção (2020–2024)

  • 2020: Tenet – $20MO verão em que o cinema quase morreu. E Nolan quase salvou… mas não foi suficiente.
  • 2022: Top Gun: Maverick – $701.3MNunca subestimes Tom Cruise. Nunca.
  • 2023: Barbie – $612.3MCor-de-rosa, sarcástica, feminista e uma máquina de fazer dinheiro.
  • 2024: Inside Out 2 – $650.8MA Pixar voltou ao centro das emoções — e das receitas.

O Verão: estação oficial da nostalgia… e das filas no cinema

Em cinco décadas, vimos heróis a nascer, franquias a crescer, e géneros a renascer. Dos tubarões aos aliens, dos brinquedos falantes aos super-heróis com crises existenciais, o verão transformou-se num campo de batalha bilheteiro. Mas uma coisa é certa: há sempre espaço para o inesperado.

ver também : “Springsteen: Deliver Me From Nowhere” — A Criação de um Álbum Lendário Chega ao Cinema 🎸🎬

E agora que os estúdios já estão a preparar os verões de 2025 e 2026, só nos resta perguntar:

Será que alguma estreia conseguirá, um dia, bater Top Gun: Maverick? Ou teremos de esperar por Barbie vs Dinossauros?

“Saw” Está de Volta — e nas Mãos da Blumhouse: Um Novo Jogo Vai Começar? 🔪🩸

Preparem-se para ouvir novamente “I want to play a game…”, mas desta vez com um novo tabuleiro e mestres do terror diferentes por trás da cortina. A Blumhouse, o estúdio responsável por algumas das maiores explosões do horror moderno como InsidiousM3GANGet Out e Five Nights at Freddy’s, acaba de adquirir os direitos da mítica franquia Saw — incluindo filmes, séries e tudo o que envolva o sádico Jigsaw e os seus jogos macabros.

ver também : Revólveres, Salões e Lendas: O Western Está de Volta no STAR Movies — e Há Muito Pó para Levantar 🤠🔥

A compra, feita à dupla de produtores Oren Koules e Mark Burg, marca uma viragem histórica para uma das sagas mais longevas e lucrativas do cinema de terror. Os números não mentem: com 10 filmes lançados desde 2004, Saw arrecadou mais de mil milhões de dólares nas bilheteiras mundiais. E parece que o jogo está longe de acabar.

Um regresso ao início — com Wan e Whannell de volta ao jogo

A cereja no topo desta serra ensanguentada é o regresso de James Wan, o realizador do Saw original, lançado em 2004, que ajudou a redefinir o terror no século XXI. Wan e Leigh Whannell, argumentista e co-criador da saga, estarão de volta para liderar criativamente os novos projetos. Desde 2024 que a produtora de Wan, a Atomic Monster, está fundida com a Blumhouse — e esta junção promete trazer não apenas nostalgia, mas também inovação.

Saw ocupa um lugar especial no meu coração,” afirmou Wan, sublinhando que o regresso ao universo de Jigsaw será tanto uma viagem emocional como uma oportunidade para “abraçar o espírito original e empurrar o legado em direcções ousadas e inesperadas.”

Lionsgate continua a bordo (e à espreita)

Apesar da aquisição, a Lionsgate — que distribuiu todos os capítulos até agora — mantém 50% da propriedade e continuará a co-produzir os próximos títulos. O jogo, afinal, não se joga sozinho.

Já os antigos produtores Oren Koules e Mark Burg despedem-se da saga com dignidade. Koules disse sentir que era “o momento certo para passar o testemunho,” enquanto Burg afirmou querer “seguir em frente e contar novas histórias.” Dois veteranos do género a deixarem o palco com a consciência tranquila… e com a certeza de que o legado está em boas mãos.

Uma jogada estratégica para o futuro do terror

Jason Blum, o homem por detrás da Blumhouse, disse-o de forma simples: Saw “definiu uma geração do terror” e o seu impacto cultural continua a crescer. Com esta aquisição, a Blumhouse reforça a sua posição como império do medo — agora com Jigsaw no seu arsenal ao lado de Annabelle, M3GAN e os Purge.

ver também: “Springsteen: Deliver Me From Nowhere” — A Criação de um Álbum Lendário Chega ao Cinema 🎸🎬

E nós, espectadores? Podemos apenas preparar-nos para o que aí vem. Porque se a Blumhouse nos habituou a pesadelos criativos, o que fará agora com o brinquedo mais cruel de todos?

O novo jogo ainda não começou. Mas já ouvimos o estalido da serra. E ninguém vai sair ileso.

Revólveres, Salões e Lendas: O Western Está de Volta no STAR Movies — e Há Muito Pó para Levantar 🤠🔥

Julho promete ser o mês mais poeirento e nostálgico do ano para os amantes do bom e velho western. O STAR Movies preparou um especial de programação que atravessa o mês inteiro, de 1 a 31 de julho, dedicado a um dos géneros mais icónicos da história do cinema. São clássicos, pérolas escondidas e autênticas relíquias que nos fazem lembrar que, antes dos super-heróis e das sequelas infindáveis, havia cowboys de chapéu torto, cavalos a galope e duelos ao pôr do sol.

ver também :

Quando o western era rei — e ainda sabe atirar

Há algo de profundamente cinematográfico no western. O cenário árido, os silêncios longos, os códigos de honra, os heróis solitários e os vilões cruéis. Era ali, na vastidão do deserto e na simplicidade moral do “bem contra o mal”, que Hollywood construía mitos. E em julho, o STAR Movies traz de volta esses mitos com um alinhamento que é ouro puro para qualquer cinéfilo que se preze.

Entre os destaques estão Rio Grande, de John Ford, com John Wayne em modo “toda a poeira do deserto é minha”; Johnny Guitar, o western feminista avant la lettre com Joan Crawford de pistola em punho; ou Destry, com Charlton Heston a manter a lei e a ordem entre saloons e foras-da-lei.

Mas há mais. Muito mais.

ver também : “Springsteen: Deliver Me From Nowhere” — A Criação de um Álbum Lendário Chega ao Cinema 🎸🎬

Do clássico absoluto ao faroeste B com charme

Para quem gosta do western puro e duro, com índios e cavalaria, temos Barreiras de FogoO Segredo da MontanhaUm Dia de FúriaFronteiras do Orgulho e Amizade Sangrenta — todos com aquele charme vintage dos anos 50, quando o cinema ainda cheirava a película e tabaco.

Há ainda espaço para aventuras mais existenciais, como Anos de Violência, com Tony Curtis a tentar limpar o seu nome antes que o linchem, e o delicioso O Parceiro do Diabo, onde George Peppard regressa para ajustar contas com antigos comparsas.

Para quem aprecia westerns com um toque de psicologia e política, Walk the Proud Land (com Audie Murphy) mostra um homem branco a tentar conquistar a confiança de uma reserva Apache — uma narrativa rara para a época, que vai muito além do simplismo habitual.

Uma maratona para quem ainda acredita que um bom western nunca morre

Durante cinco semanas, o STAR Movies vai ser território reservado a xerifes de fala pausada, pistoleiros em busca de redenção, donas de salão destemidas e bandidos com olhos de gelo. Com sessões todas as noites, o canal faz justiça ao género que ajudou a definir a linguagem do cinema moderno.

E como cereja no topo do bolo, há títulos lendários como Dois Homens e Um Destino (com Paul Newman e Robert Redford), Bandolero!Deus Perdoa… Eu Não! e o italiano Um Homem, Um Cavalo, Uma Pistola, prova de que o western spaghetti também tem lugar na festa.

Porquê voltar ao western?

Porque estes filmes são mais do que tiroteios e chapéus. São parábolas morais, reflexões sobre a justiça, sobre o que significa ser homem (e mulher) num mundo em transição. São a origem de quase tudo o que hoje vemos nas séries de crime, nos blockbusters e até nos videojogos.

ver também . “Filmes Para Não Dormir”: O Regresso do Ciclo de Terror que Vai Assombrar o Verão nos Cinemas Portugueses 🌕🔪

E porque às vezes, entre tanta modernidade, sabe bem voltar ao básico: uma estrada poeirenta, um duelo final… e aquele silvo inconfundível de Ennio Morricone na nossa cabeça.

“Springsteen: Deliver Me From Nowhere” — A Criação de um Álbum Lendário Chega ao Cinema 🎸🎬

Poucos artistas conseguiram transformar a crueza da vida americana em poesia com a mesma força de Bruce Springsteen. E foi precisamente num dos momentos mais silenciosos da sua carreira que nasceu Nebraska — um álbum gravado em casa, com um gravador de quatro pistas, e que viria a tornar-se num dos mais enigmáticos e reverenciados da música popular. Agora, essa história chega ao grande ecrã em Springsteen: Deliver Me From Nowhere, com estreia marcada para 23 de outubro de 2025 nos cinemas portugueses.

ver também: “Filmes Para Não Dormir”: O Regresso do Ciclo de Terror que Vai Assombrar o Verão nos Cinemas Portugueses

Um filme sobre o silêncio, a dúvida e a criação

Realizado por Scott Cooper (Crazy HeartHostiles), o filme adapta o livro homónimo de Warren Zanes e promete ser mais do que um simples biopic. Deliver Me From Nowhere é uma viagem interior — um retrato da fase em que Springsteen, ainda a digerir o sucesso de The River, se isolou em busca de respostas que não encontrava nas digressões nem no estúdio.

A sua arma? Um gravador Tascam 144, um punhado de cassetes e uma sensibilidade à flor da pele.

Foi assim que Nebraska nasceu: com canções sombrias sobre assassinos, perdidos, fracassados e fantasmas da estrada americana. Um disco que foi, na altura, incompreendido por muitos, mas que hoje é considerado um dos trabalhos mais íntimos e corajosos da carreira do Boss.

Jeremy Allen White: do ginásio à guitarra

A escolha de Jeremy Allen White (The Bear) para interpretar Springsteen pode parecer, à partida, inesperada — mas o trailer já deixa antever uma performance contida, introspectiva, sem caricatura. É um Bruce silencioso, vulnerável, à procura de uma forma de sobreviver ao próprio sucesso sem perder a alma.

No elenco, destaca-se também Jeremy Strong (Succession) como Jon Landau, o manager e confidente do músico, numa dinâmica que deverá ser central na narrativa. Paul Walter Hauser, Stephen Graham, Odessa Young, Gaby Hoffman, Marc Maron e David Krumholtz completam um leque de actores que promete muito mais do que imitadores: personagens reais, com vida própria, a respirar num universo criativo profundamente marcado pela dúvida, solidão e persistência.

Um filme sobre música… mas sem pose de palco

Scott Cooper já demonstrou em filmes anteriores que prefere a melodia das personagens ao ruído do estrelato. Aqui, tudo indica que opta pela mesma abordagem. Em vez de concertos grandiosos, teremos cenas de ensaios solitários, frustrações artísticas, relações pessoais complexas — e, acima de tudo, a tensão entre o homem e o artista.

A ambição é clara: mostrar o momento em que Springsteen se olhou ao espelho e percebeu que a sua voz — crua, imperfeita, verdadeira — podia mudar vidas mesmo sem bateria nem saxofones. Nebraska não precisava de produção: bastava-lhe a dor, a estrada e uma narrativa devastadora.


Um filme para os fãs… e para os que ainda não sabem que o são

Se é fã de Springsteen, este é um filme obrigatório. Se não é — ou julga que não é — talvez esta seja a oportunidade certa para descobrir o lado mais humano de uma das maiores figuras da música americana. Porque Deliver Me From Nowherenão é sobre fama. É sobre arte, identidade e a capacidade de criar algo belo quando tudo o que sentimos é escuridão.

ver também : Sylvester Stallone: O Verdadeiro Rocky Que Hollywood Quase Não Deixava Subir ao Ringue 🥊🎬

Estreia nos cinemas a 23 de outubro. E sim, há coisas que não se dançam — apenas se escutam em silêncio