Astoria prepara-se para o maior evento de sempre dedicado a Os Goonies 

Quarenta anos depois, o clássico de culto volta a fazer história… com caça ao tesouro, fatos temáticos e visitas à mítica casa dos Goonies

Se há filme que continua a fazer palpitar os corações nostálgicos de várias gerações, é Os Goonies. A aventura juvenil realizada por Richard Donner e escrita por Chris Columbus (com argumento original de Steven Spielberg) celebra 40 anos em 2025, e a cidade de Astoria, no estado norte-americano do Oregon, está a preparar uma festa de arromba para assinalar o feito.

Entre os dias 5 e 8 de Junho, milhares de fãs são esperados nesta pequena cidade costeira para um fim-de-semana recheado de eventos temáticos, visitas guiadas, homenagens ao elenco e muitas recriações da magia do ecrã. Sim, até haverá caças ao tesouro!

A casa dos Goonies abre portas — e não é só para fotografias

A casa icónica onde Mikey, Mouth, Chunk e companhia deram início à sua lendária aventura será o epicentro das celebrações. Situada no bairro de Uppertown, a casa foi comprada em 2023 por Behman Zakeri, um super-fã assumido, que a restaurou com todo o cuidado para que se pareça o mais possível com o que vimos no filme.

Durante o evento, está prevista uma festa privada com membros do elenco dentro da própria casa — um verdadeiro sonho tornado realidade para qualquer goonie assumido.

De concursos de fatos a exposições interactivas: tudo é possível em Astori

Ao longo do fim-de-semana, os visitantes poderão participar em concursos de fatos inspirados no filmevisitas aos locais de rodagemexposições de artesessões de perguntas e respostas com membros do elenco (como Corey FeldmanKerri Green e Robert Davi) e até uma réplica da famosa caça ao tesouro — sem precisar de seguir mapas rasgados ou atravessar grutas húmidas com armadilhas mortais, claro.

Medidas especiais para acolher milhares de fãs

A organização espera entre 8.000 a 15.000 visitantes, o que obrigou a cidade a preparar um plano logístico à altura. Algumas ruas serão encerradas ao trânsito, haverá autocarros especiais para transporte de fãs, policiamento reforçado (sim, até a polícia vai de bicicleta!) e contentores extra para manter a cidade limpa — porque até os goonies respeitam o ambiente.

Astoria: mais do que uma cidade, um cenário eterno

Desde a estreia do filme, em 1985, que Astoria se tornou um lugar de peregrinação cinematográfica. Todos os anos se celebra ali o “Goonies Day”, a 7 de Junho, mas a edição de 2025 promete ser a mais épica de sempre.

Quarenta anos depois, o filme que nos ensinou que a amizade é o maior tesouro de todos continua a fazer história. E se em pequenos sonhámos em encontrar o mapa do Willy Caolho, agora podemos (quase) viver essa aventura de verdade.

Pedro Pascal revela os primeiros passos como Reed Richards — e promete um Mister Fantástico fora do comum 🧠✨

A nova encarnação do líder do Quarteto Fantástico estreia-se em Julho de 2025 e o actor já começou a desvendar o que aí vem

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Pedro Pascal está prestes a entrar oficialmente no Universo Cinematográfico da Marvel como Reed Richards, também conhecido como Mister Fantástico. A estreia acontece em The Fantastic Four: First Steps, marcado para 25 de Julho de 2025, e tudo indica que o actor chileno-americano vai dar uma nova camada de humanidade, inteligência e contradição à figura clássica do cientista mais elástico (literal e figurativamente) da banda desenhada.

Reed Richards como nunca o vimos: brilhante, mas profundamente humano

Em declarações recentes à CBR, Pedro Pascal explicou que vê Richards como “uma contradição fascinante” — um homem cuja maior arma é o cérebro, mas que está em constante conflito entre o dever, a curiosidade científica e a fragilidade emocional. Inspirou-se na ideia de uma “inteligência polivalente e tentacular”, quase como a de um polvo, para captar a essência de Reed: alguém que tenta agarrar todos os fios do universo… e ainda manter a família unida.

Matt Shakman, o realizador do filme, descreveu o personagem como uma fusão de Albert Einstein, Steve Jobs e Robert Moses. Um génio, sim, mas com falhas muito humanas que o tornam ainda mais interessante.

Um Quarteto Fantástico reinventado — e com estilo retrofuturista

The Fantastic Four: First Steps promete ser um novo ponto de partida para esta equipa icónica. O filme decorre numa realidade retrofuturista inspirada nos anos 60 e não será mais uma típica história de origem. Em vez disso, vamos encontrar o Quarteto já formado e pronto para enfrentar ameaças de escala cósmica — nomeadamente Galactus e o Surfista Prateado, dois dos maiores nomes do panteão Marvel.

O elenco principal junta Vanessa Kirby como Sue StormJoseph Quinn como Johnny Storm e Ebon Moss-Bachrachcomo Ben Grimm, numa combinação que promete trazer tanto humor como drama familiar ao centro da narrativa.

A Fase Seis do MCU começa aqui — e com ambição

The Fantastic Four: First Steps será o filme de arranque da Fase Seis do universo Marvel e, tudo indica, um dos mais aguardados do ano. Com Pedro Pascal a liderar, o tom promete ser mais maduro, mais introspectivo e — esperemos — mais coeso do que algumas das entradas recentes no MCU.

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Para os fãs de longa data da banda desenhada, há expectativa. Para quem segue o trabalho de Pascal (The MandalorianThe Last of Us), há curiosidade. E para a Marvel, há uma oportunidade de ouro para finalmente fazer justiça cinematográfica ao Quarteto Fantástico.Pedro Pascal não está aqui para fazer de Reed Richards um herói genérico. Está a preparar-se para encarnar um homem complexo, brilhante e dividido. E com um elenco talentoso, um realizador com visão, e uma nova abordagem estética e narrativa, The Fantastic Four: First Steps poderá ser o recomeço de que esta família disfuncional de super-heróis precisava.

Tudo aponta para um Mister Fantástico… verdadeiramente fantástico.

O filme proibido de Jerry Lewis afinal existe — e esteve escondido num cofre sueco durante 45 anos 🎪🕵️‍♂️

The Day the Clown Cried reaparece, décadas depois de ser considerado um dos maiores tabus da história do cinema

Durante mais de quatro décadas, The Day the Clown Cried foi o Santo Graal do cinema maldito — um filme envolto em mistério, vergonha e fascínio mórbido. Realizado, escrito e protagonizado por Jerry Lewis em 1972, o filme nunca chegou a ser lançado. Mas agora, como num enredo digno de um thriller cinematográfico, uma cópia completa foi descoberta num cofre bancário na Suécia. Sim, leu bem.

Um palhaço no Holocausto: a premissa que o mundo não estava pronto para ver

Naquilo que só pode ser descrito como uma mistura de audácia criativa e total desorientação ética, Jerry Lewis criou um drama sobre Helmut Doork, um palhaço alemão preso num campo de concentração nazi. A personagem, desgraçada e decadente, acaba por ser forçada a entreter crianças judias… antes de as acompanhar até às câmaras de gás. Tudo isto com momentos “cómicos” pelo meio.

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Durante anos, o filme foi dado como perdido — ou pelo menos incompleto. Jerry Lewis terá saído do set com três bobines de filme debaixo do braço e prometido que a obra nunca veria a luz do dia. E cumpriu. Até agora.

O herói improvável: Hans Crispin, actor e… ladrão de bobines

A reviravolta surge pelas mãos (ou pelo cofre) de Hans Crispin, actor sueco e produtor conhecido por uma série cómica dos anos 80. Numa entrevista à televisão sueca SVT e à Icon Magazine, Crispin confessou: “Roubei o filme da Europafilm em 1980. Copiei-o em VHS num sótão onde duplicávamos filmes à noite.”

O VHS ficou guardado num cofre bancário durante 45 anos, até que Crispin decidiu quebrar o silêncio. Descreve a sua relação com o filme como “uma cruzada e uma maldição”. Recebeu até, em 1990, um misterioso envelope com os oito minutos em falta — cortesia de um antigo colega, que assinou apenas como “Olle”.


O filho de Jerry Lewis confirma: “É o filme que procuramos há 30 anos”

Chris Lewis, filho do comediante, revelou recentemente que anda há três décadas à procura dos elementos perdidos de The Day the Clown Cried. Há um “rough cut” que está a 30 minutos da versão final, mas a localização da cópia completa era até agora desconhecida.

A descoberta de Crispin pode finalmente permitir restaurar o filme e completar este puzzle desconfortável da história do cinema. “É um dos meus objectivos pessoais”, disse Chris à Fox News Digital em Março.

E agora? Mostrar ou esconder?

Crispin afirma que quer entregar o filme a uma entidade séria: “Quero vendê-lo a um produtor que o restaure para fins de estudo — ou que o trave de novo, mas de forma consciente.”

Nas redes sociais, a reacção foi de choque, curiosidade e excitação: “O filme existe mesmo! Hans Crispin é um herói absoluto”, escreveu um utilizador no X (antigo Twitter).

O próximo passo poderá ser a inclusão do filme na colecção da Biblioteca do Congresso dos EUA, como documento histórico — um registo do que acontece quando a arte ultrapassa os limites do bom senso… e se perde no caminho.

The Day the Clown Cried está de volta. E, quer se goste ou se deteste a ideia, o mundo do cinema nunca mais será o mesmo. Este é mais do que um filme. É um espelho desconfortável sobre os limites da comédia, o poder da memória histórica e a eterna obsessão de Hollywood com o que foi proibido.

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Há filmes que merecem ser vistos. Outros, talvez apenas compreendidos. Este… talvez ambos.

Ariana Grande entra na família Focker

Após a sua performance aclamada como Glinda em Wicked, que lhe valeu uma nomeação ao Óscar, Ariana Grande assume agora um papel de destaque em Meet the Parents 4. Ela interpretará a noiva assertiva do filho de Greg Focker (Ben Stiller), introduzindo uma nova dinâmica à já complicada relação familiar. 

A atriz expressou o seu entusiasmo nas redes sociais, partilhando: “Muito entusiasmada por me juntar (e conhecer) a família!!!!!!!”  

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Elenco original de volta

Ben Stiller e Robert De Niro retomam os seus papéis icónicos como Greg Focker e Jack Byrnes, respetivamente. Teri Polo e Blythe Danner também estão confirmadas para regressar como Pam e Dina. O filme será realizado por John Hamburg, que escreveu os três filmes anteriores da série. 

A produtora Jane Rosenthal revelou que a história se centrará nos filhos crescidos de Greg e Pam, que regressam a casa para apresentar os seus parceiros aos avós, mantendo o tema central de “conhecer os pais” numa nova geração.  

Uma nova fase na carreira de Ariana Grande

Ariana Grande tem vindo a focar-se mais na sua carreira de atriz, após o sucesso de Wicked. Em entrevistas recentes, afirmou que pretende equilibrar a música com projetos de representação que a desafiem criativamente.  

Com Meet the Parents 4, Grande continua a sua transição para o grande ecrã, explorando o género da comédia familiar e reforçando a sua presença em Hollywood. 


Conclusão

Meet the Parents 4 promete trazer de volta o humor e as situações embaraçosas que tornaram a franquia um sucesso, agora com a adição de Ariana Grande a trazer uma nova energia ao elenco. Com estreia prevista para novembro de 2026, os fãs podem esperar mais momentos hilariantes e confrontos familiares inesquecíveis.

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Bring Her Back: O horror australiano que vai muito além do susto fácil 🩸👁️

A nova aposta dos irmãos Philippou mistura trauma, ocultismo e uma Sally Hawkins absolutamente aterradora

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Depois do sucesso viral de Talk to Me (2022), os irmãos Danny e Michael Philippou regressam com Bring Her Back, um filme que troca a adrenalina juvenil por uma atmosfera mais sombria e emocionalmente carregada. A história acompanha Andy (Billy Barratt) e Piper (Sora Wong), dois irmãos australianos órfãos que são acolhidos por Laura (Sally Hawkins), uma mãe de acolhimento a lidar com a perda da sua própria filha. O que começa como um novo começo transforma-se rapidamente num pesadelo envolto em rituais ocultos e intenções sinistras. 

Sally Hawkins: da doçura à loucura

Conhecida por papéis calorosos, como em Paddington, Sally Hawkins surpreende ao encarnar Laura, uma figura maternal que esconde uma obsessão perigosa. A sua performance é descrita como “assustadoramente eficaz”, transformando a sua habitual ternura em algo profundamente perturbador. A dinâmica entre Laura e Piper, que é legalmente cega, adiciona camadas de tensão e vulnerabilidade à narrativa. 

Um mergulho no trauma e no sobrenatural

Bring Her Back não se limita a sustos fáceis. O filme explora temas como o luto, o sistema de acolhimento falido e os limites da sanidade humana. A presença de Oliver, um menino mudo com comportamentos estranhos, e a introdução de rituais ocultos criam uma atmosfera de crescente desconforto.

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A crítica da CultureMap Dallas destaca que, embora o filme possa confundir alguns espectadores com a sua narrativa ambígua, a combinação de horror real e sobrenatural resulta numa história altamente eficaz. Bring Her Back é uma adição notável ao cinema de terror contemporâneo, oferecendo uma experiência que é tanto emocionalmente ressonante quanto genuinamente assustadora. Com performances marcantes e uma abordagem única ao género, este filme australiano promete deixar uma impressão duradoura nos fãs de horror.

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Estudo croata desmonta o génio da medicina televisiva e revela 77 erros em 177 episódios

Ele era brilhante, rude, viciado em analgésicos e tinha uma bengala. Mas acima de tudo, era um génio… ou não? Um grupo de médicos croatas decidiu pôr o Dr. House à prova — e os resultados não são propriamente dignos de uma carta de recomendação da Ordem dos Médicos.

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Segundo um artigo científico recente, a série House M.D. — que foi transmitida entre 2004 e 2012 e tornou Hugh Laurie uma estrela mundial — está repleta de imprecisões médicas. No total, os investigadores identificaram 77 erros ao longo dos 177 episódios. E nem a bengala foi poupada.

Diagnósticos brilhantes… ou só mesmo brilharetes?

A análise foi conduzida por Denis Cerimagic, professor da Universidade de Dubrovnik, e os neurologistas Goran Ivkic e Ervina Bilic — todos fãs confessos da série, o que só torna as críticas mais saborosas.

Os erros foram agrupados em cinco categorias, desde terminologia médica incorrecta a momentos que entraram directamente na categoria de “simplesmente estranho”. Entre os exemplos, estão o uso de termómetros de mercúrio (há muito proibidos), o tratamento de uma deficiência de vitamina B12 com uma única injecção, ou o clássico tropeço entre “ataque cardíaco” e “paragem cardíaca”, como se fossem sinónimos.

Ah, e aquela cena em que um neurologista faz uma colonoscopia? Pois. Também não passou.

A bengala de House: usada do lado errado (e não é piada)

Segundo os investigadores, a maior falha de todas está mesmo debaixo dos nossos olhos: a bengala usada por Gregory House é empunhada… do lado errado. O protocolo médico é simples — deve ser usada do lado oposto à perna afectada. Mas, por razões televisivas (ou de enquadramento dramático), Laurie optou por fazê-lo ao contrário. E foi assim durante oito temporadas.

“Compreendemos a decisão, é mais eficaz visualmente. Mas está clinicamente errado”, diz Cerimagic.

Ressonâncias em tempo recorde e médicos-detectives (literalmente)

A investigação aponta também a rapidez surreal com que certos exames laboratoriais são apresentados — como se um painel completo de toxinas levasse apenas duas horas a sair. Além disso, a série adorava mostrar médicos a invadir casas dos pacientes à procura de mofo ou venenos exóticos. Na vida real, não só seria ilegal como altamente improvável.

Sem falar da ética médica… ou da falta dela. Há episódios em que House larga diagnósticos letais como se estivesse a anunciar o menu do dia: “tumor cerebral, ela vai morrer”, diz, com a subtileza de uma porta de ferro.

Crítica com fins pedagógicos

Apesar das críticas, os investigadores não estão aqui para cancelar House M.D.. Pelo contrário. Afirmam que a série pode ser uma ferramenta útil no ensino médico — precisamente por conter tantos erros. Segundo Cerimagic, os episódios poderiam ser usados para treinar estudantes a identificar falhas clínicas, fomentar o trabalho em equipa e discutir abordagens diagnósticas realistas.

“Só profissionais médicos percebem estes erros”, diz o neurologista, notando que House M.D. está longe das barbaridades médicas que se viam na televisão de há 20 anos, quando se analisavam radiografias… ao contrário.

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House M.D. continua a ser uma das séries mais icónicas da televisão — mas o seu génio era, afinal, mais televisivo do que científico. Ainda assim, como objecto de entretenimento (e agora, de estudo académico), continua a ser fascinante. Porque, mesmo a errar, o Dr. House conseguia sempre entreter. E no fim, como ele próprio dizia: “Everybody lies”. Até a série, pelos vistos.

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O documentário “Pote de Ouro” estreia em Portugal a 26 de Junho e é tudo menos um retrato sóbrio

Shane MacGowan foi muito mais do que o vocalista dos Pogues. Foi um ícone do folk-punk, um poeta bêbedo, um rebelde irlandês com dentes a menos e alma a mais. Agora, em Pote de Ouro: Nos Copos com Shane MacGowan, Julien Temple leva-o ao cinema com tudo aquilo que se espera de uma lenda deste calibre: caos, ternura, música, copos e… Johnny Depp.

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Um arco-íris radioactivo com final em Guinness

Julien Temple, que já nos deu pérolas documentais sobre os Sex Pistols (The Filth and the Fury) e Joe Strummer (The Future is Unwritten), descreve o processo como “voar através de um arco-íris radioactivo”. E não é só metáfora poética: o documentário é uma viagem alucinante pela vida de Shane — da infância na Irlanda à explosão punk nas ruas de Londres, passando pelos palcos enlameados e pelas entrevistas embriagadas.

Temple junta imagens raras, animações e conversas íntimas com amigos e parceiros musicais de MacGowan — entre eles Nick Cave e Johnny Depp, que também surge como produtor executivo do filme. O resultado é um retrato cru e emocional de um artista que redefiniu o som da rebeldia celta.


Prémios, festivais e um lugar no coração dos fãs

Pote de Ouro não chega de mansinho: foi premiado no Festival de San Sebastián, passou pelo IndieLisboa e prepara-se para conquistar o público português com a sua estreia nacional a 26 de Junho.

Este não é um documentário para colocar em fundo enquanto se arruma a sala. É um mergulho fundo num universo onde o talento convive com o excesso, e onde cada cicatriz — física ou emocional — conta uma história.

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Um filme para ver com os olhos, os ouvidos e o fígado

Shane MacGowan era capaz de passar do sublime ao grotesco numa só frase. O documentário respeita isso: é tão irreverente como comovente, tão barulhento como profundamente humano. Para quem conheceu os Pogues com Fairytale of New York ou para quem os acompanhou desde os dias punk, Pote de Ouro é uma ode àquilo que é ser verdadeiramente inclassificável.


Conclusão

Há artistas que merecem ser lembrados com estátuas. Shane MacGowan merece um filme como este: cheio de alma, whisky e guitarras desafinadas. Pote de Ouro não tenta limpar a imagem do cantor — antes revela a beleza que sempre esteve no meio da confusão.

A partir de 26 de Junho, todos ao cinema. E se possível, com um copo levantado.