DiCaprio Brilha em Cannes — Mas Foi Vittoria Ceretti que Rouba Todas as Objectivas ✨🎥

O actor continua a evitar os flashes, mas a sua companheira, a modelo italiana Vittoria Ceretti, deslumbrou no tapete vermelho com um look transparente que está a incendiar a internet.

Leonardo DiCaprio já nos habituou à sua postura discreta nos eventos públicos — raramente pousa para fotos com companheiras, evita declarações e prefere deixar o protagonismo para os filmes. Mas, em Cannes 2025, quem acabou por monopolizar as atenções foi mesmo Vittoria Ceretti, a modelo italiana de 25 anos com quem o actor mantém uma relação desde 2023.

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Durante uma das noites mais glamorosas do festival, Ceretti aparece no tapete vermelho com um vestido preto de tule transparente e cortes estratégicos, misturando elegância com ousadia. Resultado? Olhares captados, câmaras apontadas — e o nome nos trending topics mundiais.

A musa que não precisa de apresentações

Vittoria Ceretti é já um nome firmemente estabelecido no mundo da moda. Desfilou para marcas como Chanel, Dior, Versace e Valentino, e é considerada uma das modelos italianas mais influentes da sua geração. A sua presença em Cannes marca não só o seu estatuto na moda, como também a sua entrada oficial no circuito mais mediático do cinema.

Apesar de DiCaprio ter evitado o tapete vermelho ao seu lado, os dois foram vistos juntos em momentos mais reservados do festival, confirmando que continuam juntos — e mais discretos do que nunca.


Cannes continua a ser palco de estrelas… e de estilo

O look de Ceretti foi desenhado por uma casa de moda ainda por confirmar (mas tudo aponta para Saint Laurent ou Schiaparelli), e segue a tendência actual de transparências sofisticadas, tecidos fluídos e cortes assimétricos. Um equilíbrio entre provocação e refinamento — fórmula que parece ter encantado críticos e fãs.

Enquanto isso, DiCaprio, sem filme em competição este ano, tem mantido um perfil discreto, aparecendo apenas em festas privadas e jantares de bastidores. Mas com Ceretti ao lado, a sua presença continua a ser notícia.


Amor, cinema e moda sob as luzes da Croisette

O casal tem gerado interesse mediático desde os primeiros rumores, mas recusa dar espaço ao voyeurismo gratuito. E com aparições como esta, Vittoria Ceretti não precisa de ser “namorada de” para brilhar com luz própria. Em Cannes, tudo se vê — e tudo se amplifica. Mas, neste caso, a transparência foi tanto no tecido como na confiança.

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The Materialists: A A24 Volta a Reinventar a Comédia Romântica — Agora com Luxo, Ironia e Um Triângulo Amoroso 💎💘

Depois do sucesso intimista de Past Lives, Celine Song está de regresso com uma comédia romântica elegante e provocadora — e o primeiro trailer promete estilo e sarcasmo de sobra.

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A realizadora de Past LivesCeline Song, está de volta. Mas se o filme anterior era um drama delicado sobre amor e destino, a sua nova longa-metragem, The Materialists, aposta numa comédia romântica contemporânea com muito estilo, glamour e ironia social. O primeiro trailer já foi revelado — e não esconde a assinatura da A24: diálogos afiados, estética cuidada e personagens com dilemas existenciais disfarçados de escolhas românticas.


Um triângulo amoroso em Nova Iorque… mas com twist

A história gira em torno de Lucy, uma assistente de galeria de arte em Manhattan (interpretada por Dakota Johnson), que navega entre dois amores improváveis: um actor ambicioso e um milionário discreto. Mas ao contrário da típica comédia romântica, The Materialists promete explorar as dinâmicas de poder, dinheiro e desejo com um toque pós-moderno e provocador.

Ao que tudo indica, as escolhas da protagonista estão menos ligadas ao coração e mais ao pragmatismo da vida urbana contemporânea. E a própria Celine Song já descreveu o filme como “uma comédia romântica para quem já sabe que o amor não paga a renda.”


Elenco de luxo com sotaques diversos

Além de Dakota Johnson, o filme conta com Pedro PascalChris Evans e Zoë Chao em papéis secundários — todos eles com destaque no trailer, que mistura referências visuais à Nova Iorque de Woody Allen, à moda de Sex and the City e a toques subtis de sátira à classe artística privilegiada.

É, ao mesmo tempo, um retrato do amor nos tempos do capitalismo emocional e uma homenagem aos clássicos do género — com consciência crítica e sentido de humor.


A24 + Celine Song: novo casamento de prestígio

Depois do sucesso crítico e emocional de Past Lives, que foi nomeado ao Óscar de Melhor Filme, Celine Song reafirma-se aqui como uma autora com voz própria — agora com vontade de rir (e fazer rir), sem abdicar da complexidade emocional que define o seu cinema.

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Com estreia mundial prevista para o final de 2025The Materialists posiciona-se como uma das grandes apostas da A24 no género da comédia romântica — que tem vindo a recuperar fôlego, especialmente entre o público adulto que procura histórias com mais subtileza e ironia.

Tarantino Volta a Cannes — Desta Vez, Para Puxar da Pistola e Falar de Westerns 🤠📽️

A edição deste ano de Cannes Classics está recheada de pérolas restauradas, homenagens e grandes nomes a celebrar o passado. E Tarantino regressa à Croisette para mostrar que o western ainda dispara em cheio.


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Festival de Cannes 2025 já está a ferver, e a secção Cannes Classics, dedicada à preservação e celebração da história do cinema, chega com um alinhamento que promete emocionar cinéfilos de todo o mundo. Entre restauros de grandes obras, documentários sobre figuras lendárias e sessões especiais, destaca-se um nome incontornável: Quentin Tarantino, que regressa a Cannes para falar… de westerns.


Tarantino, um cowboy cinéfilo com lições para dar

O realizador de Pulp Fiction e Django Unchained estará presente no festival para conduzir uma masterclass especial intitulada “Cinéphilie Forever!”, onde irá dissecar a forma como o western clássico americano morreu nos anos 50 e renasceu nos anos 60. O evento, que decorrerá no dia 24 de maio, promete ser uma verdadeira carta de amor ao género que tanto influenciou a sua obra — e, claro, à própria sala de cinema.

“Quero mostrar como o western se transformou de mitologia americana em comentário político. Vai ser uma viagem com pistolas, suor e celuloide”, antecipou Tarantino.


Uma selecção de clássicos que é tudo menos museológica

Mas Cannes Classics não vive só da nostalgia ou do charme de Tarantino. Este ano, a secção exibe uma selecção impressionante de obras restauradas que merecem nova vida no grande ecrã:

  • Ran (1985), de Akira Kurosawa, restaurado em 4K — a obra-prima épica do mestre japonês volta com toda a sua fúria visual.
  • 8½ (1963), de Federico Fellini, numa nova versão restaurada pelo laboratório da Cinecittà.
  • La Reine Margot (1994), de Patrice Chéreau, apresentada em versão integral inédita.
  • Out of the Past (1947), de Jacques Tourneur, noir puro com Robert Mitchum em modo lendário.
  • E ainda documentários sobre Ida LupinoÉric Rohmer e Ennio Morricone.

A memória como acto de resistência

A selecção deste ano reforça a ideia de que preservar o cinema é também preservar formas de ver o mundo. E se Tarantino usa o western para falar de ideologias e rupturas culturais, os outros títulos da secção mostram-nos como os mestres do passado continuam a dialogar com o presente.

A própria organização do festival destacou que Cannes Classics é mais do que um espaço de restauro — é um palco para redescobrir a beleza e a subversão que habitam o cinema de outras épocas.


Quando a memória se senta ao nosso lado na sala

Com Ran e Out of the Past lado a lado com a paixão cinéfila quase infantil de Quentin Tarantino, a edição de 2025 de Cannes Classics é um verdadeiro banquete para os amantes do cinema de todos os tempos.

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E no fim, como diria o próprio Tarantino: “A única coisa mais sexy do que uma história bem contada… é uma história bem contada em película restaurada.”

Jumbo: O Elefante Voador da Indonésia Que Está a Deixar a Disney a Ver Navios 🐘✈️

Uma produção independente, uma história com alma e uma bilheteira a rebentar — Jumbo tornou-se o maior sucesso de animação da história da Indonésia e está pronto para voar mais alto.

Em tempos em que os grandes estúdios de animação parecem ter perdido o encanto, surge da Indonésia uma surpresa calorosa e inesperada: Jumbo, um filme sobre um jovem elefante que quer voar — e que está, literalmente, a voar nas bilheteiras. Lançado discretamente, o filme tornou-se a maior estreia de sempre para um filme de animação no país, ultrapassando até os gigantes da Disney e da Pixar.

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Com mais de 2 milhões de espectadores e cerca de 10 milhões de euros arrecadadosJumbo tornou-se um fenómeno local e um caso sério de sucesso internacional emergente.


Uma história de superação com sabor local

A narrativa é simples mas eficaz: Jumbo é um pequeno elefante que nasce diferente e é alvo de zombarias por parte dos outros animais. Mas com o apoio de uma amiga improvável e muita força interior, descobre que pode voar — e que o que o torna diferente, afinal, é a sua maior força.

Apesar das comparações inevitáveis com DumboJumbo tem identidade própria. A estética, os sons, a atmosfera tropical e os ritmos narrativos respeitam a tradição cultural do sudeste asiático, e isso faz toda a diferença.


Animação “made in Indonésia” com qualidade internacional

Produzido pelo estúdio indonésio Skylar PicturesJumbo é uma prova de que a animação de qualidade já não é exclusiva de Hollywood ou do Japão. A direcção artística, a fluidez da animação e a banda sonora original foram amplamente elogiadas — e já há quem aposte que poderá entrar no circuito internacional de festivais.

Segundo fontes próximas da produção, negociações estão em curso para levar o filme a outros países, incluindo Portugal e Brasil, através de serviços de streaming ou distribuidoras independentes.


Uma bilheteira que abana o mercado global

O mais surpreendente é que Jumbo não foi apoiado por uma mega campanha promocional. O sucesso foi, literalmente, boca-a-boca. Famílias, escolas e comunidades locais abraçaram o filme — e a autenticidade da história parece ter tocado todos.

Para um mercado como o indonésio, onde as produções locais raramente ultrapassam blockbusters americanos, Jumborepresenta uma mudança de paradigma — e uma nova confiança na produção nacional.

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Jumbo está a ganhar asas — e o mundo começa a reparar

Ainda sem data de estreia internacional confirmada, Jumbo já entrou no radar de festivais e distribuidoras que procuram histórias originais, emotivas e universais. E se há justiça no mundo da animação, este pequeno elefante vai voar bem mais alto do que o previsto.

José Condessa Junta-se à Netflix em El Problema Final  — Um Thriller com Sotaque Espanhol e Alma Lusa 🔍🎬

O actor português dá mais um passo na internacionalização da carreira com um papel de destaque na nova minissérie espanhola da Netflix. Mistério, conspiração e drama estão garantidos.

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José Condessa continua a conquistar terreno fora de Portugal e prepara-se para brilhar na nova minissérie espanhola da Netflix, intitulada El Problema Final. A série, actualmente em fase de rodagem, conta com seis episódios e combina thriller psicológico, investigação criminal e elementos de drama histórico, num formato que tem feito sucesso na plataforma.

É mais um marco para o jovem actor português, que se junta assim a um projecto internacional com potencial para chegar a audiências globais — e que confirma o crescente interesse das produções espanholas por talentos lusos.


Uma série com assinatura ibérica

Produzida por Corte y Confección de Películas, a mesma equipa responsável por séries como Santo e El InocenteEl Problema Final promete mergulhar os espectadores num enredo denso, onde o passado e o presente colidem através de uma investigação com ramificações pessoais e políticas.

José Condessa interpreta um dos protagonistas masculinos — ainda sem muitos detalhes revelados, mas tudo indica que será uma personagem com peso emocional e ligação directa ao mistério central da trama.


Um elenco ibérico de luxo

Além de Condessa, o elenco inclui Marta Etura (Celda 211), Luis Zahera (As Bestas, vencedor do Goya), Aitor Luna e Bárbara Goenaga, todos nomes sólidos do cinema e televisão espanhola. A realização está a cargo de David Ulloa e David Orea, conhecidos por manterem um tom visual intenso e uma direcção de actores focada na tensão psicológica.

A minissérie vai alternar entre flashbacks históricos e uma investigação contemporânea, num tom que faz lembrar produções como La Casa de Papel ou O Corpo em Chamas, mas com uma identidade mais sóbria e atmosférica.


Portugal com cada vez mais presença no ecrã global

A presença de José Condessa neste projecto reforça a crescente visibilidade internacional dos actores portugueses, cada vez mais chamados a integrar produções ibéricas e internacionais. Depois de passagens por telenovelas, cinema nacional e participações em coproduções, o actor afirma-se agora como um nome a seguir na nova geração de intérpretes europeus.


Estreia prevista para 2025

El Problema Final deverá chegar à Netflix em 2025, com estreia simultânea em vários países. A expectativa é grande, especialmente entre os fãs de thrillers intensos e narrativas em camadas — e, claro, entre os portugueses atentos à carreira dos seus talentos além-fronteiras.

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Happy Face: A Série Inspirada na Filha de um Assassino em Série que Está a Chocar o Público 🧠🔪

Ele era um assassino em série. Ela era a filha dele. E só descobriu a verdade anos depois.
Happy Face  é a nova série de true crime inspirada numa história real — e é arrepiante.

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Parece ficção, mas é tudo verdade: Happy Face, a nova série de crime psicológico que está a chegar ao streaming, baseia-se na história verídica de Melissa Moore, filha de um dos mais notórios assassinos em série dos EUA, conhecido como Happy Face Killer. A série promete misturar drama íntimo com o horror da realidade — e já está a ser descrita como um dos projectos mais perturbadores do ano.


Uma história de terror… dentro de casa

Melissa Moore cresceu a achar que o seu pai era um homem normal. Até ao dia em que descobriu que ele era, afinal, Keith Jesperson — o “Happy Face Killer”, responsável por pelo menos oito homicídios nos anos 90. O apelido veio dos sorrisos desenhados que ele deixava como assinatura nos seus confissões.

A série, produzida pela Paramount+, acompanha Melissa (interpretada por Annaleigh Ashford) enquanto tenta reconciliar-se com a verdade, reconstruir a sua identidade e proteger a sua própria filha dos fantasmas que herdou.


“Não é sobre o assassino. É sobre quem sobreviveu a ele.”

Ao contrário de outras séries do género, Happy Face não coloca o foco no criminoso, mas na dor silenciosa da família que ficou para trás — neste caso, a filha, que viveu anos a lidar com o peso de um nome manchado de sangue. A história é contada com base no testemunho real de Melissa Moore, que também é produtora da série.

“Não é só uma série sobre crime — é sobre o trauma intergeracional, o peso da herança e a luta para nos libertarmos do passado,” afirmou Moore numa entrevista.


A série estreou ontem no SkyShowtime!


Mais do que true crime — é um drama humano

Happy Face junta-se a uma nova vaga de séries baseadas em histórias reais onde as vítimas e sobreviventes são protagonistas. A sensibilidade com que a narrativa é construída (sem glorificar o assassino) e a performance intensa de Annaleigh Ashford tornam este projecto um destaque dentro do género.

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Uma série desconfortável, mas necessária — que nos faz pensar em como o mal pode estar mesmo ao nosso lado. Ou dentro de casa.

5 Filmes Essenciais de James Foley — Do Teatro Filmado à Sedução Mainstream 🎥🖤

Muito antes de filmar as famosas (e polémicas) Cinquenta Sombras, James Foley já tinha assinado alguns dos dramas mais intensos e subvalorizados das últimas décadas. Aqui ficam cinco filmes que ajudam a perceber o verdadeiro calibre do realizador.

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1. Glengarry Glen Ross (1992)

O seu filme mais respeitado. Adaptado da peça de David Mamet, é um clássico do cinema verbal, tenso, claustrofóbico e carregado de interpretações inesquecíveis — de Al Pacino, Jack Lemmon, Ed Harris, Alec Baldwin e Kevin Spacey. Uma aula de direcção de actores e ritmo narrativo. Uma obra-prima sem acção, onde as palavras são as balas.

“Coffee’s for closers only.” — uma das falas mais citadas do cinema dos anos 90 nasceu aqui.

2. At Close Range / Perigo Perto (1986)

Um thriller criminal sombrio e denso, com Sean Penn e Christopher Walken em estado de graça. Baseado num caso verídico, o filme explora relações familiares tóxicas, traições e heranças perigosas. Visualmente contido mas emocionalmente brutal, é um dos primeiros grandes momentos da carreira de Foley.

Um daqueles filmes que merecia mais atenção e que hoje é visto como um cult classic.

3. Fear / Medo (1996)

Antes de Gone Girl e dos thrillers teen dos anos 2000, Foley já andava a explorar a obsessão adolescente e o perigo por trás do romance aparente. Com Mark Wahlberg e Reese Witherspoon, este é um thriller psicológico com vibração de série B, mas que ficou na memória de muita gente por… bem, pela cena da montanha-russa.

Um exemplo de como Foley sabia criar tensão mesmo em tramas aparentemente banais.

4. Reckless (1984)

A estreia na longa-metragem foi com este romance rebelde entre um jovem marginalizado e uma rapariga da alta sociedade. Com Aidan Quinn e Daryl Hannah, o filme capta bem o espírito inquieto dos anos 80 — e já revela o gosto de Foley pela tensão entre classes, ambientes fechados e emoção contida.

Um ponto de partida sólido e esquecida pérola do início da década.

5. Fifty Shades Darker & Fifty Shades Freed (2017–2018)

Sim, não têm o peso artístico dos títulos anteriores — mas marcaram um regresso mediático para Foley e mostram a sua capacidade de se adaptar ao universo do cinema comercial, com orçamentos milionários e expectativas altíssimas. Apesar das críticas, os filmes foram sucessos de bilheteira globais.

Foley trouxe uma realização mais clássica e “limpa” ao universo Cinquenta Sombras — algo que, no meio de tanto exagero, foi até refrescante.

Lisa Lu Recebe Estrela no Passeio da Fama aos 98 Anos — Uma Lenda Viva do Cinema Asiático e de Hollywood 🌟🎬

O estilo Foley: tensão contida, olhar teatral, actores em primeiro plano

James Foley nunca foi um realizador de pirotecnia visual. O seu foco estava quase sempre no actor, no texto e na tensão entre personagens. Foi um director que sabia ouvir e observar — e isso tornou-o respeitado entre os seus pares e actores, mesmo quando não era uma estrela do circuito mediático.

Morreu James Foley, Realizador de Cinquenta Sombras de Grey e de Clássicos Muito Mais Sombrios 🎬🖤

Aos 70 anos, morreu o cineasta norte-americano James Foley, autor de filmes tão distintos como  Glengarry Glen Ross ou Fear, mas recordado por muitos pelo fenómeno pop-erótico 

Cinquenta Sombras

O realizador James Foley morreu esta semana aos 70 anos. Embora seja mais recentemente conhecido por ter dirigido as adaptações cinematográficas de Cinquenta Sombras Mais Negras e Cinquenta Sombras Livre, a sua carreira vai muito além da sensualidade comercial da saga baseada nos romances de E. L. James.

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Foley deixa um legado de cinema de género variado, entre o thriller psicológico, o drama duro e até a realização televisiva, com passagens marcantes por séries como House of Cards e filmes como Glengarry Glen Ross, onde dirigiu um elenco de luxo com Al Pacino, Jack Lemmon e Alec Baldwin.


Um realizador da palavra e da tensão

Formado em cinema na USC, James Foley começou por se destacar nos anos 80, com obras como Reckless (1984) e o subvalorizado At Close Range (1986), com Sean Penn e Christopher Walken num drama criminal tenso e brutal. Mas foi com Glengarry Glen Ross (1992), adaptado da peça de David Mamet, que se cimentou como um mestre da direcção de actores e da mise-en-scène verbal.

A intensidade dos diálogos, a pressão emocional das personagens e o ambiente fechado foram usados por Foley quase como armas dramáticas, num filme que hoje é visto como uma obra-prima do cinema norte-americano dos anos 90.


Cinquenta Sombras: o inesperado regresso ao mainstream

Depois de anos de projectos mais discretos e trabalho em televisão, James Foley foi chamado para realizar as duas últimas partes da trilogia Fifty Shades, sucedendo a Sam Taylor-Johnson. A decisão surpreendeu muitos, mas Foley abraçou o desafio e entregou duas sequelas que, embora mal recebidas pela crítica, foram êxitos comerciais brutais.

Entre 2017 e 2018, Foley voltou a ser um nome falado nos grandes estúdios, embora a sua abordagem se tenha mantido mais sóbria do que o material sugeria, algo que o próprio reconheceu em entrevistas.


Um percurso discreto mas influente

Apesar de nunca ter sido uma estrela mediática de Hollywood, James Foley era respeitado no meio como um realizador de actores, de precisão narrativa e de sensibilidade dramática. Ao longo dos anos, colaborou com nomes como Madonna (realizou o videoclip de “Live to Tell”), Mark Wahlberg (Fear), e foi responsável por episódios marcantes de House of Cards na era pós-David Fincher.


Fica o cinema. Fica o nome.

A sua morte representa a perda de um cineasta que, sem grandes alardes, soube transitar entre o cinema independente e o mainstream, entre o prestígio e o fenómeno de massas — e que deixou, em cada um dos seus filmes, um vestígio de tensão, de densidade, de humanidade frágil.

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