🎬 “Greed is Good”… mas os bastidores de Wall Street foram tudo menos tranquilos

Quando Oliver Stone realizou Wall Street em 1987, o mundo ainda não sabia que estava prestes a assistir a um dos retratos mais icónicos da ganância americana — mas também não fazia ideia do caos que se passou atrás das câmaras. Sim, o filme foi um sucesso. Sim, Michael Douglas brilhou como Gordon Gekko e até levou um Óscar para casa. Mas o caminho até ao “Greed is good” foi tudo menos dourado.

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Um maestro despedido, uma actriz mal escalada e um realizador impiedoso

Comecemos pela música. A ideia original era contar com Jerry Goldsmith, um dos compositores mais respeitados de Hollywood. Mas Oliver Stone não ficou nada impressionado com o que ouviu. Resultado? Goldsmith foi despedido, mesmo depois de já ter recebido um pagamento chorudo. “Ele ficou mesmo insultado”, admitiu Stone mais tarde, reconhecendo que tal atitude lhe valeu uns quantos inimigos no sindicato dos músicos. Na época, substituir um compositor já contratado era algo praticamente impensável.

A solução apareceu de forma pouco ortodoxa: Stewart Copeland, o baterista dos The Police, entrou em cena e entregou uma banda sonora eficaz — e rápida. “Lembro-me de ter uma ligação qualquer com ele, mas já não sei bem qual”, confessou Stone. A urgência falou mais alto, e Copeland salvou o dia.

Charlie Sheen teve de escolher… entre Jack Lemmon e o próprio pai

Um dos momentos mais curiosos da produção foi quando Oliver Stone ofereceu a Charlie Sheen a oportunidade de escolher o seu “pai cinematográfico”. A escolha era entre Jack Lemmon, uma lenda de Hollywood, ou… Martin Sheen, o seu pai na vida real. Charlie escolheu o sangue — e a química entre pai e filho no ecrã ficou para a história.

Daryl Hannah e o papel que nunca devia ter sido seu

Nem todas as escolhas do realizador correram tão bem. Stone admitiu mais tarde que foi demasiado orgulhoso para substituir Daryl Hannah, mesmo quando toda a equipa achava que ela estava mal escalada para o papel de Darien. Pior ainda: Sean Young, que queria desesperadamente o papel, fez questão de causar tensão no set, chegando atrasada e mal preparada — e não se coibiu de dizer a Stone que Hannah devia ser despedida. A má energia resultou numa participação reduzida de Young no filme. Karma imediato.

Michael Douglas: de produtor a vilão lendário

Na altura, Michael Douglas era mais conhecido como produtor do que como ator, o que causou alguma hesitação por parte dos estúdios. “Ele vai querer mandar no filme”, diziam a Stone. Mas o realizador confiou nele — e ainda bem. Douglas entregou uma das melhores interpretações da sua carreira, muito por culpa de… Oliver Stone.

Num momento de provocação calculada, o realizador entrou no camarim do ator e perguntou-lhe: “Estás a drogar-te? Pareces alguém que nunca representou na vida.” Douglas ficou chocado… e motivado. Voltou a trabalhar as falas, estudou obsessivamente a personagem e levou Gekko a um novo nível — culminando naquele momento icónico em que diz: “Greed, for lack of a better word, is good.

Um filme mal compreendido… ou demasiado bem compreendido?

Apesar de todo o subtexto crítico, Stone confessou mais tarde algo revelador:

“Quando fiz o filme, achava que a ganância não era boa. Mas aprendi que as pessoas gostam mesmo de dinheiro. Gostam de quem faz dinheiro. Até admiram o vilão com dinheiro — mesmo quando quebra a lei.”

Quase 40 anos depois, Wall Street continua a ser citado, estudado, e até mal interpretado por alguns dos mesmos executivos que o filme satiriza. É, talvez, o exemplo perfeito de uma obra que pretendia criticar… mas que acabou por inspirar.

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📺 Onde verWall Street está disponível para aluguer na Apple TV, e passa regularmente no canal FOX Movies.

🎬 Jenna Ortega Parte o Silêncio: Porque Abandonou Realmente o Universo Scream

Depois de meses de especulação, Jenna Ortega quebrou finalmente o silêncio sobre a sua saída da popular saga Scream, e a resposta está longe das habituais “incompatibilidades de agenda”. A verdade é outra — mais pessoal, mais política… e mais humana.

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Em entrevista recente à revista The Cut, a atriz de 22 anos revelou que o verdadeiro motivo que a levou a abandonar o papel de Tara Carpenter não foi o dinheiro, nem os compromissos com Wednesday. Foi o despedimento polémico de Melissa Barrera, sua parceira de ecrã e irmã na ficção, que precipitou a sua decisão.

“A situação com a Melissa estava a acontecer e tudo estava a desmoronar-se”, confessou Ortega. “Se Scream VII não fosse com aquela equipa de realizadores e aquelas pessoas de quem me apaixonei, então não me parecia a escolha certa para mim, naquele momento da minha carreira.”

🩸 De irmãs no ecrã a aliadas fora dele

A saída de Melissa Barrera, motivada por publicações nas redes sociais em que demonstrava apoio à Palestina durante a guerra em Gaza, gerou grande polémica. A atriz foi acusada pela produtora Spyglass de “incitamento ao ódio” e “distorção do Holocausto” — acusações pesadas que levaram à sua demissão imediata em 2023.

Jenna Ortega, solidária com a colega, abandonou o projeto no dia seguinte. E mais tarde fez questão de lhe prestar apoio pessoalmente.

“Falámos durante algum tempo”, disse Barrera numa entrevista. “Adoro-a imenso. Foi muito solidária comigo, e somos irmãs para a vida.”

Num gesto que ecoa o espírito do slasher original — onde a lealdade pode salvar (ou perder) uma vida — Ortega demonstrou que, para lá dos papéis, há valores que não abdica. 👏

🎬 Fim de um ciclo, início de outro

Ortega admite também que está a tentar afastar-se dos franchises e procurar histórias originais e realizadores emergentes. Depois de integrar sagas como ScreamWednesdayBeetlejuice Beetlejuice e X, a atriz sente que é tempo de “apostar em narrativas novas”.

“Já fiz parte de muitas franquias, o que é incrível por fazer parte de um legado”, explicou. “Mas estou a tentar dar prioridade a novos realizadores e histórias originais.”

Aliás, o seu mais recente projeto, Death of a Unicorn, é precisamente um desses casos: um guião improvável com… unicórnios. Sim, unicórnios. “Nunca pensei fazer um filme com unicórnios, mas um guião original é entusiasmante”, disse com um sorriso.

🔪 O estado atual do massacre

Com a debandada de Ortega, Barrera, e até do novo realizador Christopher Landon (que abandonou o projeto dizendo que era “um sonho tornado pesadelo”), Scream VII foi completamente reconfigurado. Mas a produção não baixou os braços.

Para salvar o barco (ou a casa infestada por Ghostface), o estúdio trouxe de volta os três rostos clássicos da sagaNeve Campbell, Courteney Cox e David Arquette, que vão retomar os papéis de Sidney Prescott, Gale Weathers e Dewey Riley. E não é tudo — dois assassinos Ghostface do passado, Matthew Lillard e Scott Foley, também estão confirmados para o sétimo filme.

A estreia está marcada para 2026, mas a pergunta continua no ar: conseguirá Scream VII manter a relevância sem o sangue novo (e os gritos potentes) de Jenna Ortega e Melissa Barrera?

🎬 Scream VII chega aos cinemas em 2026, com promessas de nostalgia, sangue e mais reviravoltas do que um filme do Shyamalan.

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 The Phoenician Scheme: Wes Anderson regressa com heranças, espiões e… Benicio del Toro

O universo colorido e milimetricamente simétrico de Wes Anderson está prestes a regressar ao grande ecrã com The Phoenician Scheme, o 13.º filme do realizador, e o primeiro trailer já foi divulgado. Preparem-se para mais uma odisseia de personagens excêntricas, cenários estilizados e diálogos que mereciam ser emoldurados.

Desta vez, Anderson leva-nos para o mundo da espionagem com uma comédia negra onde Benicio del Toro interpreta Zsa-Zsa Korda, um milionário excêntrico que já escapou à morte seis vezes (não perguntes como). Ao perceber que o seu tempo pode finalmente estar a esgotar-se, decide nomear a sua filha Liesl (interpretada por Mia Threapleton) como herdeira única da sua fortuna — apesar de uma relação familiar que, digamos, não é propriamente um conto de fadas.

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A jovem Liesl é uma freira e a única rapariga entre dez filhos de Zsa-Zsa (sim, dez!). A esta dupla improvável junta-se Bjorn, um tutor interpretado por Michael Cera, numa jornada tão absurda quanto importante: concretizar aquilo que o patriarca descreve como “o projeto mais importante da sua vida”. Espionagem, heranças, drama familiar e, claro, muito estilo à Wes Anderson.

Um elenco de luxo ao estilo “Anderson”

Como já é tradição, o elenco de The Phoenician Scheme é um verdadeiro festival de estrelas: Scarlett JohanssonTom HanksRiz AhmedBryan CranstonBenedict CumberbatchJeffrey WrightRichard AyoadeMathieu AmalricRupert Friend e Hope Davis fazem parte desta mistura improvável e irresistível. Anderson volta também a contar com Roman Coppola, coargumentista habitual, na escrita da história.

A produção está a cargo de Steven RalesJeremy Dawson e John Peet, veteranos do “Andersonverse” — como os fãs mais devotos já baptizaram o universo cinematográfico único do realizador.

Wes em modo espião?

Apesar de The Phoenician Scheme manter o ADN visual e narrativo do cineasta, esta será uma incursão mais declarada no terreno do thriller de espionagem, embora filtrado pela lente irónica e poética de Anderson. O trailer revela cenários em tons pastel, enquadramentos milimétricos, narradores omniscientes e aquele tom de melancolia disfarçada de excentricidade que já conhecemos de filmes como The Grand Budapest Hotel ou Asteroid City.

O título do filme, “Phoenician Scheme”, remete tanto para mistérios ancestrais como para conspirações modernas — mas com o toque muito particular de quem é capaz de transformar uma perseguição internacional numa dança coreografada com chávenas de porcelana.

Quando chega?

Ainda sem data confirmada para estreia em Portugal, The Phoenician Scheme tem estreia garantida nos EUA pela Focus Features e deverá passar por alguns dos principais festivais de cinema internacionais. Apostamos numa estreia no outono, que é quando Wes Anderson costuma gostar de colorir as salas com tons de nostalgia, humor e melancolia bem medidas.


🎥 The Phoenician Scheme promete ser mais uma peça singular na filmografia de Wes Anderson — e, quem sabe, mais uma obra-prima com lugar cativo nos tops de fim de ano.

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🐺 Lobo-terrível de “A Guerra dos Tronos” renasce 13 mil anos depois… e chama-se Khaleesi

Preparem os vossos dragões e afiem as espadas de aço valiriano, porque um pedaço do mundo de A Guerra dos Tronosacaba de ganhar vida… na Terra real. Cientistas anunciaram que o lendário lobo-terrível, criatura extinta há cerca de 13.000 anos, foi revivido com sucesso através de edição genética — e, claro, um dos exemplares chama-se Khaleesi. Não estamos a inventar. Nem a sonhar com Westeros.

A proeza científica foi revelada pela empresa norte-americana Colossal Biosciences, que já anda há algum tempo a brincar aos deuses da biotecnologia. Desta vez, criaram três crias de lobo-terrível — Rómulo, Remo e Khaleesi — a partir de ADN recuperado de fósseis com entre 11.500 e 72.000 anos. Um dente com 13 mil anos aqui, um crânio com 72 mil acolá, uma pitada de ciência futurista… e voilá, temos lobinhos jurássicos a uivar alegremente para a câmara.

Mas como é que se traz de volta um animal pré-histórico que só conhecemos dos livros e dos efeitos especiais? Fácil (para quem tem milhões e génios de laboratório): a equipa editou 20 genes de lobos cinzentos, introduzindo características do lobo-terrível — como o pelo mais espesso, as mandíbulas intimidantes e um ar que faz até um dragão hesitar. Depois, criaram embriões e implantaram-nos em cadelas modernas, que deram à luz os nossos pequenos Jon Snows peludos.

Lobos ao estilo Stark: ciência, fantasia e uivos reais

Se o nome da fêmea Khaleesi não fosse suficiente para atrair os fãs da HBO, a Colossal tratou de envolver ainda mais Westeros na equação. O próprio George R.R. Martin, criador da saga literária As Crónicas de Gelo e Fogo, é consultor cultural da empresa, e não esconde o entusiasmo.

“Muitos veem os lobos-terríveis como criaturas mitológicas de fantasia, mas têm uma história rica e real na ecologia americana”, disse Martin, talvez enquanto acariciava um manuscrito secreto de Ventos do Inverno (ainda estamos à espera, George).

Estes lobos inspiraram o símbolo da Casa Stark, e apareceram também em jogos como Dungeons & Dragons e World of Warcraft. Agora, estão literalmente a ganhar vida no nosso mundo — o que levanta uma pergunta crucial: estamos prontos para viver com criaturas que nem Tyrion Lannister ousaria adotar como mascote?

Entre lobos e mamutes… Jurassic Park está ao virar da esquina?

A Colossal não é nova nestas aventuras. Há cerca de um mês, anunciaram a criação de um rato com o pelo de mamute-lanoso, só para ver se o caos funciona mesmo melhor com mais pêlos pré-históricos. Mas os lobos-terríveis são a primeira “desextinção” oficialmente bem-sucedida, um feito digno de figurar ao lado de dinossauros de laboratório e sapos transgénicos.

Por enquanto, Rómulo, Remo e Khaleesi estão a viver como verdadeiros nobres: numa reserva ecológica nos EUA, com câmaras de vigilância, dronesinteração monitorizada e tudo o que uma lenda genética merece. Segundo a Colossal, os lobos-terríveis podiam ser até 25% maiores que os lobos modernos, com um ar digno de virar o inverno real para norte e sul.

O Inverno está a chegar… e traz lobos-terríveis

Este anúncio está a gerar tanto entusiasmo como receio. Afinal, já vimos como estas histórias terminam em filmes como Jurassic Park. O que é certo é que a linha entre ficção e realidade está cada vez mais esbatida, e parece que já não precisamos de viajar até Westeros para ver criaturas extintas a ganhar vida.

A pergunta que se impõe: o que vem a seguir? Um dragão bebé chamado Drogon? Um urso gigante albino com tendências filosóficas? Um White Walker em estágio de verão?

Enquanto isso, fiquemo-nos por estes adoráveis (e ligeiramente intimidantes) lobinhos. Que uivem em paz — de preferência, longe de qualquer muralha gelada.


📍 Rómulo, Remo e Khaleesi vivem atualmente numa reserva ecológica certificada pela American Humane Society.

📽️ Vídeo dos lobos a uivar disponível no perfil oficial da Colossal Biosciences no X (antigo Twitter).

Entre Dois Mundos: Os Cineastas Matis Que Estão a Redefinir o Cinema Indígena

🎥 Equipados com câmaras pequenas mas com uma visão imensa, os realizadores indígenas brasileiros Pixi Kata MatisDamba Matis estão a mostrar ao mundo uma nova forma de fazer cinema – a partir do coração da Amazónia. Pela primeira vez fora do Brasil, os dois cineastas viajaram até Paris para apresentar o seu documentário “Matses Muxan Akadakit”, uma obra profundamente íntima e culturalmente rica que regista um dos rituais mais simbólicos da sua comunidade: a tatuagem facial dos jovens Matis.

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O filme, com 92 minutos e disponível gratuitamente no YouTube, foi gravado entre 2018 e 2019 e já passou por festivais na Alemanha, Bélgica e França. A sua exibição mais recente aconteceu no histórico Collège de France, fundado em 1530 – uma instituição que durante séculos estudou os povos indígenas, mas raramente lhes deu voz. Desta vez, a história foi contada por quem a vive.

Um cinema feito de dentro

O povo Matis habita o Vale do Javari, uma das regiões indígenas mais ricas e protegidas do planeta, na fronteira entre o Brasil, o Peru e a Colômbia. A sua história de contacto com o mundo exterior é recente – só em meados da década de 1970 é que tiveram os primeiros encontros. Ainda assim, em menos de duas gerações, passaram do isolamento ao digital. Aprenderam a filmar, a editar e, sobretudo, a narrar o seu mundo com o seu olhar.

Pixi Kata Matis, de 31 anos, e Damba Matis, de 25, fazem parte de uma geração que percebeu que o futuro passa por viver entre dois mundos – o da floresta e o das cidades.

“Hoje estamos a tentar aprender sobre o mundo dos brancos. Aprendemos português, mas mantemos a nossa língua. É mais importante”, explica Pixi.

A sua chegada a Paris foi registada por eles próprios – com as câmaras que se tornaram extensões da sua identidade. Damba, presidente da Associação dos Indígenas Matis, disse que a câmara é, para eles, “tão importante quanto o livro e a caneta são para os brancos”.

“Sem a câmara, não temos provas da nossa cultura nem da nossa viagem”, sublinha.

Um cinema coletivo e espiritual

Ao contrário da lógica individualista de muitos cineastas ocidentais, os Matis pensam o cinema de forma coletiva. Segundo o consultor francês Lionel Rossini, que os acompanha há anos, “eles têm uma maneira única de pensar e fazer cinema – como um grupo, como um corpo unido”. Rossini também ajudou na edição de “Matses Muxan Akadakit” e garante que a formação continua: há agora 16 jovens realizadores Matis prontos para pegar na câmara.

A experiência europeia será levada de volta para a aldeia, onde os “dadasibo” – os anciãos – aguardam com entusiasmo para ver as imagens da viagem. Um momento que mistura o moderno com o ancestral, o registo audiovisual com a oralidade tradicional.

A câmara como arma contra o esquecimento

O Vale do Javari enfrenta ameaças constantes: madeireiros ilegais, garimpeiros, tráfico de drogas. Mesmo assim, o acesso ao sistema de internet por satélite Starlink já chegou a algumas povoações, criando paradoxos entre o tradicional e o contemporâneo. Para os Matis, isso não é um problema, mas uma nova realidade.

Estão em produção dois novos documentários: um sobre um festival em torno da capivara e outro sobre Mariwin, o espírito da floresta. E se há algo que este percurso mostra, é que a câmara na mão de um indígena deixa de ser uma ferramenta de exotização ou estudo antropológico: torna-se uma arma de afirmação cultural, uma ponte entre mundos e um meio de preservar aquilo que muitos querem apagar.

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Pixi resume o espírito da sua geração:

“Fico emocionado por contar a minha própria história. A gente conseguiu lidar bem com o mundo dos brancos. Outros que vieram antes não conseguiram. Mas nós vamos continuar.”

🎬 Documentário: Matses Muxan Akadakit

📍 Disponível em: YouTube

🗓️ Duração: 92 minutos

🌍 Próximos projetos: Filme sobre o festival da capivara e documentário sobre Mariwin, o espírito da floresta

📷 Produzido por: Associação dos Indígenas Matis com apoio do CTI e edição de Lionel Rossini

Robert De Niro vai ser homenageado com a Palma de Ouro Honorária em Cannes: Uma Lenda Reconhecida

🎬 Aos 81 anos, Robert De Niro continua a fazer história. O lendário ator norte-americano vai receber uma Palma de Ouro honorária na cerimónia de abertura do 78.º Festival de Cannes, marcada para o próximo dia 13 de maio, e os cinéfilos já estão em contagem decrescente para este merecido momento de celebração.

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A organização do festival não poupou elogios ao ator de Taxi DriverO Touro Enraivecido e Tudo Bons Rapazes, sublinhando a forma como De Niro “se tornou um mito do cinema” graças a uma interpretação interiorizada, onde tudo pode estar na subtileza de um sorriso ou na dureza de um olhar.

Com este galardão, o Festival de Cannes presta tributo não só ao ator, mas também ao produtor, ao fundador do Festival Tribeca em Nova Iorque e ao homem que, em mais de cinco décadas de carreira, se tornou sinónimo de excelência artística e integridade criativa.

Cannes, um regresso a casa

Robert De Niro já esteve várias vezes presente na Croisette, inclusive como presidente do júri em 2011, mas esta será a primeira vez que recebe uma distinção honorária do festival. E fá-lo com palavras que revelam o carinho que guarda pelo evento:

“Especialmente hoje, quando tantas coisas no mundo nos separam, Cannes reúne-nos: narradores, cineastas, admiradores e amigos. É como voltar para casa.”

O ator irá receber o prémio na noite de abertura do festival e, no dia seguinte, dará uma masterclass pública – um dos momentos mais aguardados do evento, sobretudo para as novas gerações de atores e cinéfilos que cresceram a admirar o seu trabalho.

De Nova Iorque para o mundo

Nascido em agosto de 1943, no bairro nova-iorquino de Little Italy, De Niro cresceu num ambiente artístico. Filho de pais artistas e descendentes de imigrantes europeus, começou a representar aos 16 anos, primeiro no teatro e pouco depois no cinema. Estreou-se com Festa de Casamento (1969), de Brian De Palma, e nunca mais parou.

Com mais de 100 títulos no currículo, De Niro foi distinguido com dois Óscares: Melhor Ator Secundário por O Padrinho, Parte II (1974), de Francis Ford Coppola, e Melhor Ator por O Touro Enraivecido (1980), de Martin Scorsese. É precisamente a colaboração com Scorsese que marca profundamente a sua filmografia, numa parceria lendária que inclui títulos como Tudo Bons RapazesCasinoO Irlandês e o recente Assassinos da Lua das Flores.

Mas a sua versatilidade também brilha na comédia (Paternidade a MeiasUma Grande Aventura), no drama (DespertaresSleepers) e no romance (Nova Iorque, Eu Amo-teCartas para Julieta).

Uma homenagem merecida e simbólica

A Palma de Ouro Honorária, que já foi atribuída a nomes como Jeanne Moreau, Agnès Varda, Jane Fonda e Harrison Ford, é uma forma de o Festival de Cannes reconhecer o impacto cultural de artistas cuja obra transcende o tempo. E poucos nomes o merecem tanto quanto De Niro – uma força criativa que não só moldou o cinema norte-americano, como ajudou a redefinir o que significa ser ator.

Além disso, a sua dedicação à arte cinematográfica estende-se à produção e à criação de plataformas para novos talentos, como provado pelo Festival Tribeca, que fundou após os atentados de 11 de setembro para revitalizar culturalmente Nova Iorque.


A seleção oficial de Cannes 2024 será revelada a 11 de abril, e o festival decorre entre 13 e 24 de maio. Até lá, celebramos este anúncio com a certeza de que Robert De Niro é – e continuará a ser – um dos rostos mais indeléveis da Sétima Arte.


📌 Estreia da cerimónia de abertura: 13 de maio

📺 Onde acompanhar: TV5 Monde, plataformas de streaming internacionais e imprensa cinematográfica

🎓 Masterclass com Robert De Niro: 14 de maio, em Cannes

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A Última Resistência: The Handmaid’s Tale

 Chega ao Fim com Estreia em Simultâneo com os EUA

 

A contagem decrescente chegou ao fim. A sexta e última temporada de The Handmaid’s Tale, uma das séries mais marcantes da última década, estreia já no dia 8 de abril em Portugal, em exclusivo no TVCine+. E a estreia não vem sozinha: os fãs terão direito a uma tripla dose com os três primeiros episódios lançados em simultâneo com os Estados Unidos. A partir daí, todas as terças-feiras há um novo episódio – sempre a par da estreia internacional. Para quem prefere ver no canal linear, a exibição no TVCine Edition arranca a 16 de abril, com um episódio por semana, às 22h10.

Baseada no icónico romance distópico de Margaret Atwood, The Handmaid’s Tale desenha um retrato sombrio de uma sociedade totalitária onde os EUA colapsaram e deram lugar à República de Gilead – um regime teocrático e opressor onde as mulheres férteis são escravizadas para procriação. Um cenário que continua, tragicamente, a ressoar com a actualidade.

June, Sempre em Frente

A nova temporada retoma a luta de June Osborne (Elisabeth Moss), figura central de resistência, agora mais determinada do que nunca a derrubar Gilead. O seu espírito indomável continua a inspirar todos à sua volta – incluindo Luke (O-T Fagbenle) e Moira (Samira Wiley), que se juntam à resistência num momento em que cada decisão pode ditar o rumo do futuro.

Entretanto, Serena Joy (Yvonne Strahovski) tenta remodelar a nação que ajudou a construir, ao mesmo tempo que o Comandante Lawrence (Bradley Whitford) e a temida Tia Lydia (Ann Dowd) se confrontam com o peso das suas escolhas. Já Nick (Max Minghella) enfrenta provas morais que o forçarão a decidir de que lado está verdadeiramente.

Esta temporada final promete fechar a saga com momentos de tensão, confronto e esperança, enquanto os personagens mais amados (e odiados) enfrentam o desfecho das suas histórias. A luta pela liberdade, a coragem frente ao totalitarismo e o poder da solidariedade são os grandes pilares deste derradeiro capítulo.

Um Elenco à Altura da História

Elisabeth Moss continua a brilhar no papel de June – e também como produtora executiva – liderando um elenco que inclui ainda Amanda Brugel, Sam Jaeger, Madeline Brewer, Ever Carradine, Josh Charles, entre outros. A série, que já arrecadou 15 Emmys, 2 Globos de Ouro e mais de 250 nomeações, continua a ser uma referência incontornável da televisão contemporânea.

Criada por Bruce Miller, The Handmaid’s Tale é produzida pela MGM Television, com produção executiva de nomes como Warren Littlefield, Eric Tuchman, Yahlin Chang e a própria Moss.

Uma Despedida à Altura

Com estreia marcada para 8 de abril, The Handmaid’s Tale – Temporada 6 chega ao TVCine+ em exclusivo para os subscritores dos canais TVCine. Disponível na box e na App TV de todos os operadores nacionais, sem custos adicionais, a série pode ser vista de forma simples, organizada e, agora, em sintonia com o resto do mundo.

Para os fãs de séries poderosas, dramas políticos intensos e protagonistas femininas inesquecíveis, esta última temporada promete ser um final digno de uma das maiores obras televisivas do século XXI.


📺 Estreia: 8 de abril

📍 Onde ver: TVCine+ (streaming) e TVCine Edition (a partir de 16 de abril)

📣 Destaque: Tripla estreia no primeiro dia e episódios semanais em simultâneo com os EUA

Woody Harrelson diz “não” à terceira temporada de “The White Lotus”

The White Lotus… por causa de umas férias em família! 🌴

🎭 Era uma vez em… Phuket. Woody Harrelson esteve prestes a integrar o elenco da terceira temporada de The White Lotus, a aclamada série de sátira social de Mike White. Mas, ao contrário das teorias que circularam, a razão da sua ausência não teve nada a ver com salários ou desavenças — apenas com algo tão simples (e raro em Hollywood) quanto manter um compromisso familiar.

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“Estava preparado para fazer The White Lotus e muito entusiasmado,” revelou Harrelson ao The Daily Beast. “Infelizmente, o calendário de produção mudou e coincidiu com umas férias familiares que já estavam marcadas. Foi uma decisão extremamente difícil.”

Segundo o actor, a produção estava inicialmente alinhada com a sua disponibilidade, mas o adiamento das gravações obrigou-o a escolher entre a carreira e a família. E, pelo visto, as praias tailandesas ficaram reservadas… mas apenas para os Harrelson.

Não foi por dinheiro (desta vez)

Logo após a revelação do elenco da temporada 3, surgiram rumores de que Harrelson teria recusado um dos papéis principais — Rick (agora interpretado por Walton Goggins) ou Frank (interpretado por Sam Rockwell) — devido à política da produção de pagar o mesmo a todos os actores. Uma prática pouco comum em séries de grande visibilidade e ainda mais rara entre nomes de peso.

Mas Woody desmentiu com classe e generosidade. “As coisas acontecem por uma razão”, acrescentou. “Não conseguiria ter feito um trabalho tão fantástico como o Sam, que está a arrasar.”

O fim está próximo… e promete

A terceira temporada de The White Lotus chega ao fim este domingo com um episódio especial de 90 minutos, o mais longo da história da série. Gravada na Tailândia, esta nova temporada mergulha em novas dinâmicas de privilégio, hipocrisia, karma e, claro, morte anunciada.

O elenco desta temporada inclui nomes como Parker Posey, Jason Isaacs, Michelle Monaghan, Natasha Rothwell (de volta como Belinda), Carrie Coon, Francesca Corney, Patrick Schwarzenegger, Aimee Lou Wood e a estrela do K-pop Lisa (BLACKPINK), entre muitos outros.

A série, vencedora de 15 Emmys nas suas duas primeiras temporadas, continua a ser escrita, realizada e produzida por Mike White, com produção executiva de David Bernad e Mark Kamine.

🎬 The White Lotus é um fenómeno global que não só domina as conversas nas redes sociais, como também influencia a moda, a crítica social e o gosto televisivo contemporâneo — e agora sabemos que quase teve Woody Harrelson a bordo.

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Quem sabe se na próxima temporada… não será em Cabo Verde? 🌊

Filme de Minecraft parte tudo nas bilheteiras: estreia arranca com 157 milhões de dólares

🎬 O fenómeno dos videojogos chega ao topo do cinema. A Minecraft Movie, a tão aguardada adaptação cinematográfica do icónico videojogo de 2011, superou todas as expectativas e arrecadou uns impressionantes 157 milhões de dólares no primeiro fim de semana nos cinemas norte-americanos — um novo recorde de 2025.

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As previsões iniciais apontavam para uma estreia na casa dos 60 milhões de dólares, valor depois revisto para cerca de 100 milhões. Mas nem mesmo os analistas mais optimistas conseguiram antecipar o fenómeno em que o filme se tornou.

“Esta foi a primeira grande surpresa do ano,” afirmou Paul Dergarabedian, analista sénior da Comscore, ao canal CNN. “A Minecraft Movie ultrapassou o recorde anterior, estabelecido por Captain America: Brave New World, que tinha estreado com 88,5 milhões.”

Um sucesso gerado pela comunidade

A explicação para esta performance explosiva nas bilheteiras passa, em parte, por uma combinação de factores estratégicos. A estreia coincidiu com as férias da primavera de muitos estudantes universitários e adolescentes, o que ajudou a impulsionar as vendas de bilhetes. Além disso, o entusiasmo da comunidade Minecraft ajudou a criar uma verdadeira onda de boca-a-boca.

“Quando um lançamento gera este tipo de entusiasmo, as previsões deixam de contar,” referiu David A. Gross, da FranchiseRe.

Apesar das reações iniciais algo divididas aos trailers, o filme conquistou um público alargado — mesmo sem impressionar particularmente os críticos. A verdade é que os fãs compareceram em massa, muitos deles com ligação emocional ao jogo que marcou gerações.

Minecraft lidera o “ranking” das adaptações de videojogos

Com estes números, A Minecraft Movie torna-se oficialmente a melhor estreia doméstica de sempre para um filme baseado num videojogo, ultrapassando pesos-pesados como:

  • The Super Mario Bros. Movie (146 milhões, abril 2023)
  • Five Nights at Freddy’s (80 milhões, outubro 2023)
  • Sonic the Hedgehog 2 (72 milhões, abril 2022)

Para os analistas, o segredo do sucesso pode também estar na classificação etária: os filmes baseados em videojogos com classificação PG (para todos os públicos) têm consistentemente superado os PG-13 (para maiores de 13 anos), o que os torna mais acessíveis para famílias e audiências mais jovens.

Alívio para a indústria do cinema

Este sucesso chega num momento crucial para Hollywood. Segundo a Comscore, as receitas de bilheteira em 2025 estavam 13% abaixo do valor do ano anterior, antes da estreia de Minecraft. Com este impulso, a diferença caiu para apenas 5%, dando um sinal claro de recuperação à indústria.

“Foi um primeiro trimestre historicamente fraco,” diz Shawn Robbins, analista do Box Office Theory. “Mas Minecraft trouxe finalmente luz ao fundo do túnel.”
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E há mais boas notícias no horizonte: a segunda metade do ano promete trazer mais blockbusters, com Thunderbolts (Marvel) já agendado para 2 de maio, seguido de Mission: Impossible – The Final Reckoning (23 de maio) e F1 da Warner Bros. (27 de junho).

🎮 A Minecraft Movie é mais do que uma adaptação de sucesso. É uma prova viva de que os videojogos continuam a conquistar o grande ecrã — e que quando o público se sente parte da história, os resultados nas bilheteiras falam por si.

Hugh Grant indigna-se com controlo de passaportes em Heathrow: “Foi insultuoso e creepy”

✈️ Hugh Grant, o eterno galã de Notting Hill e O Diário de Bridget Jones, não é homem de escândalos. Mas desta vez, o ator britânico perdeu a paciência — e foi no aeroporto de Heathrow, onde nem o charme londrino o salvou de um momento embaraçoso com os serviços de imigração.

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Segundo o próprio Hugh, que recorreu ao Twitter (agora X) para desabafar, tudo aconteceu na passada sexta-feira, 4 de abril, quando atravessava o aeroporto com a mulher, Anna Elisabet Eberstein, e os três filhos em comum, de 12, 9 e 7 anos.

“Acabei de passar pelo Heathrow com a minha mulher e os nossos filhos. Todos temos o mesmo apelido (Grant) nos passaportes. O agente da imigração mete conversa com as crianças e depois sussurra-lhes: ‘São mesmo estes os teus pais?’”

Hugh não achou graça. Chamou a situação de “intrusiva, insultuosa e creepy” — e nós imaginamos perfeitamente a sua cara de Mr. Darcy desconfortável no momento.

O ator, que foi recentemente nomeado para um BAFTA pelo seu papel aterrador no filme Heretic (sim, Hugh Grant num filme de terror — 2024 é mesmo surpreendente), tem, no total, cinco filhos. Para além dos três que estavam com ele no aeroporto, tem outros dois filhos com a ex-companheira Tinglan Hong.

Grant, conhecido por ser reservado quanto à sua vida familiar, não revelou para onde estava a viajar. Mas uma coisa é certa: não foi de bom humor.

🕵️‍♂️ Segundo as orientações oficiais do governo britânico, os agentes da imigração (conhecidos como Border Force officers) têm autorização para fazer algumas perguntas adicionais quando um adulto viaja com crianças que não tenham o mesmo apelido — o que, neste caso, nem se aplicava.

A própria legislação recomenda que essa abordagem seja “sensível aos interesses da criança e do adulto envolvido”. Ao que parece, o agente em questão preferiu o estilo “filme de conspiração com Nicholas Cage”.

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💬 Nas redes sociais, os seguidores dividiram-se entre os que defenderam o cuidado com potenciais casos de tráfico de menores e os que concordaram com Hugh Grant, apontando o absurdo da situação, já que todos os passaportes tinham o mesmo apelido. Um utilizador comentou: “Se até o Hugh Grant é interrogado… imagine o comum dos mortais!”

Olivier Awards 2025: Celine Dion, super-heróis e troféus a servir de… batentes de porta?

✨ Os Olivier Awards 2025 celebraram o melhor do teatro britânico e, como já é tradição, a noite não foi só feita de prémios. Houve emoção, humor, momentos improváveis e até homenagens… inesperadas a brinquedos e a Celine Dion. Aqui ficam cinco coisas que aprendemos na noite mais prestigiada do teatro do Reino Unido.

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🎭 John Lithgow precisa urgentemente de mais uma porta

O veterano John Lithgow levou para casa o prémio de Melhor Actor pela sua interpretação de Roald Dahl em Giant. Com um currículo impressionante — de The Crown a 3rd Rock from the Sun — o ator parecia genuinamente surpreendido com o prémio.

“Tenho exatamente seis portas no segundo andar da minha casa em Los Angeles… e já ganhei seis Emmys”, contou com humor. “Agora vou precisar de outra porta para este Olivier!” O troféu pode ir parar ao chão, mas o talento de Lithgow está bem lá no alto.

🎤 Billy Porter adora o público britânico (mas tem umas dicas para a nossa culinária)

O sempre exuberante Billy Porter, atualmente a brilhar como Emcee em Cabaret, partilhou o palco da apresentação com Beverley Knight. E se há coisa que Billy sabe fazer, é animar uma sala.

Adora o público britânico — “mais reservado, mas a soltar-se cada vez mais” — e até se mostra fã da gastronomia local. Só tem uma sugestão: “falta sal e pimenta… antes de cozinhar, não depois”. Fica a dica para os chefs de serviço do West End.

🏆 Romola Garai vence… contra si própria

Romola Garai fez história ao ser nomeada duas vezes na mesma categoria (Melhor Actriz Secundária) — por The Years e Giant — e acabou por levar o prémio para casa.

Mas o verdadeiro herói da história é o filho de Garai: “Ele pediu para guardar o prémio no quarto dele, com os bonecos de super-heróis. E eu disse: ‘Pronto, está bem.’” Se o Olivier se der bem com o Homem-Aranha, parece-nos um ótimo plano.

🚢 Celine Dion ainda não viu o musical sobre… Celine Dion

Titanique, um musical que reimagina Titanic ao som dos maiores êxitos de Celine Dion, foi um dos fenómenos da noite. A história? Celine invade um museu e assume o papel de narradora da tragédia do navio.

O musical venceu dois Oliviers — incluindo o de Melhor Comédia — mas Celine ainda não viu a produção. Já o seu cenógrafo, uma das irmãs e até uma backing vocal marcaram presença.

Marla Mindelle, que interpreta a própria Celine no palco, já imagina o que aconteceria se a diva aparecesse: “Desmaiava… e depois a verdadeira Celine subiria ao palco, tomava o meu lugar e continuava o espetáculo. E tudo corria na perfeição.”

🕺 Meera Syal descobriu a nomeação depois de… uma aula de Zumba

Nomeada para Melhor Atriz pelo seu papel comovente em A Tupperware of Ashes, onde interpreta uma mãe diagnosticada com Alzheimer precoce, Meera Syal recebeu a boa notícia de forma inesperada.

“Saí da aula de Zumba, tinha 10 chamadas perdidas do meu agente e outras tantas da minha filha. Liguei, ainda suada e de leggings, e fiquei em choque. Uma bela surpresa para uma manhã de terça-feira!”


📺 Onde ver os premiados?

Algumas das produções vencedoras, como Cabaret, continuam em exibição no West End — e há gravações disponíveis em serviços como National Theatre at Home, BBC iPlayer (UK) ou Sky Arts, embora o acesso possa variar conforme o território. Em Portugal, canais como a RTP2 ou plataformas como o Filmin Portugal são os mais atentos à programação teatral internacional.

Nanni Moretti Sobrevive a Enfarte e Recebe Alta: O Cinema Europeu Respira de Alívio

A Cena Mais Infame da História do Cinema: O Calvário de Maria Schneider em Último Tango em Paris

🎬 É uma das imagens mais perturbadoras e controversas da história do cinema: uma jovem de 19 anos, vulnerável e em lágrimas reais, numa cena de violação simulada que não constava do guião original. Falamos, claro, da infame “cena da manteiga” de Último Tango em Paris (1972), de Bernardo Bertolucci, protagonizado por Marlon Brando e Maria Schneider. A verdade por detrás da rodagem daquela sequência — e o seu impacto profundo e devastador na vida da atriz — é agora contada no filme Maria, de Jessica Palud, com Anamaria Vartolomei no papel principal.

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Mais de cinquenta anos depois, o episódio continua a provocar choque, raiva e desconforto. Não apenas pelo que se vê no ecrã, mas porque a dor era real. Maria Schneider, em múltiplas entrevistas ao longo da sua vida, explicou como foi traída pela equipa do filme, em especial por Bertolucci e Brando. A cena foi decidida entre os dois homens e filmada sem o seu consentimento total. O resultado? Uma atuação extraordinária, mas à custa de um trauma profundo.

“Senti-me violada, tanto pelo Marlon como pelo Bertolucci”

Maria Schneider, que morreu em 2011 vítima de cancro, falou abertamente da sua experiência: “Aquela cena não estava no guião. Foi ideia do Marlon. Só me disseram no dia, e eu senti-me humilhada, violada, emocionalmente devastada.” Ela acrescentou que chorava lágrimas verdadeiras durante a filmagem e que Brando não se desculpou nem a confortou após a cena. Bertolucci, por sua vez, afirmou mais tarde que queria uma reacção “real” da jovem — não como atriz, mas como rapariga, o que agrava ainda mais o escândalo.

Em 2016, quando uma entrevista antiga do realizador veio a público, onde ele admitia com frieza que queria provocar humilhação real, a indignação reacendeu-se. Hollywood, à luz do movimento #MeToo, olhou para trás com horror. Último Tango em Paris, uma obra que durante décadas figurou entre os “clássicos arrojados”, tornou-se símbolo de abuso de poder em nome da arte.

Uma carreira marcada pelo trauma

Apesar do sucesso do filme — que arrecadou 36 milhões de dólares nos EUA e foi um fenómeno de bilheteira na Europa — Maria Schneider recebeu apenas 4 mil dólares. Foi ela quem apareceu nua. Foi ela quem chorou em cena. E foi também ela quem ficou marcada para sempre pela forma como foi tratada.

Durante anos, a atriz lutou contra o vício, depressão e ansiedade. Tentou suicidar-se. Foi internada. A sua carreira nunca recuperou. Embora tenha participado em filmes importantes como The Passenger (1975), ao lado de Jack Nicholson, Maria nunca deixou de ser conhecida como “a rapariga do Último Tango”.

A fama súbita também teve efeitos colaterais: “Fiquei famosa da noite para o dia. As pessoas pensavam que eu era como a personagem. Inventava histórias para os jornalistas, mas isso não era eu… Isso deixou-me louca”, confessou Schneider. A pressão mediática e os julgamentos morais arrastaram-na para uma espiral de autodestruição.

Um novo olhar sobre um velho escândalo

O novo filme Maria, realizado por Jessica Palud e protagonizado por Anamaria Vartolomei e Matt Dillon (como Marlon Brando), pretende dar voz à mulher por trás da personagem. Com base no livro de Vanessa Schneider, prima da atriz, a longa-metragem apresenta um retrato comovente da jovem Maria — filha ilegítima de um ator francês, abandonada pelos pais e, mais tarde, abandonada também pela indústria que a explorou.

Vartolomei, que recria a cena da manteiga no filme, disse em entrevista à BBC que chorou durante a filmagem. “Senti a violência daquilo. A violência física e emocional. A Maria estava sozinha. Não tinha ninguém do seu lado. Só pessoas a observarem, a filmarem… e a não fazerem nada.”

Segundo a realizadora, Maria não pretende condenar com raiva, mas sim expor a estrutura que permitiu este tipo de abusos. “Não quis julgar, mas mostrar o sistema. Há ainda muito trabalho a fazer, mas uma cena como aquela já não aconteceria hoje. E isso é um sinal de mudança.”

Uma herança a reavaliar

O debate em torno de Último Tango em Paris levanta questões mais profundas sobre o cânone cinematográfico e a forma como idolatramos certos filmes — e realizadores — ignorando as consequências para os intérpretes. Como disse a crítica Anna Smith: “Há muito tempo que acredito que o cânone dos grandes filmes precisa de ser reexaminado, porque vem de um lugar profundamente patriarcal.”

Hoje, muitos espectadores — e instituições culturais — olham para Último Tango com outra lente. Não é uma questão de apagar o passado, mas de o compreender com consciência. E de dar finalmente voz àquelas — como Maria Schneider — que, durante demasiado tempo, foram silenciadas.

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Onde ver o filme e o documentário sobre Maria Schneider:

  • Último Tango em Paris encontra-se disponível em edições físicas (DVD/Blu-ray) e pontualmente em serviços como MUBI ou Filmin.
  • O filme Maria ainda não tem data de estreia em Portugal, mas deverá integrar festivais europeus nos próximos meses.
  • O livro de Vanessa Schneider encontra-se traduzido em francês e pode ser encomendado online.

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Nanni Moretti Sobrevive a Enfarte e Recebe Alta: O Cinema Europeu Respira de Alívio


🎬 O mundo do cinema europeu suspirou de alívio esta semana com a notícia de que o aclamado realizador italiano Nanni Moretti, de 71 anos, recebeu alta hospitalar após ter sofrido um enfarte. Moretti, uma das vozes mais singulares e introspectivas do cinema de autor, esteve internado na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital San Camillo, em Roma, desde quarta-feira passada, mas já se encontra em casa e em recuperação.

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A notícia foi confirmada durante o festival Custodi di sogni – I tesori della Cineteca Nazionale, que decorre em Roma, onde Moretti chegou mesmo a participar por telefone, num gesto simbólico que demonstrou não apenas a sua recuperação, mas também o seu eterno compromisso com o cinema e a cultura italiana. Os organizadores do evento divulgaram um vídeo em que o realizador fala com clareza, embora com voz contida, revelando o seu desejo de regressar ao trabalho “em breve”.

Na quinta-feira, o chefe do serviço de cardiologia do hospital confirmava que o estado clínico de Moretti era estável. Um dia depois, a boa notícia da alta hospitalar foi recebida com entusiasmo por fãs e colegas de profissão.

Um autor com assinatura própria

Nanni Moretti é conhecido tanto pelo seu olhar profundamente pessoal como pelo seu humor subtil e crítica social afiada. Os seus filmes, muitas vezes autobiográficos, são um reflexo das suas inquietações políticas, filosóficas e familiares. Em obras como Caro Diário (1994), onde passeia por Roma numa Vespa enquanto comenta o mundo ao seu redor, ou O Quarto do Filho (2001), vencedor da Palma de Ouro em Cannes, Moretti revelou-se um mestre da introspecção cinematográfica.

O seu estilo foi frequentemente comparado ao de Woody Allen, mas com um cunho profundamente italiano — mais político, mais católico, mais contido no absurdo, e sempre emocionalmente ressonante. Em Habemus Papam (2011), por exemplo, apresentou-nos um Papa em crise existencial, humanizando uma figura tradicionalmente inatingível. Mais recentemente, Tre Piani (2021) voltou a colocá-lo em Cannes, desta vez como autor de um drama coral sobre a vida urbana e os laços familiares.

A importância de Moretti no cinema europeu

O cinema de Moretti nunca foi feito para agradar massas — e é precisamente por isso que o seu impacto é tão profundo. Ao longo de décadas, construiu uma obra coerente, poética e combativa, abordando temas como o comunismo, a fé, a perda e a condição humana. Em Itália, a sua figura é quase reverenciada, não apenas como artista, mas como um intelectual activo, que participou do debate público de forma constante.

Além disso, Moretti é o proprietário e programador da mítica sala Nuovo Sacher em Roma, onde exibe cinema de autor e promove novos realizadores. É também um dos fundadores da produtora Sacher Film, que tem sido responsável por apoiar muitos talentos emergentes.

Uma pausa forçada, mas temporária

Embora o ataque cardíaco seja um alerta claro para abrandar o ritmo, os admiradores do realizador esperam que esta pausa forçada sirva apenas para fortalecer o seu regresso. O próprio Moretti já demonstrou interesse em retomar os seus projectos assim que for possível. O seu último filme, Il Sol dell’Avvenire (2023), foi recebido com entusiasmo e reforçou a ideia de que o realizador ainda tem muito para oferecer.

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Para já, o mais importante é que está de volta a casa, em recuperação, e com vontade de continuar a sonhar — e a fazer sonhar — através da sétima arte.


Onde ver os filmes de Nanni Moretti em Portugal:

  • Caro Diário, Habemus Papam e O Quarto do Filho têm passado regularmente na RTP2 e estão disponíveis ocasionalmente na Filmin e na MUBI.
  • Também podem ser encontrados em DVD nas bibliotecas municipais e videotecas especializadas.

Michael Madsen, Entre “Free Willy” e “Reservoir Dogs”: A Vida de Um Ator com Coração de Gangster e Alma de Pai

🎬 Michael Madsen tem uma daquelas carreiras que, segundo ele próprio, mais parece um monitor cardíaco: cheia de altos e baixos, com picos de glória cinematográfica seguidos de projetos mais discretos (para não dizer duvidosos). E essa imagem não podia ser mais acertada para descrever um percurso que tanto o levou a cortar uma orelha ao som de Stealers Wheel, como a salvar uma orca numa aventura familiar da Warner Bros.

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“Não dá para fazer grandes filmes todos os dias, nem mesmo o Marlon Brando conseguiu isso”, afirmou o ator com a franqueza que sempre o caracterizou. E com a honestidade de quem assume que, por vezes, é preciso aceitar um papel só para “pôr comida na mesa e manter o teto sobre a cabeça dos pequenos monstros lá de casa.”

Madsen é um daqueles atores cuja presença impõe respeito — até quando o reconhecem no Taco Bell. E por falar nisso, uma das histórias mais deliciosas do seu percurso vem precisamente dos bastidores do clássico de culto Reservoir Dogs, de Quentin Tarantino. Durante a rodagem, Kirk Baltz — o infeliz Marvin Nash, polícia amordaçado e torturado — pediu para ser mesmo colocado dentro da bagageira de um carro, para melhor entrar na pele da sua personagem. Madsen, com o sentido prático que o caracteriza, não só acedeu ao pedido como aproveitou para… desenvolver o seu próprio personagem.

Decidiu dar uma volta prolongada por ruelas com buracos e terminou a excursão com uma visita ao drive-thru de um Taco Bell. Tudo em nome da autenticidade. E, sejamos honestos, há poucas formas mais eficazes de entrar na mente de Mr. Blonde do que enfiar alguém no porta-bagagens e pedir um burrito.

Mas nem tudo são risos nos bastidores. As icónicas cenas de tortura foram particularmente difíceis para Madsen, que admitiu ter uma forte aversão à violência. A coisa tornou-se ainda mais complicada quando Baltz improvisou uma linha em que dizia que tinha um filho pequeno em casa. Madsen, recém-pai na altura, ficou tão abalado com a ideia de deixar uma criança órfã — mesmo em ficção — que quase não conseguiu terminar a cena. Essa tomada foi a escolhida para o corte final do filme. E em algumas versões é possível ouvir alguém fora do campo — possivelmente o próprio Tarantino — murmurar “Oh, no no!”, como se estivesse a reagir à intensidade inesperada do momento.

É curioso que, apesar desta carga dramática, Madsen seja frequentemente reconhecido nas ruas pelas crianças como “Glen”, o cuidador do jovem Jesse no Free Willy (1993). Só que, ao lado dos miúdos em êxtase, estão os pais, que o identificam de imediato como o sádico Mr. Blonde. “As crianças dizem ‘É o Glen!’ e os pais dizem ‘Não te aproximes desse homem!’”, brinca Madsen. É um contraste que resume a sua carreira: o carinho de quem salva uma orca e o pavor de quem dança com uma navalha.

Com uma filmografia extensa, que vai de Kill Bill a Donnie Brasco, e de The Hateful Eight (numa participação cortada à última hora) a projetos mais obscuros lançados diretamente em vídeo, Madsen continua a ser um enigma fascinante no panorama de Hollywood. Um homem com cara de vilão, coração de poeta e, por vezes, feitio de monstro… mas daqueles que só aparecem quando as contas têm de ser pagas.

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🍷 Spielberg e a ex-mulher: um divórcio de 100 milhões… com direito a jantares a quatro!

Há divórcios e depois há divórcios hollywoodianos. Mas mesmo entre os ricos e famosos, poucos se comparam àquilo que Steven Spielberg fez por Amy Irving… e ao que continuam a fazer juntos, mais de 30 anos depois da separação!

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Em 1989, quando o realizador de E.T. e Indiana Jones se divorciou da atriz Amy Irving, foi notícia em todo o mundo: ela recebeu 100 milhões de dólares na partilha dos bens — um valor que ainda hoje faz corar muitos divórcios milionários. Mas o mais insólito vem agora: apesar de tudo, eles continuam… a sair juntos!

Calma, não é o que parece. 😅

Amor antigo, dupla moderna

Amy Irving, hoje com 71 anos, e Spielberg, com 78, não só continuam amigos como — segundo revelações feitas este mês pela atriz — fazem jantares de casal com os atuais parceiros. Sim, leram bem. Amy e o seu terceiro marido, Kenneth Bowser Jr., jantam com Spielberg e a sua mulher, a também atriz Kate Capshaw, de tempos a tempos.

“Sempre comunicámos e fomos próximos”, disse Amy ao podcast It Happened in Hollywood do Hollywood Reporter.

“Tentamos fazer jantares a quatro, de vez em quando.”

Uma relação que começou em 1976, quando Amy fez audições para Encontros Imediatos do Terceiro Grau, mas perdeu o papel por ser demasiado nova. Apaixonaram-se, mudaram-se juntos, separaram-se, reconciliaram-se em 1984… e tiveram um filho, Max, hoje com 39 anos.

Segundo Amy, o reencontro aconteceu de forma cinematográfica: ela estava na Índia a filmar The Far Pavilions, montada num palanquim como princesa meia-russa, meia-indiana, prestes a “casar-se” com o galã italiano Rossano Brazzi — quando quem aparece nos bastidores? Spielberg.

“Mal saí do palanquim, lá estava ele. E tudo reacendeu.”

De papel prometido… a papel passado

No auge da relação, Amy chegou a ser prometida para o papel de Marion Ravenwood em Os Salteadores da Arca Perdida. Mas depois da separação, o papel foi para outra atriz. “Acho que a vida real significava mais para mim do que a carreira. Saí de casa e, quando se sai, não se fica com o papel”, confessou.

A relação durou 14 anos, com um interregno de três. E embora o casamento tenha terminado, a amizade (e os jantares de grupo) continuam firmes.

“Foi difícil ser a mulher de Steven Spielberg… e depois foi difícil ser a ex-mulher. Senti-me invisível durante algum tempo”, admitiu Amy ao LA Times.

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Agora, esse tempo já passou — e parecem viver todos num equilíbrio que poucos ex-casais conseguem alcançar. Um brinde a isso. 🍷

🎬 Finn Wolfhard: de estrela de Stranger Things a realizador promissor com sangue de “Scream King”

O título pode soar exagerado, mas quem acompanhou a estreia de Hell of a Summer — agora finalmente nos cinemas — sabe que Finn Wolfhard não é apenas mais uma estrela juvenil em transição para a realização. Com apenas 22 anos, o ator canadiano estreou-se atrás das câmaras com uma comédia slasher escrita, realizada e protagonizada por si. E não foi nada fácil.

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Em entrevista à PEOPLE, o jovem revelou que começou a escrever o argumento com apenas 16 anos. Mas não foi só o argumento que enfrentou obstáculos: também ele teve de bater a muitas portas que se fecharam logo à entrada.

“Senti muitas vezes que não me levavam a sério por causa da idade. Era só mais um miúdo com uma ideia. Mas tivemos a sorte de contar com produtores que acreditaram em nós”, contou.

A “nós” refere-se a Billy Bryk, seu cúmplice criativo e co-realizador do filme. Juntos, escreveram Hell of a Summer, que estreou em 2023 no Festival de Toronto e chega agora a um circuito mais alargado de exibição.

Um verão sangrento com risos à mistura

O filme segue um grupo de monitores de um acampamento de verão que se tornam alvo de um assassino mascarado. É uma homenagem óbvia aos clássicos dos anos 80, mas com uma energia millennial e um piscar de olho ao humor de Shaun of the Dead, uma das principais influências do realizador.

“Queria algo com personagens fortes, humor genuíno e tensão real. Algo que não fosse só sustos e sangue. Queria algo com coração”, disse Wolfhard.

Além de Shaun of the Dead, Finn cita também Let the Right One InSouth Park e até as primeiras temporadas de Os Simpsons como fontes de inspiração para o tom da sua estreia.

O elenco conta com rostos como Fred Hechinger (The White Lotus), Abby Quinn, D’Pharaoh Woon-A-Tai (Reservation Dogs) e Adam Pally. Mas é o entusiasmo irreverente de Finn que dá alma ao projeto.

“Scream King” com ambições de autor

Wolfhard já é veterano no terror. De Stranger Things a It, passando por The TurningThe Addams Family e Ghostbusters, é presença regular no género — e com boas razões. Como ele próprio admite, é “um espaço onde se sente confortável”. Ainda assim, recusa-se a ficar preso a um rótulo:

“Se fizer outro filme de terror, tem de ser algo mesmo louco ou totalmente original. Quero explorar outros géneros, não só como realizador, mas também como ator.”

Apesar do entusiasmo, Wolfhard é realista quanto ao caminho que ainda tem pela frente. “Mesmo tendo feito um filme, sei que muitos vão continuar a tratar-me como um miúdo que não sabe o que está a fazer. Mas estou em paz com isso. Vou provar-me as vezes que forem necessárias.”

E se Hell of a Summer for apenas o primeiro passo, não temos dúvidas: Finn Wolfhard está cá para ficar — com ou sem máscara.

🎥 Onde ver “Hell of a Summer” em Portugal?

Por enquanto, o filme ainda não está disponível nos canais nacionais nem nas plataformas de streaming portuguesas. Mas fica atento ao catálogo da Filmin Portugal e aos ciclos de cinema de género nos festivais, porque este é dos que tem tudo para aparecer por lá.

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Val Kilmer: As 10 Personagens Mais Icónicas da Sua Carreira (e Onde as Rever)

Por pedido dos fãs do Clube de Cinema, reunimos as dez personagens mais marcantes da carreira de Val Kilmer, ator recentemente falecido e que deixou uma marca indelével no grande ecrã. Com quase quatro décadas de carreira, Kilmer oscilou entre o drama, a comédia, a ação e até a animação — e é impossível falar dele sem pensar imediatamente em algumas destas interpretações inesquecíveis. Sempre que possível, indicamos também onde os filmes estão disponíveis em streaming ou canais portugueses.

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10. Simon Templar – The Saint (1997) 
Val Kilmer deu corpo ao famoso ladrão com alma de justiceiro em The Saint, inspirado na criação literária de Leslie Charteris. Com mudanças de disfarce ao estilo de Ethan Hunt e um charme à prova de bala, Kilmer encarna Templar com destreza. Apesar de o filme ter ganho estatuto de culto ao longo dos anos, não arrancou a saga prometida. Ainda assim, merece o seu lugar nesta lista. 📺 Disponível ocasionalmente no canal AMC Portugal e em serviços de aluguer digital.

9. Moses – The Prince of Egypt (1998)

 

Na animação bíblica da DreamWorks, Kilmer dá voz (e alma) a Moisés, num dos papéis mais subestimados da sua carreira. A sua performance vocal é comovente, captando as dúvidas e a fé de um homem dividido entre dois mundos. 📺 Streaming: SkyShowtime (em rotação); cópias digitais disponíveis em plataformas como Apple TV ou Google Play.

8. Gay Perry – Kiss Kiss Bang Bang (2005) 

Ao lado de Robert Downey Jr., Kilmer dá vida a um detetive gay com língua afiada e muita atitude. Um papel refrescante que provou a sua versatilidade e sentido de humor negro. 📺 Streaming: Disney+ (via catálogo Star) ou ocasionalmente no Fox Movies.

7. Chris Knight – Real Genious (1985) 

Num registo cómico e nerd, Kilmer interpreta Chris Knight, um jovem génio da ciência que não leva a vida demasiado a sério — até perceber que a CIA quer usar as suas invenções. Uma pérola esquecida dos anos 80. 📺 Difícil de encontrar em Portugal, mas disponível em algumas plataformas de importação digital (iTunes, Amazon US).

6. Chris Shiherlis – Heat (1995) 

Ao lado de Al Pacino e Robert De Niro, Kilmer interpreta o frio e calculista Chris Shiherlis, num dos maiores thrillers policiais dos anos 90. A sua personagem é tão intensa quanto trágica. 📺 Streaming: Netflix Portugal (rotativo) e TVCine.

5. Jim Morrison – The Doors (1991) 

Kilmer desaparece literalmente dentro da pele de Jim Morrison neste biopic de Oliver Stone. Estudou as músicas e os tiques do cantor obsessivamente — e o resultado é arrepiante. Muitos fãs confundem as gravações com o verdadeiro vocalista dos The Doors. 📺 Streaming: MUBI (rotativo) ou disponível para aluguer digital.

4. Bruce Wayne/Batman – Batman Forever (1995) 

Num dos filmes mais estilizados (e controversos) da saga do Cavaleiro das Trevas, Kilmer interpreta um Batman melancólico e um Bruce Wayne carismático. Visualmente arrojado e com vilões memoráveis, continua a ser um prazer (culposo) para muitos fãs. 📺 Streaming: HBO Max Portugal.

3. Doc Holliday – Tombstone (1993) 

“I’m your huckleberry.” É impossível esquecer esta frase dita com voz rouca e olhar trocista. A interpretação de Kilmer como o pistoleiro doente e sardónico Doc Holliday é, para muitos, a melhor da sua carreira. 📺 Streaming: Amazon Prime Video.

2. Nick Rivers – Top Secret! (1984) 

Antes da fama, Kilmer fez uma das melhores paródias de espionagem de sempre — com direito a números musicais, piadas visuais dignas dos ZAZ e um timing cómico irrepreensível. Nick Rivers é um espião disfarçado de estrela pop, e Kilmer canta de verdade. 📺 Streaming: Disney+ (rotativo) e FOX Comedy.

1. Tom “Iceman” Kazansky – Top Gun (1986) & Top Gun: Maverick (2022)

 É impossível não coroar “Iceman” como o papel mais icónico de Val Kilmer. O eterno rival (e depois aliado) de Maverick personifica o rigor militar com o seu gelo no olhar. E o reencontro com Cruise em Top Gun: Maverick, já após a batalha de Kilmer contra o cancro, foi um momento comovente para todos os fãs de cinema. 📺 Streaming: SkyShowtime (ambos os filmes disponíveis).

“A Minecraft Movie” Constrói um Sucesso Colossal nas Bilheteiras: Recordes, Gritos e Jack Black aos Saltos

Val Kilmer partiu, mas as suas personagens continuam a habitar os nossos ecrãs — e memórias — com a mesma intensidade. Se ainda não viste todos os filmes desta lista, fica o convite para uma maratona nostálgica.

“A Minecraft Movie” Constrói um Sucesso Colossal nas Bilheteiras: Recordes, Gritos e Jack Black aos Saltos

🎮🍿 Quem diria que um mundo feito de cubos viria a revolucionar (mais uma vez) o cinema? A Minecraft Movie, a muito aguardada adaptação cinematográfica do lendário videojogo da Mojang, está a rebentar nas bilheteiras e a deixar os estúdios de Hollywood com os olhos a brilhar… de espanto e inveja.

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Num fim de semana marcado por filas intermináveis, aplausos em salas esgotadas e crianças literalmente aos saltos nas cadeiras, o filme protagonizado por Jason Momoa, Jack Black e Danielle Brooks arrecadou 145 milhões de dólares nos seus primeiros três dias, superando todas as previsões e deixando para trás o anterior recorde de abertura para filmes baseados em videojogos — sim, estamos a olhar para ti, Super Mario Bros..

🎬 Uma estreia de fazer história (e barulho)

Desde as sessões de pré-estreia, na quinta-feira à noite, que se percebia que algo estava a acontecer: só nessa noite, A Minecraft Movie já tinha acumulado 10,5 milhões de dólares — um número impressionante que deixou Five Nights at Freddy’s a um canto da sala a chorar em silêncio.

As audiências não tardaram a reagir: os miúdos adoraram, os adolescentes vibraram, e até o público acima dos 45 anos deu nota alta ao filme. As redes sociais, como seria de esperar, explodiram: vídeos de fãs aos gritos, danças espontâneas nas filas dos cinemas e pais confusos mas rendidos à euforia generalizada.

Num dos vídeos virais, um espectador emocionado resume a experiência:

🗣️ “A MELHOR experiência no cinema da minha vida! Minecraft para sempre!”

💥 Blockbusters em modo pixelado

A comédia em live-action, realizada por Jared Hess (Napoleon Dynamite), consegue equilibrar na perfeição o tom visual e narrativo do jogo, com piadas acessíveis, visuais vibrantes e uma inesperada profundidade emocional. Jack Black, como a personagem Steve, rouba cenas com canções hilariantes — um verdadeiro êxito, a julgar pelas crianças que cantam as falas no meio da sessão.

Além disso, os dados são claros:

  • O filme lidera em 4.263 salas de cinema.
  • 57% dos bilhetes foram comprados no próprio dia — um reflexo da eficácia da estratégia de marketing digital hiperlocal da Warner Bros.
  • 50% dos espectadores disseram que o filme superou as suas expectativas.

E se ainda havia dúvidas, as Minecraft Happy Meals da McDonald’s vieram selar o fenómeno com molho barbecue e brinquedos em forma de Creepers. 🧨🍔

🎯 Uma pedrada no charco para 2025

Este mega êxito é um verdadeiro sopro de ar fresco para uma indústria ainda a recuperar do duplo murro no estômago da pandemia e das greves de 2023. Num ano onde muitos títulos “grandes” tropeçaram — como Snow White ou Mickey 17—, A Minecraft Movie surge como o salvador improvável do box office.

E nem as críticas mornas (51% no Rotten Tomatoes) conseguiram travar o entusiasmo dos fãs. Tal como aconteceu com Five Nights at Freddy’s, estamos perante um daqueles casos em que a opinião do público vale mais do que qualquer crítica de jaleca vestida.

🔮 E agora?

Com este arranque fulgurante, tudo aponta para que A Minecraft Movie se torne a maior estreia de um filme baseado em videojogos da história. O merchandising já voa das prateleiras, os memes multiplicam-se, e os fãs já pedem sequela. Aliás, se a Warner Bros. não estiver já a preparar o segundo capítulo… estará a perder uma montanha de blocos de ouro.

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E num mercado faminto por sucessos e nostalgia, talvez a resposta esteja mesmo nos píxeis.

Sexo, Cancro e Comédia: Jay Duplass Fala sobre a Série Selvagem que Vai Abanar o Disney+ 💥💋

Estreou esta sexta-feira, 4 de abril, no Disney+, e promete ser tudo menos discreta. Dying for Sex é o novo comédia dramática do canal FX, baseada numa história real, com Michelle Williams no papel principal e Jay Duplass a encarnar aquele tipo de homem que “só quer salvar o dia” – mesmo quando isso não é o que está em jogo.

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Inspirada num popular podcast com o mesmo nome, a série retrata os últimos meses de vida de Molly Kochan, vítima de cancro da mama, e o modo inesperado como escolheu vivê-los: redescobrindo a sua sexualidade e mergulhando em aventuras eróticas com a intensidade de quem sabe que o tempo é limitado. Tudo isto com muito humor, sem filtros e com um elenco afiado.

Mas Dying for Sex não é apenas uma série sobre cancro, sexo ou amizades femininas. É também sobre os equívocos masculinos, as boas intenções que saem pela culatra, e os homens que querem salvar o dia com capas invisíveis e planos de saúde. Quem o diz é o próprio Jay Duplass, numa conversa bem-humorada com o SAPO Mag.

“Só quero que a minha mulher viva”

Duplass interpreta Steve, o marido da protagonista Molly. Um homem bem-intencionado, mas algo patético, que tenta segurar uma relação à medida que a sua mulher se transforma noutra pessoa – ou talvez apenas comece finalmente a ser quem sempre foi. “Ele é o antagonista da série, mas só porque ama profundamente a mulher e quer que ela sobreviva”, diz o ator. “Ele é nerd, super empenhado… e completamente alheado da verdadeira viagem que ela está a fazer.”

Sobre equilibrar drama e comédia num tema tão sensível como o cancro, Duplass é claro: “Quanto mais nos empenhamos no drama, mais engraçado se torna. Gosto de comédia que nasce do desespero. É aí que está a graça.”

Um olhar feminino… com um actor que compreende isso

Dying for Sex é uma série escrita, criada e maioritariamente realizada por mulheres. E Jay Duplass não só se sentiu à vontade nesse ambiente como o abraçou com entusiasmo: “Tenho a sorte de trabalhar muito com mulheres. TransparentThe Chair, agora esta série… sinto que tenho um olhar mais feminino, se é que posso dizer isso. Tento ser recetivo enquanto artista, e este ambiente faz-me sentir em casa.”

As criadoras Elizabeth Meriwether (The Dropout) e Kim Rosenstock (Only Murders in the Building) são descritas por Duplass como “showrunners de sonho”, sempre presentes no set e com um “olhar empático e inteligente”.

Drama com humor… e com Sissy Spacek!

A série junta ainda no elenco nomes como Jenny Slate, que interpreta Nikki, a melhor amiga desbocada de Molly, e Sissy Spacek, que dispensa apresentações. “É uma série ambiciosa e muito selvagem. Tem um tom difícil de encontrar: é divertida, mas está profundamente ligada a temas emocionais e pesados”, salienta Duplass.

E sim, há sexo. E sim, há risos. Mas, acima de tudo, há humanidade – contada a partir da perspetiva de quem já não tem tempo a perder com convenções sociais.

A vida real, entre filhos e não beber copos

Fora da série, Jay Duplass é também realizador, argumentista, produtor e… pai a tempo inteiro. Questionado sobre como gere tudo, ri-se: “A minha agenda parece ridícula. Digo muitos ‘nãos’. E não tenho vida social. Só trabalho e passo tempo com a família. Se me convidam para beber um copo, digo: ‘Desculpa, não gosto de beber. Prefiro fazer um filme’.”

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Ora aí está uma frase que poderia muito bem ser dita por Steve — ou por Jay Duplass, numa entrevista como esta.

“Pulsação”: o novo drama médico da Netflix que conquistou os espectadores logo à entrada 🚑🌪️

A Netflix estreou recentemente Pulsação, o seu primeiro drama médico original em língua inglesa – e a aposta parece ter resultado. A série chegou à plataforma no dia 3 de abril e, no próprio dia, já liderava o top diário global do serviço. Em Portugal, a primeira temporada entrou diretamente para o terceiro lugar do ranking nacional, apenas atrás de AdolescênciaJovens Desaparecidas: O Assassino em Série de Long Island.

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Criada por Carlton Cuse (nome bem conhecido do universo de Lost e Jack Ryan) e pela argumentista Zoe RobynPulsação traz consigo todos os ingredientes do típico drama hospitalar — tensão, romances proibidos, dilemas éticos, decisões de segundos e muitos, muitos bisturis. Mas a grande novidade? Um furacão prestes a atingir o hospital mais movimentado de Miami.

Um hospital no olho do furacão… literal e emocional

No centro da narrativa está a Dra. Danny Simms, interpretada por Willa Fitzgerald (ReacherDare Me), uma interna de terceiro ano que vê o seu mundo virar do avesso quando é promovida de forma inesperada após a suspensão do reputado chefe de equipa, o Dr. Xander Phillips (Colin Woodell).

Com a aproximação de um poderoso furacão, o hospital entra em estado de emergência. As portas fecham, os pacientes acumulam-se e, claro, os conflitos também. Para complicar o cenário, Danny e Phillips são forçados a colaborar — e a enfrentar o passado romântico conturbado (e algo escandaloso) que os une.

Com as emoções à flor da pele e as vidas dos pacientes penduradas por um fio, o caos instala-se. E se, para estes médicos, salvar uma vida pode ser mais simples do que manter as suas próprias em ordem, é porque Pulsação não veio para contar apenas histórias de bisturis e diagnósticos.

Um elenco que mistura veteranos e novos talentos

Além de Willa Fitzgerald e Colin Woodell, o elenco de Pulsação conta com uma série de nomes que prometem dar que falar:

  • Justina Machado (One Day at a Time)
  • Jessie T. Usher (The Boys)
  • Jessy YatesJack BannonChelsea MuirheadDaniela Nieves
  • E participações especiais de Néstor CarbonellJessica RotheSantiago SeguraAsh Santos e Arturo Del Puerto

Cada episódio mistura tensão clínica com dramas pessoais, romances (nem sempre aconselháveis) e dilemas éticos que vão pôr à prova o juramento de Hipócrates… e os corações de quem vê.

Fórmula já vista, mas eficaz

É verdade que Pulsação não reinventa a roda do drama médico — há claras influências de Grey’s AnatomyER – Serviço de Urgência ou The Resident — mas isso não é necessariamente mau. A realização é sólida, o ritmo frenético e os dilemas médicos cativantes. E tudo embrulhado num cenário de catástrofe natural que funciona como metáfora (muito literal, diga-se) para o caos emocional das personagens.

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Se estás à procura de um binge-watch envolvente com bisturis, lágrimas e umas quantas tempestades (no céu e no coração), Pulsação é uma boa escolha. E se a primeira temporada continuar a escalar nos tops da Netflix, não será de admirar que a segunda esteja já no horizonte.