Emily in Rome? Emily in Paris  Vai Dividir-se Entre a Cidade Luz e a Cidade Eterna

🇫🇷🇮🇹 O amor está no ar… e também a indecisão. Emily Cooper, a executiva de marketing mais improvável de Paris, está de volta para uma nova ronda de dilemas sentimentais, outfits exuberantes e mudanças geográficas inesperadas. A quinta temporada de Emily in Paris começa a ser filmada em maio — mas desta vez, a ação arranca em Roma antes de regressar à capital francesa no final do verão.

ver também : “Não Acredito em Remakes do ‘The Breakfast Club’”: Molly Ringwald Defende o Clássico Como Retrato do Seu Tempo

Sim, leste bem: Emily in Paris vai passar (também) por Itália. Uma jogada arrojada da Netflix e do criador Darren Star para refrescar a série — e, quem sabe, lançar Emily num novo capítulo mediterrânico… com direito a cashmere, esplanadas romanas e mais um triângulo amoroso para baralhar os fãs.


Novos cenários, velhos corações partidos

Na nova temporada, Emily (Lily Collins) muda-se temporariamente para Roma, onde fica responsável por abrir o novo escritório da Agence Grateau na capital italiana. O início da temporada acontece poucos dias após o final do quarto capítulo — e traz consigo uma reorganização sentimental à altura do drama parisiense.

Alfie (Lucien Laviscount) seguiu em frente com uma nova namorada, depois de Emily ter escolhido Gabriel (Lucas Bravo). Mas, como sempre, as coisas não são tão simples. Gabriel continua envolvido numa relação ambígua com Camille (que já não regressa nesta temporada), deixando Emily mais uma vez dividida entre o passado e um novo interesse: Marcello Muratori, interpretado por Eugenio Franceschini, herdeiro de uma marca de cashmere e residente na pitoresca vila fictícia de Solitano, nos arredores de Roma.


De volta à cozinha de Gabriel… com alguma frustração

Lucas Bravo volta como Gabriel, apesar de ter recentemente manifestado algum desagrado com o rumo da sua personagem. Em entrevista ao IndieWire, o ator disse sentir-se cada vez mais distante do “sexy chef” que inicialmente o cativou:

“Transformaram o Gabriel em guacamole. Ele era parte de mim na primeira temporada, mas fomos-nos afastando com o tempo. Nunca estive tão distante de uma personagem.”

Ainda assim, Bravo continua na série, assim como o restaurante de Gabriel, que voltará a ser um dos cenários centrais — e, previsivelmente, palco de novas discussões românticas, jantares tensos e, claro, comida visualmente impecável.


O elenco (quase) completo regressa

Para além de Collins, Bravo e Laviscount, também regressam Philippine Leroy-Beaulieu (Sylvie Grateau), Samuel Arnold (Julien), Bruno Gouery (Luc), William Abadie (Antoine) e Ashley Park (Mindy). A ausência notada será Camille Razat, cuja personagem foi fundamental nos primeiros quatro anos da série. Ainda não se sabe se Thalia Besson — que deu vida à intrigante Geneviève — regressará, embora o público tenha recebido bem a sua presença na temporada anterior.


Um fenómeno global entre a diplomacia e a cultura pop

A influência de Emily in Paris extravasa o ecrã. A série tornou-se um fenómeno cultural, turístico e até político. Emmanuel Macron chegou a afirmar que a França “luta com unhas e dentes” para manter a produção em solo francês. A declaração provocou uma reacção divertida do presidente da câmara de Roma, Roberto Gualtieri, que sugeriu que a dolce vita também merece o seu lugar na série.

E assim será. Entre cafés à beira do Sena e gelados à sombra do Coliseu, Emily Cooper promete continuar a dividir corações e geografias — enquanto tenta encontrar, pela quinta vez, a combinação ideal entre amor, carreira e sapatos de salto alto.

ver também : Light & Magic  Regressa à Disney+ com Segunda Temporada Dedicada à Revolução Digital no Cinema

“Não Acredito em Remakes do ‘The Breakfast Club’”: Molly Ringwald Defende o Clássico Como Retrato do Seu Tempo

🎒 Quarenta anos depois da estreia de The Breakfast Club, Molly Ringwald deixou claro que o clássico teen de 1985 deve permanecer intocável. Durante uma aguardada reunião com o elenco original no Chicago Comic & Entertainment Expo, a atriz partilhou a sua opinião sobre a possibilidade de um remake… e a resposta foi um firme “não”.

“Pessoalmente, não acredito num remake desse filme. Porque acho que ele é muito marcado pelo seu tempo,” afirmou Ringwald. “É um filme muito branco. Não há diversidade étnica, não se fala de género, nada disso. E isso já não representa o mundo em que vivemos hoje.”


A importância de criar algo novo… inspirado, mas não copiado

Ringwald não se opõe a novas narrativas que se inspirem no espírito de The Breakfast Club, mas sublinha que é essencial que essas histórias reflitam a complexidade do mundo atual:

“Acredito em fazer filmes que sejam inspirados noutros, mas que os ultrapassem — que representem o que se passa hoje. Gostava de ver histórias que nascem de The Breakfast Club, mas que sigam em direcções diferentes.”

É uma posição que se alinha com muitas vozes na indústria que alertam para o excesso de reboots e remakes que não acrescentam nada de novo, especialmente quando as obras originais eram tão marcadamente reflexo do seu contexto histórico.


Um reencontro com cheiro a nostalgia… e legado duradouro

O painel de celebração contou com os cinco membros originais do elenco: Molly Ringwald, Emilio Estevez, Anthony Michael Hall, Judd Nelson e Ally Sheedy. Juntos, partilharam memórias dos bastidores, histórias com o lendário realizador e argumentista John Hughes, e refletiram sobre o impacto que o filme teve — e continua a ter — na cultura pop.

Rodado na Maine North High School, em Illinois, The Breakfast Club é ainda hoje um símbolo da adolescência dos anos 80. A história — cinco jovens arquétipos (o desportista, o cérebro, o criminoso, a princesa e a esquisita) obrigados a passar um sábado em detenção — toca temas universais como insegurança, pressão social e identidade, com uma honestidade que ainda ressoa junto de várias gerações.


Um clássico imortal… mas que reconhece as suas falhas

É precisamente por essa honestidade que The Breakfast Club continua a ser revisitado, discutido e até criticado. Ringwald, que já escreveu anteriormente sobre as limitações de alguns filmes de Hughes no que toca a representação, mostra aqui uma maturidade rara: a capacidade de amar uma obra que ajudou a construir… sem ignorar os seus limites.

Numa altura em que Hollywood se debate entre nostalgia e inovação, as palavras de Ringwald soam como um apelo à criatividade: em vez de reciclar o passado, que tal reinventá-lo?

Light & Magic  Regressa à Disney+ com Segunda Temporada Dedicada à Revolução Digital no Cinema

✨ O lado mais invisível da Força voltou — e mais uma vez, deslumbra. A segunda temporada da aclamada série documental Light & Magic, dedicada à história e inovação da lendária casa de efeitos visuais da Lucasfilm, estreou esta sexta-feira na Disney+, em estreia simultânea com a apresentação do novo trailer no Star Wars Celebration em Tóquio.

ver também : “O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”: Marvel Apresenta Um Começo Cósmico e Familiar Para a Primeira Família dos Super-Heróis

Desta vez, a docussérie mergulha na fase mais transformadora da Industrial Light & Magic (ILM): a transição do cinema analógico para o digital. A revolução silenciosa que moldou a forma como vemos o impossível no grande ecrã.


Uma celebração galáctica — e tecnológica

A apresentação foi um dos pontos altos do evento nipónico. O público presente foi brindado com mensagens em vídeo de Joe Johnston (realizador e veterano dos efeitos visuais da ILM) e do produtor Ron Howard, seguidas por um emocionante highlight reel e um painel de discussão ao vivo.

Moderado pelo actor Sam Witwer (a voz de Darth Maul em Solo: A Star Wars Story), o painel contou com presenças ilustres como Ahmed Best (Jar Jar Binks), a presidente da Lucasfilm Lynwen Brennan, Doug Chiang (designer lendário de Star Wars), John Knoll (supervisor sénior de VFX), Janet Lewin (directora-geral da ILM) e Rob Coleman (supervisor de animação).

Juntos, partilharam histórias, bastidores e decisões criativas que definiram o rumo do cinema nos últimos 30 anos — incluindo os primeiros personagens totalmente em CGI e os desafios de simular digitalmente elementos naturais como água, fogo ou pele humana com realismo.


Como o digital mudou a galáxia… e tudo o resto

Com apenas três episódios, esta nova temporada é mais curta, mas promete ser profundamente reveladora. A narrativa foca-se no impacto das tecnologias digitais na forma de fazer cinema, destacando não só as conquistas da ILM, mas também os conflitos internos e o ceticismo que enfrentaram por parte da indústria na época.

Entre os momentos-chave documentados estão os bastidores da criação de Jar Jar Binks em A Ameaça Fantasma, os avanços de simulação em filmes como O NaufragoPearl Harbor ou O Senhor dos Anéis, e a migração definitiva de Hollywood para os efeitos visuais digitais como norma.


Uma produção com o selo dos mestres

Light & Magic é produzida por pesos pesados da indústria: Brian Grazer e Ron Howard, através da Imagine Documentaries, com Johnston como realizador e Lawrence Kasdan (argumentista de O Império Contra-Ataca) entre os produtores executivos. Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm, também assina como produtora, o que mostra a importância simbólica da série dentro da própria saga Star Wars.

Esta segunda temporada funciona como uma aula viva de história do cinema, mas com o brilho e o ritmo de uma aventura galáctica. É uma carta de amor à ILM, ao talento invisível por detrás de cada explosão, cada criatura alienígena e cada planeta improvável.


Disponível agora… e obrigatória para qualquer cinéfilo

Se a primeira temporada de Light & Magic foi uma revelação para muitos espectadores, esta segunda promete ser uma reflexão mais técnica e filosófica sobre o que significa fazer cinema num mundo onde tudo é possível — mas nem tudo tem alma.

E é precisamente essa alma que os artistas da ILM sempre conseguiram manter, mesmo quando os computadores tomaram o lugar das miniaturas, dos matte paintings e da magia analógica.

ver também : “The Sandman” Regressa em Julho: A Última Viagem de Morpheus Será Contada em Duas Partes

Baby Yoda Vai ao Cinema! “The Mandalorian & Grogu” Leva Star Wars de Volta ao Grande Ecrã com Acção, Emoção e Nostalgia

🌌 Depois de conquistar os ecrãs da televisão, Grogu — ou, para os amigos, Baby Yoda — prepara-se para invadir os cinemas numa aventura em grande escala. The Mandalorian & Grogu, o novo filme da saga Star Wars realizado por Jon Favreau, foi apresentado pela primeira vez durante a Star Wars Celebration, em Tóquio, com um primeiro vislumbre repleto de acção, combates galácticos e o regresso de personagens muito queridos.

ver também : “The Sandman” Regressa em Julho: A Última Viagem de Morpheus Será Contada em Duas Partes

É o primeiro filme Star Wars desde The Rise of Skywalker (2019), e marca também uma nova tentativa da Disney de inverter o caminho traçado pela saga: depois de expandir com sucesso o universo de Star Wars para a televisão através de séries como The MandalorianAhsoka ou Andor, a Casa do Rato quer agora testar se o sucesso televisivo se pode traduzir em êxito cinematográfico.


Um trailer com tudo: lutas, sabres, neve e… pipocas espaciais

A estreia do footage exclusivo arrancou aplausos: snowtroopers, AT-ATs, batalhas em plano sequência com Din Djarin a abrir caminho a tiro e a fogo, e até um cliffhanger nostálgico ao estilo de 1977. A sequência central mostrava o Mandaloriano (Pedro Pascal) a abrir à força o casco de um AT-AT e a atravessá-lo num movimento contínuo que lembrava o primeiro Star Wars, com stormtroopers a invadir e rebeldes em pânico.

A surpresa? Grogu a usar os seus poderes, a nadar debaixo de água (!), e uma arena onde Rotta, o filho de Jabba the Hutt — aqui interpretado por Jeremy Allen White — se ergue em triunfo. Nas bancadas? Grogu, comendo a versão galáctica de pipocas. Como resistir?


Sigourney Weaver junta-se ao universo… e manda no Mandaloriano

Entre as novidades do elenco, destaca-se Sigourney Weaver, que interpreta uma misteriosa figura de autoridade que lembra a Moff Gideon — mas com mais elegância e menos explosões (por agora). “Lembras-te de que trabalhas para mim?”, diz ela a Din Djarin, num tom tão gélido quanto autoritário.

A actriz revelou que a sua ligação ao projecto começou com uma videochamada com Favreau e Dave Filoni, que lhe deram uma missão: ver The Mandalorian do início ao fim. “Apaixonei-me por todos os personagens, mas sobretudo por este homem”, disse, pousando a mão no ombro de Pedro Pascal. “E claro… o Grogu roubou-me o coração.”

Grogu, claro, apareceu em palco — uma versão animatrónica de cortar a respiração, que acenou à audiência japonesa. O público respondeu com gritos emocionados e palmas ininterruptas.


O cinema volta a ser casa para a Força

Pedro Pascal confessou que tudo começou com uma visita à sala dos argumentistas, onde viu as ilustrações da primeira temporada coladas nas paredes. “Nunca me vou esquecer desse dia”, disse. “Foi como ver a melhor banda desenhada de ficção científica que alguma vez me tinham mostrado.”

Favreau, por seu lado, sublinhou a importância de apresentar o filme no Japão: “A influência do cinema japonês em Star Wars é profunda. Vir aqui é como um regresso às origens.”


O futuro da saga… e o que vem a seguir

The Mandalorian & Grogu será o primeiro filme da nova vaga de cinema Star Wars. Outros projectos em desenvolvimento incluem o filme Dawn of the Jedi, de James Mangold (Ford v Ferrari), uma nova trilogia escrita por Simon Kinberg (X-Men), e um filme standalone de Shawn Levy (Deadpool & Wolverine).

Quanto ao filme de Favreau, ainda não há data oficial de estreia, nem confirmação de quando o trailer será lançado online. Mas a expectativa é alta — especialmente porque a história deverá unir personagens das séries The MandalorianAhsokaRebels, numa teia narrativa que recompensa os fãs antigos sem esquecer os novos.

Para já, sabemos que o elenco inclui também Jonny Coyne como um líder imperial, e rumores apontam para cameos de personagens muito conhecidos.

ver também : “O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”: Marvel Apresenta Um Começo Cósmico e Familiar Para a Primeira Família dos Super-Heróis

O que é certo é que, com Pedro Pascal de volta ao capacete e Grogu no colo, a Força está definitivamente com este filme.


“O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”: Marvel Apresenta Um Começo Cósmico e Familiar Para a Primeira Família dos Super-Heróis

🌀 Depois de anos de espera, rumores e reinvenções falhadas, O Quarteto Fantástico prepara-se para finalmente entrar no Universo Cinematográfico da Marvel — e fá-lo com um título revelador: Primeiros Passos. O novo filme, com estreia marcada para 24 de julho de 2025, promete ser mais do que apenas uma introdução a estes heróis. Será, segundo o novo trailer, uma viagem ao coração daquilo que define o Quarteto: família, descoberta, ciência… e um toque muito retro.

ver também : “The Sandman” Regressa em Julho: A Última Viagem de Morpheus Será Contada em Duas Partes


Entre o amor e a radiação cósmica: um Quarteto de rosto novo

Pedro Pascal lidera o elenco como Reed Richards, o Senhor Fantástico — um génio científico dividido entre as equações do universo e a emoção de ser (em breve) pai. Ao seu lado, Vanessa Kirby encarna Sue Storm, a Mulher Invisível, cuja gravidez é um dos elementos centrais da narrativa — uma escolha ousada que promete trazer emoção e complexidade à história.

Joseph Quinn surge como Johnny Storm, o impulsivo Tocha Humana, enquanto Ebon Moss-Bachrach dá vida a Ben Grimm, o eterno Cosa de coração mole e punho de pedra. O grupo, ainda a aprender a lidar com os seus poderes, é apresentado numa fase inicial — como indica o subtítulo Primeiros Passos — mas já com uma ameaça de proporções galácticas à vista.


Galactus e a Surfista Prateada: os deuses entram em cena

O trailer revela que os heróis vão enfrentar Galactus, o devorador de mundos, interpretado por Ralph Ineson. Com voz cavernosa e presença imponente, Galactus surge acompanhado da sua arauta: a enigmática Surfista Prateada, aqui reinterpretada por Julia Garner — um casting que causou surpresa entre os fãs mais conservadores, mas que poderá trazer nova dimensão à personagem.

Este confronto com o cósmico abre também portas a futuras ramificações do MCU, especialmente com a eventual introdução de Franklin Richards, o filho de Reed e Sue, que nos comics tem poderes com ligações aos mutantes. Teremos aqui uma ligação ao universo dos X-Men? A especulação está em marcha.


Visual retro, narrativa nova

Uma das grandes surpresas do trailer é o estilo visual: há uma clara inspiração nos anos 1960, com uma estética retro-futurista que mistura equipamentos analógicos, arquitetura modernista e cores saturadas. É uma escolha artística que presta homenagem à era original da banda desenhada criada por Stan Lee e Jack Kirby, mas que também estabelece um tom muito próprio para o filme.

Em vez de tentar competir com o frenesim urbano dos Avengers ou a ironia dos Guardiões da Galáxia, Primeiros Passosaposta num tom mais intimista, mais centrado nas dinâmicas pessoais — e, claro, no fascínio pela exploração científica. É como se estivéssemos a ver uma ficção científica clássica, passada por um filtro Marvel.


Uma estreia cheia de promessas

Com realização de Matt Shakman (WandaVision) e argumento de Josh Friedman (Avatar: O Caminho da Água), O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos posiciona-se como um dos pilares da Fase Seis do MCU — e também como uma das maiores apostas para revitalizar a marca Marvel, que tem atravessado um período de recepção dividida.

A expectativa é elevada, mas o trailer mostrou o suficiente para reacender o entusiasmo: há emoção, humor contido, potencial narrativo e uma estética que se distingue da fórmula habitual. O MCU precisa de novos começos — e parece ter encontrado um nas estrelas… e numa barriga prestes a mudar tudo.

ver também : David Cronenberg está de regresso com The Shrouds


“The Sandman” Regressa em Julho: A Última Viagem de Morpheus Será Contada em Duas Partes

🌙 O Senhor dos Sonhos regressa ao pequeno ecrã — e traz consigo promessas de escuridão, beleza e redenção. A Netflix confirmou que a segunda e última temporada de The Sandman, baseada na icónica obra de Neil Gaiman, estreará em julho de 2025… mas com uma surpresa: será dividida em duas partes. Uma decisão que, longe de ser apenas estratégica, parece respeitar a densidade narrativa e poética do material original.

ver também: O Que Brad Pitt Nunca Contou Sobre Once Upon a Time… in Hollywood: A Verdade Por Detrás de Cliff Booth


Uma adaptação que sonha mais alto

A primeira temporada de The Sandman foi uma das adaptações mais ambiciosas e reverenciadas da história recente da televisão. Ao transpor para o ecrã a mitologia intricada e profundamente humana criada por Gaiman nos anos 90, a série não só captou a essência visual da obra como conquistou um público novo — que talvez nunca tenha entrado numa livraria de banda desenhada, mas se perdeu nos reinos do Sonho.

Tom Sturridge regressa como Morpheus, o Mestre dos Sonhos, numa performance contida, melancólica e poderosa, capaz de invocar tanto o horror cósmico como a fragilidade de um deus em crise existencial. E nesta nova temporada, vamos finalmente assistir aos momentos mais esperados da saga, desde o confronto com as suas irmãs, aos dilemas da sua própria identidade enquanto entidade imortal.


Porquê duas partes?

A escolha de dividir a temporada final em duas metades pode ser vista como uma forma de esticar o sucesso — mas neste caso, há mais do que lógica comercial. The Sandman não é uma narrativa linear nem apressada. É feita de fragmentos, de histórias dentro de histórias, de encontros improváveis entre seres humanos e entidades eternas. Dividir a temporada é dar-lhe o tempo certo para respirar.

A primeira parte estreia em julho. A segunda deverá chegar ainda em 2025. Não há datas exactas, mas para os fãs — e para os leitores de longa data de Gaiman —, a espera valerá cada segundo.


Um final anunciado… mas com promessas de eternidade

Sabemos que será a última temporada. Mas também sabemos que no universo de The Sandman, nada termina realmente. A série prometeu continuar a explorar temas universais — o luto, a mudança, a responsabilidade, o livre-arbítrio — tudo com aquela mistura inconfundível de horror, lirismo e filosofia que tornou os livros de Gaiman tão influentes.

Espera-se o regresso de personagens fundamentais como Desejo, Morte, Lucienne e o Corvo Matthew, e a introdução de figuras que marcaram os volumes mais densos da banda desenhada, como Delírio, Destino e Destruição. Se a primeira temporada foi um convite ao Sonho, esta segunda será o mergulho profundo no seu coração.


Neil Gaiman: sempre presente, sempre fiel

Um dos grandes trunfos da adaptação tem sido a participação activa de Neil Gaiman enquanto produtor executivo e guardião criativo do seu próprio universo. A sua influência sente-se não só nos diálogos e estrutura narrativa, mas na sensibilidade com que a série respeita o ritmo literário da obra original.

Num mundo televisivo em que tantas adaptações traem as suas fontes, The Sandman é uma raridade: uma homenagem fiel e ousada que se atreve a ser poética onde tantos optam pela acção.


O sonho continua

Para os leitores que acompanharam Morpheus desde as prateleiras poeirentas das lojas de BD, e para os novos fãs que descobriram este universo pela Netflix, este final será, ao mesmo tempo, uma celebração e uma despedida.

ver também : David Cronenberg está de regresso com The Shrouds

Mas como o próprio Gaiman escreveu, “as histórias nunca terminam… apenas mudam quem as conta.”