Chris Columbus Abandonou “Christmas Vacation” Devido a Chevy Chase e Acabou por Criar o Clássico “Home Alone”

O icónico realizador Chris Columbus, conhecido por filmes clássicos como “Home Alone” e “Mrs. Doubtfire”, revelou recentemente um episódio curioso e tumultuoso da sua carreira: ele abandonou a direção de “Christmas Vacation” (1989) devido a dificuldades insuperáveis em trabalhar com Chevy Chase, o protagonista do filme.

Um Encontro Surreal com Chevy Chase

Em entrevista à Vanity Fair, Columbus detalhou a sua experiência com Chevy Chase, que começou antes de o filme entrar em plena produção. Columbus foi contratado pelo argumentista John Hughes para dirigir o terceiro capítulo da franquia National Lampoon’s Vacation, mas o primeiro encontro com Chase foi tudo menos inspirador.

“Falei durante uns 30 minutos sobre como via o filme e o que queria fazer. Ele não disse nada. Depois de algum tempo, interrompeu-me e perguntou: ‘Espera aí, tu és o realizador?’,” contou Columbus. “E depois disse algo surreal: ‘Ah, pensei que eras um baterista.’ Ainda hoje, não consigo entender o que isso significava.”

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O comportamento de Chase continuou a ser problemático. Num jantar seguinte, onde também estava presente John Hughes, Columbus foi praticamente ignorado, enquanto Chase e Hughes conversavam sobre tudo menos “Christmas Vacation”.

“Passei duas horas naquela mesa e saí a pensar: ‘Não há maneira de fazer este filme com este tipo. Ele não está envolvido, está a tratar-me mal, e eu não preciso disto.’”

A Decisão de Sair

Depois dos encontros frustrantes, Columbus decidiu abandonar o projeto, mesmo estando desesperado por dirigir um filme na altura. Segundo o realizador, a sua prioridade era manter a integridade e evitar um ambiente tóxico no trabalho. Ele ligou a Hughes para comunicar a sua decisão, e o argumentista mostrou-se compreensivo.

Logo no fim de semana seguinte, Hughes enviou-lhe outro guião: “Home Alone”. Para Columbus, este projeto acabou por ser mais pessoal e gratificante, lançando-o para o estrelato com um dos maiores sucessos de bilheteira dos anos 90.

“Foi uma bênção disfarçada. ‘Home Alone’ era um guião melhor e mais pessoal, e pensei: ‘Posso realmente fazer algo incrível com isto, e não tenho de lidar com Chevy Chase.’”

O Sucesso de “Christmas Vacation”

Após a saída de Columbus, a direção de “Christmas Vacation” foi assumida por Jeremiah S. Chechik, e o filme foi lançado com sucesso em 1989. Apesar das dificuldades nos bastidores, a comédia tornou-se um clássico natalício, consolidando-se como uma das entradas mais queridas da franquia National Lampoon’s Vacation, com Chase e Beverly D’Angelo a reprisar os seus papéis.

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Chevy Chase e a Controvérsia

Chevy Chase tem um historial de conflitos no local de trabalho, com várias figuras da indústria a relatar experiências difíceis com o ator. Columbus é apenas um dos muitos profissionais que declararam publicamente não conseguir trabalhar com ele.

Um Capítulo de Reviravoltas

Se por um lado “Christmas Vacation” continuou o legado de National Lampoon’s, por outro, a decisão de Columbus de deixar o projeto acabou por abrir caminho para o nascimento de um verdadeiro clássico natalício: “Home Alone”. O filme não só marcou a carreira de Columbus, mas também definiu o Natal para gerações de espectadores.

Este episódio é um exemplo perfeito de como uma decisão difícil pode levar a oportunidades ainda maiores, transformando obstáculos em marcos inesquecíveis na história do cinema.

Christopher Nolan Apresenta “The Odyssey”: Um Épico Mitológico em IMAX

Christopher Nolan está pronto para voltar às grandes telas com um projeto ambicioso e inovador. A Universal Pictures anunciou oficialmente que o próximo filme do realizador será uma adaptação de “The Odyssey”, a obra-prima épica de Homero, que chegará aos cinemas a 17 de julho de 2026. A produção promete revolucionar a experiência cinematográfica com a utilização de uma nova tecnologia de filmagem em IMAX.

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Uma Aventura Épica e Universal

Descrito como um “épico de ação mitológico”, o filme será rodado em várias partes do mundo, aproveitando ao máximo as capacidades visuais e imersivas da nova tecnologia de IMAX. A história de Odisseu, o herói grego que enfrenta desafios inimagináveis durante o seu regresso a casa após a Guerra de Troia, é uma das narrativas mais duradouras e influentes da literatura ocidental. Agora, Nolan está preparado para a trazer ao público moderno com o seu estilo único e visão cinematográfica.

Um Elenco de Estrelas

Em linha com a grandiosidade do projeto, Nolan reuniu um elenco de peso para dar vida aos personagens de “The Odyssey”:

Matt Damon

Tom Holland

Anne Hathaway

Zendaya

Lupita Nyong’o

Robert Pattinson

Charlize Theron

O talento reunido reflete a ambição do projeto, que promete ser um dos filmes mais aguardados de 2026. Tom Holland, que integra o elenco, revelou recentemente que assinou o contrato sem saber muitos detalhes sobre o enredo, mas expressou entusiasmo pelo projeto:

“Para ser honesto, não sei exatamente do que se trata. Estou super entusiasmado, mas foi tudo muito discreto.”

Nolan e a Tradição de Homero

Embora “The Odyssey” tenha sido adaptado várias vezes para o cinema, incluindo versões como o filme mudo de 1911 de Giuseppe de Liguoro e “Ulysses” (1954) com Kirk Douglas, esta será a primeira vez que a história será contada utilizando a tecnologia de ponta de IMAX. Nolan, conhecido pelo seu foco em narrativas épicas e tecnicamente inovadoras, promete trazer uma nova dimensão à saga de Odisseu.

O realizador escreverá e produzirá o filme através da sua empresa Syncopy, em colaboração com a Universal, que também produziu o sucesso recente “Oppenheimer”, vencedor de vários Óscares.

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O Que Esperar de “The Odyssey”?

Dado o historial de Nolan em projetos que combinam narrativa complexa com visual deslumbrante, “The Odyssey” pode reinventar a forma como histórias mitológicas são apresentadas no cinema. A utilização da nova tecnologia de IMAX promete transformar cada cena num espetáculo imersivo, levando o público a embarcar na odisseia de Odisseu como nunca antes.

Com um início de produção marcado para a primeira metade de 2025, os fãs do realizador e do épico literário têm motivos de sobra para antecipar este projeto que une tecnologia de ponta, uma narrativa clássica e um dos elencos mais impressionantes do cinema recente.

Decepções de 2024: As Piores Séries Segundo a Variety

Nem todas as estreias do ano conseguem conquistar o público e a crítica. Prova disso é a lista publicada recentemente pela Variety, que destaca as piores séries de 2024, compilada pelas jornalistas Aramide Tinubu e Alison Herman. Entre produções da Apple TV+, Netflix, Prime Video e outros gigantes do streaming, algumas das séries mais aguardadas acabaram por desiludir.

A Variety justificou a seleção como um alerta para os espectadores, frisando:

“Com tantas opções, não há nada pior do que dedicar horas preciosas a uma série que simplesmente não vale o esforço mental.”

As “Piores Séries de 2024” Segundo a Variety

O ranking inclui produções de vários géneros, desde dramas e comédias até animações. Eis as dez séries que, segundo a Variety, merecem ser evitadas:

1. “Land of Women” (Apple TV+):

Uma produção ambiciosa que acabou por não corresponder às expectativas, mesmo com o talento de Eva Longoria no elenco. A Variety destacou a falta de coerência narrativa e um ritmo arrastado como os maiores problemas.

2. “Cruel Intentions” (Prime Video):

A série, baseada no clássico filme dos anos 90, tentou recriar a ousadia do original, mas foi considerada “desprovida de charme” e sem a intensidade emocional que definiu o filme.

3. “The Creep Tapes” (Shudder/AMC+):

Um thriller de terror que não conseguiu assustar nem impressionar. Segundo os críticos, faltaram originalidade e uma execução sólida.

4. “Universal Basic Guys” (Fox):

Uma comédia que tenta satirizar questões sociais atuais, mas acaba por perder o foco com piadas desinspiradas e personagens pouco carismáticos.

5. “Good Times” (Netflix):

Apesar de ser uma tentativa de modernizar a série clássica dos anos 70, esta versão falhou em capturar a essência original, tornando-se uma experiência “esquecível e desconexa”.

6. “Before” (Apple TV+):

Um drama com potencial, mas que foi criticado pelo tom inconsistente e por não conseguir explorar adequadamente os temas centrais.

7. “Sausage Party: Foodtopia” (Prime Video):

A continuação do irreverente filme de animação de 2016 não foi bem recebida, sendo apontada como exagerada e com humor forçado.

8. “Sugar” (Apple TV+):

Uma série que tentou misturar mistério com drama psicológico, mas acabou por se perder em enredos convolutos e personagens pouco convincentes.

9. “The Girls on the Bus” (Max):

Inspirada em histórias reais de jornalistas políticas, a série foi considerada monótona e incapaz de cativar a atenção do público.

10. “The New Look” (Apple TV+):

Apesar da produção de alto nível, esta série histórica sobre a rivalidade entre Christian Dior e Coco Chanel foi criticada por ser demasiado fria e distante, sem emoção suficiente para envolver o público.

Por Que Estas Séries Desiludiram?

O denominador comum entre estas produções parece ser a incapacidade de corresponder às expectativas criadas pelas suas premissas. Muitas falharam em capturar a essência do género ou na execução técnica e narrativa. Outros problemas incluem personagens pouco desenvolvidas, falta de ritmo e enredos previsíveis.

Além disso, séries como “Land of Women” e “Good Times” enfrentaram a pressão de corresponder a obras icónicas ou de adaptar conceitos inovadores para o público atual, mas acabaram por tropeçar nas suas ambições.

Conclusão: Um Aviso aos Espectadores

Com tantas opções disponíveis, o tempo dos espectadores tornou-se precioso. A lista da Variety funciona como um lembrete para escolher cuidadosamente e evitar cair em desilusões. Embora estas produções possam ter os seus defensores, o consenso entre os críticos sugere que há séries muito melhores a merecer a sua atenção em 2024.

A Múmia Volta aos Cinemas em 2026 com Nova Abordagem pela Blumhouse

A icónica criatura de terror, A Múmia, prepara-se para voltar aos cinemas a 17 de abril de 2026, desta vez sob a direção de Lee Cronin, o cineasta irlandês conhecido pelo impactante “Evil Dead Rise – O Despertar” (2023). O projeto é a mais recente aposta do estúdio Blumhouse, reconhecido pelo seu talento em revitalizar o género de terror com sucessos como “Foge”, “O Telefone Negro”, e a recente trilogia de “Halloween”.

Este anúncio marca um novo capítulo para o monstro clássico, depois do fracasso comercial e crítico do filme de 2017, protagonizado por Tom Cruise, que pôs fim aos planos ambiciosos do “Dark Universe” da Universal Pictures.

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Uma Nova Abordagem para A Múmia

Ao contrário da versão de 2017, este novo projeto será produzido pela Blumhouse em parceria com a New Line Cinema, prometendo uma abordagem mais focada no terror autêntico e nos elementos clássicos do personagem. Este é o mesmo estúdio que trouxe à vida “O Homem Invisível” (2020), protagonizado por Elisabeth Moss, que se revelou um sucesso inesperado e revitalizou os monstros clássicos do cinema.

Lee Cronin, conhecido pelo seu talento em criar atmosferas assustadoras e narrativas viscerais, foi escolhido para escrever e realizar o filme. Com base no seu trabalho em “Evil Dead Rise”, os fãs podem esperar uma versão mais sombria e aterrorizante de A Múmia, mantendo a essência do personagem que aterroriza gerações desde a sua estreia em 1932.

O Fracasso de 2017 e o Fim do “Dark Universe”

O último filme de A Múmia, lançado em 2017, tinha planos ambiciosos: ser o ponto de partida para o “Dark Universe”, uma franquia interligada de monstros clássicos, que incluiria filmes como A Noiva de Frankenstein e O Homem Invisível, com estrelas como Javier Bardem, Johnny Depp e, possivelmente, Angelina Jolie.

No entanto, o filme, protagonizado por Tom Cruise e Sofia Boutella, afastou-se do género de terror e foi concebido mais como um típico filme de ação da carreira de Cruise. O fracasso comercial e as críticas negativas desmoronaram os planos do “Dark Universe”, levando a Universal a repensar a estratégia e a optar por produções de menor escala, como “O Homem Invisível”, que se revelou um enorme sucesso.

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O Renascimento dos Monstros Clássicos

Desde 2020, a Blumhouse tem liderado o renascimento dos monstros clássicos do cinema com uma abordagem mais intimista e aterrorizante. “O Homem Invisível” abriu caminho para este modelo, e o próximo “Lobisomem”, com Christopher Abbott, tem estreia marcada para janeiro de 2025, continuando a revitalização destas figuras icónicas.

Com A Múmia, o estúdio parece disposto a dar continuidade a esta tendência, apostando numa narrativa mais sombria e fiel às origens do personagem.

O Que Esperar?

Sob a direção de Lee Cronin e com a experiência da Blumhouse no género, A Múmia (2026) promete uma visão assustadora e autêntica, à altura do legado deste monstro lendário. A parceria com a New Line Cinema adiciona uma camada de expertise adicional, aumentando as expectativas dos fãs de terror e do cinema clássico.

Esta nova abordagem marca não apenas o regresso de um dos monstros mais icónicos, mas também uma evolução no modo como estas figuras clássicas podem ser reinterpretadas para as audiências modernas.

“Dia Zero”: Robert De Niro Faz História na Netflix com a Sua Primeira Série

Robert De Niro, um dos maiores nomes do cinema mundial, estreia-se pela primeira vez no pequeno ecrã com a série “Dia Zero”, uma das grandes apostas da Netflix para 2025. A aguardada produção, que combina intriga política e drama de alto nível, chega à plataforma a 20 de fevereiro de 2025.

Com um elenco de luxo e uma equipa criativa experiente, “Dia Zero” promete ser um marco tanto na carreira de De Niro como no catálogo da Netflix.

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A Premissa: Política e Cibersegurança

Criada por Eric Newman (conhecido por séries como “Narcos” e “Griselda”) e Noah Oppenheim (“Maze Runner”), “Dia Zero” apresenta uma narrativa intensa e atual. A trama segue um ex-presidente dos Estados Unidos, interpretado por Robert De Niro, que se vê no centro de uma investigação sobre um ciberataque devastador. À medida que lidera a equipa de investigação, o personagem de De Niro enfrenta os desafios de desvendar uma conspiração que ameaça a segurança nacional e o futuro da democracia americana.

A série explora temas relevantes como cibersegurança, política global e os limites do poder numa era dominada pela tecnologia, refletindo um tom sério e contemporâneo.

O Envolvimento de Robert De Niro

Além de protagonizar a série, De Niro também desempenha um papel fundamental nos bastidores como produtor executivo. Segundo Eric Newman, o ator esteve profundamente envolvido em todas as etapas do projeto:

“Ele tornou-se verdadeiramente um parceiro nosso neste processo — muito envolvido, leu tudo em todas as fases. Tem sido uma honra e um privilégio.”

Para um ator que definiu o cinema americano com papéis icónicos em filmes como “Taxi Driver”, “O Padrinho: Parte II” e “Raging Bull”, esta estreia na televisão marca uma nova fase na sua carreira, mostrando que continua a desafiar-se em novos formatos.

Um Elenco de Luxo

A presença de De Niro é apenas o começo. “Dia Zero” conta com um elenco notável, incluindo:

Angela Bassett

Jesse Plemons

Lizzy Caplan

Connie Britton

Joan Allen

Matthew Modine

Bill Camp

Dan Stevens

Gaby Hoffman

Com nomes tão consagrados e diversificados, a série promete interpretações de alto calibre que darão vida à história.

O Teaser: Um Vislumbre do Que Está por Vir

A Netflix revelou o primeiro teaser a 23 de dezembro de 2024, aumentando ainda mais a antecipação para a estreia. Embora não tenha revelado muitos detalhes da trama, o vídeo sugere um tom de mistério e intensidade, com De Niro no centro de um enredo complexo e carregado de tensão.

A Importância de “Dia Zero”

A escolha de Robert De Niro para liderar esta produção sublinha o crescente investimento da Netflix em atrair talentos de renome para as suas séries originais. A plataforma já provou o seu valor em projetos de prestígio e, com “Dia Zero”, pretende consolidar ainda mais a sua posição no mercado global de streaming.

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Para os fãs de De Niro e para quem aprecia histórias envolventes e atuais, “Dia Zero” promete ser uma das estreias imperdíveis de 2025.

Mel Gibson: De Mad Max ao Grande Herói dos Anos 90

Antes de conquistar o estatuto de ícone absoluto nos anos 90, Mel Gibson já havia deixado uma marca indelével no cinema como Mad Max, o anti-herói pós-apocalíptico que o catapultou para a fama. A trilogia dirigida por George Miller, iniciada em 1979, foi o ponto de partida de Gibson, que rapidamente se tornou uma das caras mais reconhecidas do cinema de ação dos anos 80.

Mad Max: O Nascimento de um Ícone

Nos anos 80, Gibson tornou-se o rosto do apocalipse cinematográfico com a trilogia “Mad Max”:

“Mad Max” (1979): Neste primeiro capítulo, Gibson interpreta Max Rockatansky, um policial numa Austrália distópica que perde tudo para uma gangue violenta. O filme destacou-se pela intensidade das cenas de perseguição e pelo tom cru, estabelecendo Gibson como um ator de ação promissor.

“Mad Max 2: The Road Warrior” (1981): Aqui, Gibson solidificou o estatuto de estrela global. Max transforma-se no salvador relutante de uma comunidade que tenta sobreviver num deserto inóspito. Este filme definiu o género de ação pós-apocalíptico e serviu de inspiração para inúmeras produções posteriores.

“Mad Max Beyond Thunderdome” (1985): A parceria entre Gibson e Tina Turner trouxe um elemento mais épico e polido à franquia. Embora menos visceral do que os capítulos anteriores, este filme consolidou Mad Max como uma das sagas mais influentes da época.

Com Mad Max, Gibson demonstrou uma capacidade única de combinar brutalidade com uma vulnerabilidade subjacente, criando um personagem que era tão humano quanto heróico.

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A Transição para os Anos 90: O Herói de Todos os Géneros

Depois do sucesso como Mad Max, Mel Gibson começou a diversificar a sua carreira. Ele deixou o cenário pós-apocalíptico para se tornar o rosto do cinema de ação dos anos 90, com papéis mais complexos e emocionais. “Arma Mortífera” (Lethal Weapon) marcou o início dessa transição, mostrando uma nova faceta: o humor e a química de Gibson com Danny Glover transformaram a franquia num dos maiores sucessos da década.

Mas foi com “Braveheart” (1995) que ele transcendeu a ação para se afirmar como um contador de histórias. A intensidade de William Wallace ecoava os traços de Max: um homem em conflito, empurrado a liderar por circunstâncias que escapam ao seu controlo. No entanto, Wallace trouxe um novo nível de profundidade emocional à sua filmografia, marcando uma evolução significativa no seu percurso.

O Legado de Mad Max no Estilo de Gibson

Embora os seus papéis nos anos 90 fossem variados, muitos carregavam a essência de Mad Max:

Riggs em “Arma Mortífera”: O humor autodepreciativo e a intensidade explosiva de Riggs tinham ecos de Max, um personagem complexo que escondia traumas profundos.

William Wallace em “Braveheart”: Assim como Max, Wallace era um líder relutante, um homem que não buscava a glória, mas sim a sobrevivência e a justiça.

A influência de Mad Max na construção do estilo de Gibson como ator foi inegável, dando-lhe a habilidade de habitar personagens com camadas emocionais ricas enquanto dominava cenas de ação eletrizantes.

Gibson: Ator e Cineasta

Nos anos 90, Mel Gibson não só continuou a evoluir como ator, mas também mostrou talento como realizador. “O Homem sem Rosto” (The Man Without a Face, 1993) e “Braveheart” demonstraram o seu compromisso em criar narrativas viscerais e visuais deslumbrantes. O impacto de Mad Max como uma narrativa visualmente ousada pode ser sentido na forma como Gibson abordou a realização, especialmente nas cenas de batalha intensas de Braveheart.

De Max a Wallace: O Crescimento de um Ícone

Mad Max foi o alicerce da carreira de Gibson, mas foram os anos 90 que o estabeleceram como um dos maiores astros de Hollywood. Com uma transição perfeita do herói distópico para papéis históricos, policiais e dramáticos, Gibson mostrou uma versatilidade rara. Ele não era apenas um homem de ação; era um ator que trazia profundidade e humanidade a todos os seus personagens, enquanto liderava produções que moldaram o cinema da época.

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