O novo filme Reagan, protagonizado por Dennis Quaid, tem gerado uma divisão sem precedentes entre críticos e público. Enquanto os espetadores parecem apoiar massivamente o filme, atribuindo-lhe um índice de aprovação de 98% no Rotten Tomatoes, os críticos profissionais têm sido mais severos, com uma aprovação de apenas 21%. Esta disparidade reflete a forte carga política do filme, que apresenta um retrato bastante positivo do ex-presidente norte-americano Ronald Reagan.
Estreado recentemente na América do Norte e com lançamento previsto em Portugal para 10 de outubro, Reagan narra a vida do 40.º presidente dos Estados Unidos, desde a sua infância até à sua ascensão política. Baseado no livro The Crusader: Ronald Reagan and the Fall of Communism de Paul Kengor, o filme tem sido acusado de omitir alguns dos aspetos mais controversos da presidência de Reagan.
O realizador Sean McNamara afirmou que, embora reconheça que o filme se insere num contexto político polarizado, o objetivo era contar uma história “edificante” e patriótica. No entanto, a proximidade do lançamento com o período eleitoral nos Estados Unidos tem amplificado as reações tanto de apoio quanto de crítica, especialmente numa nação dividida politicamente.
O Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) abriu as suas portas este ano com uma forte expectativa em torno dos Óscares, após a edição do ano passado ter sido marcada pela greve de atores e argumentistas. Desta vez, sem essas limitações, o festival recupera todo o seu brilho, contando com a presença de grandes estrelas e uma seleção de filmes que poderão competir nas mais prestigiadas cerimónias de prémios de Hollywood.
Entre as celebridades que marcarão presença no festival, destacam-se nomes como Jennifer López, Angelina Jolie, Elton John, Bruce Springsteen, Salma Hayek, Cate Blanchett e Nicole Kidman. O diretor do festival, Cameron Bailey, afirmou que estão “felizes por ter um festival sem as limitações do ano passado”. A abertura ficou a cargo de Ben Stiller, com a comédia familiar Nutcrackers, o seu primeiro filme em sete anos, sobre um promotor imobiliário que se vê obrigado a cuidar dos seus sobrinhos após uma tragédia familiar.
Outros destaques do festival incluem Eden, de Ron Howard, um filme de sobrevivência ambientado nas ilhas Galápagos, protagonizado por Ana de Armas e Sydney Sweeney, e Without Blood, de Angelina Jolie, com Salma Hayek no papel principal. Este último é um drama ambientado no início do século XX, que explora temas de família e vingança.
Além dos filmes, a música também terá um lugar de destaque no TIFF, com documentários sobre as carreiras de Elton John e Bruce Springsteen. O festival conta com um total de 278 filmes exibidos até ao dia 15 de setembro, quando será entregue o prémio People’s Choice, um dos principais indicadores para a corrida aos Óscares.
No prestigiado Festival de Cinema de Veneza de 2024, um dos filmes mais discutidos da competição é *Jouer avec le feu*, dirigido pelas irmãs francesas Delphine e Muriel Coulin. Esta obra, uma adaptação do aclamado romance *Ce qu’il faut de nuit* de Laurent Petitmangin, aborda temas profundamente atuais e relevantes, como a crise social e o apelo do extremismo entre os jovens.
A história centra-se em Pierre, um ferroviário viúvo interpretado por Vincent Lindon, um dos mais respeitados atores franceses. Pierre está a criar sozinho os seus dois filhos, Louis e Fus. O filme explora a dinâmica familiar com uma intensidade emocional crescente à medida que o mais velho dos filhos, Fus, começa a envolver-se com grupos de extrema-direita. Este envolvimento causa um profundo rutura com o pai, que assiste impotente à transformação do filho, vendo-se incapaz de travar a sua descida para o radicalismo.
A dupla de realizadoras, que já havia conquistado reconhecimento com o filme *17 Girls* (2011), traz aqui uma história que reflete a crescente alienação da juventude face às instituições políticas e sociais. O personagem Louis, por outro lado, segue o caminho tradicional, frequentando a Universidade La Sorbonne, em Paris. Este contraste entre os dois irmãos sublinha as diferentes respostas dos jovens à crise social que, embora ambientada em França, ecoa em muitas outras partes do mundo.
O filme apresenta uma abordagem crua e realista das consequências do populismo de direita, capturando de forma incisiva o impacto que tem nas relações familiares e nas comunidades mais vulneráveis. Lindon, acompanhado por Stefan Crepon (que interpreta Louis) e Benjamin Voisin (Fus), oferece uma interpretação poderosa que retrata a desorientação de um pai dedicado e a dor de perder um filho para uma ideologia perigosa.
*Jouer avec le feu* posiciona-se como um dos principais candidatos aos prémios de Veneza, sendo amplamente elogiado pela sua relevância social, pela sua narrativa comovente e pelas brilhantes atuações. O filme não só levanta questões importantes sobre a juventude e o extremismo, mas também faz uma análise penetrante sobre o fracasso das instituições políticas em fornecer perspetivas de futuro às novas gerações.
A popular série *Rick and Morty* continua a expandir o seu universo com a estreia de *Rick and Morty: The Anime*, agora em exibição na plataforma Max. Este spin-off marca a primeira vez que a série mergulha no formato anime, oferecendo uma nova visão sobre os já icónicos personagens. Criado por Takashi Sano, o anime mantém a essência da série original, mas acrescenta uma nova camada cultural e estilística.
Para os produtores, um dos principais desafios era adaptar a linguagem irreverente e provocadora de *Rick and Morty* ao público japonês, mais conservador em alguns aspetos. Joseph Chou, produtor executivo do anime, mencionou em entrevista que a equipa criativa teve de encontrar um equilíbrio entre manter o espírito da série original e garantir que o novo formato fosse acessível e apelativo para os fãs de anime. “Ao invés de tentar imitar o original, trouxemos uma perspetiva diferente do lado do anime japonês”, explicou Chou.
Sano, por sua vez, destacou que o que torna *Rick and Morty* tão popular são os seus personagens cínicos e realistas, que muitas vezes cruzam limites em termos de linguagem e comportamento. No entanto, ele reconheceu que essa abordagem não seria tão bem recebida no Japão, onde os animes tendem a ser mais comedidos. Assim, *Rick and Morty: The Anime* oferece uma narrativa que, embora se mantenha fiel ao universo caótico da série, ajusta o seu tom para criar uma experiência única e culturalmente ajustada.
O anime mantém a liberdade criativa que caracteriza a franquia, permitindo que os personagens se envolvam em situações moralmente ambíguas e ultrapassem limites que outras séries raramente ousam tocar. Os primeiros episódios de *Rick and Morty: The Anime* já estão disponíveis na Max, e a receção inicial foi bastante positiva, tanto entre os fãs da série original quanto entre os apreciadores de anime.
Desde 2013, *Rick and Morty* tem explorado o multiverso através das suas personagens bizarras e situações imprevisíveis. Com a sua estreia no anime, a série continua a evoluir e a expandir os seus horizontes, mostrando que mesmo uma narrativa tão estabelecida pode ganhar novas dimensões ao ser adaptada para diferentes públicos e formatos.
A mais recente série do universo The Walking Dead, intitulada The Walking Dead: Daryl Dixon, está pronta para fazer a sua estreia em Portugal no canal AMC. A série, que começa a ser transmitida a 9 de setembro, às 22h10, segue o icónico personagem Daryl Dixon, interpretado por Norman Reedus, enquanto este se aventura numa França pós-apocalíptica. Esta nova abordagem promete oferecer uma visão renovada do mundo devastado por zumbis, colocando Daryl no centro de uma nova narrativa envolvente.
Após ter sido um dos personagens mais populares da série original The Walking Dead, Daryl Dixon vê-se agora em território desconhecido: a França. Esta mudança de cenário é uma das grandes inovações da série, já que pela primeira vez o apocalipse zumbi será explorado fora da América do Norte, o que traz novos desafios e uma nova cultura a ser desvendada. Nos primeiros episódios, Daryl chega à costa de Marselha sem saber como ou por que razão foi parar ali. O enigma de como ele chegou à Europa e os eventos que o trouxeram até lá são elementos centrais da primeira temporada.
A França que Daryl encontra é uma nação em ruínas, mas que ainda demonstra resiliência. Este cenário pós-apocalíptico tem um ambiente diferente do que os fãs estão habituados a ver nas paisagens norte-americanas de The Walking Dead, com referências à cultura europeia e locais históricos agora devastados. A atmosfera sombria e desolada serve como pano de fundo para uma narrativa de sobrevivência que promete ser tanto física como emocionalmente exigente.
Uma Missão Pessoal e um Novo Acompanhante
A série começa com Daryl a encontrar-se envolvido numa nova missão: proteger uma criança que simboliza a esperança de um grupo religioso em ascensão. Este rapaz, que representa uma espécie de “salvador” para a comunidade local, torna-se a principal responsabilidade de Daryl, que aceita a missão de o proteger em troca de ajuda para regressar aos Estados Unidos.
No entanto, a jornada não será fácil. Daryl enfrenta novos tipos de ameaças, tanto humanas como não-humanas, num ambiente desconhecido. As relações que ele desenvolve ao longo do caminho irão complicar a sua missão inicial, levantando questões sobre o seu papel como líder e protetor. Ao longo da série, Daryl verá os seus valores e lealdades testados enquanto tenta encontrar um caminho de volta para casa, mas será que ele ainda tem um lar a que voltar?
Produção e Elenco de Destaque
A série foi criada por David Zabel, argumentista de renome conhecido pelo seu trabalho em Serviço de Urgência (ER), e conta com seis episódios na primeira temporada, embora uma segunda já tenha sido confirmada, o que revela a confiança dos produtores no sucesso desta nova vertente do universo The Walking Dead. Norman Reedus, cuja interpretação de Daryl Dixon já conquistou uma legião de fãs, continua a ser o ponto central da história, e a série promete explorar mais camadas da sua complexa personagem.
Além de The Walking Dead: Daryl Dixon, o canal AMC já tem programadas as estreias de outros spin-offs do universo The Walking Dead, como Tales of The Walking Dead, The Walking Dead: Dead City e The Walking Dead: The Ones Who Live. Cada uma destas séries traz uma nova perspetiva ao apocalipse zumbi, focando-se em personagens e histórias que expandem ainda mais o já vasto mundo da franquia.
Um Futuro Promissor para os Fãs de The Walking Dead
Desde o seu início, The Walking Dead tornou-se um fenómeno cultural, cativando audiências com as suas narrativas emocionantes, personagens complexas e dilemas morais intensos. Com o lançamento de The Walking Dead: Daryl Dixon, o universo pós-apocalíptico expande-se ainda mais, trazendo novas aventuras para os fãs que têm seguido a série desde o início.
O cenário europeu, o foco em novas culturas e as dinâmicas de sobrevivência num ambiente desconhecido oferecem uma lufada de ar fresco à franquia. Para os fãs que sempre quiseram ver como o apocalipse zumbi se desenrolaria em diferentes partes do mundo, esta série promete responder a essas curiosidades, ao mesmo tempo que mantém a essência que tornou The Walking Dead tão popular.
À medida que Daryl Dixon enfrenta novos inimigos e constrói novas alianças, a série promete continuar a tradição de The Walking Dead de explorar a natureza humana em situações extremas. Combinando ação, drama e intriga, The Walking Dead: Daryl Dixon está preparado para se tornar mais um sucesso na já aclamada franquia.