Joaquin Phoenix desiste de filme a 5 dias do inicio das filmagens

O mundo do cinema foi recentemente abalado por uma notícia inesperada: Joaquin Phoenix, um dos atores mais respeitados e aclamados de Hollywood, abandonou abruptamente um projeto cinematográfico apenas cinco dias antes do início das filmagens. O filme, que seria rodado em Guadalajara, no México, estava envolto em secretismo e prometia ser um marco na carreira do ator, explorando territórios narrativos ousados e controversos. No entanto, o súbito abandono por parte de Phoenix levou ao cancelamento da produção, resultando em perdas financeiras significativas e deixando uma equipa inteira sem emprego.

O Projeto: Ambição e Controvérsia

O filme em questão seria produzido pela renomada Killer Films, conhecida por apoiar projetos independentes e de forte conteúdo artístico. Os direitos de distribuição já haviam sido vendidos a várias empresas internacionais, demonstrando a confiança da indústria no potencial comercial e artístico da obra. No entanto, o que parecia ser mais um sucesso garantido tornou-se num pesadelo logístico e financeiro após a desistência de Phoenix.

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O enredo do filme, cuja trama girava em torno de um detetive homossexual, foi inicialmente concebido pelo próprio ator. Phoenix levou a ideia ao cineasta Todd Haynes, um realizador reconhecido pela sua sensibilidade em retratar temas complexos e personagens marginalizadas. Haynes revelou, em entrevistas anteriores, que o projeto nasceu de “fragmentos de ideias” trazidas por Phoenix, que posteriormente evoluíram para um guião desenvolvido de forma “bastante orgânica”. O filme prometia explorar temas de sexualidade de maneira gráfica e provocativa, algo que, ironicamente, parece ter sido o fator decisivo para o abandono do ator.

As Consequências: Perdas Milionárias e Desemprego

O cancelamento do filme não foi apenas uma desilusão artística; as consequências financeiras são igualmente graves. Com sets já construídos e uma equipa contratada, as perdas para a produção podem ultrapassar os sete dígitos. Todos os profissionais envolvidos, desde técnicos a atores secundários, viram-se subitamente sem emprego, numa altura em que o setor cinematográfico ainda se recupera das dificuldades impostas pela pandemia.

A Killer Films, que já havia investido consideravelmente na pré-produção, enfrenta agora o desafio de compensar os distribuidores internacionais e os acionistas que tinham apostado no projeto. A situação é ainda mais delicada pelo facto de o papel principal, destinado a Phoenix, ter sido concebido à sua medida, tornando praticamente impossível a substituição por outro ator.

A Decisão de Phoenix: Medo ou Consciência Artística?

Uma das questões que permanece no ar é o motivo pelo qual Joaquin Phoenix, conhecido pela sua coragem e compromisso artístico, decidiu abandonar o projeto tão perto do início das filmagens. Fontes próximas da produção sugerem que o ator recuou devido à natureza gráfica das cenas de sexo, algo que parece contraditório, considerando que foi ele próprio a impulsionar a história para “um território mais perigoso”.

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A decisão de Phoenix pode ser interpretada de várias maneiras. Alguns especulam que o ator, apesar da sua experiência e reconhecimento, pode ter sentido que o material era demasiado explícito ou potencialmente prejudicial para a sua imagem pública. Outros acreditam que a decisão foi tomada com base em considerações éticas ou pessoais, que podem nunca ser totalmente esclarecidas ao público.

O Futuro de Joaquin Phoenix

Apesar deste contratempo, Joaquin Phoenix continua a ser uma das figuras mais proeminentes de Hollywood. Com a estreia da aguardada sequela de “Joker” prevista para outubro, onde contracena com Lady Gaga, o ator deverá voltar a capturar a atenção do público e da crítica. Este novo filme, que será uma espécie de musical, marca um contraste significativo com o projeto abandonado, talvez indicando uma mudança de direção na carreira de Phoenix.

Este incidente, embora lamentável para todos os envolvidos, destaca as complexidades e os riscos inerentes à produção cinematográfica, especialmente quando se trata de projetos que desafiam as normas e exploram territórios sensíveis. Resta saber se algum dia o público terá a oportunidade de ver a visão original de Joaquin Phoenix e Todd Haynes concretizada, ou se esta será mais uma daquelas histórias de Hollywood que ficarão para sempre envoltas em mistério e especulação.

A Temporada Final de “The Umbrella Academy”: Um Desfecho Agridoce para uma Série Icónica

A série “The Umbrella Academy” chega ao fim com a sua quarta temporada, que estreia na Netflix a 8 de agosto. Esta última fase promete ser intensa e emocionante, com um enredo que leva os personagens a enfrentar desafios inéditos, agora sem os poderes que os definiam.

Desde a sua estreia em 2019, “The Umbrella Academy” cativou o público com a história dos irmãos Hargreeves, um grupo de super-heróis disfuncionais, criados para combater o crime, mas que passam grande parte do tempo a tentar encontrar as suas próprias identidades e a lidar com as expectativas esmagadoras dos pais. A quarta temporada promete um desfecho agridoce, tanto para os personagens como para os fãs, segundo Elliot Page, que interpreta Viktor na série.

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Nos novos episódios, os irmãos enfrentam as consequências do confronto no Hotel Oblivion, que resultou num “reset” completo da sua linha temporal. Agora, despojados dos seus poderes, cada um terá de encontrar uma nova forma de viver num mundo que se revela tanto estranho como perigoso. Reginald Hargreeves, o pai manipulador, que foi trazido de volta à vida, emerge das sombras para liderar um poderoso império de negócios. Esta figura sinistra, que antes operava nas sombras, agora supervisiona um regime opressivo, sendo uma ameaça constante para os Hargreeves e para o mundo que conhecemos.

Além de Reginald, uma nova ameaça surge com a misteriosa associação conhecida como Os Guardiões. Este grupo realiza reuniões clandestinas, convencido de que a realidade em que vivem é uma ilusão, e que um ajuste de contas está iminente. Com estas forças sombrias a conspirar ao seu redor, a Academia Umbrella terá de se reunir uma última vez, enfrentando novos desafios sem os seus poderes e com o tempo a correr contra eles.

A quarta temporada de “The Umbrella Academy” é composta por apenas seis episódios, o que resultará num ritmo mais acelerado, onde a história avança rapidamente para o seu clímax. Steve Blackman, showrunner da série, revela que os fãs podem esperar respostas para muitas das questões que ficaram em aberto, assim como a descoberta das verdadeiras motivações de Reginald Hargreeves. Além disso, a temporada promete apresentar um apocalipse diferente de todos os que já foram vistos na série, algo que Blackman acredita que irá agradar aos fãs.

Para o elenco, a despedida foi emocional, mas também marcada por um profundo sentimento de gratidão. Elliot Page, que teve a oportunidade de interpretar Viktor, reflete sobre a jornada do seu personagem, que passou de alguém desconectado de si mesmo para encontrar finalmente um pouco de felicidade. “Toda esta jornada tem sido incrível”, disse o ator. Robert Sheehan, que interpreta Klaus, partilha que o verdadeiro coração da série não estava nos poderes especiais, mas sim nas relações humanas e nas constantes discussões entre os irmãos. “Adorei quando eles se separaram porque pudemos conhecê-los melhor individualmente”, afirmou Sheehan.

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Emmy Raver-Lampman, que dá vida a Allison, destacou a sorte que tiveram em saber desde o início que esta seria a última temporada. “Entrámos na quarta temporada sabendo que era a última. Muitas vezes, não temos essa sorte. É comum filmarmos alguns episódios e, meses depois, descobrirmos que não haverá uma continuação. Não nos conseguimos despedir como queremos das pessoas que se tornaram família”, lamenta a atriz.

“The Umbrella Academy” conseguiu fechar um capítulo marcante na vida dos seus atores e também na história da televisão. Enquanto o mundo da produção audiovisual se vê cada vez mais incerto, com cancelamentos súbitos de séries e filmes, esta série teve a oportunidade de encerrar a sua narrativa de forma digna, oferecendo aos fãs um desfecho que promete ser memorável.

Agora, com a temporada final prestes a estrear, os fãs de “The Umbrella Academy” aguardam ansiosamente para ver como esta saga épica de super-heróis disfuncionais chegará ao seu fim.

“To Catch a Thief” – A Elegância de Hitchcock na Riviera Francesa

“To Catch a Thief” (1955), realizado por Alfred Hitchcock e estrelado por Cary Grant e Grace Kelly, é uma obra-prima do cinema clássico que combina romance, suspense e o deslumbrante cenário da Riviera Francesa. Este filme não só marcou um ponto alto na carreira dos seus protagonistas, mas também se tornou um dos maiores sucessos da década.

Cary Grant tinha anunciado a sua retirada da representação em fevereiro de 1953, afirmando que, com a ascensão de atores do Método como Marlon Brando, o público já não tinha interesse em vê-lo. Grant também estava desapontado com a forma como Sir Charles Chaplin tinha sido tratado pelo HUAC. No entanto, foi persuadido a sair da reforma para fazer este filme, continuando a sua carreira por mais onze anos.

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Durante as filmagens na Riviera Francesa, Grace Kelly conheceu o Príncipe Rainier de Mônaco. Embora não tenha sido amor à primeira vista para Kelly, o príncipe iniciou uma longa correspondência que culminou no casamento deles em 1956. Kelly tornou-se então Princesa Grace de Mônaco e retirou-se da representação.

Sir Alfred Hitchcock fez o filme porque queria umas férias no sul de França. O filme foi rodado no verão de 1954, mas a sua estreia foi adiada porque os produtores acharam que a diferença de idade entre Cary Grant e Grace Kelly era demasiado grande para que o romance fosse credível. Ironicamente, quando lançado em 1955, o filme tornou-se imediatamente num dos maiores sucessos da década.

De todos os filmes que Hitchcock fez para a Paramount Pictures, “To Catch a Thief” foi o único cujos direitos o estúdio manteve. Todos os outros filmes, incluindo “Rear Window” (1954), “Vertigo” (1958) e “Psycho” (1960), foram vendidos de volta ao próprio diretor e, mais tarde, revendidos pela sua filha, Patricia Hitchcock O’Connell, à Universal em 1983, três anos após a sua morte.

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No filme, Jessie Royce Landis interpretou a potencial sogra de Cary Grant. Em “North by Northwest” (1959), ela interpretou a sua mãe. Na realidade, ela era menos de oito anos mais velha que Grant. Curiosamente, Grant só tem uma linha no início do filme, não falando a sua segunda linha até catorze minutos após o início. Grace Kelly não fala até quase 32 minutos no filme.

Existem duas referências à aversão de Hitchcock a gemas de ovo escorrendo: no início, quando a equipe da cozinha do restaurante – seus ex-colegas do crime e camaradas da resistência francesa – acreditam que Cary Grant é responsável pelos recentes roubos, alguém atira um ovo cru, que acerta no vidro e se espalha. Mais tarde, Jessie Royce Landis apaga um cigarro num ovo estrelado. Por outro lado, quando convida o agente de seguros (interpretado por John Williams) para almoçar, ele serve uma quiche Lorraine.

“To Catch a Thief” foi filmado principalmente nos estúdios da Paramount, em Hollywood, Califórnia, e em locações nos Alpes Marítimos do sudeste da França, na costa do Mediterrâneo. Incluiu os resorts de Cannes, Nice, Villefranche-sur-Mer e Saint-Jeannet. Uma coincidência humorística pode ser encontrada na cena no autocarro, onde Robie olha para a direita e vê uma gaiola cheia de pássaros no assento ao lado, e depois olha para o outro lado e vê Sir Alfred Hitchcock sentado à sua esquerda. Oito anos depois, Hitchcock lançou “The Birds” (1963).

O filme teve críticas mistas dos críticos, com alguns a desfrutar de Grant e Kelly nos papéis principais, assim como do cenário da Riviera Francesa, enquanto outros expressaram desilusão pela falta de suspense em comparação com filmes anteriores de Hitchcock. Grace Kelly fez três dos seus onze filmes com Hitchcock, sendo os outros “Dial M for Murder” (1954) e “Rear Window” (1954).

No Rotten Tomatoes, o filme tem uma classificação de aprovação de 92% baseada em críticas de 53 críticos, com uma classificação média de 7.9/10, e o consenso crítico lê-se: “Pode ocasionalmente ser culpado de se apoiar apenas no charme puro, mas ‘To Catch a Thief’ tem isso de sobra – assim como um par de estrelas perfeitamente combinadas em Cary Grant e Grace Kelly.”