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A 75.ª edição do Festival de Cinema de Berlim chegou ao fim com uma cerimónia marcada por discursos políticos, surpresas e grandes vencedores. O Urso de Ouro foi para Dreams (Sex Love), um drama norueguês que encerra a trilogia de Dag Johan Haugerud sobre as complexidades do amor e da identidade. Já Andrew Scott e Rose Byrne levaram para casa os troféus de interpretação, enquanto o cinema português teve direito a uma menção honrosa com A Memória das Mariposas. 🎥✨
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🏆 Os grandes vencedores da Berlinale 2025
O anúncio de Dreams (Sex Love) como vencedor foi acompanhado por palavras elogiosas do presidente do júri, Todd Haynes, que descreveu o filme como “uma meditação sobre o amor”. O enredo centra-se na jovem Johanne e nos seus escritos sobre a sua paixão pela professora de francês, explorando as tensões e os desafios familiares que essas reflexões provocam.
O festival também consagrou o cinema brasileiro, atribuindo o Urso de Prata – Grande Prémio do Júri a O Último Azul, de Gabriel Mascaro, sobre uma mulher de 77 anos que se recusa a ser institucionalizada e embarca numa jornada épica pela Amazónia. 🌿🌊
Outro destaque foi El Mensaje, uma co-produção entre Argentina e Espanha que arrecadou o Urso de Prata – Prémio do Júri. O filme, realizado pelo venezuelano Iván Fund, acompanha a história de uma menina que consegue comunicar com animais, mas acaba por ser explorada pelo seu dom. 🦉🎭
O Urso de Prata de Melhor Realização foi para o chinês Huo Meng, com Living the Land, um retrato sensível sobre as mudanças na vida rural chinesa no início dos anos 90.
🎭 Rose Byrne e Andrew Scott dominam a interpretação
Nas categorias de interpretação, que não fazem distinção de género, o prémio de Melhor Interpretação Principal foi entregue a Rose Byrne pelo seu papel em If I Had Legs I’d Kick You, um drama intenso realizado por Mary Bronstein.
Já Andrew Scott, que não compareceu à cerimónia, foi premiado com o troféu de Melhor Interpretação Secundária pelo seu desempenho como Richard Rodgers no aclamado Blue Moon, de Richard Linklater. A sua transformação física e emocional no papel do lendário letrista foi um dos momentos mais comentados do festival.
O Urso de Prata para Melhor Argumento foi para o romeno Radu Jude, que já havia conquistado o Urso de Ouro em 2021 com Má Sorte ou Porno Acidental. No discurso mais político da noite, o realizador alertou para a ascensão da extrema-direita na Europa, deixando no ar um aviso mordaz: “Espero que a Berlinale do próximo ano não tenha como filme de abertura O Triunfo da Vontade”.
🎥 Documentários e a presença portuguesa na Berlinale
O prémio de Melhor Documentário foi para o norte-americano Holding Liat, de Brandon Kramer, enquanto Canone Effimero (Itália) e La Memoria de las Mariposas (Peru) receberam menções honrosas. Este último, realizado por Tatiana Fuentes Sadowski e com participação da produtora portuguesa Oublaum Filmes, explora a história de crianças indígenas da Amazónia levadas à força para a Europa. 🦋🌍
O cinema português também esteve presente com Duas Vezes João Liberada, de Paula Tomás Marques, que integrou a secção competitiva Perspetivas. O filme, que reflete sobre a representação de histórias queer no cinema e na História, teve uma receção calorosa.
🎬 Curtas e outras secções premiadas
A categoria de curtas-metragens também trouxe novidades:
🏅 Urso de Ouro – Lloyd Wong, Unfinished (Canadá), um documentário experimental sobre a luta do artista sino-canadiano Lloyd Wong contra o HIV.
🏅 Urso de Prata – Prémio do Júri – Ordinary Life (Japão), uma animação de Yoriko Mizushiri.
🏅 Prémio CURA – Koki, Ciao (Holanda), de Quentin Muller.
Na secção Panorama, o prémio de Melhor Filme foi para Sorda, de Eva Libertad, enquanto The Möllner Letters, de Martina Priessner, venceu como Melhor Documentário.
🎞️ Uma edição marcante da Berlinale
A Berlinale 2025 encerrou com uma seleção diversificada e provocadora, que reafirma a sua posição como um dos festivais mais relevantes do mundo. Com discursos políticos afiados, apostas audaciosas e uma forte presença do cinema independente, esta edição provou que o cinema continua a ser uma poderosa ferramenta de reflexão e mudança.
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O que acharam dos vencedores? Alguma surpresa ou favoritos injustiçados? 🎭✨
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