Os Mortos Não Morrem e Tempestade Tropical: dois filmes geniais e absurdos no STAR Comedy

Junho traz ao canal STAR Comedy duas comédias irreverentes com elencos de luxo e sátira em estado puro

Se o teu sentido de humor aprecia zombies em farda de polícia, actores vaidosos a morrer em filmagens tropicais e uma boa dose de crítica social embrulhada em caos cinematográfico, então marca na agenda duas datas: 21 e 28 de Junho, quando o STAR Comedy exibe dois dos filmes mais insólitos dos últimos anos: Os Mortos Não Morrem e Tempestade Tropical.

Os Mortos Não Morrem: um apocalipse zombie à maneira de Jim Jarmusch

No dia 21 de Junho, o canal exibe Os Mortos Não Morrem, uma comédia negra realizada por Jim Jarmusch, que subverte por completo o género zombie. Numa pacata cidade americana, os mortos começam inexplicavelmente a regressar à vida — mas em vez de sangue e gritos, o filme oferece-nos olhares apáticos, diálogos mortos-vivos e muita ironia existencial.

Com um elenco de luxo que inclui Bill MurrayAdam DriverTilda SwintonChloë SevignyTom Waits e Iggy Pop, o filme é uma sátira absurda ao consumo, à apatia da sociedade moderna e à obsessão com gadgets (sim, os zombies querem wi-fi e café). É o apocalipse… com banda sonora de Sturgill Simpson e piadas meta.

Tempestade Tropical: quando o making-of é mais caótico que o próprio filme

28 de Junho, é a vez de Tempestade Tropical (Tropic Thunder), a comédia de Ben Stiller que satiriza a indústria de Hollywood com uma precisão quase ofensiva — e hilariante.

O filme acompanha um grupo de actores egocêntricos que, durante as filmagens de um épico de guerra, acabam por ser lançados no meio de um verdadeiro conflito sem se aperceberem. Com Robert Downey Jr. (em modo controverso e brilhante), Jack BlackJay BaruchelSteve Coogan e um quase irreconhecível Tom Cruise como produtor megalómano, o filme desfere golpes certeiros sobre ego, privilégio, clichés de guerra e métodos de representação extrema.


📺 STAR Comedy com programação de culto

Com estas duas escolhas para Junho, o STAR Comedy aposta em cinema de culto moderno, que mistura gargalhadas com crítica e uma boa dose de absurdo. Ideal para quem gosta de rir e pensar — nem que seja sobre o fim do mundo ou a vaidade de Hollywood.

Fire Country regressa em modo explosivo: casamento, helicópteros e o fogo que nunca dá tréguas

A série de acção e redenção que conquistou o público regressa ao STAR Channel com a terceira temporada

Eles combatem fogos, salvam vidas — e tentam salvar-se a si próprios. Fire Country, uma das séries mais intensas e emotivas dos últimos anos, regressa ao STAR Channel a 2 de Junho, trazendo de volta os dilemas morais, as tensões familiares e os incêndios florestais mais perigosos da televisão.

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Com Max Thieriot de volta como o carismático e atormentado Bode Donovan, a nova temporada promete começar com um estrondo… ou melhor, com um acidente de helicóptero que vai virar tudo do avesso.


🚒 O que esperar da terceira temporada?

Depois de uma segunda temporada marcada por reviravoltas emocionais, a nova leva de episódios mergulha directamente nas consequências do dramático final anterior. Segundo os criadores, a nova temporada começa com um casamento prestes a acontecer — e termina com o caos total nas montanhas da Califórnia, cortesia de um incêndio descontrolado e um acidente aéreo.

Os dilemas de Bode entre a redenção e o instinto destrutivo continuam no centro da narrativa, mas a série reforça também o protagonismo dos restantes elementos da equipa de bombeiros, incluindo Gabriela (Stephanie Arcila), cuja relação com Bode continua em suspenso, e o chefe Manny (Kevin Alejandro), que enfrenta os seus próprios demónios.


⛓️ Acção, coração e justiça social

Para além das cenas de acção bem coreografadas, Fire Country destaca-se por abordar temas como reintegração de ex-reclusos, sistema prisional, racismo estrutural e disfunções familiares, sempre através da lente do melodrama televisivo.

A série tem origem na própria vida de Max Thieriot, que cresceu numa comunidade de bombeiros voluntários e criou a história a partir dessa realidade. É essa autenticidade que dá à série a sua chama única.

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📺 Onde e quando ver?

terceira temporada de Fire Country estreia em exclusivo no STAR Channel a 2 de Junho, com novos episódios todas as semanas. Para quem gosta de drama intenso, personagens imperfeitas e acção de cortar a respiração, esta é uma série a não perder.

Sereias: série com Julianne Moore e Meghann Fahy conquista o topo da Netflix

Comédia negra de Molly Smith Metzler junta humor corrosivo, drama familiar e um toque de mitologia

Chegou há poucos dias à Netflix e já está no topo: Sereias (Sirens, no título original), minissérie protagonizada por Julianne Moore, Meghann Fahy, Milly Alcock e Kevin Bacon, entrou directamente para o primeiro lugar do top global do serviço de streaming em 42 países, incluindo Portugal, segundo dados do site FlixPatrol.

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Com cinco episódios e criada por Molly Smith Metzler (MaidOrange Is the New Black), esta comédia negraacompanha Devon (Meghann Fahy) numa viagem a uma ilha luxuosa durante o fim-de-semana do Dia do Trabalhador. Mas as águas serenas escondem correntes perigosas — e uma rede de obsessão e poder entre mulheres.


🌊 Poder, irmandade e segredos costeiros

O enredo gira em torno da relação tensa entre Devon e a sua irmã mais nova, Simone (Milly Alcock), que parece estar sob o feitiço da enigmática Michaela Kell, interpretada por Julianne Moore. Esta socialite misteriosa domina a ilha — e o coração da jovem Simone.

“Devon acha que a irmã tem uma relação sinistra com a sua nova chefe. Quando chega o momento da verdade, percebe que subestimou a adversária”, resume a Netflix.

A série decorre ao longo de um único fim-de-semana, com uma realização elegante e diálogos afiados que exploram as dinâmicas de poder entre mulheres, o desejo, o estatuto social e a toxicidade disfarçada de luxo.


🔥 Uma comédia negra com sabor a tragédia grega

A criadora Metzler sublinha que Sereias tem “uma vibração de mitologia grega”, misturando sensualidade, mistério e tensão psicológica. “Esta história tem muita garra. Tem momentos reais de drama e vai deixar as pessoas desconfortáveis”, afirmou em entrevista ao Tudum.

Julianne Moore surge num registo sedutor e manipulador, enquanto Meghann Fahy (reconhecida por The White Lotus) assume o protagonismo com uma performance rica em nuances. Kevin Bacon completa o elenco com uma presença enigmática.


📺 Uma série curta, mas intensa

Com apenas cinco episódios, Sereias oferece uma experiência de maratona imersiva e desconcertante. A realização apurada, aliada a um argumento carregado de ironia e tensão, transforma a série num dos títulos mais falados do momento.

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Se gostas de séries que misturam luxo, drama familiar, crítica social e personagens femininas complexas, Sereias é para ti. Mas atenção: há mais perigo nestas águas do que parece à primeira vista.

🎬 Sinners: o novo fenómeno de terror que ultrapassa A Quiet Place nas bilheteiras mundiais

Ryan Coogler e Michael B. Jordan assinam um dos maiores sucessos do género — e fazem história

O realizador Ryan Coogler volta a mostrar por que razão é um dos nomes mais sólidos e criativos de Hollywood. O seu novo filme, Sinners, está prestes a encerrar a carreira comercial nos cinemas com um feito notável: ultrapassar A Quiet Place, de John Krasinski, nas bilheteiras globais, ao atingir os 336 milhões de dólares, com 260 milhões nos EUA e 80 milhões no mercado internacional.

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📊 Um terror que desafia tendências

Apesar de ter ficado aquém da marca dos 100 milhões fora dos EUA — algo que reflecte o histórico de fraco desempenho de filmes com protagonistas negros no mercado internacional — Sinners compensou com um resultado extraordinário no mercado doméstico.

Além de superar A Quiet Place (334 milhões) e estar prestes a ultrapassar Hannibal (350 milhões), a longa-metragem já deixou para trás todos os filmes do universo The Conjuring, bem como êxitos como Get Out e The Silence of the Lambs.


🎭 Michael B. Jordan em dose dupla

Com Michael B. Jordan a interpretar dois papéis, Sinners é mais do que um susto: é uma narrativa densa, com temas profundos e subtexto religioso, filmada em formato IMAX 70 mm — um tratamento normalmente reservado a Christopher Nolan. A banda sonora, assinada por Ludwig Göransson, mistura blues e tensão com mestria.

O filme teve um orçamento de 90 milhões de dólares e foi lançado pela Warner Bros. com pompa e confiança total.


🍅 Críticas esmagadoramente positivas

No Rotten Tomatoes, o filme mantém uma classificação de 97% entre os críticos e 96% junto do público, confirmando-se como um sucesso transversal. Este desempenho coloca Coogler entre os realizadores mais rentáveis da história do cinema — com apenas cinco longas-metragens no currículo.


🏆 Ryan Coogler no pódio dos grandes

Com Sinners, Coogler não só ultrapassou os números da saga Creed, como cimentou o seu lugar entre os realizadores mais poderosos da indústria. O seu estatuto actual oferece-lhe um grau de liberdade criativa comparável a nomes como Tarantino ou Nolan.

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A Warner Bros. dificilmente o deixará escapar — e Hollywood, ao que tudo indica, acaba de encontrar o próximo “GOAT” do terror moderno.

🎥 Tecto de cinema desaba durante exibição de Final Destination: Bloodlines na Argentina

Quando a realidade se inspira no terror: incidente durante sessão reforça o lado sinistro da saga

Num daqueles episódios que parecem escritos pelos próprios argumentistas da saga Final Destination, uma sala de cinema na Argentina viu o seu tecto colapsar durante uma sessão de Final Destination: Bloodlines, o mais recente capítulo da série de terror.

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O incidente ocorreu a 19 de Maio no Cinema Ocho, na cidade de La Plata, capital da província de Buenos Aires. Durante a sessão das 21h, na sala 4, cerca de 40 espectadores assistiam ao filme quando uma parte do tecto caiu, espalhando entulho e provocando ferimentos a vários presentes.


“Pensámos que fazia parte do filme”

A reacção inicial foi de incredulidade. Segundo contou Fiamma Villaverde, de 29 anos, ao Infobae, pensaram que o ruído fazia parte da banda sonora do filme, tal era a imersão. “Mas logo depois caiu um pedaço em cima de mim”, disse.

Villaverde sofreu ferimentos nos ombros, costas, joelhos e tornozelo. “Só não me acertou na cabeça porque estava inclinada sobre os apoios de braços”, acrescentou. Acabou por fazer um raio-x que confirmou lesões por impacto, e está a ponderar avançar com queixa judicial.

🎬 Um sucesso… com ironia trágica

Final Destination: Bloodlines, realizado por Zach Lipovsky e Adam B. Stein, estreou a 16 de Maio e já se tornou a melhor abertura de sempre da franquia, com mais de 102 milhões de dólares de bilheteira global, repartida equitativamente entre EUA e resto do mundo.

A saga, que começou há 25 anos, continua a explorar mortes bizarras e improváveis como castigo do destino. O episódio em La Plata, embora sem consequências fatais, parece extraído directamente do argumento — uma coincidência mórbida que reforça o fascínio perturbador que a série exerce.


🤐 Silêncio da gerência

Segundo a imprensa local, o cinema não prestou declarações públicas. Algumas testemunhas apontam as chuvas fortes dos dias anteriores como possível causa do colapso, mas nenhuma explicação oficial foi avançada.

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Vídeos registados no local mostram um buraco visível no tecto e detritos espalhados entre os corredores da sala, com o público em choque a tentar compreender o que acabara de acontecer.

🎬 Lilo & Stitch e Mission: Impossible fazem história no box office do Memorial Day 2025

Fim-de-semana de recordes dá novo fôlego ao cinema e confirma apetite renovado por grandes blockbusters

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O cinema comercial voltou a dar sinais de recuperação este fim-de-semana prolongado. Com a estreia em força da versão live-action de Lilo & Stitch e mais uma missão explosiva de Tom Cruise, o box office do Memorial Day 2025 atingiu valores históricos, ultrapassando os 325 milhões de dólares nos EUA e Canadá — o maior de sempre nesta data, sem ajuste à inflação.


🥇 Disney lidera com Lilo & Stitch

A nova versão de Lilo & Stitch arrecadou impressionantes 183 milhões de dólares na estreia doméstica, tornando-se a maior abertura de sempre no Memorial Day, superando os 160,5 milhões de Top Gun: Maverick em 2022. O total global chegou aos 341,7 milhões, consolidando a aposta da Disney em remakes live-action como aposta segura no calendário de verão.


🕵️ Cruise mantém-se em forma com Mission: Impossible – The Final Reckoning

A última aventura de Ethan Hunt, anunciada como o capítulo final da saga, ficou em segundo lugar com 77 milhões de dólares no mercado doméstico e 190 milhões no total global. O filme que terá custado entre 300 e 400 milhões é agora o título com a maior estreia de sempre da franquia. Só nas salas IMAX, o filme rendeu 31 milhões, o que representa mais de 14% da bilheteira global.

“É um feito extraordinário. O público responde quando há conteúdo para todos” — Chris Aronson, presidente de distribuição da Paramount


🎟️ Um ano que pode marcar viragem

O sucesso destes dois títulos junta-se a um primeiro semestre robusto, com filmes como A Minecraft MovieThunderbolts e Final Destination: Bloodlines a impulsionar o regresso das famílias e jovens adultos às salas. O box office norte-americano de Abril atingiu 875 milhões — muito próximo da média pré-pandémica.

Com uma agenda recheada para o verão — Karate Kid: LegendsBallerinaJurassic World: RebirthHow to Train Your DragonSuperman e The Fantastic Four: First Steps — os analistas preveem um box office anual entre 9,2 e 9,5 mil milhões de dólares, ultrapassando os 9 mil milhões de 2023.


📉 Ainda longe da era pré-pandemia, mas em trajectória ascendente

Apesar do entusiasmo, os números continuam abaixo dos 11,4 mil milhões de 2019 ou dos 11,9 mil milhões de 2018. As mudanças nos hábitos de consumo e a crescente força do streaming continuam a afectar o público casual.

“Quando o conteúdo é bom, as pessoas aparecem. E agora, o ciclo é favorável” — Eric Handler, analista da Roth Capital

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Se este ritmo se mantiver, 2025 pode vir a ser o ano que marca o verdadeiro regresso à saúde do cinema de sala — com o grande ecrã novamente no centro da experiência colectiva.

🎬 The Salt Path: Gillian Anderson e Jason Isaacs dão rosto à crise da habitação no Reino Unido

Filme baseado em memórias reais alerta para o crescimento do sem-abrigo e a dignidade na adversidade

A actriz Gillian Anderson fez um alerta contundente: a crise de sem-abrigo no Reino Unido “vai piorar” — sobretudo se o país entrar em recessão. As declarações foram feitas no contexto de The Salt Path, filme onde interpreta uma mulher que, a par do marido (interpretado por Jason Isaacs), enfrenta a perda de tudo: casa, estabilidade e saúde.

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O filme adapta o livro de memórias de Raynor Winn, sucesso literário de 2018 que passou quase dois anos na lista de bestsellers do Sunday Times e vendeu mais de um milhão de cópias.


🥾 Uma caminhada de 630 milhas contra o desespero

Em The Salt Path, Ray e Moth são forçados a abandonar a sua quinta depois de uma acção judicial e vêem-se, com um diagnóstico terminal à perna, a dormir ao relento. Sem apoio do Estado, pegam numa tenda e duas mochilas e partem à descoberta do South West Coast Path, caminhando 630 milhas ao longo da costa de Somerset, Devon, Dorset e Cornualha.

A viagem torna-se uma meditação sobre a resistência, a natureza e o amor — com a própria paisagem a assumir um papel central, como explica Gillian Anderson: “A natureza tornou-se um terceiro personagem do filme.”

Jason Isaacs partilha essa visão, revelando que Raynor Winn o surpreendeu ao dizer: “Não é apenas a natureza, é o caminho. Aquele caminho.”

🏠 Um drama que reflecte o presente

Num Reino Unido onde uma em cada 200 famílias vive em situação de sem-abrigo, segundo dados recentes do Financial Times, a mensagem do filme não podia ser mais urgente.

Anderson afirma que a realidade nas ruas britânicas mudou radicalmente nos últimos anos, e que agora se aproxima daquilo que costumava ver em Vancouver ou na Califórnia. Já Isaacs destaca que espera que o filme ensine o público a olhar novamente — e com compaixão — para quem vive nas margens.


🎥 Filmado no terreno — e com impacto real

Rodado em 2023 nos próprios locais descritos nas memórias, o filme beneficia da beleza natural da costa britânica, mas sem nunca romantizar a precariedade dos seus protagonistas. Pelo contrário: o filme é um lembrete brutal e poético de que a dignidade pode sobreviver à exclusão.

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The Salt Path estreia nas salas de cinema do Reino Unido a 30 de Maio de 2025, com distribuição internacional ainda por anunciar.

🎬 A River Stifled conquista o Leiria Film Fest 2025

Filme de Jingwei Bu vence Melhor Curta-Metragem e reforça vocação internacional do festival de Leiria

Leiria Film Fest celebrou este ano a sua 12.ª edição com uma selecção de curtas-metragens que cruzaram geografias, géneros e sensibilidades. O grande vencedor foi A River Stifled, uma obra do realizador chinês Jingwei Bu, que arrecadou o prémio de Melhor Curta-Metragem do Festival e ainda Melhor Curta de Ficção Internacional.

🌊 Uma história entre o degelo e o destino

A River Stifled conta a história de um jovem de 19 anos que é libertado de uma prisão numa cidade remota prestes a ser submersa pelo degelo. Entre o passado encarcerado e o futuro submerso, o filme mergulha nas tensões entre liberdade e destino, criando uma narrativa subtil e poética sobre o tempo, a culpa e o espaço em desaparecimento.

A vitória dupla confirma a força emocional da obra e a visão singular do seu realizador, num festival cada vez mais atento ao cinema que se faz fora dos grandes circuitos comerciais.


🇵🇹 Presença nacional com prémios em várias frentes

Na secção de Ficção Nacional, o vencedor foi Uma mãe vai à praia, de Pedro Hasrouny, uma curta que aborda com delicadeza a intimidade entre mãe e filho num cenário de memórias e silêncio.

No Documentário Internacional, venceu Inside, The Valley Sings, de Nathan Fagan (Irlanda), enquanto o prémio de Melhor Documentário Nacional foi para A mestra, de Silvana Torricella, um retrato comovente sobre o papel da educação em zonas esquecidas do país.

🎨 Animação e cinema jovem com força renovada

Na secção de Animação Internacional, destacou-se The Sleeplessness of Jutka, da polaca Maria Gorlich-Opyd. Já a Melhor Animação Nacional foi atribuída a Amanhã não dão chuva, de Maria Trigo Teixeira, um filme visualmente inventivo sobre ciclos climáticos e emocionais.

A Competição Infantil premiou Ups!, de Galvão Bertazzi e Luís Canau, enquanto o Prémio do Público foi para a produção ucraniano-britânica Forgotten Routes, de *Varta Arutiunian.

🎞️ Encerramento e celebração

Leiria Film Fest 2025 terminou no Teatro Miguel Franco, com a projecção dos filmes vencedores, consolidando-se como um dos festivais mais consistentes e relevantes para a promoção de curta-metragens em Portugal, tanto nacionais como internacionais.

⚽ Disney+ vai transmitir a Liga dos Campeões Feminina da UEFA até 2030

Plataforma entra em campo e aposta forte no futebol feminino europeu com 75 jogos por época em directo

A partir da época 2025/26, a Disney+ torna-se a casa oficial da Liga dos Campeões Feminina da UEFA em toda a Europa, substituindo a DAZN como detentora dos direitos de transmissão. O acordo, com duração de cinco anos, prolonga-se até 2030 e representa uma aposta de peso no crescimento e na visibilidade do futebol feminino ao mais alto nível.

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📺 Jogos em directo e sem custos adicionais

Serão transmitidos ao vivo e na íntegra 75 jogos por temporada através da plataforma Disney+, sem custos adicionais para os assinantes. A produção ficará a cargo da ESPN, com cobertura multilingue, comentários especializados e programas de análise pré e pós-jogo.

Para além da plataforma de streaming, um jogo por semana será também emitido em canal aberto em mais de 30 países, incluindo Portugal, através da parceria com a União Europeia de Radiodifusão (UER).

🏆 Novo formato para nova era

A competição adopta igualmente um novo formato a partir da próxima temporada: uma fase de liga com 18 equipas, seguida por eliminatórias até à final. A UEFA estima que a final possa atingir mais de 200 milhões de lares europeus, cimentando a Liga dos Campeões Feminina como uma das competições desportivas mais importantes do calendário anual.

💪 Uma jogada de mestre da Disney

Este acordo reforça a estratégia da Disney+ em diversificar os seus conteúdos, alargando o catálogo para além de séries e filmes e apostando em eventos desportivos de alto perfil. É também um sinal claro do crescimento exponencial do futebol feminino e do seu potencial de audiência global.

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Com transmissões acessíveis, produção de qualidade e uma nova estrutura competitiva, tudo indica que o futebol feminino europeu está a entrar numa nova era — e com toda a pompa que merece.

🎬 Como uma banheira ajudou Tarantino a obter os direitos de uma série western para Once Upon a Time in Hollywood

O insólito episódio que envolveu uma banheira de luxo e uma série esquecida dos anos 60

Once Upon a Time in Hollywood (2019) é, para muitos — incluindo o próprio Quentin Tarantino —, a sua obra mais madura e contemplativa. Uma carta de amor a uma Hollywood em extinção, o filme mistura ficção e realidade, reescreve a História e mergulha fundo na cultura televisiva e cinematográfica dos anos 60. Um dos detalhes mais curiosos da narrativa é a inclusão da série western Lancer, onde a personagem de Leonardo DiCaprio, Rick Dalton, interpreta um vilão no episódio piloto.

Mas incluir uma série real num filme de grande orçamento exige mais do que boa vontade: são precisos direitos legais, e foi aí que uma simples banheira com acesso facilitado entrou em cena.


🛁 A viúva de Lancer e a banheira salvadora

Os direitos de Lancer pertenciam à viúva de Samuel A. Peeples, criador da série. Quando a equipa de produção de Tarantino a contactou, não só ela se mostrou entusiasmada com a ideia de ver a obra do marido recriada, como recusou qualquer pagamento. O gesto altruísta poderia ter ficado por aí — mas Tarantino decidiu retribuir.

Como forma de agradecimento, a equipa ofereceu-lhe uma banheira walk-in de alta gama, ideal para pessoas com mobilidade reduzida. Foi instalada na sua casa como um presente simbólico, mas profundamente útil. Segundo relatos, a viúva ficou emocionada com a atenção e o gesto.

Infelizmente, acabaria por falecer antes da estreia do filme, mas não sem antes saber que a série criada pelo marido ganharia nova vida numa superprodução de Hollywood.


📺 Lancer: a série esquecida que voltou à ribalta

Criada nos anos 60, Lancer nunca atingiu o estatuto de Gunsmoke ou Bonanza, mas deixou marca suficiente para Tarantino a recuperar como uma das peças centrais da narrativa de Once Upon a Time in Hollywood. A série original seguia os irmãos Scott Lancer e Johnny Madrid Lancer (interpretados originalmente por Wayne Maunder e James Stacy) — no filme, os papéis foram actualizados por Luke Perry e Timothy Olyphant.

Para Tarantino, incluir Lancer foi mais do que uma piscadela: foi uma homenagem ao espírito dos westerns televisivos e aos actores que viveram à sombra do estrelato durante a transição para a Nova Hollywood.

🎞️ E agora, uma sequela na Netflix?

Segundo a imprensa americana, David Fincher e Brad Pitt estão a desenvolver uma sequela para a Netflix, que deverá decorrer nos anos 70 — período de viragem estética e cultural em Hollywood. Ainda não se sabe se novas referências obscuras como Lancer farão parte do enredo, mas se depender de Tarantino, nada está fora de hipótese.

“Não estou mais em negação”: Barry Keoghan revela vício, trauma e redenção

O ator irlandês Barry Keoghan revelou recentemente a sua luta contra o vício em drogas, uma batalha profundamente enraizada na sua infância marcada por tragédias familiares. Em entrevistas recentes, Keoghan partilhou que perdeu a mãe devido ao vício em heroína quando tinha apenas 12 anos. Após a morte da mãe, ele e o irmão passaram por 14 casas de acolhimento antes de serem criados pela avó. O ator também mencionou que perdeu outros membros da família, incluindo o pai, dois tios e um primo, devido ao abuso de substâncias.  

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Apesar de se tornar pai em 2022, Keoghan admitiu que continuou a lutar contra o vício. Ele reconheceu que a curiosidade o levou a experimentar drogas, mesmo sabendo dos riscos envolvidos. Em declarações, afirmou: “Não estou mais em negação. Entendo que tenho um vício e sou um viciado.”  

Keoghan também falou sobre as pressões de Hollywood e como isso contribuiu para o seu consumo de drogas. Ele revelou que tem cicatrizes físicas como resultado do uso de substâncias. No entanto, agora sente-se em paz, presente e responsável pela sua vida. O ator expressou gratidão pelo apoio recebido durante o processo de reabilitação, destacando a importância de aceitar o vício para iniciar a recuperação. 

Além de abordar o seu passado, Keoghan está focado no futuro, incluindo o seu papel como Ringo Starr nos próximos filmes biográficos dos Beatles dirigidos por Sam Mendes.  

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A coragem de Barry Keoghan em partilhar a sua história serve como um lembrete poderoso da importância da aceitação, do apoio e da recuperação na luta contra o vício.

🎥 8MM: Quando Nicolas Cage desceu ao inferno — e levou-nos com ele

O thriller mais sombrio de Joel Schumacher continua a perturbar, 25 anos depois

Há filmes que se recusam a oferecer conforto. 8MM (1999), realizado por Joel Schumacher, é um desses casos. Num mundo cinematográfico cheio de heróis bem-intencionados e finais redentores, esta descida aos porões da pornografia violenta e do voyeurismo doentio mantém-se como uma das propostas mais incómodas do final do século XX.

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Protagonizado por Nicolas Cage num registo contido e melancólico, o filme apresenta-nos Tom Welles, um detective privado aparentemente banal, casado, pai de família, e especialista em investigações discretas para clientes ricos. Mas tudo muda quando é contratado para verificar a autenticidade de um rolo de película 8mm onde, alegadamente, uma jovem mulher é assassinada num “snuff movie”. O que parecia um caso de rotina transforma-se rapidamente numa viagem aterradora aos meandros mais grotescos da indústria pornográfica underground.


Uma viagem sem retorno

A estrutura do filme assemelha-se a uma espiral: cada pista leva Welles mais fundo num mundo de predadores, vítimas e silêncios cúmplices. Joaquin Phoenix é a companhia perfeita nesta jornada, interpretando Max California, um empregado de videoclube sarcástico e resiliente, que guia Welles por este submundo depravado com doses equilibradas de humor negro e humanidade.

Schumacher opta por uma realização fria e claustrofóbica, onde a luz é rarefeita e o moralismo está ausente. O ambiente visual é carregado, opressivo, como se o próprio espectador estivesse a perder a inocência a par do protagonista. O ritmo lento serve a construção da tensão: quanto mais Welles investiga, mais se aproxima da sua própria ruína emocional.


Verdade ou exploração?

8MM foi fortemente criticado à época pela sua temática — não apenas por expor o tema dos “snuff films”, mas por sugerir que o horror é, muitas vezes, alimentado pela nossa própria curiosidade. A fronteira entre justiça e vingança, entre investigação e obsessão, torna-se cada vez mais ténue.

O argumento de Andrew Kevin Walker (que escreveu Seven) coloca perguntas difíceis: até onde estamos dispostos a ir para descobrir a verdade? E depois de a vermos, conseguiremos alguma vez voltar ao que éramos?

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Um thriller imperfeito, mas necessário

Se 8MM não é um filme fácil, também nunca pretende sê-lo. É um thriller sombrio, pessimista, e por vezes mesmo sensacionalista, mas levanta questões legítimas sobre o consumo de violência, o voyeurismo moderno e o custo humano da justiça. Nicolas Cage, num papel que lhe exige contenção e fúria controlada, está em sintonia com o desconforto que o filme provoca.

Passados 25 anos, continua a ser um título que desafia o espectador — a perguntar-se onde acaba o olhar e começa a cumplicidade. E isso, num mundo que ainda consome sofrimento como entretenimento, talvez faça de 8MM um filme mais actual do que nunca.

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De Salvador para o mundo: um percurso que une carisma, talento e coragem

Nascido em Salvador da Bahia em 1976, Wagner Moura construiu uma carreira marcada por escolhas ousadas, personagens intensas e uma impressionante capacidade de transitar entre o cinema, a televisão e o teatro, sempre com um compromisso artístico e político inabalável.

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🎭 Os primeiros passos no teatro e televisão

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, Wagner Moura começou por se destacar no teatro, onde consolidou a sua formação como actor. As primeiras aparições na televisão vieram no final dos anos 1990, com participações em novelas e séries brasileiras, mas foi no cinema que rapidamente se revelou uma estrela em ascensão.


🎥 O impacto de Tropa de Elite : um capitão chamado Nascimento

A consagração chegou com Tropa de Elite (2007), de José Padilha, onde interpretou o controverso Capitão Nascimento, um polícia do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) no Rio de Janeiro. O filme venceu o Urso de Ouro em Berlim e tornou-se um fenómeno cultural no Brasil, alimentando debates sobre violência policial, justiça social e corrupção.

Em Tropa de Elite 2 (2010), Moura retomou o papel, agora como coronel e secretário de segurança, aprofundando a complexidade da personagem e provando que não se tratava apenas de um sucesso pontual.


🌍 Hollywood e Narcos: a internacionalização

A carreira internacional de Wagner Moura ganhou impulso com papéis em produções como Elysium (2013), ao lado de Matt Damon e Jodie Foster, e Trash (2014), realizado por Stephen Daldry. No entanto, foi como Pablo Escobar na série Narcos (2015-2016), da Netflix, que se tornou uma figura global.

Apesar de não ser colombiano, Moura estudou espanhol intensivamente para o papel e entregou uma performance visceral que lhe valeu elogios da crítica e uma nomeação aos Globos de Ouro.


🎬 Actor, realizador e activista

Wagner Moura também enveredou pela realização. A sua estreia como realizador foi com Marighella (2019), um retrato biográfico de Carlos Marighella, guerrilheiro e poeta baiano que combateu a ditadura militar brasileira. O filme, protagonizado por Seu Jorge, enfrentou resistência política no Brasil e foi atrasado na distribuição nacional, tornando-se um símbolo de resistência cultural.


🏆 Cannes 2025: o reconhecimento consagrado

Em 2025, Wagner Moura atingiu um novo patamar ao vencer o prémio de Melhor Actor no Festival de Cannes pelo seu papel em O Agente Secreto, de *Kleber Mendonça Filho. A sua interpretação de um académico em fuga durante os anos finais da ditadura brasileira foi aclamada como “profundamente comovente”.


🌟 Um actor com voz e consciência

Wagner Moura representa uma rara conjunção entre carisma popular e compromisso político. Nunca escondeu a sua militância, defende causas como os direitos humanos, a liberdade de expressão e a memória histórica. É um dos artistas brasileiros mais respeitados e um símbolo da força cultural do Sul Global.

Do Capitão Nascimento ao Pablo Escobar, de realizador engajado a vencedor em Cannes, Moura construiu uma carreira que é, ela própria, um acto político. E ainda agora está a aquecer.

🎬 Festival de Cannes 2025: Palma de Ouro para Jafar Panahi e dupla vitória brasileira com O Agente Secreto

Filme iraniano It Was Just an Accident leva o prémio máximo, enquanto Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho brilham com a produção luso-brasileira

O Festival de Cannes 2025 terminou com um palmarés marcado por escolhas politicamente carregadas, estreias intensas e um forte destaque para o cinema de língua portuguesa. O realizador Jafar Panahi foi galardoado com a Palma de Ouropela obra It Was Just an Accident, um drama clandestino filmado em Teerão e baseado em testemunhos reais de prisioneiros políticos.

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Panahi, que esteve preso até recentemente e filmou sem autorização, emocionou ao receber o prémio das mãos de Cate Blanchett, numa das cerimónias mais impactantes dos últimos anos. Foi também a primeira vez em 15 anos que o cineasta pôde comparecer presencialmente em Cannes.


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O Agente Secreto: duas distinções para o Brasil (e Portugal)

A produção O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, recebeu os prémios de Melhor Realização e Melhor Actor, este para Wagner Moura, pelo seu papel como um especialista em tecnologia em fuga da repressão durante a ditadura militar brasileira.

O filme, já distinguido com o prémio FIPRESCI da crítica internacional, foi aclamado pela sua densidade política e atmosfera de suspense. É também uma coprodução com Portugal (via Nitrato Filmes), tendo estreia prevista para breve nas salas portuguesas.

🏆 Outros destaques do palmarés oficial:

  • Grande PrémioSentimental Value, de Joachim Trier, com Renate Reinsve e Stellan Skarsgård
  • Prémio do Júri (ex aequo):
    • Sirât, de Oliver Laxe
    • Sound of Falling, de Mascha Schilinski
  • Melhor ActrizNadia Melliti por La Petite Dernière, no papel de Fatima, jovem muçulmana a descobrir a sua sexualidade
  • Melhor ArgumentoJeunes Mères, dos irmãos Dardenne
  • Prémio Especial do JúriResurrection, de Bi Gan
  • Câmara de OuroThe President’s Cake, de Hasan Hadi (Iraque)
  • Menção HonrosaMy Father’s Shadow, de Akinola Davies Jr.
  • Melhor Curta-MetragemI’m Glad You’re Dead Now, de Tawfeek Barhom
  • Menção Honrosa (Curta)Ali, de Adnan Al Rajeev

🎥 Cinema português sem prémios nas curtas

As curtas-metragens Arguments in Favor of Love, de Gabriel Abrantes, e A Solidão dos Lagartos, de Inês Nunes, ficaram fora do palmarés. Ainda assim, a presença portuguesa foi sentida através da coprodução de O Agente Secreto e na performance premiada de Cleo Diára (em Un Certain Regard).

⚡ Uma edição marcada por apagões e diversidade

A cerimónia de encerramento decorreu sob tensão, após um apagão de cinco horas e meia em Cannes causado por um acto de sabotagem. O Palácio do Festival manteve-se operacional graças ao seu próprio gerador.

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O júri, presidido por Juliette Binoche, contou com nomes como Halle BerryJeremy StrongHong Sang-sooPayal Kapadia e Carlos Reygadas — um grupo plural que reflectiu a diversidade cultural e estética do palmarés entregue.

👗 Juliette Binoche encerra Cannes 2025 com estilo descontraído e elegância à francesa

A presidente do júri surpreendeu na cerimónia de encerramento com um visual inesperado, depois de doze dias de moda arrojada e sofisticada na Croisette

Juliette Binoche, uma das figuras mais queridas e respeitadas do cinema europeu, voltou a provar que o seu estilo é tão versátil quanto o seu talento. Na cerimónia de encerramento do Festival de Cannes 2025, que decorreu no dia 24 de Maio, a actriz e presidente do júri apresentou-se com um visual inesperado: descontraído, desportivo, mas irrepreensivelmente elegante.

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🧥 Um look “chic casual” para fechar com leveza

Para a grande noite, Binoche optou por uma longa saia plissada azul noite, salpicada de pérolas e pequenos cristais. A peça foi complementada por um cinto preto com fivela prateada, a evocar os mesmos tons dos detalhes da saia.

O destaque maior, no entanto, foi o inesperado bomber com capuz, da mesma cor da saia, que cobria um t-shirt branco com gola vermelha — uma combinação ousada e confortável que desafiou os códigos formais habituais da passadeira vermelha. As mangas do casaco foram arregaçadas até aos cotovelos, conferindo à actriz um ar ligeiramente desportivo, quase irreverente, sem perder classe.

No que toca a acessórios, minimalismo absoluto: apenas uns pequenos brincos prateados. Sem relógio. Sem pulseiras. Sem pretensões.


🎨 Cores, texturas e assinatura: o estilo de uma presidente com personalidade

Ao longo das doze noites do festival, Juliette Binoche mostrou-se entusiasta pelas cores ousadas e pelos contrastes. Vestiu Jacquemus em tons de amarelo manteiga, arrasou com um conjunto Gucci que misturava vermelho vivo, verde e roxo, e brilhou com um clássico vestido de seda escarlate no jantar de abertura.

Mas foi no dia 13 de Maio, durante a cerimónia de abertura do festival, que encantou todos os presentes com uma vestido branco imaculado da Dior, a lembrar os tempos de Trois Couleurs: Bleu, onde se afirmou como um ícone do cinema europeu.


✨ Aos 61, estilo intacto — e autoridade incontestada

Juliette Binoche encerrou Cannes 2025 como o começou: com graça, confiança e autenticidade. A sua escolha de roupas revelou não só sensibilidade estética, mas também uma recusa em se submeter às convenções do que “deve” vestir uma presidente do júri. Como sempre, fez à sua maneira. E brilhou.

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🎬 Wagner Moura conquista Cannes com “O Agente Secreto”

Actor brasileiro vence prémio de Melhor Actor no Festival de Cannes 2025 pelo papel de Marcelo, um académico em fuga durante a ditadura militar brasileira

O actor brasileiro Wagner Moura foi distinguido com o prémio de Melhor Actor no Festival de Cannes 2025 pela sua interpretação no filme O Agente Secreto, realizado por Kleber Mendonça Filho. O filme também arrecadou o prémio de Melhor Realização, consolidando-se como uma das obras mais aclamadas desta edição do festival. 

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🕵️‍♂️ Um thriller político ambientado nos anos 70

O Agente Secreto é um thriller político que se desenrola em 1977, durante os anos finais da ditadura militar no Brasil. A história acompanha Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um professor universitário que se vê forçado a fugir de São Paulo para Recife após se tornar alvo do regime autoritário. Em Recife, Marcelo procura reencontrar o filho e acaba envolvido numa rede de espionagem e conspirações políticas. 


🎭 Uma performance aclamada pela crítica

A actuação de Wagner Moura foi amplamente elogiada pela crítica internacional. O jornal The Guardian descreveu o filme como “um brilhante drama brasileiro sobre um académico em fuga nos anos 70”, destacando a performance de Moura como “profundamente comovente e convincente”.  


🎉 Uma ovação de pé em Cannes

A estreia mundial de O Agente Secreto em Cannes foi recebida com uma ovação de pé de 13 minutos, um dos momentos mais memoráveis do festival deste ano. O filme foi amplamente aclamado pela sua abordagem estilizada e crítica à repressão política da época, misturando elementos de suspense, drama e sátira. 

🇧🇷 Um marco para o cinema brasileiro

A vitória de Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho em Cannes representa um marco significativo para o cinema brasileiro no cenário internacional. Ambos já haviam colaborado anteriormente em projectos que exploram temas sociais e políticos do Brasil, e O Agente Secreto reforça essa parceria criativa. 

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📅 Estreia nos cinemas

O Agente Secreto tem estreia prevista nos cinemas brasileiros ainda em 2025, com distribuição da Vitrine Filmes. Em Portugal, ainda não foi confirmada uma data oficial de estreia para O Agente Secreto, mas é expectável que o filme chegue às salas nacionais no segundo semestre de 2025, após o circuito de festivais internacionais e da estreia no Brasil.Nos Estados Unidos, o filme será distribuído pela Neon, enquanto no Reino Unido, Índia e restante da América Latina, a distribuição ficará a cargo da MUBI. 

🎬 Honey Don’t!: Ethan Coen regressa a Cannes com uma comédia noir queer

Margaret Qualley lidera elenco de luxo em filme que mistura humor negro, culto religioso e romance lésbico

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Ethan Coen, conhecido pelo seu trabalho com o irmão Joel, regressa ao Festival de Cannes com Honey Don’t!, uma comédia noir que marca a sua segunda longa-metragem a solo. O filme, protagonizado por Margaret Qualley, Aubrey Plaza e Chris Evans, teve a sua estreia mundial na secção de Sessões da Meia-Noite do festival, recebendo uma ovação de pé de 6,5 minutos.  


🕵️‍♀️ Uma detective privada em terras áridas

Em Honey Don’t!, Margaret Qualley interpreta Honey O’Donahue, uma detective privada de língua afiada que investiga uma série de mortes misteriosas ligadas a uma igreja em Bakersfield, Califórnia. A trama desenrola-se num cenário menos glamoroso que o habitual Los Angeles, oferecendo uma nova perspectiva ao género noir.  


🎭 Elenco estelar e personagens marcantes

O filme conta com um elenco de peso:

  • Aubrey Plaza como MG Falcone, interesse romântico de Honey; 
  • Chris Evans no papel de Reverend Drew Devlin, um pregador corrupto; 
  • Charlie Day como o detective Marty Metakawich. 

Esta é a segunda colaboração de Coen com Qualley e a co-argumentista Tricia Cooke, após Drive-Away Dolls (2024).  


🎬 Uma abordagem inovadora ao género noir

Coen e Cooke procuraram reinventar o género noir, introduzindo uma protagonista lésbica e ambientando a história numa região desértica da Califórnia. O filme apresenta cenas de violência estilizada, inspiradas nos primeiros trabalhos de Sam Raimi, com o objectivo de serem impactantes mas não gratuitamente sádicas.  

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📅 Estreia nos cinemas

Honey Don’t! tem estreia marcada nos cinemas dos Estados Unidos a 22 de Agosto de 2025. Ainda não há confirmação para a estreia em Portugal. 

🕶️ Aaron Taylor-Johnson será o próximo James Bond? Tudo aponta nessa direcção

Actor britânico torna-se embaixador da Omega e reacende os rumores de que sucederá a Daniel Craig como 007

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O mistério em torno de quem irá assumir o papel de James Bond depois de Daniel Craig está a aquecer — e Aaron Taylor-Johnson volta a liderar a corrida. Depois de meses de especulação, o actor britânico foi agora anunciado como o novo embaixador global da Omega, a prestigiada marca de relógios associada ao agente secreto desde GoldenEye (1995).

🕵️ Um teste secreto e uma performance memorável

Segundo o jornal The Sun, Taylor-Johnson realizou um teste secreto nos Estúdios Pinewood em 2022, onde terá impressionado os produtores da EON Productions com a sua postura, presença física e elegância — três ingredientes fundamentais para vestir o icónico smoking.

Desde então, os rumores não pararam, com diversas fontes a indicarem que o actor de Kick-Ass e Bullet Train terá recebido uma oferta formal para assumir o papel de 007.

⌚ O poder de um relógio

Se há objecto simbólico que define Bond, para além do martíni e do Aston Martin, é o seu relógio. A ligação histórica entre a Omega e o universo 007 torna a nomeação de Taylor-Johnson como embaixador da marca num sinal quase inequívoco de que algo está a cozinhar nos bastidores.

Na história da publicidade cinematográfica, nunca um relógio disse tanto.

🎬 O apoio dos antigos e o silêncio dos actuais

O antigo Bond Pierce Brosnan elogiou publicamente Taylor-Johnson, afirmando que este tem “carisma e intensidade” suficientes para assumir o legado. Ao mesmo tempo, nomes como Theo James e Henry Cavill continuam a surgir em listas de favoritos, mas perderam força nas últimas semanas.

Até agora, Barbara Broccoli, produtora da saga, mantém o silêncio habitual, prometendo novidades apenas quando o novo projecto estiver solidificado.

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🧨 O que esperar do próximo Bond?

Com a guerra na Ucrânia, a ascensão da extrema-direita e o colapso de figuras de poder tradicionais, o mundo mudou desde No Time to Die. Os produtores já disseram que o próximo Bond será “uma reinvenção” — o que, para muitos, faz de Taylor-Johnson, com o seu ar simultaneamente clássico e rebelde, o candidato perfeito.

🎤 K-pop Demon Hunters: Netflix junta ídolos, demónios e animação em aposta ousada com sabor coreano

Caçadoras de demónios de dia, estrelas de K-pop à noite — novo filme animado promete ser o maior híbrido musical de acção do ano

A Netflix está pronta para lançar, a 20 de Junho, aquela que pode muito bem ser a sua produção animada mais arrojada de 2025: K-pop Demon Hunters. Com estreia global e produção partilhada com a Sony Pictures Animation, o filme funde o mundo da música pop coreana com sequências de acção demoníaca em formato animado — e está a fazer levantar sobrancelhas por todo o mundo.

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🎬 Caçadoras com palco… e espadas

A história segue o grupo feminino Huntress, um colectivo de K-pop que brilha nos palcos como qualquer superestrela sul-coreana, mas que, fora das luzes da ribalta, combate demónios que ameaçam o mundo humano. Uma espécie de mistura entre aespa e Buffy, a Caçadora de Vampiros, envolta numa estética hipermoderna e com um toque bem-humorado de anime de acção.

O grupo rival — e também maléfico — chama-se Lion Boys: um colectivo de ídolos demoníacos que mistura hanbok tradicional com visuais mais urbanos e irreverentes. É difícil não pensar em grupos reais como Stray Kids ou MONSTA X, conhecidos por conjugar tradição com energia atlética.

⭐ Uma equipa de luxo por trás da animação

O entusiasmo em torno do projecto não é apenas pelo conceito — é também pela equipa criativa. Entre os nomes envolvidos estão membros da equipa de Spider-Man: Into the Spider-Verse, a realizadora coreano-americana Maggie Kang, o argumentista de Wish DragonChris Appelhans, e até o produtor de ShrekAron Warner.

A própria Netflix já apelidou o filme de uma peça central na sua estratégia de “K-culturalização” global — uma aposta em conteúdo fortemente inspirado pela cultura coreana para conquistar audiências ocidentais e asiáticas de forma transversal.

🎧 Um elenco com voz — e música

O vilão principal, Jin Woo, líder dos Lion Boys, será interpretado por Ahn Hyo Seop, conhecido por séries coreanas de sucesso e que traz aqui a experiência de ter vivido no Canadá para dar voz à versão inglesa da personagem.

E para compor a banda sonora, o trio JeongyeonJihyo e Chaeyoung, do grupo TWICE, junta-se à festa — elevando ainda mais o calibre musical da produção.

🧨 K-pop Demon Hunters — uma explosão estilística com ADN global

Se o visual de Huntress evoca claramente os visuais futuristas das primeiras eras de aespa (com direito a espadas, botas metálicas e poses de combate), os Lion Boys são um cocktail estético à base de conceito demoníaco com brilho de palco — uma paródia refinada da estética idol masculina.

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A animação promete não só sequências de combate épicas e coreografadas, mas também actuações de palco desenhadas com detalhe quase obsessivo. Os fãs de música, de anime e de acção têm aqui um novo vício à vista.

✈️ Top Gun Las Vegas: Aventura de Alta Voltagem

Prevista para o verão de 2028, a Top Gun Las Vegas será instalada no The STRAT Hotel, Casino & Tower. Esta experiência imersiva incluirá simuladores de voo de última geração, permitindo que os visitantes embarquem em missões personalizadas no universo Top Gun. Além disso, contará com uma versão recriada do bar Hard Deck, famoso em Top Gun: Maverick, oferecendo entretenimento ao vivo e experiências gastronómicas temáticas. A iniciativa é uma colaboração entre a Paramount Global e a Advent Allen Entertainment, visando expandir as ofertas de entretenimento baseadas em propriedades intelectuais populares.  

🕵️ John Wick Experience: Mergulho no Submundo

Desde março de 2025, os fãs de John Wick podem vivenciar o mundo do assassino de elite na John Wick Experience, localizada no complexo AREA15. Com cerca de 1.100 metros quadrados, a atração oferece uma série de salas cinematográficas temáticas, interações ao vivo e missões interativas que desafiam a astúcia e coragem dos participantes. Os visitantes podem ainda desfrutar de dois bares temáticos e uma loja com produtos exclusivos.  

🎬 Las Vegas: O Novo Destino para Fãs de Cinema

Com estas iniciativas, Las Vegas consolida-se como um destino imperdível para os entusiastas de cinema e experiências imersivas. A cidade oferece agora aventuras que vão além das tradicionais atrações, permitindo que os visitantes se tornem parte ativa de universos cinematográficos icónicos.