
O novo filme do realizador e argumentista Alex Garland, Warfare, ainda nem estreou e já está a deixar críticos sem fôlego — e espectadores de olhos bem abertos. Com uma impressionante pontuação de 94% no Rotten Tomatoes, a obra já é considerada por muitos como o melhor filme de guerra dos últimos anos, e talvez o trabalho mais impactante de Garland desde o aclamado Ex Machina (2014).
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Descrito como um verdadeiro assalto aos sentidos, Warfare é tudo menos um típico filme de guerra: é um mergulho imersivo, claustrofóbico e visceral, que acompanha em tempo real uma unidade de Navy SEALs norte-americanos numa missão infernal por território inimigo. A realização é partilhada com Ray Mendoza, ex-operacional das forças especiais cuja experiência pessoal dá à obra um realismo quase documental.
Uma experiência sensorial de cortar a respiração
A crítica tem sido praticamente unânime na aclamação do filme — tanto pela sua execução técnica como pela intensidade emocional. O The Hollywood Reporter descreve-o como:
“Garland em forma máxima e com um domínio técnico deslumbrante. Provavelmente o seu melhor filme desde Ex Machina.”
Já o jornal The Times eleva ainda mais a fasquia:
“É um filme tão difícil de ver quanto de esquecer. Um pesadelo percussivo, um blitz sensorial, um ataque direto à alma.”
A composição visual e sonora de Warfare tem sido comparada a uma experiência quase física. É cinema de combate no seu estado mais cru: sem glamour, sem heróis invencíveis, sem filtros.
Um elenco de peso para um filme sem distrações
Garland reuniu um grupo de atores talentosos para dar corpo (e alma) à sua visão:
• Cosmo Jarvis (Shōgun),
• Will Poulter (The Bear),
• Joseph Quinn (Stranger Things, Fantastic Four),
• Noah Centineo (The Recruit).
O filme segue estes soldados ao longo de uma única e implacável missão, e é precisamente essa escolha narrativa — tempo real, sem pausas — que o distingue de outros títulos do género. Não há subplot romântico, nem diálogos moralizantes: só o caos, o medo, a adrenalina e o desgaste.
Nem tudo são aplausos — e talvez seja mesmo essa a intenção
Apesar da aclamação, algumas críticas apontam fragilidades no argumento. EJ Moreno escreveu:
“Tantos elementos funcionam, mas o guião minimalista quase desmorona sob o seu próprio peso. Ainda assim, é um trabalho sólido e com atuações poderosas.”
O FandomWire considera o filme uma experiência interessante, mas falha em alguns pontos:
“Tem o coração no lugar certo, mas nem tudo resulta como devia.”
Mas será essa ausência de estrutura clássica realmente uma falha? Ou é simplesmente mais uma prova da ambição formal e da coragem estética de Garland?
Próximo desafio: regressar ao mundo dos infectados
Para os fãs do realizador, há mais boas notícias: Garland volta a colaborar com Danny Boyle em 28 Years Later, sequela do icónico 28 Days Later, com estreia marcada para 20 de junho. O elenco inclui Jodie Comer, Aaron Taylor-Johnsone Ralph Fiennes, e as expectativas estão altíssimas para este regresso ao universo infetado que marcou uma geração.
Até lá, Warfare estreia a 11 de abril, e promete ser uma das experiências cinematográficas mais intensas de 2024. Não é apenas um filme de guerra — é uma prova de resistência emocional.
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